O Navio Nephele - A Oficina Congelada

De Luke Shephard

Após uma catástrofe que cobriu metade do mundo em gelo inabitável, uma equipe de caçadores de tesouro descobre uma pista levando a uma oficina misteriosa, que dizem conter invenções miraculosas e impressionantes que podem valer uma fortuna.

Quando a guilda rival de arqueólogos conhecida como Olho de Antimônio volta sua atenção para a mesma oficina e se mostra disposta a tudo para chegar primeiro, o capitão Austin Strallahan e sua tripulação precisam pensar rapidamente e agir ainda mais rápido para garantir sua chegada à oficina antes dos Olhos, que parecem saber algo mais sobre esse esconderijo que o capitão...

Conseguirá o Navio Nephele alcançar o tesouro a tempo?

Elogios para o Navio Nephele:
Achei que o livro tinha uma escrita boa e afiada. A história segue em um bom ritmo e com cenas de ação afinadas. Amei o mundo criado com a mistura do velho e do novo... Mal posso esperar pela próxima edição.

A história era diferente, o estilo de escrita é ótimo e eu adorei mesmo lê-lo... Lerei o próximo e o que vier depois deste quando estiverem disponíveis. Além disso, dei uma olhada em suas obras anteriores. Definitivamente vale a pena ler.

• Idioma: Português
• Editora: Our Pack Press
• Data de lançamento: 12 de jun. de 2017
• ISBN: 9781507123560

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O Navio Nephele

Volume Um: A Oficina Congelada

Quando um osso se parte, é uma sensação um tanto repugnante. A dor é quase imediata, mas há um meio segundo antes que ela se instale no qual você percebe que seu osso acabou de ser danificado. Uma reação um tanto básica e instintiva a esse fato passa por sua mente, e quando você está prestes a dizer Merda! a dor começa. Não é muito divertido.

O homem enorme puxou seu punho de volta, pretendendo, supus, quebrar mais algumas de minhas costelas. Cerrei meus dentes e me abaixei sob seu movimento aberto, sentindo o ar se movendo por trás de seu punho, e dei um passo para trás. Ele tentou se virar para me encarar, mas um chute estrategicamente colocado na parte de trás de seu joelho de apoio parou sua rotação. Ele vacilou, e usei essa hesitação momentânea para apresentar os nós dos meus dedos da mão esquerda à parte de baixo de seu maxilar. Dei um passo para trás, estremecendo.

Ouça, senhor, tudo o que quero são minhas coisas de volta. Não vou-

Ele se recuperou rápido demais de meu soco e abaixou os ombros, como se pretendesse me derrubar em uma investida. Ele estalou seu pescoço. Você não vai o quê? Sair daqui vivo? ele rosnou.

Ele começou se adiantar, mas me movi ao mesmo tempo e, assim que seu primeiro pé tocou o chão, eu o arrastei para um lado, e ele tropeçou descontroladamente sobre a multidão de pessoas que havia se juntado de repente. Ótimo. Era tudo que eu queria, uma plateia para me assistir levar uma surra.

Ele recuperou seu equilíbrio apoiando-se em uma mesa e, quando se voltou novamente, notei, não sem desânimo, que ele havia trazido sua amiga, a Garrafa de Vinho Quebrada. Ele golpeava e cortava o ar a esmo, capaz de cortar tanto a si mesmo ou um dos outros bebedores quanto a mim.

Preste atenção! Cuidado!, gritei. Um homem grande como ele fica mais estabanado à medida que fica nervoso, mas posso ter abusado um pouco de minha sorte com isso. É só um pedaço de um mapa, afinal! O que um simplório como você quer com algo assim?

Ele respondeu pisando no meu pé, me prendendo em um lugar só enquanto ele balançava a garrafa para frente novamente.

Pense rápido. Torci meu corpo e apanhei seu pulso com uma mão, forçando-a para cima, acima de minha cabeça, e usei o impulso em meus quadris para forçar minha outra mão, agora firmemente fechada, em seu diafragma. Ele tossiu, e congelou por um segundo.

Um homem muito largo caindo no chão de um bar faz um barulho considerável. Alto o suficiente para que, quando a cabeça deste homem pousou na madeira de lei, todos silenciassem subitamente. Ajeitei meu colarinho, espanei a poeira dos punhos da camisa e me aproximei do combatente derrotado. Alcancei seu bolso, tirei um pequeno cilindro de alumínio e o deslizei para dentro de minha jaqueta. Antes de me levantar, sussurrei para o homem.

Por favor, não tente roubar minhas coisas de novo. Peço-lhe com educação, de um cavalheiro para outro. Passei por oito depósitos para encontrar esta coisa.

Me levantei e limpei a