Comprada por um milionário
De Kay Thorpe
3/5
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Sobre este e-book
Leonie recusara a atrevida proposta de Vidal por ser um homem arrogante, mulherengo e com um poder sexual tão forte que a fazia tremer.
Agora o milionário português voltara para a sua vida e Leonie não podia escapar. Vidal poderia saldar as suas velhas dívidas e transformá-la em sua amante e ela não poderia fazer outra coisa senão aceitar.
Contudo Vidal não queria uma amante, queria uma esposa. E tinha intenção de consegui-la.
Kay Thorpe
An avid reader from the time when words on paper began to make sense, Kay developed a lively imagination of her own, making up stories for the entertainment of her young friends. After leaving school, she tried a variety of jobs, including dental nursing, and a spell in the Women's Royal Airforce, from which she emerged knowing a whole lot more about life-if only as an observer. She married in 1960, but didn't begin thinking about trying her hand at writing for a living until she gave up work some four years later to have a baby. Having read Harlequin Mills & Boon novels herself, and having done some market research in the local library asking readers what it was they particularly liked about the books, she decided to aim for a particular market. She was fortunate to have her very first completed manuscript accepted-The Last of the Mallorys, published in 1968. Since then she has written over 70 books, which doesn't begin to compare with the output of some Harlequin Mills & Boon authors, but still leaves her wondering where all those words came from. She now lives on the outskirts of Chesterfield in Derbyshire along with husband, Tony, and a huge tabby cat called Mad Max-her one son having flown the coop. Some day she'll think about retiring, but not yet.
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Comprada por um milionário - Kay Thorpe
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2005 Kay Thorpe
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Comprada por um milionário, n.º 2124 - novembro 2016
Título original: Bought by a Billionaire
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-9183-8
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Epílogo
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Capítulo 1
Pelo menos não se recusara a vê-la, ainda que devesse estar a perguntar-se porque estava ali. Consciente dos olhares de curiosidade dos empregados à sua volta, Leonie manteve-se sem expressão alguma. A chegada de Vidal, em conjunto com a ausência do seu próprio pai, teria dado lugar a algumas especulações, contudo, Leonie duvidava que soubessem todos os factos.
O homem que saíra do que antes fora o escritório do seu pai não parecia nada feliz. Leonie não podia culpá-lo por querer evitar o olhar dela. Só albergava a esperança de que não tivesse perdido o seu emprego por não ter percebido o que se passava.
Ela esperou que a chamassem para entrar, receando o momento do confronto. Há dois anos que não via o homem a quem ia pedir perdão em nome do seu pai. Tinham passado dois anos desde que lhe dissera que era o último homem à face da terra com quem pensaria casar-se. Se continuasse a sentir rancor por isso, então, não haveria possibilidade de ouvir o seu pedido, mesmo que ela tivesse de tentar.
A mulher sentada à secretária que era normalmente ocupada pela secretária do seu pai era muito nova. Lembrava-se de o ter ouvido dizer que fizera uma mudança há um mês.
– Já pode entrar – indicou a mulher.
Leonie levantou-se e preparou-se para o que estava prestes a acontecer. Provavelmente, voltaria a sair do escritório em dois minutos, depois de Vidal lhe dar um pontapé, se não física, pelo menos metaforicamente. Ainda que tivesse direito de a mandar passear.
Há muito tempo que não visitava o seu pai no trabalho. O seu escritório era espaçoso e bem iluminado, além de dar para o rio. Apoiado contra o parapeito da janela e vestido com um fato cinzento de corte impecável, Vidal Parella dos Santos observou-a em silêncio durante o que lhe pareceu uma eternidade sem mover um único músculo.
– Mudaste pouco – indicou ele, num sotaque inglês perfeito. – Mas claro, seria estranho que o teu aspecto se deteriorasse. Por favor, senta-te.
– Não vale a pena – respondeu ela, olhando directamente para os seus olhos escuros. – Suponho que não preciso de te dizer como me sinto pelo que o meu pai fez. Abusou da tua confiança e merece pagar por isso.
– Mas? – perguntou Vidal, ao ver que ela hesitava.
– Mas a prisão matá-lo-ia! – exclamou ela.
– E o que estás a sugerir? – perguntou ele, arqueando uma sobrancelha. – Que o deixe sair impune?
Leonie tentou manter a calma.
– Só estou a pedir algum tempo para que possa resolver as coisas. Ele pode pagar o que deve se pedir outra hipoteca sobre a casa.
– E como ia conseguir uma hipoteca sem trabalho? – perguntou ele e sorriu ao ver que ela era incapaz de responder. – Também esperas que volte a contratá-lo?
– Não penso que consiga outro trabalho se tu o levares a julgamento – indicou Leonie. – O que significa que nunca poderá devolver-te o dinheiro. Obviamente, terias de lhe dar um posto inferior.
– Referes-te a um posto onde seja impossível aceder às contas?
– Faz mais sentido que o pores na prisão.
Vidal observou o seu rosto adorável, rodeado pelo seu cabelo avermelhado e percorreu o corpo dela com o olhar, regressando finalmente à sua cara. Ela ergueu o queixo ao mesmo tempo que os seus olhos verdes brilhavam desafiantes enquanto o observava. Continuava ali, o desejo que a perturbara tanto no passado. Aquele homem costumava conseguir o que queria. Ao recusar-se a casar-se com ele, Vidal reagira com incredulidade ao princípio, mas ficara furioso quando ela o insultara. Não precisava de ter ido tão longe, tinha de reconhecer isso. Já era muito bom que ele não tivesse atacado o pai dela antes.
Mais do que podia dizer-se do seu próprio pai.
– Mandou-te para suplicares por ele? – perguntou Vidal.
– Isto foi ideia minha. Não aprovo o que ele fez, mas não suportaria vê-lo numa prisão. Penso que podemos assumir que não voltará ao vício do jogo.
Houve uma pausa interminável. Leonie desejou conseguir adivinhar o que se passava naquela cabeça de cabelo escuro.
– Achas que está preparado para continuar aqui dadas as circunstâncias? – perguntou Vidal, finalmente. – Até agora, só outra pessoa conhece a verdade sobre o assunto, mas ainda que tenha jurado guardar segredo, haveria especulações.
– Algo com que ele terá de viver. Faz parte do preço que terá de pagar.
Vidal afastou-se da janela, deixando ver o seu metro e oitenta de masculinidade portuguesa.
– Preciso de tempo para pensar – afirmou. – Dar-te-ei uma resposta esta noite. Na minha suíte – abanou a cabeça quando ela abriu a boca para protestar. – Às oito em ponto. A não ser que queiras resolver o assunto aqui e agora.
Ela sabia exactamente o que ele queria dizer. Resolveria o assunto da mesma forma que o faria às oito, se ela fosse. Não fizera sentido suplicar. Se queria ter sucesso, então, ela também teria de pagar o preço.
– Suponho que devia ter antecipado isto.
– Acho que mereço uma recompensa – retorquiu ele, – mas a escolha é tua.
Leonie virou-se sem dizer mais nada e saiu do escritório. Chegou ao elevador sem olhar para a esquerda nem para a direita e carregou no botão para descer. Por sorte o elevador estava vazio quando chegou. Ter de enfrentar muitas caras tê-la-ia levado ao limite.
Uma coisa era certa, não haveria renovação da proposta de casamento nessa noite. Vidal quereria humilhá-la do mesmo modo que ela o humilhara há dois anos. Havia uma boa maneira de o conseguir: bastava fazer com que ela cedesse. Só de pensar nisso sentia arrepios, no entanto, se isso significava manter o seu pai fora da prisão, então, teria de viver com isso.
Quando saiu para a rua estava a chover. Não trouxera guarda-chuva e não estava disposta a deixar que o seu fato bege se estragasse, portanto procurou refúgio no café mais próximo. Muitas pessoas tinham feito o mesmo, limitando o espaço nas mesas, mas encontrou um lugar ao balcão junto à janela, onde conseguiu observar as pessoas que corriam pela rua, enquanto pensava no homem com quem estivera.
Sendo um dos melhores industriais da Europa, com trinta e cinco anos, Vidal Parella dos Santos era considerado um fenómeno. Nascido na aristocracia portuguesa, podia ter vivido uma vida de folião se quisesse. Leonie conhecera-o algumas semanas depois de o seu pai se tornar chefe de contas da empresa em Londres. Sentira-se atraída por ele desde o primeiro momento, tinha de admitir. O que a fizera hesitar fora a sua maneira prepotente de pensar que podia ter a mulher que quisesse. Surpreendera-se ao ver que, quando ela se recusara a ir para a cama com ele, ele a pedira em casamento, porém, ela não se iludiu. A única coisa que ele via, o que cobiçava, era a superfície. Não sabia nada sobre ela, nem queria sabê-lo. Assim que se cansasse dela, rejeitá-la-ia, como fizera com o resto das mulheres.
O seu pai não sabia nada dessa proposta. Desde a perda da sua mãe, há quatro anos, ele mostrara pouco interesse em tudo menos no trabalho ou, pelo menos, era o que ela pensava. Não tinha a certeza de quando começara exactamente o seu vício do jogo. O tempo suficiente para gastar mais de oitenta mil libras do dinheiro da empresa. Como na maioria dos jogadores, as suas perdas tinham superado os seus lucros.
Prometeu-se que ele não iria para a prisão. Vidal teria a sua ração de carne, se fosse preciso. Havia sempre a opção de rejeitar o acordo, claro, mas ela duvidava. Por muitas coisas que fosse ou deixasse de ser, a sua reputação como homem de palavra era mais que evidente.
Já passava das quatro da tarde quando chegou à casa de Northwood Hills que ainda partilhava com o seu pai. Com vinte e seis anos e a ganhar um salário decente, podia ter uma casa própria, ainda que fosse de aluguer, mas recusava-se a mudar-se para um lugar mais pequeno e não conseguia deixá-lo ali sozinho. Claro que o seu pai não teria opção senão vender a casa se as coisas não corressem bem.
Stuart Baxter estava sentado à secretária no seu escritório, a brincar apaticamente com o brinquedo que Leonie lhe oferecera por brincadeira no Natal passado. Levantou o olhar quando ela entrou. A sua expressão era seca e abatida. Mais ou menos como na noite anterior, quando lhe contara a verdade sobre o assunto.
– Ainda não sei nada – replicou ele. – Continuo à espera de encontrar a polícia à porta a qualquer momento.
– Talvez não aconteça isso – retorquiu Leonie. – Fui ver Vidal. Obviamente não está muito feliz com a ideia, mas existe a possibilidade de não te levar a julgamento. Talvez até continues na folha de pagamentos, se conseguires pagar o dinheiro que tiraste.
Stuart olhou para ela em silêncio durante um instante, enquanto uma infinidade de expressões atravessava o seu rosto.
– Como diabos conseguiste isso? – perguntou finalmente. – Mal o conheces!
– Apelei à sua boa natureza.
– Não parecia ter uma boa natureza quando o vi ontem – redarguiu Stuart e fez outra pausa. – O que lhe disseste exactamente?
– Dei-lhe a minha palavra de que cortarás os dedos antes de te arriscares a jogar novamente – esclareceu ela. – É verdade, não é?
– Aprendi a lição, acredita. É mais do que podia esperar. Mais do que alguém podia esperar! – hesitou um instante antes de continuar a falar. – Suponho que a esta altura todos sabem.
– Só uma pessoa, aparentemente, ainda que certamente haja mexericos entre o pessoal. De qualquer forma, enfrentar os falatórios é sempre melhor que ir para a prisão, não achas?
– Sim, é claro. Não penses que não estou agradecido! – exclamou ele, abanando a cabeça. – Ainda me custa acreditar que vá considerar a ideia de não me levar a julgamento e muito menos que não me despeça. Disse-te quando me comunicaria a sua decisão?
– Saberás amanhã – respondeu ela, tentando não pensar na possibilidade de que, mesmo assim, pudesse correr mal.
Deixou o seu pai a reflectir no assunto e dirigiu-se escada acima para o seu quarto. Foi um alívio poder estar um pouco sozinha. Às oito teria de estar completamente calma, concentrada numa coisa: tirar o seu pai da confusão em que ele próprio se metera. Era mais fácil dizer que fazer, contudo, não havia outra opção. O orgulho de Vidal tinha de ser restaurado.
Por muito que o desprezasse, não fazia sentido negar a atracção física que sentia por ele. Sentira-a assim que voltara a vê-lo. Vira notícias nos meios de comunicação que o relacionavam com mulheres diferentes durante os últimos dois anos, mas não ficara muito tempo com nenhuma. Se ela tivesse sido suficientemente parva para