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O Amado Da Luzz
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E-book173 páginas1 hora

O Amado Da Luzz

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Sobre este e-book

No coração de um reino onde crepúsculos são telas de batalhas anteriores e planícies tornam-se oceanos de tendas sob a luz da lua, surge Arion, um príncipe elfo caído que carrega as cicatrizes de um passado repleto de dor e traição. Em meio à turbulência de sua existência, um amuleto místico, vibrante com força e memórias, reentra em sua vida, posicionando-o como a peça central de uma profecia. Uma sombra primordial ergue-se, com a intenção de apagar toda a luz e esperança do mundo. Como O Amado da Luzz , título entoado nas canções élficas ancestrais, Arion é convocado a uma odisseia em busca de relíquias divinas. Enfrentará obstáculos que desafiarão não apenas sua bravura, mas a essência mais profunda de sua alma. Mergulhe nesta epopeia magica, viajando por terras deslumbrantes e cruzando com criaturas além da imaginação.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de fev. de 2024
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    O Amado Da Luzz - Mayke Arrais

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    Copyright © 2023 Mayke Arrais

    Todos os direitos reservados e protegidos pela lei de nº

    9.610/1998.

    Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, arquivada em sistema de busca ou transmitida por qualquer meio, seja ele eletrônico, xerox, gravação ou outros, sem prévia autorização do detentor dos direitos, e não pode circular encadernada de maneira distinta daquela em que foi publicada, ou sem que as mesmas condições sejam impostas aos compradores subsequentes.

    2

    "Para Dyl an, o verdadeiro mago de meu coração. Que os caminhos que escolher, iluminados ou sombrios, sejam tão mágicos e misteriosos quanto as jornadas de Arion. Que cada amanhecer te convide a novas sagas e que os crepúsculos narrem feitos de coragem e sonhos. Em cada palavra deste livro, espero que descubra sussurros de aventuras que ainda virão.

    Com todo o amor, de um pai que vê infinitas possibilidades no seu céu estrelado."

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    1. Mercenário Desprezível

    A vastidão de Ellyndor se estendia diante dos olhos de quem ousasse observar. O sol agonizava no horizonte, despejando tonalidades de laranja, vermelho e dourado, como o sangue de guerreiros caídos. A cada anoitecer, a grande planície se transformava em um mar de tendas, abrigando mercadores, viajantes e todos os tipos de almas que buscavam a fortuna ou o esquecimento.

    Em meio a essa tapeçaria de cores e sons, uma figura se destacava: Arion. Seu manto esmeralda esvoaçava com o vento crepuscular, fazendo-o parecer quase fantasmagórico. Seu rosto, de feições finas típicas dos elfos, escondia segredos e dores do passado.

    Dois aventureiros que bebiam sentados em um tronco próximo o encaravam. Ei, você sabe quem é aquele? Disse o primeiro.

    7

    Você não sabe? Esse é o famoso Mercenário Desprezível afirmou imediatamente o segundo.

    Mercenário Desprezível? Porque o chamam assim?

    O homem riu, um som seco e quebradiço.

    Dizem que ele tem a habilidade de dez homens, mas que ele traiu seu próprio povo. Permitiu a entrada de um rei inimigo de seus pais no palácio em troca de ouro, e logo depois fugiu deixando a todos para morrerem.

    Arion, até então um espectador silencioso, perdido nas sombras de seus pensamentos, teve sua atenção arrebatada por um grito estridente que rasgou o silêncio com a violência de um raio. Seus olhos acompanharam o som até a cena que se desenrolava adiante: na curva sinuosa da estrada, um viajante solitário, cuja infortuna o guiara para o coração de uma emboscada, agora se via prisioneiro de um círculo de lâminas e olhares gananciosos. Os bandidos, como abutres à espreita, cercaram sua 8

    presa com uma fome predatória, tingindo o ar com uma tensão palpável, prenunciando o furor da tempestade iminente.

    O que você tem aí, velho?, zombou o líder dos bandidos, ele era um homem cuja estatura colossal que era apenas ofuscada pela brutalidade da cicatriz que lhe riscava a face — uma linha sinuosa e terrível, um relicário de contendas passadas, que se estendia do osso de sua sobrancelha retorcida até o queixo mal barbeado, passando por um olho que, mesmo escurecido pela marca de antigas batalhas, ardia com a chama de uma crueldade indomável.

    Seu sorriso, largo e sardônico, expunha dentes irregulares e ameaçadores, e quando ele se movia, era com a confiança de um predador que conhece bem o seu domínio — cada gesto seu exalava a selvageria de um lobo vestindo pele de homem.

    Por favor, é tudo o que tenho, suplicou o viajante, mostrando uma bolsa de couro que balançava com o peso das moedas.

    9

    Os olhos de Arion se estreitaram. Ele não podia ignorar. Com passos deliberados, ele avançou, a lâmina de sua espada refletindo a última luz do dia. Pode ser que queiram reconsiderar esta escolha, sugeriu calmamente.

    Os bandidos caíram na gargalhada. Quem você pensa que é?, rosnou o líder, girando a adaga com destreza.

    Arion, com a palavra na boca e o aço na mão, dispensou o diálogo e mergulhou no vórtice da batalha. As lâminas desenharam arcos prateados sob o céu cinzento enquanto ele dançava entre seus adversários, um balé de morte ao ritmo do aço cantante. Cada passo seu era a personificação da precisão; a cada giro, sua espada era extensão de sua vontade, cortando o espaço entre ele e seus inimigos com uma destreza que fazia o tempo parecer lerdo.

    Um bandido avançou, espada em riste, mas Arion, como um rio desviando das pedras, fluiu para o lado, deixando o homem embater no vácuo 10

    e desequilibrar-se. Num sussurro metálico, a espada de Arion conversou com o ar, e o oponente encontrou-se desarmado, sua arma lançada para longe pela destreza impecável do golpe. Outro atacante, feroz e selvagem, abriu-se para um golpe lateral, mas Arion já não estava lá, e o homem se viu abraçando apenas o vento, antes de ser brutalmente arremessado contra um cúmplice, os dois caindo num emaranhado de membros e maldições.

    Contudo, o líder dos bandidos emergiu das sombras de seus subordinados, uma força bruta talhada nas entranhas da violência. Ele avançava como uma tempestade de carne e fúria, sua adaga uma extensão de sua selvageria indomável. Espada encontrou adaga, o choque metálico soando como um trovão de ferro. Seus olhares se trancaram, dois cosmos em guerra, e por um instante Arion sentiu o peso da mortalidade.

    Mas a luta é mãe de todas as oportunidades.

    Quando o líder hesitou, traído por um único 11

    batimento de coração incerto, Arion, com a graça de um predador e a precisão de um mestre artesão, desviou-se de um golpe mortal e respondeu com um contra-ataque cirúrgico. A espada de Arion cantou uma nota alta e terminante, e a mão que brandia a adaga do líder voou, liberta do corpo, um grito selvagem de dor e surpresa rasgando a garganta do bandido, que recuou, a raiva agora substituída pelo choque e pelo medo diante da fatalidade de sua derrota.

    Leve seus homens e saia daqui, ordenou Arion, sua voz fria e inabalável.

    O viajante, visivelmente abalado, aproximou-se e ofereceu a bolsa a Arion. Por sua bravura, disse.

    Arion apenas balançou a cabeça. A justiça não tem preço, respondeu, olhando para o horizonte. Mas enquanto se afastava, uma figura espreitava nas sombras, segurando uma joia que 12

    pulsava com uma luz misteriosa. A verdadeira jornada de Arion estava prestes a começar.

    13

    2. Encontro Na Estalagem

    À medida que a noite se aprofundava em Ellyndor, as tendas começaram a se recolher e o mercado a se aquietar. Fogueiras pontilhavam a paisagem, e histórias antigas eram contadas ao redor delas.

    O aroma de pinho e especiarias encheu as narinas de Arion assim que ele entrou na Estalagem da Árvore Adormecida. Era um local conhecido apenas pelos habitantes mais antigos de Ellyndor, escondido nas vielas tortuosas da cidade. O

    estabelecimento estava banhado em uma luz suave, com velas ardendo suavemente em nichos esculpidos e uma lareira que ronronava com um calor acolhedor.

    Arion escolheu uma mesa no canto mais distante, de onde poderia observar a entrada sem ser facilmente notado. Enquanto bebia lentamente seu vinho, cada gole trazia memórias de uma época 14

    mais simples, antes de ser rotulado de

    Desprezível. Até que uma figura se aproximou de sua mesa.

    Principe Arion, começou a figura, sua voz era suave, quase melódica, Ou deveria chamá-lo agora de Mercenário Desprezível?

    Arion levantou uma sobrancelha, a mão se movendo instintivamente em direção à sua espada.

    Quem é você e o que quer?

    A figura revelou uma mão esguia, abrindo-a para mostrar uma joia antiga, incrustada com uma esmeralda que pulsava em um ritmo que Arion reconheceu de imediato. Era semelhante ao ritmo de seu próprio coração.

    Reconhece isto? a figura perguntou.

    Arion engoliu em seco. Ele lembrava-se daquela joia, um amuleto que sua mãe lhe mostrara quando era criança, antes de seu reino cair.

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