Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Mentiras por amor
Mentiras por amor
Mentiras por amor
E-book158 páginas3 horas

Mentiras por amor

Nota: 4 de 5 estrelas

4/5

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Se havia algo que ele fazia bem, além de seduzir, era controlar tudo...

Que direito tinha o milionário argentino Rafael Cruz de lhe pedir que fosse para a cama com ele? No seu trabalho como governanta, Louisa Grey encarregara-se da casa de forma impecável, satisfizera todos os seus apetites... excepto um...
Ela não tinha flirtado com ele em nenhum momento, mas a irresistível atracção que havia entre eles fez com que Rafael estivesse a ponto de perder o controlo...
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de mar. de 2011
ISBN9788490002285
Mentiras por amor
Autor

Jennie Lucas

Jennie Lucas's parents owned a bookstore and she grew up surrounded by books, dreaming about faraway lands. At twenty-two she met her future husband and after their marriage, she graduated from university with a degree in English. She started writing books a year later. Jennie won the Romance Writers of America’s Golden Heart contest in 2005 and hasn’t looked back since. Visit Jennie’s website at: www.jennielucas.com

Autores relacionados

Relacionado a Mentiras por amor

Títulos nesta série (21)

Visualizar mais

Ebooks relacionados

Romance para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Mentiras por amor

Nota: 4 de 5 estrelas
4/5

2 avaliações0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Mentiras por amor - Jennie Lucas

    tapa

    Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

    © 2010 Jennie Lucas. Todos os direitos reservados.

    MENTIRAS POR AMOR, N° 371 - avril 2011

     Título original: Sensible Housekeeper, Scandalously Pregnant

    Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

    Todos os direitos, incluindo os de reprodujo total ou parcial, sao reservados. Esta ediçáo foi publicada com a autorizado de Harlequin Enterprises II BV.

    Todas as personagens deste livro sáo ficticias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidencia. ® ™, Harlequin, logotipo Harlequin e Harlequin Euromance sáo marcas registadas por Harlequin Books S.A. ® e ™ Sáo marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que tem ® estáo registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    I.S.B.N.: 978-84-9000-228-5

    Editor responsável: Luis Pugni

    Inhalt

    Kapitel 1

    Kapitel 2

    Kapitel 3

    Kapitel 4

    Kapitel 5

    Kapitel 6

    Kapitel 7

    Kapitel 8

    Kapitel 9

    Kapitel 10

    Kapitel 11

    ISTAMBUL

    Promo

    1

    Do céu cinzento caíam gotinhas de chuva que molhavam o jardim de Istambul onde Louisa Grey cortava as últimas rosas do Outono.

    Tremiamlhe as maos.

    «É impossível que esteja grávida», pensou.

    De repente, chegouse para trás e baixouse, limpou o suor da testa com a manga da camisola de la que vestira, pois era Novembro. Ficou a olhar por um instante para as flores vermelhas e cor de laranja que cresciam na mansao turca.

    Depois, deixou cair as maos sobre o colo, pestanejou algumas vezes e ficou a olhar para o céu, que se tingira de tons avermelhados com o entardecer.

    Uma só noite.

    Trabalhara para o seu chefe durante cinco anos e numa só noite estragara tudo. No dia seguinte, Abandonara Paris, dizendo que preferia trabalhar na casa que tinha em Istambul.

    Desde entao, tentara esquecer a noite de paixao que tinham partilhado, mas, naquele momento, um mes depois, um pensamento atormentavaa dia e noite, uma pergunta que nao a deixava descansar.

    Estaria grávida do seu chefe?

    — Menina? — chamoua uma rapariga. — O cozinheiro nao se sente bem. Pode ir para casa?

    Louisa endireitou os ombros, pos os óculos e virouse para a empregada turca. Nao podia mostrarse fraca a frente dos seus subordinados.

    — E porque nao veio dizermo?

    — Porque teme que lhe diga que nao... Sabe que tem de estar tudo perfeito para quando chegar o senhor Cruz...

    — O senhor Cruz só chegará no dia da festa — recordoulhe Louisa. — Diz ao cozinheiro que pode irse embora, mas que da próxima vez deve vir pedirmo pessoalmente e nao mandar outra pessoa. Ah, e que, se nao estiver recuperado até ao dia da festa, contratarei outro — acrescentou.

    A jovem assentiu e afastouse.

    Uma vez a sós novamente, Louisa deixou cair os ombros, respirou fundo e levantouse para apanhar algumas flores que lhe tinham caído.

    Depois, reviu mentalmente tudo o que já estava feito. Os lustres vidro e o chao de mármore reluziam, pedira a comida de que o seu chefe mais gostava, os lojistas estavam avisados e tudo chegaria fresco durante todos os dias da sua estadia, directamente do mercado. O seu quarto estava pronto, só faltava porlhe algumas flores frescas para aliviar o ambiente sério e masculino daquela divisao.

    Tudo tinha de estar perfeito.

    Tudo.

    Para que o senhor Cruz nao pudesse queixarse de nada.

    Louisa cortou a última rosa.

    Naquele momento, ouviu que se abria o portao de ferro que dava para o caminho. Fazia um pouco de barulho. Tinha de lhe por óleo. Tomou nota mentalmente. Supunha que seria o jardineiro ou, talvez, o supervisor da adega, que vinha trazer o champanhe que lhe encomendara.

    Mas, ao ver a silhueta que avangava para a casa, respirou fundo e tapou a boca com a mao.

    — Senhor Cruz — murmurou.

    — Menina Grey — respondeu ele.

    O seu tom de voz grave e sedutor ecoou por todo o jardim. Louisa teve de se agarrar a cesta de vime que tinha nas maos para que nao lhe caísse ao chao. Chegava tres dias antes do previsto. Claro que, quando é que Rafael Cruz fizera o que os outros esperavam?

    Aquele argentino multimilionário, bonito e desumano tinha a capacidade de deslumbrar como um poeta, mas o coragao de gelo.

    Tratavase de um homem alto e moreno, de costas largas e corpo musculado que se destacava entre os outros por causa da sua forga, da sua beleza masculina, da sua riqueza e do seu estilo.

    No entanto, naquele dia tinha o cabelo despenteado, tinha o fato amarrotado e a gravata afrouxada e, para cúmulo, nao se barbeara.

    Aquilo davalhe um ar pouco civilizado, meio brutal, mas estava ainda mais bonito do que o recordava. Continuava a ter os mesmos olhos cinzentos e a mesma pele azeitonada.

    Há um mes, estava entre os seus bragos.

    Há um mes, Rafael Cruz fora dono do seu corpo e levara a sua virgindade.

    Louisa interrompeu aquele pensamento e respirou fundo.

    — Boa tarde, senhor Cruz — cumprimentouo, num tom de voz calmo. — Bemvindo a Istambul! Está tudo pronto para a sua chegada.

    — É claro — respondeu ele, sorrindo com malicia. Nao esperava menos de si, menina Grey.

    Louisa olhou para ele e percebeu que se passava alguma coisa, havia qualquer coisa no seu rosto que assim o insinuava. Apesar de saber que nao devia fazelo, deu por si a preocuparse com ele e a compaixao apoderouse do seu coragao.

    — Está bem, senhor Cruz?

    Rafael deu um salto.

    — Estou lindamente — respondeu, com frieza.

    Era evidente que nao gostara da sua pergunta. Fora uma intrusao. Louisa recriminouse por lhe ter feito uma pergunta pessoal. Nao era o seu estilo e nao devia havelo feito. Se nao o tivesse aprendido durante o curso de dez meses que recebera, teloia feito nos cinco anos que passara na casa que Rafael Cruz tinha em Paris.

    Como ele nunca mostrava os seus sentimentos, ela decidira fazer o mesmo. Fora fácil durante os dois primeiros anos. Depois, apesar de ter tentado fazer com que nao fosse assim, comegara a interessarse por ele...

    Agora que o tinha a sua frente, a única coisa em que conseguia pensar era na última vez que o vira, na noite em que percebera que estava perdidamente apaixonada pelo seu chefe. Naquela noite, voltara a casa antes do previsto e surpreenderaa a chorar na cozinha.

    — Porque chora? — perguntara.

    Louisa tentara mentir, dizer que entrara alguma coisa no seu olho, mas, quando os seus olhares se tinham encontrado, nao conseguirá disfargar. Na verdade, nao conseguirá pensar nem mexerse quando Rafael se aproximara dela e a abragara.

    Entao, Louisa percebera que aquilo só podia acabar de uma maneira: com o seu coragao partido.

    Mesmo assim, nao conseguira afastálo. Como podia telo feito quando estava apaixonada por aquele homem indomável e proibido que nunca seria realmente dela?

    Naquele apartamento dos Campos Elisios, com a Torre Eiffel iluminada como cortina de fundo, suspirara o seu nome, puxaraa pelos pulsos, apertaraa contra a parede e beijaraa com tanta paixao que a única coisa que Louisa conseguira fazer fora retribuir o beijo com a mesma ansiedade.

    Desejarao durante anos, anos de repressao, mas como pudera deixarse levar quando sabia que aquilo só lhe traria sofrimento?

    E pensara assim antes de comegar a suspeitar que podia estar grávida...

    «Nao devo pensar nisso!», repreendeuse.

    Nao podia estar grávida, era impossivel. Se estivesse, Rafael nunca a perdoaria, pensaria que lhe mentira.

    Louisa humedeceu os lábios.

    — Alegrome... por estar bem — disse.

    Rafael olhou para ela de cima a baixo e reparou na sua boca antes de se virar bruscamente e de por ao ombro a mala de viagem com que chegara.

    — Levem o jantar para o meu quarto! — ordenou, enquanto se afastava sem olhar para trás.

    — Agora mesmo, senhor — respondeu Louisa, enquanto comegava a chover com mais forga.

    As gotas caiamlhe sobre o rosto e o corpo, colavamse o cabelo a cara e impediamna de ver através dos óculos.

    Uma vez a sós, conseguiu respirar com normalidade e apressouse a cobrir as rosas com o casaco para que nao se estragassem e a entrar na casa.

    Enquanto entrava no grande hall do século XIX, o céu estava completamente tingido de vermelho. Limpou os sapatos no tapete e reparou nas pegadas que o seu chefe deixara no chao. Teriam de lavar o chao novamente. Seguiu os rastos pela escada e viuo desaparecer em direcgao a sua suíte.

    Agora que estava ali, a casa parecia diferente.

    Rafael Cruz electrizava tudo.

    Até ela.

    Especialmente, ela.

    Quando o pessoal que saíra para ir buscar as malas do senhor subiu também as escadas, Louisa ficou sozinha e aproveitou para se apoiar contra a parede.

    Bom, já tinham voltado a verse.

    Pelos vistos, o senhor Cruz esquecera por completo a noite que tinham partilhado em Paris.

    Oxalá Louisa conseguisse fazer o mesmo.

    Voltou a olhar para cima, para o segundo andar, e questionouse o que o atormentava, pois estava claro que se passava alguma coisa. Louisa sabia que nao tinha nada a ver com a sua breve aventura porque Rafael mudava de mulher como de camisa. Nenhuma mulher conseguiria chegar ao seu coragao.

    Entao, se nao fora por uma mulher, porque chegara tres dias antes do previsto e de muito mau humor?

    Gostaria de o consolar, de lhe servir de apoio, mas... nao! Essa era uma das suas armas de sedugao. As mulheres achavam que precisava de alguém para cuidar dele e ele aproveitavase disso sem escrúpulos para as levar para a cama. Elas viamno como se fosse um Heathcliff de passado atormentado e cada uma delas achava que só ela conseguiria salvar a sua alma.

    Mas Louisa sabia a verdade.

    Rafael Cruz nao tinha alma.

    E, mesmo assim, amavao.

    Bela idiota! Mas ela, precisamente ela, sabia que era um homem frio, desumano e distante!

    Na noite que tinham passado juntos fizeraa jurar que era impossível que ficasse grávida e ela jurara.

    E se nao fosse verdade?

    «Nao estou grávida. É impossível!», repetiuse Louisa pela enésima vez.

    Mas, mesmo assim, tinha medo de fazer o teste definitivo, o que lhe daria a certeza total. Louisa pensava que tinha simplesmente um atraso, um atraso muito longo, mas apenas um atraso afinal de contas.

    Depois de deixar os sapatos molhados a porta, levou os cestos de rosas para um quarto que havia junto da cozinha. Lá, encheu de água uma jarra linda e muito cara e pos as flores, limpou a tesoura de podar e guardoua na sua gaveta. Depois, foi ao seu quarto e mudou de roupa, vestindo um fato cinzento tao neutro e sério como o primeiro. Prendeu o

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1