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A Donzela e o Dragão
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A Donzela e o Dragão
E-book205 páginas2 horas

A Donzela e o Dragão

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A Donzela e o Dragão por Camila Winter

Montfort

Saga Romântica Medieval

A Donzela e o Dragão

A chegada de um belo cavalheiro francês ao convento de Santa María D'Este em busca de sua namorada fugitiva será o início desta história de amor e aventura ambientada na França e na Itália no século 15. Etienne de Montfault acaba de encontrar uma noiva pudica que o deixou plantado no altar e planeja levá-la à força se necessário, mas a noviça faz de tudo para evitá-lo. E enquanto ele aguarda impacientemente a noiva esquiva, uma bela noviça do convento chamada Annabella Rosselli cruza seu caminho. A dama olha para ele e cativa seu coração instantaneamente. Mas é um amor proibido e condenado, um amor que não tem futuro. Ele sabe que deve regressar com a noiva ao seu país, porque para isso fez uma longa e perigosa viagem desde Provença, mas não consegue parar de pensar naquela bela noviça da Provença de cabelos dourados e um olhar tão doce que o espia escondida no jardim todas as manhãs ...

IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de jan. de 2024
ISBN9781071576311
A Donzela e o Dragão
Autor

Camila Winter

Autora de varias novelas del género romance paranormal y suspenso romántico ha publicado más de diez novelas teniendo gran aceptación entre el público de habla hispana, su estilo fluido, sus historias con un toque de suspenso ha cosechado muchos seguidores en España, México y Estados Unidos, siendo sus novelas más famosas El fantasma de Farnaise, Niebla en Warwick, y las de Regencia; Laberinto de Pasiones y La promesa del escocés,  La esposa cautiva y las de corte paranormal; La maldición de Willows house y el novio fantasma. Su nueva saga paranormal llamada El sendero oscuro mezcla algunas leyendas de vampiros y está disponible en tapa blanda y en ebook habiendo cosechado muy buenas críticas. Entre sus novelas más vendidas se encuentra: La esposa cautiva, La promesa del escocés, Una boda escocesa, La heredera de Rouen y El heredero MacIntoch. Puedes seguir sus noticias en su blog; camilawinternovelas.blogspot.com.es y en su página de facebook.https://www.facebook.com/Camila-Winter-240583846023283

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    A Donzela e o Dragão - Camila Winter

    © A Donzela e o Dragão – Camila Winter

    © Todos os direitos reservados. Propriedade intelectual de todos os romances assinados por Camila Winter é de autoria e criação de María Noel Marozzi Dutrenit. Nova edição de Novembro de 2019. Título original A donzela e o dragão por Emily Blayton.

    A Donzela e o Dragão (Saga Montfault 1)

    Camila Winter

    © A Donzela e o Dragão - Camila Winter

    Romance de amor e aventura ambientado no final da Idade Média na França e Itália. Primeira parte da saga Montfault. Parte Dois: A Esposa Secreta.

    Prefácio da autora:

    Isso faz parte de uma saga medieval de amor e aventura, uma história ambientada na França no século 15 e que continua no romance: A esposa secreta. Os nomes, lugares e lendas do presente romance são invenção da autora e foram feitos de acordo com as crenças e superstições que prevaleciam na Idade Média. Eles não pertencem a seres reais ou históricos.

    Por isso fui fiel ao espírito daquela época com algumas liberdades, inventando a história de um santo ou uma lenda de cavaleiro e dragão para dar mais nuances à história, sem perder a essência daquela época.

    Da mesma forma, aviso o leitor que este romance é uma ficção histórica, não possui rigor histórico nem pretende ter, e que continuará no romance A Esposa Secreta (Montfault 2).

    Resta-me agradecer por ler meus romances mais uma vez.

    Esta saga foi publicada no meio do ano sob outro pseudônimo (por Emily Blayton), mas esta contém uma revisão geral e algumas mudanças.

    1.  A donzela e o dragão

    2.  Camila Winter

    3.  Convento de Santa Maria D'Este—Região do Piemonte Itália Século XV

    No convento de Santa Maria D'Este, todas as noviças estavam orando juntas em orações e canções sem imaginar que este seria seu último dia de paz.

    Tudo começou logo após o pôr do sol, quando o sino do gongo foi ouvido para anunciar a morte da Prioresa Abadessa Madre Magdalena. O som despertou várias freiras da homilia e de repente se ouviram vozes, choro abafado e consternação geral.

    —Ela se juntou a nosso Senhor, está em paz, mas não se esqueçam de rezar por sua alma, disse o Padre Amadeo, um belo jovem que dava missa e se dedicava a confessar às freiras.

    Mas apesar de a abadessa ser muito velha e já há muito tempo sofrer de dores no coração, a sua partida foi recebida com grande pesar.

    Agora a Igreja nomearia uma nova abadessa, mas enquanto isso, a Irmã Beatrice tomaria seu lugar.

    Uma jovem noviça observou o Padre Amadeo com entusiasmo e, num impulso, correu para cumprimenta-lo. Ela o conhecia há muito tempo e acreditava que eram amigos, mas naquela ocasião o prelado se distanciou e foi muito frio ao cumprimenta-la.

    —Boa tarde, Irmã Annabella, disse ele sem olhar para ela, acenando com as mãos nervosamente.

    A jovem noviça se sentia pesada e olhou tristemente para o velho amigo.

    —Ainda não fiz meus votos, padre, respondeu a jovem. Ela tinha dezesseis anos e fora criada naquele convento praticamente depois que sua mãe morrera de parto e seu pai pensava que ali ela receberia a educação adequada para uma senhora de posição.

    O jovem prelado olhou para ela confuso, seus olhos tentando evitar os dela, sem poder evitar expressar confusão, afeto, desejo. Esta jovem de beleza radiante era tentação do demônio e Padre Giovanni, seu confessor, o aconselhou a ser prudente e evitar fazer amizade com a jovem noviça.

    —Sim, claro, respondeu ele, — eu sei. Você ainda não está pronta, Irmã Annabella. 

    A jovem loira sorriu maliciosamente ao vê-lo corar e olhar para ela. Ela sabia que tinha esse efeito sobre ele e gostava disso, gostava muito daquele jovem padre bonito que sempre fora tão gentil com ela, sem pensar que isso não era certo, porque sua inocência estava além do pecado e do mal. Ela o considerava um velho amigo e nada mais.

    E na manhã seguinte, quando foi procurar flores silvestres para enfeitar a capela onde seria feito o funeral da Madre Superiora, voltou para ver o Padre Amadeo.

    —Padre Amadeo, ela murmurou em saudação.

    Ele parou e olhou para ela com o coração disparado, fazendo a noviça corar.

    —Irmã Bella, sua touca... ele disse, apontando para o cabelo dourado rebelde ao vento.

    Annabella corou e murmurou que devia ter caído quando caminhava em direção ao pomar, segurando com força a cesta de flores silvestres.

    O prelado fez uma careta para ela, como se ela tivesse cometido um pecado quando ele se aproximou para contemplar maravilhado seus lindos cabelos ao vento. Parecia a visão da Santíssima Virgem, sua senhora, o rosto oval rosado de bochechas cheias, os lábios vermelhos sorrindo como se ela tivesse cometido uma travessura e a testa alta, reta e clara coroada por aquele manto de cabelo loiro dourado que a fazia parecer anjo, uma visão mística e luminosa. Ela era tão linda, tão pura e radiante, sem maldade, longe de tudo que era profano e maldoso que se escondia longe daquelas paredes. E sem perceber ele se aproximou sem tirar os olhos dela.

    —O que está acontecendo, Padre Amadeo? Perguntou inocentemente, pois havia percebido algo diferente ultimamente.

    A voz dela o despertou de seu devaneio.

    —Nada, Irmã. Apenas pensei...

    Não terminou a frase porque de repente avistou a pouca distância o idoso padre Giovanni Mateo que aparentemente os tinha observado e não era a primeira vez que o fazia.

    —Você deve retornar, Irmã Annabella. E cubra o cabelo, por favor, ou será punida por Beatrice.

    A expressão da jovem mudou.

    —Você não faz nada além de me evitar e me dar um sermão, Padre Amadeo. Como se você não fosse mais meu velho amigo, reclamou.

    Suas palavras tão diretas e precisas fizeram o jovem prelado estremecer, que embora tivesse toda a intenção de escapar, parou seus passos e olhou para ela.

    —Isso não é verdade, Bella, eu sou seu amigo e sempre serei.

    A jovem olhou para ele como se não acreditasse em uma palavra. Então o Padre Giovanni se aproximou para olhar para os dois como se fossem dois pecadores e depois olhou para o Padre Amadeo.

    —Padre Amadeo, siga-me. Preciso falar com você imediatamente.

    Annabella ficou sem saber o que fazer, incomodada ao perceber que esse padre estava levando seu velho amigo sem poder lhe dizer por que ultimamente parecia evitar sua companhia.

    Mas de repente ela percebeu que ele se afastava dela como do diabo e isso a deixou triste.

    Ela estava voltando para o convento com a cesta de flores quando a irmã Inês se aproximou como uma víbora, contornando a estrada.

    —Irmã Annabella. O que aconteceu com o sua touca? Por que você não usa? Ela repreendeu, olhando para ela com aqueles olhos cinzentos frios.

    A jovem noviça corou, naquele dia tudo parecia dar errado para ela.

    —Sinto muito, acho que esqueci na minha cela.

    A freira franziu os lábios e perguntou do que ela estava falando com o Padre Amadeo. Caramba, ela não escaparia como desejava e olhou tristemente para a Irmã Inés ao ver a malícia no rosto da jovem freira.

    —Nada importante, disse ela por fim.

    —De verdade? Bem, não acho sensato falar a sós com o Padre Amadeo. Eles observam você, noviça. Eles estão observando você e você ainda não fez seus votos. Isso é ruim, eu diria. Muito ruim.

    —Mas haverá outra cerimônia em breve, Annabella balbuciou inquieta.

    Agora a irmã a olhava com um sorriso radiante, como se gostasse de dar as más notícias.

    —E você não fará parte dela, Annabella. Já foi decidido.

    A jovem noviça foi embora assustada, ela não podia acreditar, ela esperava que ao menos pudesse tomar os hábitos.

    —E por que eu não posso estar lá?

    —Bem, porque você não está pronta e não estará pronta se continuar essa amizade com o Padre Amadeo, ela se apressou em responder enquanto se aproximava lentamente e a olhava acusadoramente.

    —Não fiz nada de errado, defendeu-se a jovem.

    —Ainda não, mas você é jovem e bonita e ele é um homem, não importa que use batina. Ela não te olha como amiga, ela te olha de uma maneira diferente. Eu vi isso. Todos veem, Annabella. É por isso que a aconselho a ser cautelosa.

    Aquela irmã não gostava dela, tinha vindo para o convento de Santa Clara há uns dois anos e a princípio era gentil e disposta a ajudar na cozinha, depois foi promovida a auxiliar da irmã superiora e isso a fez fofoqueira e vaidosa. Diziam que ela contava todas as fofocas para a falecida, sempre a deixando de mau humor e aparentemente não perdeu o hábito porque lá estava ela, espionando e dando conselhos que não foram pedidos. Ela não tinha mais ninguém para quem contar histórias, aparentemente. Ou talvez estivesse planejando se tornar a nova conselheira da abadessa? Irmã Beatrice era diferente, não se deixava manipular pela fofoca, odiava isso e sabia disso.

    —Você me seguiu? Ela perguntou irritada.

    Agora aquela freira não tinha poder e isso a deixava feliz. Ela voltaria para sua cela para orar e seria mais uma.

    Irmã Inés olhou para ela inocentemente.

    —Claro que não, eu estava passando pelo pomar e vi o Padre Giovanni te seguir e também o Padre Amadeo olhando para você de forma imprudente. O Padre Giovanni ficou furioso e repreendeu seu amigo, duvido que ele o deixe ficar aqui como antes. Ele teme que sua estadia aqui perto de sua doce companhia seja sua ruína.

    —Minha ruína? Annabella respondeu e se afastou daquela freira porque se sentiu mal com o que acabara de sugerir. Víbora má, sempre fazia isso, farejando, fofocando, provocando aqueles que considerava os pecadores ... porque parecia sempre zelar pelas noviças e por todos os padres que visitavam o convento.

    A jovem fugiu com a cesta de flores.

    Ela havia crescido naquele convento, sem nunca receber visitas de seus parentes ou de seu pai e ela só conhecia freiras e mais freiras e tinha uma queda pelo Padre Amadeo e pelos homens, os poucos que ela via naquele convento. Estava um pouco cansada de estar sempre rodeada de religiosas, glutonas, queixosas, velhas, jovens... para ela, o Padre Amadeo era especial. Ele era seu amigo, ela podia falar com ele por horas sem ficar entediada porque ela sentia que ele a entendia e não havia nada de pecaminoso ou perverso naquela amizade. O padre era um jovem muito sério e correto, nunca faria nada imprudente e as palavras da irmã Inés a deixaram enjoada porque mais uma vez ela teve que calar o que sentia, o que pensava porque se explodisse ia acabar mal para ela e eles iriam puni-la. E ela iria fazer os votos muito em breve, ela não poderia se deixar levar por um impulso agora. Certamente a freira mentia, dizia mentiras o tempo todo para irritar as outras. Ninguém a queria em Santa Clara, apenas a Irmã Magdalena, a falecida abadessa, e a jovem noviça se perguntava o que aconteceria agora que sua protetora se fora... ela tinha certeza de que a nova abadessa não permitiria que ela contasse histórias.

    Quando ela entrou na cela das noviças, ela estava à beira das lágrimas. Ela não entendia por que, mas se sentia triste e com o coração partido por não saber por que seu antigo amigo não queria saber nada sobre ela e a evitava como uma praga. Mas naquele dia ele olhou para ela de uma maneira especial, havia algo em seus olhos, algo que a deixou perplexa e agitada como se... ele a olhou como se ela fosse bonita, ou pensasse que fosse.

    Até que viu a amiga Chiara sentada no catre lendo uma carta enquanto as outras noviças cochichavam sobre o velório da irmã prioresa.

    —O que você tem, Annabella? Perguntou a amiga ruiva gorducha.

    —Nada... eu só estava pensando, respondeu e aproveitando a ausência das outras noviças, resolveu desabafar: —Padre Amadeo, murmurou, —ele não falou comigo, nem quis olhar para mim e não sei se o ofendi.

    Sua amiga olhou para ela com uma cara assustada.

    —Essa amizade não é sábia agora, amiga, você sabe bem.

    —Mas ele é meu amigo e meu confessor. Não entendo porque agora ele foge de mim como se eu fosse o mal.

    A noviça ruiva não soube o que dizer até que refletiu por um momento e respondeu:

    —Sim, eu sei. Mas acho que ele não vê mais você como uma amiga e isso o faz evitar sua companhia.

    A noviça loira estremeceu ao ouvir isso.

    —Não é verdade. Oh, por favor, não fale assim.

    —Oh vamos lá, você sabe que é. Ele olha para você com olhos diferentes e isso o mortifica, por isso ele decidiu se afastar de você, Bella. E você deve fazer o mesmo, fique longe. Você não quer ser uma daquelas freiras que perdem a cabeça por causa de um homem de batina.

    A dureza de suas palavras a assustou, não era verdade, não era assim, e ao se afastar irritada da amiga percebeu que elas não estavam sozinhas na cela como pensavam. 

    Suas palavras foram ouvidas pela noviça loira de grandes olhos castanhos, aquela jovem francesa chamada Eloïse de Poitiers. Ambas não sabiam que ela estava naquela sala.

    —Por favor, menina boba, pare de se apaixonar por todos os prelados que vêm para este convento, disse ela, intervindo na conversa sem ser convidada.

    Annabella olhou para a noviça francesa primeiro com uma expressão chocada e então lentamente a fúria e a descrença apareceram.

    —Como você ousa dizer algo tão horrível? O Padre Amadeo é meu amigo e eu o aprecio, disse ela aborrecida, enquanto se apressava em enxugar as lágrimas.

    Eloïse de Poitiers era filha de um importante conde francês e por isso se arrogava muito e ria de todas as noviças sempre que podia. Sua chegada ao convento, semanas atrás, aparentemente foi tempestuosa e inesperada, e a Madre Superiora deu-lhe certos privilégios por ser uma senhora de linhagem nobre. E infelizmente a prioresa nunca a repreendia por ser nobre e francesa, condição que a tornava especial e por isso a francesa dizia o que pensava e sempre se envolvia em tudo.

    Porém, ela estava cansada dessa francesa zombando dela e tendo privilégios sobre as outras e decidiu confrontá-la.

    —O Padre Amadeo é meu amigo e não sei por que você zomba de mim e se sente superior a todos nós. Você é apenas uma noviça aqui como todo mundo, assim diz a Irmã Beatrice.

    A francesa parou de sorrir com o ataque Inésperado daquela italiana boba e mimada.

    — Ora, vamos, dá para perceber que está louca de amor por aquele padre. Todas sussurram. Compreenda, pequena tola, você não está aqui para tomar os hábitos, mas porque você não tem ninguém para cuidar de você,

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