Dicas para Escritoras de Não Ficção
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Dicas para Escritoras de Não Ficção - José Augusto Drummond
Sumário
CAPA
INTRODUÇÃO
I
ESCRITA
II
ARGUMENTAÇÃO
III
APRESENTAÇÃO
IV
BOM USO DO TEMPO
INDICAÇÕES DE LEITURA
ÍNDICE REMISSIVO
SOBRE O AUTOR
SOBRE A OBRA
CONTRACAPA
Dicas para escritoras de não ficção
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2023 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.
Catalogação na Fonte
Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT
Editora e Livraria Appris Ltda.
Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês
Curitiba/PR – CEP: 80810-002
Tel. (41) 3156 - 4731
www.editoraappris.com.br
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
José Augusto Drummond
Dicas para escritoras de não ficção
Introdução
Nesta obra apresento sugestões para ajudar escritoras de não ficção a produzir textos facilmente legíveis, bem fundamentados e que comuniquem com clareza o que elas têm a dizer. Embutido nesse objetivo há outro: facilitar a vida das leitoras, essas parceiras desejadas — mas quase sempre silenciosas — das escritoras. No entanto, as leitoras têm o direito soberano de abandonar os textos de escritoras que escrevam mal. Nenhuma escritora deve estimular as leitoras a exercer esse seu direito. Toda escritora deve fazer de tudo para reter as suas leitoras.
Pretendo exatamente ajudar escritoras a dar os seus recados e reter as suas leitoras por meio de textos bem escritos. Montei o texto fazendo sugestões, anotações e comentários à margem de problemas e erros que encontrei nas leituras que fiz de centenas de textos inéditos, como leitor crítico, avaliador, editor, consultor, professor, orientador, colega e coautor. Pretendo que a obra seja usada como um conjunto de sugestões pontuais, e não como um livro para ser lido página a página, na íntegra, como é próprio do gênero manual de escrita
. Este texto não pertence a esse gênero manual
, embora seja aparentado dele. Por isso, prefiro o termo obra
, e não livro
. Portanto, é uma obra para ser consultada, embora possa ser objeto de uma leitura tradicional
, de ponta a ponta, se assim desejarem as leitoras.¹
Construí este texto usando como tijolos tópicos brevemente comentados, muitos deles ilustrados com exemplos. A grande maioria dos exemplos é verdadeira, pois foi retirada dos textos que editei. No entanto, alterei palavras, assuntos, datas e lugares para camuflar a identidade das autoras. Uma pequena parcela dos exemplos é de minha autoria — eu os inventei, mas não são mentirosos, pois se assemelham a passagens reais dos textos que li.
Ordenei os tópicos de acordo com a sua afinidade mútua. Eu os distribuí por quatro capítulos: Escrita, Argumentação, Apresentação e Bom Uso do Tempo. Compus ainda um Índice Remissivo para ajudar as minhas leitoras a localizar diretamente os tópicos do seu interesse, sem precisar ler ou folhear todo o conteúdo. Esta não é uma obra de consulta clássica como enciclopédias ou dicionários, pois não é exaustiva, nem sistemática como eles; mas a sua estrutura lhe dá um parentesco distante com obras de consulta.
O meu público-alvo é o de escritoras com experiência limitada ou mediana de escrever. No entanto, a obra talvez ajude também autoras experientes ou aquelas que enfrentam dificuldades para escrever. As minhas observações podem ajudar ainda escritoras que, mesmo escrevendo com facilidade, percebem que as suas leitoras têm dificuldade de entender os seus textos.
Existem bons livros, manuais e sites de Internet sobre escrita, principalmente para autoras iniciantes de textos de não ficção. Alguns tratam até da escrita de textos de ficção — romances, contos, roteiros de filmes e vídeos, poesias, peças de teatro etc., gêneros dos quais eu não me ocupo. Essas numerosas obras têm em geral uma organização sistemática e abordam numerosos aspectos que não incluí aqui ou que mencionei apenas brevemente — vocabulário, ortografia, gramática, sintaxe, regência verbal, tempos verbais, pontuação, acentuação, etimologia, abuso de jargão, técnicas de construção de sentenças e parágrafos, macetes de estilo, construção de personagens, redação de diálogos, tipos de narrativa e assim por diante.
Não pretendo concorrer com esses livros e sites, mas os complementar com sugestões e observações menos densas, selecionadas, pontuais e apropriadas a textos de não ficção. Esta minha obra se distingue dos manuais e assemelhados que li e consultei pelo fato de se basear principalmente na (i) leitura de numerosos textos inéditos e (ii) nos problemas e erros que identifiquei neles.
Não tenho estudos em letras, línguas ou em comunicação que me habilitem formalmente a ensinar a escrever. No entanto, penso que alguns atributos me conferem competência para apontar problemas e erros comuns nos escritos alheios e para sugerir soluções:
o hábito de escrever. Ao longo dos anos, escrevi e publiquei aproximadamente 30 livros, 80 artigos, 50 capítulos de livros e 30 resenhas. Escrevi também muitas centenas de textos inéditos — outras resenhas, notas de aula, projetos de pesquisa, pareceres, relatórios de pesquisa e de consultoria, memoriais, avaliações, resumos, anotações de campo, transcrições de entrevistas, memórias pessoais etc. Traduzi alguns livros e revi numerosas traduções do inglês para o português e vice-versa, pois o inglês foi a primeira língua em que fui socializado e instruído. Durante mais de 30 anos, dediquei-me a uma arte em extinção: escrevi cartas e mantive correspondência — do tipo snail mail, com selos, envelopes e cola — com muitas pessoas. Houve fases da minha vida em que reservei um dia por semana apenas para escrever cartas, algumas com meia dúzia ou mais páginas.
consultas a livros de apoio à escrita. Em modo autodidata, aprendi muito sobre o ato de escrever consultando obras que ajudaram a melhorar a minha escrita, como dicionários de sinônimos e de etimologia, thesaurus, manuais, estudos de bibliometria, sites didáticos etc. Fiz e continuo a fazer isso para superar dificuldades que me atormentam quando escrevo os meus próprios textos ou quando edito ou leio criticamente textos alheios.²
oficinas de escrita. Cursei excelentes oficinas de escrita de língua inglesa nos EUA, nas quais aprendi muitas técnicas e soluções que se revelaram úteis também para melhorar a minha escrita em português.
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