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Recanto Da Garotada De Guaianases São Paulo
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Recanto Da Garotada De Guaianases São Paulo
E-book149 páginas1 hora

Recanto Da Garotada De Guaianases São Paulo

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Sobre este e-book

A obra Recanto da Garotada de Guaianases é uma narrativa envolvente, escrita pelo autor Paulo Mascarenhas, a historia nos conduz por uma jornada única no mundo da literatura. A tese central desta obra aborda as experiências marcantes e desafiadoras vividas pelo autor durante sua infância no Recanto da Garotada de Guaianases em São Paulo. O livro apresenta a história de Paulo e outras crianças que enfrentaram situações difíceis e traumáticas nas mãos de exploradores e espancadores no Recanto da Garotada. Os personagens principais incluem Paulo e outros órfãos, enquanto a trama desvela os horrores e desafios que enfrentaram na instituição. A obra é historicamente relevante, oferecendo um olhar único sobre eventos do passado. Além disso, destaca-se como uma contribuição valiosa para a literatura contemporânea
IdiomaPortuguês
Data de lançamento11 de jan. de 2024
Recanto Da Garotada De Guaianases São Paulo

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    Pré-visualização do livro

    Recanto Da Garotada De Guaianases São Paulo - Paulo Mascarenhas De Souza

    Pensar que fui convidada para falar desta obra literária! Imaginar conhecer seu escritor no corredor de uma enfermaria! Estou emocionada e nervosa enquanto escrevo esta apresentação. Em certa noite estava na entrada da enfermaria e encontro Seu Paulo Mascarenhas e Dona Iolanda começamos a falar da importância da escrita e leitura para a vida. Então ele começa a falar de teu livro inspirado em tua passagem por um orfanato.

    Fiquei atenta a cada palavra e uma mistura de sentimentos a surgir. Documento deixados bem guardados por tua mãe a revelar uma infância repleta de dificuldades, superação e fé. Por que foi submetido a isto? Quem deveria o proteger o tratou de forma indiferente

    . Lembro que falei: o senhor es muito forte ao escrever estas vivências . Meus olhos encheram de lágrimas e me fez refletir. Por que existe o mal às crianças ? Por que mascarar uma realidade? Respostas bem complicadas .

    Ao ler casa página deste livro tentará mudar os parágrafos pois se envolverá completamente. Tua mente fervilhara a cada segundo. Arrepio a tomar mãos.

    Interrogações a surgir

    Porém o mais esperado será o final e com certeza acreditará em novo viver guiado por ressignificação, bravura e perseverança.

    Carolina Miranda do Espírito Santo Enfermeira e poeta

    Apresentação

    Eu sempre admirei a ousadia das pessoas que se propõem a escrever. O escritor expõe seus pensamentos e sentimentos através de seus textos que podem ser poesia, crônica, conto, romance, dentre outras vertentes da escrita. Dito isso, expresso minha admiração por Paulo Mascarenhas, este amigo de longa data que tem pautado sua vida nas diversas formas de arte: teatro, música, locução e agora literatura. Na década de 1980 Jacobina passou por uma efervescência cultural, onde vários jovens se engajaram no mundo das artes. Nesse período Paulo abraçou o teatro, quando formou o Grupo Teatral PM. Ele escreveu, dirigiu a atuou em várias peças que levavam um grande público ao Centro Cultural. Neste período também se envolveu com a música. Dominava (e ainda domina) o violão com maestria. Participou de festivais, ganhou prêmios e fazia shows de voz e violão. Depois disso se aventurou nas rádios jacobinense onde participou de vários programas, sempre se destacando em suas reportagens e locução. Paulo se formou em História pela UNEB, enriquecendo ainda mais seu trabalho. Hoje Paulo é professor e escritor. Tive a honra de ser um dos primeiros a ler seu livro de estreia Memórias de um menino. Achei Paulo muito corajoso ao abordar um assunto que, para muitos, é bastante delicado. Ele, baseado em uma longa pesquisa, foi buscar suas raízes, encarando um passado sofrido. Nem todos têm a coragem de lidar com fantasmas do passado. Paulo teve essa coragem e trouxe à tona uma obscura parte do passado que revela o lado cruel de alguns indivíduos que não devem nem mesmo serem chamados de seres humanos. Como Paulo, outras crianças da época sofreram as agruras de um grupo que explorava crianças.

    Infelizmente, na atualidade, ainda existe situações como essa. Mas a coragem de Paulo além de desvendar essa rede de crime, faz suscitar discussões e a atenção das autoridades para combater esse tipo de crime. Apesar de hoje termos uma sociedade mais esclarecida e vigilante, com entidades de defesa dos mais vulneráveis, ainda sabemos que existem muitos problemas que deveriam fazer parte do passado. Não tenho dúvida que esse livro de Paulo Mascarenhas, além de ser uma leitura que prende o leitor, vai ser importante como um instrumento para alertar a sociedade que, infelizmente, ainda existem problemas crônicos que devem ser encarados e combatidos. Obrigado Paulo por sua inquietação e ousadia em usar a arte para denunciar e procurar corrigir os caminhos tortuosos da nossa sociedade.

    Jacobina, 23 de dezembro de 2022;

    Ivan Aquino - Membro da Academia Jacobinense de Letras

    O autor

    Paulo Mascarenhas de Souza, professor de História, Possui graduação em História pela UNEB- Universidade Estado da Bahia, Complementação Pedagógica em História pela FASUL- Faculdade Sul de Minas, Arte - Educador pelo Instituto Imazon, Direção de Artes Cênicas pelo Retrate-Governo Do Estado do Bahia e Curso de Formação Continuada em Música pela Fundação do Estado da Bahia.

    Atualmente

    é

    Professor

    de

    História

    do

    Ensino

    Fundamental. É Radialista, foi arte educador pelo Peti-Programa

    de

    Erradicação

    do

    Trabalho

    Infantil,

    Coordenador de Cultura no Centro Cultural de Jacobina e Comunicador Social pela Cofaspi.

    Prólogo

    O Livro de Paulo Mascarenhas de Souza tem a inegável responsabilidade de denunciar fatos que ocorreram em 1967, ainda na ditadura militar, vale salientar, que não estamos aqui relacionando essa história a um contexto político, ou, afirmando que fomos vítimas da ditadura militar no Brasil, no entanto, podemos afirmar que

    esses fatos foram noticiados pelos jornais da época, que houve movimentos políticos que repudiaram essa instituição escolar denominada Recanto da Garotada de Guaianases-SP,

    que foi acusada de torturar

    crianças em situação de vulnerabilidade social, deixar as crianças viverem em condições de total falta de higiene, mal tinham alimentação, eram torturadas das piores formas possível, ressaltamos também a questão

    da memória, o que lembro ou deixei de lembrar , apesar de ser uma criança de apenas um ano de idade, quando essas denúncias

    surgiram, ou, quando essa reportagem

    1

    foi

    veiculada,

    destacamos

    o

    depois

    desses

    acontecimentos, quando já estava em poder de dona Sinésia, em uma casa grande, cercada de arames farpados, em que minha mãe poderia me visitar de 15 em 15 dias, mesmo com toda investigação, não consegui encontrar respostas, ou seja, como fui parar na casa de dona Sinésia e dona Francisca ? Será que a malvada Dona Sinésia não era na verdade a Jandira Mendonça Rios, proprietária da escola Recanto da Garotada? O que aconteceu depois que a polícia encontrou essas crianças?

    De que forma minha mãe tomou conhecimento dos fatos?

    Parte do que relato neste livro vem das Memórias já na casa da Malvada Dona Sinesia, e depois, quando minha mãe conseguiu me tirar daquele lugar.

    Vale também destacar, que procurei não citar nomes de familiares e amigos, até mesmo porque não tive a autorização dessas pessoas, e talvez algumas se

    sentiriam constrangidas, sem falar da consideração, muitas vezes não há a verdadeira reciprocidade por parte deles em relação a minha pessoa, já os nomes citados, são de pessoas que fizeram parte da história como personagens principais, além daquelas que fizeram parte do livro nas primeiras páginas da apresentação, todos os fatos aqui relatados são fundamentados pelos jornais da época, arquivos do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) que estão acessível no sites, arquivos guardados por minha mãe e nas minhas memórias, que procurei da forma mais ética possível transcrever essas lembranças de forma racional, sem exagero.

    Por fim,

    agradeço a sua leitura, tenho a certeza que não estará perdendo o seu tempo, pois

    os fatos aqui

    expostos faz parte de

    um recorte da História de 1967

    em São Paulo, quando ainda estávamos na Ditadura

    Militar no Brasil, um contexto diferente dos dias atuais, contudo, observamos que ainda hoje , acontecem 2

    violência contra crianças, talvez, esse pequeno livro , sirva de

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