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Educação Permanente e Continuada em Enfermagem - 2ª edição
Educação Permanente e Continuada em Enfermagem - 2ª edição
Educação Permanente e Continuada em Enfermagem - 2ª edição
E-book327 páginas3 horas

Educação Permanente e Continuada em Enfermagem - 2ª edição

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Sobre este e-book

Este livro, em sua segunda edição, tem como objetivo fornecer uma visão abrangente sobre a Educação Permanente e Continuada em Enfermagem, destacando sua importância, princípios e práticas a partir das experiências do setor de Educação Continuada, sob a coordenação do Núcleo Corporativo de Enfermagem (NCE), nas instituições públicas de saúde gerenciadas pela Organização Social de Saúde – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM Afiliadas). Os conteúdos descritos são frutos das experiências dos Serviços de Enfermagem dos hospitais, ambulatórios, microrregiões da Atenção Primária à Saúde, serviços especializados pelos Diretores de Enfermagem, Gerentes de Enfermagem, Supervisores de Enfermagem, Supervisores de Educação Continuada, Enfermeiros Assistenciais, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, que cumprem a missão das instituições, de maneira impecável e exemplar. Esta obra fornece aos enfermeiros, educadores, gestores e estudantes de enfermagem uma fonte valiosa de conhecimento e orientação sobre a importância da Educação Permanente e Continuada em Enfermagem. Espera-se que ela sirva como um guia prático e inspirador para aqueles que desejam investir em seu crescimento profissional e, assim, contribuir para o avanço da enfermagem e, consequentemente, da qualidade do cuidado prestado aos pacientes. Ademais, que também influencie os gestores de enfermagem em como organizar seus serviços a partir das excelências alcançadas e aqui compartilhadas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de mai. de 2024
ISBN9786527012160
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    Educação Permanente e Continuada em Enfermagem - 2ª edição - Elizabeth Akemi Nishio

    CAPÍTULO I

    REFERENCIAL TEÓRICO DA EDUCAÇÃO CONTINUADA EM ENFERMAGEM

    "Feliz aquele que transfere o que sabe e

    aprende o que ensina." Cora Coralina.

    Shirley dos Santos Kimura Kuratomi

    Elizabeth Akemi Nishio

    A Educação Continuada (EC) da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – Redes Afiliadas (SPDM Afiliadas) é entendida como um processo dinâmico de ensino aprendizagem, ativo e permanente, destinado ao desenvolvimento pessoal, social e profissional de seus colaboradores, que corresponde ao desenvolvimento do corpo de enfermagem e garantia do Modelo Assistencial (1) . Atua especificamente na categoria profissional enfermagem e é assessorada pela Educação Continuada Corporativa do Núcleo Corporativo da Enfermagem (NCE).

    O NCE considera que o processo de capacitação dos colaboradores da enfermagem deve ser planejado para atender a todos aos departamentos e categorias dos profissionais da enfermagem, embasado no referencial teórico metodológico de Paulo Freire(2). Isto é, a problematização do processo de trabalho vivenciado pela enfermagem, pautado na transformação de sua realidade por meio de consciência crítica, objetivando sua autonomia na transformação das práticas profissionais da organização do trabalho, em que as necessidades de promoção, prevenção, tratamento e recuperação de saúde das pessoas constituem a sua referência(3).

    Para tanto, a EC utiliza a teoria educacional crítica, com objetivo de alterar o senso comum para um raciocínio crítico do profissional. Outrossim, baseia-se nas orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais, em que o ensino dever ser crítico, reflexivo e criativo, considerando o enfermeiro um educador. Assim, o processo de ensino deve ser conduzido à equipe de enfermagem, situada no tempo e espaço, construindo a relação enfermeiro EC / equipe de forma socializada, dialética e, ambos na situação de ensinar e aprender(4,5).

    Nesse sentido, a EC deve direcionar as atividades educativas baseadas em evidências, para a realidade institucional e às necessidades do pessoal. Dessa forma, procura-se desenvolver o processo dinâmico e flexível de ensino-aprendizagem associado às teorias de enfermagem e que estimule o aprender crítico dos colaboradores, integrando seus conhecimentos acumulados às evidências científicas, alinhados à teoria e prática(6).

    As teorias de enfermagem adotadas pelo NCE da SPDM Afiliadas contribuem para o fortalecimento da prática assistencial da enfermagem, pois orientam a educação continuada das instituições no desenvolvimento dos modelos de cuidados definidos e proporcionam saberes que aprimoram a gestão, o ensino e a pesquisa.

    Entre as teorias de enfermagem adotadas por essa instituição estão as teorias: ambientalista de Nightingale (1859); do relacionamento interpessoal na enfermagem de Peplau (1952); das necessidades humanas básicas de Horta (1970); do déficit autocuidado de Orem (1971) e o modelo de prestação de cuidados Primary Nursing, adaptado à realidade das instituições.

    A teoria ambientalista de Florence Nightingale resulta da atuação na enfermagem como agente fundamental sobre o ambiente e o paciente no processo de revitalização da saúde. Ela indica fatores determinantes do meio em que o paciente convive como arejamento e aquecimento, condições sanitárias das moradias, ruídos, alimentação, roupa de cama, iluminação, limpeza de quartos e paredes, higiene pessoal, como intervenientes no processo saúde-doença(7).

    Contudo, na SPDM Afiliadas, o enfermeiro pode atuar por meio da EC na promoção da saúde do paciente, inter-relacionando o conceito básico da teoria ambientalista com a situação de vida do paciente, utilizando do processo de enfermagem (identificação e levantamento de problemas) para orientações específicas(7,8).

    Voltada às Unidades de Saúde Mental da instituição, a teoria do relacionamento interpessoal na enfermagem de Hildegard Elizabeth Peplau se faz presente de maneira interativa, com a valorização da relação entre enfermeiro/paciente, onde as ações educativas de saúde acontecem de forma contínua, com participação do paciente e sua família – o centro do cuidado. As quatro fases do processo interpessoal enfermeiro/paciente: orientação; identificação; exploração e, resolução são aplicadas de forma a apoiar o paciente a solucionar suas dificuldades, procurando meios para ser auxiliado(7,9).

    Na teoria de Wanda Horta, a enfermagem é uma ciência que compreende o estudo das Necessidades Humanas Básicas (NHB) de maneira preventiva, curativa e reabilitadora, respeitando os princípios de unicidade, autenticidade e individualidade, pois presta assistência ao ser humano, que é membro de uma família ou de uma comunidade; participa ativamente do autocuidado e não da sua doença. Nessa teoria há um método científico denominado Processo de Enfermagem, no qual a EC atua para desenvolver o ensino-aprendizagem não só do enfermeiro, mas da equipe de enfermagem, em todas as suas fases(7).

    O Processo de Enfermagem é um método estruturado e planejado, baseado em um suporte teórico, que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional com vistas a determinar as necessidades básicas afetadas e prescrever ou recomendar o cuidado que deve ser prestado à pessoa, família ou comunidade(10).

    A Educação Continuada estimula a enfermagem por meio de seus instrumentos básicos, visto que o exercício dessa profissão requer habilidades e competências relacionadas ao uso eficaz dos seguintes aspectos: observação; comunicação; aplicação de método e princípios científicos; destreza manual; planejamento; avaliação; criatividade; trabalho em equipe e, utilização de recursos da comunidade. Assim, o NCE da SPDM Afiliadas adotou o Processo de Enfermagem em cinco fases inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes, a saber: coleta de dados ou histórico de enfermagem; diagnóstico de enfermagem; planejamento de enfermagem; implementação e, avaliação de enfermagem, com a utilização os seguintes sistemas de linguagem padronizada: Sistema de Classificação de Diagnósticos de Enfermagem (DE) da NANDA Internacional (NANDA-I,); Classificação de Intervenções de Enfermagem – Nursing Interventions Classification (NIC) e, Classificação de Resultados de Enfermagem – Nursing Outcomes Classification (NOC)(11) a saber:

    Histórico de Enfermagem ou Coleta de Dados – a primeira fase é o roteiro sistematizado para a coleta de dados que contém a entrevista e o exame físico, sendo de fundamental importância para o desenvolvimento das outras fases do processo. Tem como finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença.

    Diagnóstico de Enfermagem – a segunda fase consiste na identificação das necessidades do ser humano e no agrupamento dos dados, após a análise durante histórico e exame físico. Nessa fase, que contempla base para a seleção das ações ou intervenções, com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados, os dados são processados, classificados, interpretados e confirmados.

    Planejamento de Enfermagem – a terceira fase é a determinação dos resultados que se espera alcançar e ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas. Trata-se do roteiro diário das intervenções que deverão ser prestadas aos pacientes nas 24 horas, coordenando as ações da equipe de enfermagem.

    Implementação – quarta fase representa a realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem.

    Avaliação de Enfermagem – quinta fase é o processo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo de saúde e doença, a fim de determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram os resultados esperados.

    No desenvolvimento do Processo de Enfermagem, a EC das instituições realiza capacitação dos enfermeiros em relação as fases desse processo com objeto primordial da atuação do enfermeiro e treinamento específico para aprimorar o raciocínio clínico, utilizando também, entre outras estratégias de ensino, o ambiente virtual de aprendizagem. Isto e, ensina a equipe de enfermagem a utilizar impressos específicos ou sistemas informatizados, estimula o raciocínio crítico na forma de estudos de casos.

    Outra teoria preconizada pelo NCE na SPDM Afiliadas é Déficit do Autocuidado de Dorothea Orem e consiste na satisfação das necessidades da pessoa em seu próprio benefício, para manutenção da vida, do bem-estar e da saúde, sendo vista de forma holística. Possibilita a participação ativa do paciente no seu tratamento e ao profissional de enfermagem a responsabilidade da implementação da assistência e nos resultados(7). A autora relacionou a educação em saúde com autocuidado, em que o enfermeiro, ao cuidar, deve almejar tornar o usuário o mais independente e consciente possível, ensinando-o a realizar por si mesmo, ações necessárias para a prevenção de doenças e promoção da saúde, a partir de seu potencial para aprendizagem e desenvolvimento(7).

    A EC dessa instituição segue tal filosofia e ensina seus colaboradores a promover o autocuidado às pessoas, às famílias, aos grupos e à comunidade, saudáveis ou doentes, bem como ter iniciativa e responsabilidade na busca da melhoria de sua qualidade de vida, exercendo a capacidade humana de cuidar-se. Também ensina o enfermeiro a coletar dados do usuário, fazer diagnósticos de enfermagem, planejar, implementar intervenções e avaliar a eficácia do Processo de Enfermagem.

    Nesse contexto, o NCE também adotou o modelo Primary Nursing, que estabelece o relacionamento enfermeiro/paciente/usuário/familiares, com base em uma visão holística, dinâmica e interligada para resolução conjunta, por meio de responsabilidade compartilhada.

    O modelo Primary Nursing é definido como um sistema de prestação de cuidados desenhado para atribuir à enfermeira, individualmente, a responsabilidade por 24 horas pelos cuidados de cada paciente, sendo esta profissional a referência para o Processo de Enfermagem de seu paciente e a responsabilidade na preparação do paciente e/ou seus familiares para alta(12). Considerando-se esse modelo, a EC dessa instituição trabalha, prioritariamente, o relacionamento equipe de enfermagem/usuário/família e demais áreas da instituição, buscando melhorar as relações de trabalho e a comunicação entre as partes, além de estimular o raciocínio clínico-crítico do enfermeiro para assistência de enfermagem e, consequentemente, a qualidade da assistência prestada. Assim, ao ensinar o gerenciamento da assistência contemplando o modelo supracitado, estimula o enfermeiro a tomar decisões, pois essa é a competência e habilidade que contribui para aumentar a qualidade do cuidado prestado ao paciente, visto que esse é o foco principal da assistência desse modelo.

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    O NCE da SPDM Afiliadas entende que a adoção de teorias que fundamente cientificamente a prática assistencial da Enfermagem é primordial para o desenvolvimento do ensino aprendizagem do Processo de Enfermagem. Ressalta-se que sem as quais não seria possível garantir o entendimento dos colaboradores na aplicação da assistência de enfermagem com qualidade, baseado no perfil da população que necessita de cuidado.

    A Educação Continuada, integrada às estratégias de gestão da Diretoria de Enfermagem das instituições afiliadas compreende que a capacitação é um processo contínuo, embasado nos referenciais teóricos que promovam treinamento e aperfeiçoamento técnico-científico, possibilitando mudanças de comportamento e favorecendo o desenvolvimento de habilidades necessárias, alicerçado em recrutamento e seleção adequados, além de avaliações periódicas com foco nas necessidades observadas.

    REFERÊNCIAS

    1. Paschoal AS, Mantovani, MF, Méier MJ. Percepção da educação permanente, continuada e em serviço para enfermeiros de um hospital de ensino. Revista da Escola de Enfermagem da USP [online]. 2007, v. 41, n. 3 [Acessado 16 maio 2022] , pp. 478-484. Disponível em: . Epub 30 Nov 2007.

    2. Freire P. Conscientização: teoria e prática da libertação. São Paulo: Centauro, 2013.

    3. Araújo BBM, Machado ACC, Rossi CS, Pacheco STA, Rodrigues BMRD. Paulo Freire’s theoretical and methodological framework: contributions in the field of Nursing. Rev enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2018; 26:e27310. Doi: https://doi.org/10.12957/reuerj.2018.27310

    4. Riegel F, Crossetti MGO. Theoretical frameworks and instruments for evaluation of critical thinking in nursing and education. Rev Gaúcha Enferm. 2018;39:e2017-0097. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2018.2017-0097

    5. Conselho Nacional de Educação (BR). Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES n° 3, de 7 de novembro de 2001. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. Brasília-DF; 2001 [cited 2022 Out 18]. Available from: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES03.pdf.

    6. Brandão MAG, Barros ALBL, Primo CC, Bispo GS, Lopes ROP. Nursing theories in the conceptual expansion of good practices in nursing. Rev Bras Enferm [internet]. 2019;72(2):604-8. [Acessado 18 outubro 2022]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0395.

    7. Braga CG, Silva JV. Teorias de Enfermagem. 1ª ed. São Paulo: Iátria, 2011.

    8. George JB. Teorias de enfermagem: os fundamentos para a prática profissional / Nursing theory. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

    9. Lima DWC, Silveira LC, Vieira BMC, Almeida ANS, Guerreiro EM. Theoretical references that guide nursing practice in mental health. Esc Anna Nery 18 (2). Apr-Jun 2014. Disponível em: https://doi.org/10.5935/1414-8145.20140049

    10. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen nº 358/2009. Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem [Internet]. [citado em 2022 Out 18]. Disponível em: https://www.portalcoren-rs.gov.br/docs/Legislacoes/legislacao_7a3914c30c09bb242f08c9f36a776fdd.pdf

    11. NANDA Internacional; tradução: Regina Machado Garcez; revisão técnica: Alba Lucia Bottura Leite de Barros... [et al.]. – 11. ed. – Porto Alegre: Artmed, Editado como livro impresso em 2018. ISBN 978-85-8271-504-8)

    12. Manthey M. A prática do Primary Nursing. Prestação de cuidados dirigida pelos recursos, baseada no relacionamento. 2ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2014.

    CAPÍTULO II

    EDUCAÇÃO PERMANENTE E CONTINUADA DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM INTEGRADA ÀS ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAL.

    "Nós somos o que fazemos repetidamente. Excelência,

    portanto, não é um ato, mas um hábito." Aristóteles

    Cristiane Aparecida Betta

    Shirley dos Santos Kimura Kuratomi

    Elizabeth Akemi Nishio

    A Enfermagem é parte representativa da produção de serviços relativos ao cuidado à saúde, o qual envolve as perspectivas tecnológicas, gerenciais, éticas e educativas, estabelecendo múltiplas relações de dependência, interdependência e de autonomia, que se configuram numa organização dinâmica complexa. (1) .

    Os princípios que regem a Administração Complexa e a Educação em Saúde buscam propiciar o desenvolvimento contínuo dos profissionais, enquanto atores sociais autônomos, os quais cooperam e agregam valores e conhecimentos, proporcionando auto-organização do sistema por meio de redes(2).

    O Modelo de Gestão de Serviços de Enfermagem (MGSE) da SPDM Afiliadas teve início em 1998, com o primeiro hospital gerenciado pela Organização Social de Saúde (OSS), Hospital Geral de Pirajussara (HGP), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), onde foi estruturado o Serviço de Enfermagem (SE). Alinhado ao modelo de gestão institucional, o Serviço de Enfermagem também está de acordo com a finalidade do hospital em relação às atividades assistenciais e a estrutura física, bem como ao orçamento e equipamentos médico hospitalar, com a elaboração do Regimento Interno do SE.

    Esse regimento contempla políticas; filosofia; diretrizes; organograma com as lideranças de enfermagem e dimensionamento da equipe de enfermagem; papel e responsabilidade de cada função do corpo de enfermagem; tipo de seleção e admissão dos profissionais; modelo assistencial de enfermagem com o processo e gestão de riscos dos pacientes e, as relações da enfermagem com as áreas de apoio, corpo clínico e de outros técnicos.

    O Núcleo Corporativo de Enfermagem (NCE) foi criado em 2000, quando a mesma equipe diretiva do HGP passou a gerenciar o segundo hospital aplicando o mesmo modelo de gestão institucional e, consequentemente, o modelo de gestão do Serviço de Enfermagem. Com uma equipe de enfermeiros, o NCE participa do projeto assistencial e de gestão do Serviço de Enfermagem de cada novo hospital a ser gerenciado pela referida OSS. Assim, são selecionadas as lideranças de enfermagem, capacitando-as quanto ao modelo de gestão do SE e participando ativamente na implantação do SE. A equipe da Educação Permanente e Continuada (ECEP) do NCE com a Supervisora da Educação Permanente e Continuada institucional, participam da seleção e contratação, juntamente com o setor de Recursos Humanos, a fim de realizar o acolhimento, integração e treinamento básico dos novos profissionais da enfermagem.

    Ressalta-se que os procedimentos de assunção são realizados para cada nova instituição a ser gerenciada pela referida OSS, que podem ser hospital geral ou especializado; ambulatório médico geral ou especializado; pronto socorro e, Unidade de Atenção Primária. Essa etapa contempla os mesmos procedimentos supracitados para os Serviços de Enfermagem, observando-se o perfil assistencial de cada instituição.

    Atualmente as seguintes instituições são gerenciadas pela OSS-SPDM Afiliadas: 18 hospitais; três prontos socorros; seis Unidades Assistenciais Integradas (UAIs); três microrregiões de Atenção Primária; um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pré-hospitalar; oito ambulatórios de especialidades médica; um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS); um Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental (CAISM); três Prontos Socorros e, um Centro de Reabilitação – Lucy Montoro. O MGSE institucional é apoiado pela referida OSS e os resultados dos SE(s) das instituições são acompanhados pelos profissionais do NCE(3).

    O NCE, que está estruturado para coordenar, orientar e acompanhar o desempenho dos Serviços de Enfermagem das instituições tem como objetivo principal promover a excelência da qualidade assistencial à saúde, primando pela segurança dos pacientes, gestão de risco e aprimoramento contínuo da equipe, com base nas diretrizes da instituição e pautado no Regimento Interno do SE.

    O Regimento Interno dos Serviços de Enfermagem Institucional contém orientações sobre a sua organização, desde a estrutura, com diretrizes; filosofia e recursos humanos de enfermagem; habilidades e competências de cada categoria profissional de enfermagem; tipos de seleção e admissão; processo assistencial de enfermagem adotado pela instituição(2); manuais de procedimentos técnicos, normas e rotinas gerais para orientação e, os resultados esperados da assistência de enfermagem(4,5).

    O Planejamento Estratégico das Instituições de Saúde da SPDM Afiliadas está evidenciado no Mapa Estratégico, Balance Scorecard (ref Kaplan RS, Norton DP. Transforming the Balanced Scorecard from Performance Maeasurement to strategic management. American Accounting Association. Accounting Horizons. Vol. 15, no. 1. March 2001.pp87-104), a partir dos seguintes aspectos:

    Financeiro – analisa a forma pela qual as decisões estratégicas impactam a instituição.

    Dos Clientes – verifica a atuação no mercado ou sociedade (serviços públicos), bem como a satisfação do cliente (pacientes e familiares).

    Dos Processos Internos – evidencia a qualidade e inovação dos processos realizados e, nas instituições de saúde, destaca: eficiência operacional; inserção na rede; responsabilidade socioambiental; efetividade do resultado assistencial e, cumprimento das metas do contrato de gestão e dos processos.

    Das Pessoas/Recursos – avalia a satisfação interna dos colaboradores, capacitação, treinamentos e, transparência (6).

    Por meio dos aspectos supracitados, o NCE organiza a execução do modelo assistencial e

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