Amor das nove às cinco
De Emma Darcy
4.5/5
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Sobre este e-book
Liz Hart orgulhava-se de ser uma boa secretária: eficiente e quase invisível para o seu chefe. Porém, as suas irmãs estavam fartas de a ver passar des-
percebida, por isso decidiram transformá-la e, ainda que ela não quisesse reconhecê-lo, estava entusiasmada com o resultado. Será que o seu chefe também ia reparar?
Cole Pierson achou estranho ver uma desconhecida no lugar da sua secretaria, mas então descobriu que se tratava de Liz, que se tinha transformado da noite para o dia numa verdadeira deusa. Ser-lhe-ia muito difícil trabalhar junto dela, sobretudo agora, que tinham que fazer uma viagem juntos.
Emma Darcy
Initially a French/English teacher, Emma Darcy changed careers to computer programming before the happy demands of marriage and motherhood. Very much a people person, and always interested in relationships, she finds the world of romance fiction a thrilling one and the challenge of creating her own cast of characters very addictive.
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Amor das nove às cinco - Emma Darcy
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2003 Emma Darcy
© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Amor das nove às cinco, n.º 816 - Agosto 2015
Título original: His Boardroom Mistress
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2005
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-7150-2
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
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Capítulo 1
– O que tu precisas é de um homem, mas de um homem que queira casar-se, Liz.
A voz da sua mãe interrompeu o chorrilho de sugestões das suas três irmãs… todas elas casadas com o homem dos seus sonhos. Aparentemente, isso dava-lhes autoridade para lhe darem conselhos, que ela devia seguir sem protestar, uma vez que não conseguira que o seu namorado… ex-namorado assentasse.
Segundo Brendan, ela tentava controlá-lo em tudo, a relação sufocava-o e ele precisava de espaço.
Tanto espaço que estava no Nepal, a milhares de quilómetros de Sidney, a tentar encontrar-se a si próprio nos Himalaias, a meditar num templo budista… qualquer coisa menos viver com uma mulher que, segundo ele, tentava controlá-lo em tudo.
Era humilhante ter que admitir aquela derrota perante a sua família, contudo, não podia deixar de ir ao aniversário do seu pai, pelo que se viu obrigada a explicar a ausência de Brendan.
Estavam as cinco, a sua mãe, as suas três irmãs e ela, na cozinha, a lavar a loiça, enquanto os homens da família se descontraíam no jardim e faziam de conta que estavam a olhar pelas crianças.
Liz sabia que devia enfrentar a situação e seguir em frente, mas sentia-se tão vazia, tão oca… Três anos desperdiçados com Brendan.
– E como é que uma pessoa sabe quais são os homens que pretendem casar-se? – perguntou à sua mãe.
Enorme erro!
Naturalmente, as suas muito espertas irmãs tinham a resposta na ponta da língua e falavam todas ao mesmo tempo.
– Para começar, tem que ser um homem com um emprego fixo – disse a sua irmã mais velha, Jayne, parando de guardar caixas plásticas no frigorífico. – Deve ser um homem disposto a sustentar a sua família.
Jayne tinha trinta e quatro anos, estava casada com um contabilista e era mãe de duas meninas.
– Alguém que tenha uma boa relação com a própria família – acrescentou Sue. – Isso é muito importante.
Sue tinha trinta e dois anos, estava casada com um advogado de boas famílias e tinha dois filhos gémeos.
Liz, em silêncio, excluiu Brendan, porque nunca tinha tido um emprego permanente, preferindo empregos temporários na indústria turística. Também não podia dizer-se que tivesse uma boa relação familiar, porque era órfão e vivera com diferentes famílias de acolhimento desde muito pequeno.
Contudo, ela ganhava dinheiro suficiente para os dois e teria conseguido manter uma casa, se Brendan tivesse querido ser «dono de casa», algo muito raro nos tempos que corriam, apesar de nem Jayne nem Sue quererem ouvir falar naquela possibilidade.
– E o teu chefe?
A pergunta da sua irmã mais nova, Diana, fez com que Liz parasse de pensar no seu fracasso.
– O que é que tem o meu chefe?
Diana, que tinha vinte e oito anos, casara-se com o seu chefe, proprietário de uma cadeia de lojas onde ela trabalhava como estilista.
– Toda a gente sabe que Cole Pierson é multimilionário. Não acabou de se divorciar?
– Sim, mas…
– Está separado há muito tempo e a mulher dele aparece, todas as semanas, nas revistas. Eu diria que Cole Pierson é um bom partido – declarou Diana, olhando para Liz como se fosse tola por não ter-se apercebido antes.
– Por favor! Nunca reparará em mim… – replicou Liz.
Ela sabia que não tinha os atributos necessários para atrair um homem como ele. Embora, secretamente, sempre tivesse gostado dele.
– Claro que reparará em ti, se tu quiseres… Ele tem trinta e dois anos, tu tens trinta… afinal de contas, és a secretária dele e depende de ti para muitas coisas.
– Cole Pierson não pretende casar-se – declarou Liz.
Para além disso, há muito tempo que deixara de pensar no seu chefe como um possível marido e não queria fazer nada que estragasse aquela relação profissional extraordinária.
– Por que dizes isso? – insistiu Diana, olhando para as suas unhas. – Até há pouco tempo, andavas com Brendan e não estavas disponível, mas agora…
– Além disso, o teu chefe é muito bonito – interrompeu-a Jayne, certamente interessada no assunto porque Cole Pierson, o mago das finanças, administrava os milhões de alguns clientes do seu marido. – Não me digas que não tens a mesma opinião.
– Eu não disse isso – Liz suspirou. Ao princípio, sentira-se atraída por Cole, quando ele era humano e feliz no seu casamento, embora nunca o tivesse demonstrado, claro.
Nessa altura, Liz acabava de conhecer Brendan, uma escolha muito mais realista, pelo que optou por esquecer qualquer atracção absurda pelo seu chefe.
– Não é possível que não gostes dele… Quando vou ao teu escritório e o vejo… por favor, além de muito bonito, é muito simpático. E com aqueles fantásticos olhos azuis… – continuou Jayne.
«Frios olhos azuis», pensou Liz.
Frios e distantes.
Desde que, há dezoito meses atrás, perdera o seu filho, que sofrera uma morte súbita, Cole fechara-se em si mesmo. A separação, seis meses depois, não foi uma surpresa para Liz. O seu chefe simplesmente deixara de se relacionar com os outros seres humanos.
Era simpático com os clientes, claro, afinal era um homem de negócios. Tinha uma mente ágil, estava sempre informado sobre os mercados financeiros e obtendo sempre lucros avultados para os seus clientes, todavia, transformara-se numa pessoa dura, fria, alguém que impedia qualquer intrusão na sua vida pessoal.
– Cole só se preocupa com os negócios – disse às suas irmãs.
Era verdade. E também era verdade que, por isso, apreciava o seu trabalho e não se sentia abafado pela sua eficiência, pelo contrário.
– Pois, então, terás que convencê-lo de que existem mais coisas na vida – insistiu Diana.
– Para quê? Não se pode mudar as pessoas – replicou Liz. Fora uma ingénua ao tentar fazer com que Brendan mudasse, por isso, não pretendia voltar a fazer o mesmo.
Diana fez um gesto com a mão.
– Tenho a certeza de que te trata como se fosses um móvel, porque não fazes nada para chamares a atenção dele. Olha para ti. Não te maquilhas, não te arranjas…
Liz apertou os dentes. Para Diana, era fácil arranjar-se, porque tinha um marido rico, que pagava todas as suas contas, e não tinha que gastar metade do seu ordenado para pagar o empréstimo de um apartamento.
– No escritório, ando sempre de fato – retorquiu, sem se incomodar em acrescentar que comprar roupa teria sido uma despesa absurda, já que Brendan e ela nunca iam a lado nenhum elegante e costumavam gastar dinheiro em viagens para locais onde as pessoas podiam andar todo o dia de calças