A Paz No Mundo

De Marcus De Mario

Este livro é ao mesmo tempo um apelo à razão e ao coração pela paz nas relações humanas, tão necessária para minimizarmos ao máximo a violência de toda ordem que ainda caracteriza a humanidade e, tenho essa esperança, fazer da violência, do egoismo, da indiferença, da hipocrisia, da injustiça apenas um período da história de nossa civilização, um passado a ser lembrado como lição para o que não devemos mais fazer. Cada capítulo deste livro desdobra considerações sobre um trecho da Carta Pela Paz no Mundo, que oferto por inteiro no último capítulo. São considerações saídas do coração, mas também de raciocínios formulados pelo bom senso, procurando sensibilizar a você, leitor, para a paz. Se, em algum lugar do mundo, minhas palavras despertarem uma consciência, sensibilizarem um coração, já me darei por satisfeito, considerando que fiz obra útil, e que essa pessoa sensibilizada e conscientizada, fará, por sua vez, a multiplicação, onde estiver, da paz.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 9 de jan. de 2024

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A PAZ NO MUNDO

Uma nova ética no viver

MARCUS DE MARIO

A PAZ NO MUNDO

Uma nova ética no viver

Do Autor

A Paz no Mundo

(c) Marcus De Mario

2ª edição

Janeiro de 2024

Contato:

E-mail: [e-mail]

Proibida a reprodução, por qualquer meio, sem a expressa autorização do autor.

Vamos precisar de todo mundo Pra banir do mundo a opressão

Para construir a vida nova

Vamos precisar de muito amor

A felicidade mora ao lado

E quem não é tolo pode ver

Trecho da música O Sal da Terra,

de Beto Guedes

Amanhã

Está toda a esperança

Por menor que pareça

Existe e é pra vicejar

Amanhã

Apesar de hoje

Será a estrada que surge

Pra se trilhar

Trecho da música Amanhã,

de Guilherme Arantes

ÍNDICE

Apresentação

1. Sensibilizar para a paz

2. Solidariedade social

3. Pensar no outro

4. Irmãos em humanidade

5. Superando barreiras

6. Opção pela paz

7. Somos todos irmãos

8. Aprender a se colocar no lugar do outro 9. Educação moral

10. Educação, a prioridade número um 11. Conhecimento de si mesmo

12. O flagelo do egoísmo e do orgulho 13. Somos todos seres humanos

14. Dez passos para a paz

15. A não violência e a paz

Conclusão

Carta pela paz no mundo

Anexo I – Técnicas de sensibilização dos sentimentos

Anexo II – Declaração e Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz

Anexo III – Programa Vivendo Sempre em Paz

Bibliografia

Sobre o autor

APRESENTAÇÃO

Este livro é ao mesmo tempo um apelo à razão e ao coração pela paz nas relações humanas, tão necessária para minimizarmos ao máximo a violência de toda ordem que ainda caracteriza a humanidade e, tenho essa esperança, fazer da violência, do egoismo, da indiferença, da hipocrisia, da injustiça apenas um período da história de nossa civilização, um passado a ser lembrado como lição para o que não devemos mais fazer. Para os que alegarão ser meu pensamento uma utopia, um sonho de uma imaginação excitada, ou uma possibilidade extremamente remota e praticamente impossível de acontecer, lembro que após a segunda guerra mundial, com a criação da Organização das Nações Unidas, temos procurado mundialmente evitar outra guerra de proporções tão catastróficas, e apesar das inúmeras ameças já acontecidas, e das inúmeras guerras pontuais que infelizmente assistimos, é fato que desde 1945 o diálogo tem preponderado e cada vez é mais longínqua a possibilidade de um conflito de maiores proporções.

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Há um clamor no ar, explícito ou implícito, pela solidariedade, pela cooperação entre os homens e as nações, pois sabemos muito bem as dores e os sofrimentos, às vezes inenarráveis, das consequências da violência, seja ela física ou psicológica. Mesmo nunca tendo participado de um ato violento, mesmo não sendo vítima direta da violência, todos sabemos que nada de bom pode vir do desrespeito à vida. Aliás, preservar a vida do nosso semelhante deve ser nossa luta diária, no esforço de respeitar o direito que o outro tem de viver, tanto quanto também temos esse mesmo direito.

No ano de 2007, lançamos o Programa Vivendo Sempre em Paz, constituído de Cadernos de Atividades Educacionais sobre a Paz, com distribuição gratuita para as escolas, ofertando aos pedagogos e professores oportunidade de implementação de um processo de cultura da paz na formação das novas gerações. Em 2016

idealizamos e publicamos a Carta Pela Paz no Mundo, com lançamento realizado pela internet no primeiro dia daquele ano, que é oficialmente considerado Dia Mundial da Paz e da Confraternização Universal. Tenho a esperança que tanto o programa quanto a carta alcancem cada vez mais pessoas e repercutam em suas mentes e 2

corações, assim como este livro, que agora surge neste ano de 2021 com o objetivo de mostrar que a paz entre os homens e mulheres de todas as nações, de todas as etnias, de todas as religiões, de todas as opiniões políticas, de todas as culturas, enfim, que a paz entre os seres humanos é possível, e deve ser a nossa decisão de vida se queremos ter um mundo mais ético, solidário e justo.

A única defesa que faço nesta obra é a defesa da paz. Não defendo pontos de vista de nenhuma espécie, nem religiosos, nem políticos ou qualquer outro ponto de vista. Escrevo pela solidariedade, pela ética, pela justiça, pela fraternidade e pela esperança de uma humanidade onde a violência ficou para trás em sua história, onde o egoísmo individual e os interesses de grupos abriram espaço para o pensar e o fazer coletivo sem olhar a quem e sem esperar qualquer tipo de recompensa. Escrevo para que a cooperação social e econômica entre as nações deixe de lado interesses hegemônicos e trabalhe apenas pelo bem de todos.

E agora uma palavra sobre uma área da maior importância para estabelecimento de uma nova ordem mundial pacífica: a educação. Quando falo de educação, não me refiro à transmissão de 3

conteúdos curriculares, provas, notas e certificados de conclusão de curso, pois essa educação é meramente ensino, e, quando muito, trabalho de desenvolvimento do potencial cognitivo do ser humano. Mas que adianta ser graduado, pós-graduado, mestre, doutor e especialista se falta sentimento, se falta humanização? Qual o sentido de toda uma formação intelectual e profissional se ela não é acompanhada pelo bom caráter, pela ética, pela justiça, pela solidariedade? Essa educação estéril, confundida com a instrução, com o ensino, tem provocado males infindáveis à sociedade humana, diariamente despejando em seu seio indivíduos indiferentes, egoístas, imediatistas, sem espiritualidade e humanidade, sem sentimento e sem compaixão. E as consequências disso são visíveis: criminalidade em alta, corrupção em todos os setores, desrespeito às