O preço de uma paixão perigosa
De Jane Porter
3.5/5
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Sobre este e-book
Para o magnata Brando Ricci, que um filho dele não pudesse crescer na Toscana, rodeado por toda a família, era algo inimaginável. Por isso, quando Charlotte Parks, especialista em Relações Públicas, apareceu em sua casa para lhe contar que estava grávida, ele propôs-lhe a única solução possível, o casamento. Charlotte tinha quebrado uma das suas regras de ouro ao ceder à tentação e ir para a cama com Brando. Ele tinha sido um cliente dela e fora... incrivelmente bom na cama. Mas... casar por um sentido do dever? Não, de maneira nenhuma. A menos que Brando também quebrasse uma das suas regras de ouro e se permitisse amar.
Jane Porter
Jane Porter loves central California's golden foothills and miles of farmland, rich with the sweet and heady fragrance of orange blossoms. Her parents fed her imagination by taking Jane to Europe for a year where she became passionate about Italy and those gorgeous Italian men! Jane never minds a rainy day – that's when she sits at her desk and writes stories about far-away places, fascinating people, and most important of all, love. Visit her website at: www.janeporter.com
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O preço de uma paixão perigosa - Jane Porter
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Avenida de Burgos, 8B
28036 Madrid
© 2020 Jane Porter
© 2022 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
O preço de uma paixão perigosa, n.º 1891 - junho 2022
Título original: The Price of a Dangerous Passion
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-1105-814-8
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Créditos
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Epílogo
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Prólogo
Passagem de Ano
Charlotte seguia algumas regras de comportamento. Nunca se desviava delas. Sem exceção. E também não tivera de se esforçar para as cumprir, apesar do valor dos seus clientes. Todos os seus clientes eram igualmente importantes para ela, clientes que requeriam os seus serviços devido à sua boa reputação profissional. Recorriam a ela porque precisavam que os ajudasse com problemas relativos à imagem, às relações públicas e às redes sociais. Como podiam poder confiar no seu raciocínio se lhes falhasse?
Se não conseguisse raciocinar com objetividade?
Se esquecesse o motivo por que estava ali?
Charlotte Parks sabia tudo isso e, entretanto, Brando Ricci estava a fazer com que fosse impossível lembrar-se da importância das regras por que se regia. Há semanas que fechara o caso com a família Ricci-Baldi, bastante antes do Natal. Estava ali, como convidada, na grande festa de Passagem de Ano que a família Ricci dava, porque a família Ricci gostava de dar festas grandes e convidar todos aqueles que os tinham ajudado. E ela ajudara-os, passara o outono inteiro em Florença a tentar diminuir as tensões causadas por uma opinião pública negativa devido a lutas internas no seio da família por questões de poder e assuntos de heranças.
Nem todos os assuntos estavam resolvidos, mas havia muito menos tensão e a família conseguira apresentar uma frente unida à opinião pública. A festa daquela noite era para representar essa imagem de frente unida.
No entanto, não devia estar ali. O seu trabalho acabara. Tinham-lhe pagado muito bem. Não tinha motivos para voltar a Florença com o fim de assistir a uma festa.
A música mudou, tornou-se lenta e Brando puxou-a para ele, colando os seios ao seu peito.
– Pensas demasiado – murmurou Brando e a sua respiração acariciou-lhe a orelha.
– Sim. Sei que penso, mas não demasiado. Penso que és perigoso.
– Nunca te magoaria. Prometo-te.
E Charlotte sabia. Também sabia que ele seria maravilhoso na cama e fora dela. Tinham-se sentido atraídos um pelo outro desde que se tinham conhecido, em setembro. Mas essa atração preocupava-a, exatamente porque nunca gostara tanto de um homem como de Brando.
– Não devia ter vindo – murmurou ela, entrelaçando os dedos com os de Brando.
O coração acelerava com força. Tinha muito calor. Estava estranhamente excitada. Há quase dois anos que não ia para a cama com ninguém. Por um lado, queria render-se à paixão, apesar de saber que era um engano e que, com isso, podia pôr em perigo a sua reputação profissional e… o seu coração.
Ergueu o rosto e fixou os olhos no belo semblante dele. Brando era realmente bonito. Porém, não era só bonito, como também era inteligente, fascinante e cativante. Durante os meses que trabalhara com a família Ricci, fora com Brando que se entendera melhor. Apesar de ser o membro mais jovem dessa família, era o que possuía mais sabedoria e entendimento. Nos momentos em que não houvera forma de Enzo, Marcello e Livia ficarem de acordo, falara com Brando com a esperança de que encontrasse uma forma de fazer com que se entendessem. E conseguira.
Voltara a Florença naquela noite por ele.
Por causa daquele momento…
– De que tens medo? – perguntou Brando, olhando fixamente para ela.
– Tenho medo de perder a cabeça, de perder o controlo.
Brando sorriu e acariciou-lhe as costas.
– Somos adultos e não temos de pedir permissão a ninguém.
– Sim, mas não devemos misturar os negócios com o prazer…
– Já não estamos a trabalhar juntos – recordou-lhe Brando, antes de baixar a cabeça e de lhe acariciar o pescoço com os lábios.
Charlotte tremeu, fechou os olhos e tentou ignorar os seios, os mamilos inchados, o desejo que a consumia… Era cada vez mais difícil manter a mente limpa. A única coisa que queria era sentir a boca de Brando na sua, as carícias das suas mãos em todo o corpo… Queria tê-lo em cima dela, enchendo-a, queria o prazer que sabia que ele podia dar-lhe. O prazer que desejava e procurava nele, apenas nele, em Brando Ricci, viticultor, empresário e multimilionário.
Amante.
Não, ainda não era o seu amante.
– Não devíamos estar assim – sussurrou Charlotte, ofegante.
– Não estamos a fazer nada de mal. Só estamos a dançar – murmurou ele.
Charlotte ergueu o rosto e olhou para ele nos olhos, uns olhos prateados que não tinham nada de frios, uns olhos que eram ardentes. Passara meses a reprimir a sua atração por ele, a lutar contra o seu desejo, mas, naquela noite, estava prestes a ceder.
– É quase meia-noite – declarou ela, desviando o olhar para o relógio enorme que pendia de uma das paredes do salão de festas do palácio.
– Faltam dez minutos – observou Brando, olhando para o relógio.
Charlotte olhou para o palco onde se encontrava a banda e também para a pista de dança. O salão, do século XVII, estava abarrotado de gente, gente famosa e rica de toda a Europa. As pessoas divertiam-se, riam-se, dançavam, bebiam e festejavam a ocasião. E quando o relógio desse as doze badaladas, o alvoroço seria ensurdecedor.
Nunca gostara de lugares concorridos e, normalmente, não ia a festas. Mas ao receber o convite da família Ricci, não conseguira rejeitá-lo. Não conseguira dizer que não.
– Em que estás a pensar, cara?
O termo carinhoso fê-la tremer. Fora àquela festa por ele. Só por ele. E, entretanto, não se atrevia a infringir uma das suas regras. As suas regras estúpidas.
– Não misturo…
– Os negócios com o prazer, sim, já sei – interrompeu Brando. – Mas esta noite não é uma noite de negócios. Concluímos os negócios, resolvemos os assuntos da família, já não temos de fazer o que os outros nos dizem.
Brando acariciou-lhe os lábios com os seus, um beijo leve que prometia possibilidades infinitas e deliciosas…
Charlotte sempre tivera uma vida solitária, controlada e contida. Contudo, nessa noite, sentia-se como se, possivelmente, pertencesse a outro lugar, a outra pessoa. Mesmo que fosse apenas por uma noite.
– Só esta noite – declarou Charlotte, num tom rouco. – Deves aceitar que se trata apenas de uma noite, mais nada. Promete-me, Brando.
Brando voltou a deslizar os lábios pelos seus.
– Está bem. Será a nossa noite. Esta noite é a nossa noite.
– E amanhã….
– Não pensemos nisso. O amanhã ainda não existe.
Capítulo 1
Charlotte Parks apanhou o cabelo atrás da orelha, alisou a lapela do casaco da moda e tocou à campainha do edifício elegante do século XVII no coração de Florença, a escassos metros da Ponte Vecchio. Ainda que, originalmente, o edifício fosse um palácio, fora dividido em várias moradias posteriormente e uma delas era a de Brando Ricci.
Fora lá em duas ocasiões anteriormente: no mês de outubro passado, por uma questão de trabalho, e na Passagem de Ano. Era uma casa grande de três andares e foi por isso que esperou calmamente até alguém abrir a porta.
Charlotte sabia controlar os nervos. Como o membro mais jovem de uma família inglesa extensa e bastante famosa, habituara-se a desenrascar-se em situações enervantes e de muita tensão, devido à tendência dos seus pais aristocráticos e ricos a casar-se e divorciar-se, oferecendo-lhe assim uma dúzia de irmãos, meias-irmãs e meios-irmãos. Nascera em Inglaterra, depois fora para Los Angeles com a mãe, quando se casara com o realizador de cinema Heath Hughes e, lá, passara dez anos. Depois, voltara à Europa, aos quinze anos, para acabar os estudos pré-universitários na Suíça.
Os seus irmãos e meios-irmãos também eram pessoas famosas: modelos, atrizes, pilotos de carros e membros invejados da alta sociedade inglesa. As duas famílias, Parks e Hughes, até tinham tido um programa de televisão durante algum tempo, antes de alguns membros da família se queixarem de que aquilo era muito vulgar, muito grosseiro e muito americano. Não ajudava muito que, agora, metade da família fosse americana, com muitos planos e muito ambiciosa. Charlotte, que passara dez anos com a mãe na América, também vivia lá agora, sozinha na sua casa bonita em Hollywood Hills, e tinha uma empresa de relações públicas pequena e bem-sucedida.
Fora a sua capacidade de resolver problemas que a levara a Florença. Conhecera Brando Ricci há nove meses, quando a contratara para resolver uma situação muito complicada em que se via envolvida a lendária família Ricci, uma das famílias mais reconhecidas em toda a Itália, famosa pelos seus vinhos, os seus artigos de couro e os desenhos modernos de moda.
O negócio familiar dos Ricci datava de princípios do século, quando lançaram um Chianti magnífico no mercado. Depois da Segunda Guerra Mundial, começaram a fabricar artigos de couro de luxo. Os três irmãos Ricci, netos do fundador da empresa, tinham continuado a manter e a