Simulação em Saúde: Construindo um Ambiente Simulado

De Marcia Cristina da Silva Magro e Paula Regina de Souza Hermann

O livro Simulação em saúde: construindo um ambiente simulado reúne informações sobre o emprego da simulação enquanto estratégia pedagógica e evidencia o fortalecimento ocorrido no processo de ensino e aprendizagem aos discentes, docentes e profissionais de saúde a partir de sua implementação.

A simulação enquanto princípio metodológico pode ser adotada nos dias atuais não apenas no ensino, mas na pesquisa e extensão, visando ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento de competências, atitudes e trabalho em equipe.

Nesta obra o leitor obterá informações que incluem aspectos conceituais e históricos da simulação, etapas que compõem o processo de elaboração de um ambiente simulado, debriefing, simulação baseada em evidências, implicações da simulação no desenvolvimento do raciocínio crítico, tipos de simulação, recursos comumente empregados, como a maquiagem, e o emprego de ator vivo.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Appris
• Data de lançamento: 6 de mar. de 2018
• ISBN: 9788547307578

Pré-visualização do livro

COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO MULTIDISCIPLINARIDADES EM SAÚDE E HUMANIDADES

À Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília e à Liga de Simulação em Saúde, por todo apoio e dedicação dispensados

AGRADECIMENTOS

Ao professor doutor Carlos Eduardo dos Santos e às professoras doutoras Diana Lúcia Moura Pinho e Mani Indiana Funez, por todo apoio, parceria e incentivo que impulsionaram e fortaleceram a concretização de sonhos e ações e contribuíram para a ampliação de saberes e práticas na área da simulação em saúde para o curso de Enfermagem.

Aos membros do Grupo de Pesquisa em Tecnologia do Cuidar (GPTEC) e do Grupo de Estudos Integrado (GEI), pela parceria e união de forças mesmo em momentos difíceis. Não mediram e não medem esforços para apoiar as ideias por mais árduas que sejam, sempre pensando no ganho proporcionado para o ensino e a pesquisa.

À direção da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília, por todo apoio que tem subsidiado o desenvolvimento de tantas ações, proporcionando um salto extramuros para o fortalecimento e inovação da proposta de ensino, pesquisa e extensão.

APRESENTAÇÃO

Simulação em saúde: construindo um ambiente simulado foi elaborado no contexto das vivências, experiências e discussões do Grupo de Pesquisa em Tecnologias do Cuidar (GPTEC) e da Liga de Simulação em Saúde (LISSA) da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília. Seu objetivo é atualizar as discussões sobre os princípios e aplicabilidade da simulação no ensino e pesquisa em saúde.

A simulação como estratégia pedagógica fortalece o processo de ensino e aprendizagem, frente ao uso isolado de metodologias tradicionais, influenciadas, por sua vez, pelas tendências cartesianas, sob uma perspectiva fragmentada e reducionista. A proposta de ensino pautada na experimentação de situação simulada permite ao estudante praticar, aprender, avaliar ou entender essas situações em ambiente seguro.

As experiências em situações simuladas pontuam como resultados da ideia de ressignificação da aprendizagem e dos mecanismos de articulação e construção de novos saberes, tendo o estudante como protagonista e participante ativo no processo de ensino-aprendizagem.

A simulação mimetiza a realidade, sendo assim possível fazer e refazer procedimentos, minimizando os riscos impostos à assistência quando a mesma ocorre em contexto real. Essa estratégia de ensino favorece o desenvolvimento de habilidades psicomotoras, cognitivas e raciocínio clínico, a tomada de decisão e a liderança.

Assumindo essa iniciativa, portanto, apresentamos os aspectos essenciais da simulação como estratégia pedagógica pautada na literatura científica, visando o seu emprego no processo de formação de estudantes da área de saúde. Sendo assim, este livro visa despertar e incentivar o leitor para aspectos relacionados à prática da simulação no cenário de ensino e pesquisa. Na perspectiva de subsidiar o leitor na construção de ambientes simulados, descreve aspectos adotados no cotidiano da implementação da simulação como ferramenta de formação para estudantes e profissionais da área de saúde.

As organizadoras

PREFÁCIO

Falar em simulação na área da saúde é falar de ensino e aprendizagem. É falar do que sabemos, do que aprendemos, do que queremos e podemos ensinar. E, sobretudo, é falar de como podemos melhorar a nossa performance enquanto docentes e, por essa via, melhorar as competências dos nossos formandos.

A simulação e o treino simulado são internacionalmente reconhecidos como estratégias pedagógicas importantes na formação de profissionais de saúde.

O reconhecimento dessa importância é hoje assumido por importantes organizações internacionais, sendo exemplo máximo a Organização Mundial de Saúde que, no documento "Global standards for the initial education of professional nurses and midwives" apresenta um conjunto de recomendações para o ensino de profissionais de enfermagem, sendo uma delas (recomendação cinco) que as instituições de ensino desses profissionais devem utilizar a simulação na sua formação, ajustando o investimento na área (simulação de alta ou baixa fidelidade) em função dos recursos disponíveis. Ou seja, afirmam a necessidade de as escolas serem dotadas de laboratórios de simulação e de os utilizarem na formação dos seus enfermeiros.

O reconhecimento de que a simulação é uma importante estratégia de ensino, de aprendizagem e de avaliação, nos diferentes níveis do ensino de enfermagem, é atualmente uma realidade incontornável. Por isso, enquanto estratégia pedagógica ativa, assente no paradigma sócio-construtivista, tem vindo a afirmar-se progressivamente nas instituições de ensino de profissionais de saúde, pelos resultados positivos que a investigação tem vindo a demostrar.

Essa demonstração de resultados positivos tem acontecido para os diferentes níveis de formação (formação graduada, pós-graduada e ao longo da vida), vem sendo apontada por inúmeros autores, que enfatizam, sobretudo, os ganhos para os estudantes, mas surgindo também com argumentos cientificamente sustentados relativos à segurança do doente e à qualidade nos cuidados. O debriefing estruturado associado à simulação, enquanto método sistematizado de discussão e de reflexão sobre a ação e para a ação contribui para melhores resultados.

As justificações que