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Carlíricas
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E-book93 páginas24 minutos

Carlíricas

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Sobre este e-book

CARLÍRICAS é uma compilação de poemas da multipremiada escritora CARLA CINTIA CONTEIRO, com peças revisitadas e inéditas. O livro traz a pluridimensionalidade da autora, com diversos assuntos que despertaram seu interesse, ao longo do tempo. De preservação da vida humana na Terra à conversa do vizi-nho na viagem de ônibus. Com bom humor, drama, tristeza, reflexões, revolta, alegria, saudade, imaginação e muito mais, Carla explo-ra as nuances do ser humano e de suas relações. Emergem das páginas seus variados aspectos como mulher negra, cidadã, mãe, filha, trabalhadora, estudante, esposa, profissional, “fanfiqueira” e outros com os quais os leitores deste livro poderão se identificar.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de abr. de 2024
Carlíricas

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    Carlíricas - Carla Cintia Conteiro

    ARTE

    PERFUME

    Porque não esperamos

    Ser tiradas para dançar,

    Evoluímos no salão

    Sem precisar de um par.

    Não queremos ser a rosa

    Que espera ser colhida.

    Agarradas às raízes,

    Exalamos perfume em vida.

    Quem quiser ouvir o canto,

    Quem quiser sentir o verso,

    Prepare ouvidos de espanto:

    Que aprecie o diverso!

    MINHA PAIXÃO

    Eu tenho uma chama que arde no peito

    É minha virtude e maior defeito

    Me faz sonhar à noite

    Me faz levantar de manhã

    Por ela ignoro o ardido açoite

    da língua que diz que a vida é vã

    É razão, alicerce e motivo

    pra seguir de espírito altivo

    Nas tormentas crueis que a vida mandar

    Alimento, água, bote salva-vida

    É tudo de que minha alma precisa

    Nas ida e vindas das vagas do mar

    Minha paixão me impulsiona

    pra ir adiante

    Na cadência da existência pulsante

    Como um verso de um samba de amor

    E na luta pelo pão de cada dia

    Em tempos de glória ou de agonia

    Me sustenta diante da tristeza que for

    ARTISTA

    No breu, a voz débil gritou:

    – Mãe!

    Feriram o artista jovem com ferro novo.

    O vento soprou,

    A porta bateu.

    Furaram o peito do artista maduro

    com um ancinho usado.

    A chuva caiu,

    a cobra do galho despencou.

    Mataram o artista velho com tridente envergado.

    Na rua de baixo,

    a coruja piou.

    O silêncio das eras brisou.

    O ferro enferrujou.

    O ancinho banguelou.

    O tridente oxidou.

    No breu, a voz débil gritou:

    – Mãe!

    E a mãe cantou para o filho

    a canção do artista jovem.

    E a mãe contou o conto do artista maduro.

    E a mãe mostrou o quadro do artista velho.

    A criança abriu a boca.

    E cresceu para virar gente grande.

    ANTES DE EU PEGAR A NAVE

    Procura-se, só para variar:

    Quem torça para dar certo;

    Quem não discorde antes de acabar de ouvir;

    Quem tenha pontos positivos

    a apontar e acrescentar;

    Quem vibre com o

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