Outro no teu coração
De Emma Darcy
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Sobre este e-book
Carol não era só uma mulher provocadoramente sexy, também estava disposta a casar com o primeiro homem decente que se atravessasse no seu caminho.
Mas, antes, Matt tinha que a convencer de que, além de desfrutar do seu maravilhoso corpo, aspirava a obter algo mais da experiência matrimonial.
Emma Darcy
Initially a French/English teacher, Emma Darcy changed careers to computer programming before the happy demands of marriage and motherhood. Very much a people person, and always interested in relationships, she finds the world of romance fiction a thrilling one and the challenge of creating her own cast of characters very addictive.
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Outro no teu coração - Emma Darcy
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 1998 Emma Darcy
© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Outro no teu coração, n.º 578 - outubro 2019
Título original: Fatherhood Fever!
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
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As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-1328-565-8
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Créditos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
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Capítulo 1
«Se pelo menos me desses um neto, teria uma razão para viver.»
As palavras da sua mãe não lhe saíam da cabeça, aumentando a sua frustração. Ficou tão irritado ao ouvi-las, que foi apanhar um pouco de ar fresco e acendeu um cigarro. Matt Davis inspirou o fumo com um imenso prazer. Com esse gesto beligerante, tentava combater o sentimento de culpa provocado pelo facto de ter quebrado a promessa de abandonar o perigoso hábito de fumar.
Lentamente, encaminhou-se para o jardim, remoendo a sensação de fracasso por não conseguir que a sua mãe se dedicasse a algo positivo em benefício próprio. Desde a morte do seu pai, caíra numa enorme depressão e deixara-se arrastar por ela, incapaz de recuperar a sua alegria e vivacidade. Inicialmente, achou que seria uma boa ideia inscrevê-la num ginásio, porém, depressa se apercebeu de que não estava a dar os resultados milagrosos que esperara. A dieta saudável, os exercícios, os tratamentos programados, enfim, nada parecia devolver-lhe a vontade de encontrar aliciantes para continuar a viver.
Era absurdo acreditar que a sua vida dependia de um neto. Existiam muitas outras maneiras de preencher o vazio deixado pela sua viuvez. Santo Deus! Tinha apenas cinquenta e cinco anos! E era uma mulher muito atraente quando estava bem-disposta. Tinha a certeza de que o seu pai não ia querer que passasse o resto dos seus dias a chorar por ele. Se saísse mais vezes, se fizesse alguma coisa de que gostasse, sempre se distrairia um pouco. Era evidente que um neto não ia exigir o menor esforço da sua parte. Seria como um presente caído do céu.
O problema é que não era assim tão fácil conseguir-lho.
Depois de uma furiosa passa no cigarro, parou junto aos degraus de pedra e observou o fumo a subir em espiral e desvanecer-se no ar frio. Desaparecia como a geração da sua mãe, quando as mulheres se contentavam com o papel de esposas e de mães.
As mulheres com quem se relacionara mais intimamente, encaravam a maternidade como um entrave à sua liberdade e não desejavam um filho enquanto não se sentissem preparadas. Matt franziu a testa. Havia uma certa ironia em tudo aquilo porque, apesar de ser homem e de ter apenas trinta e três anos, ele sentia-se mais do que preparado para dar o grande passo: ser pai.
Como homem solteiro que era, vivera intensamente a sua juventude. Contudo, começava a achar que a sua vida estava cada vez mais vazia. As suas ambições profissionais estavam mais do que satisfeitas. A empresa que construíra e à qual se dedicara de corpo e alma, proporcionava-lhe um excelente rendimento, que lhe assegurava uma situação financeira desafogada para o resto dos seus dias.
Matt não era propriamente um solitário; desejava ardentemente formar a sua própria família e partilhar com ela tudo o que de bom a vida lhe pudesse oferecer.
Tinha a certeza de que iria ser um óptimo pai, tal como o seu fora para si. Esse pensamento trouxe-lhe à memória inúmeras recordações e, de repente, foi invadido por uma imensa tristeza. A sua mãe não era a única a sofrer com a morte daquele homem.
«No entanto, a vida tem de seguir o seu curso normal», pensou com um profundo suspiro.
Pelo modo como falava, a mãe acreditava piamente que era muito fácil casar e constituir uma família no momento em que o decidisse fazer. Porém, nos tempos que corriam, isso não passava de uma fantasia.
Encontrar uma mulher que desejasse enveredar por um estilo de vida tão antiquado, era como encontrar uma agulha num palheiro.
Para elas, ter uma profissão, viajar, gozar a vida sem prisões, enfim, tudo era mais importante do que ter um filho. Pelo menos, as duas mulheres que mais amara, Janelle e Skye, tinham-lho garantido antes de terminarem a relação. Provavelmente, ia ter de encontrar uma jovem de vinte anos que não tivesse melhores alternativas, ou uma mulher desesperada, de quase quarenta anos, para poder realizar o seu desejo de ser pai.
Porém, a verdade era que nenhuma das duas possibilidades o entusiasmava.
O que ele queria…
O barulho ensurdecedor de uma moto que se aproximava, interrompeu os seus pensamentos. Matt virou-se na direcção do ruído, que quebrava a paz e a tranquilidade que se respirava naquele lugar. Então, reparou que se tratava de uma Ducati 600 SS, vermelha; um modelo italiano verdadeiramente elegante.
Parou à entrada do jardim, a alguns metros de distância do local onde ele se encontrava. Só quando o condutor desceu do veículo é que deu conta de que era uma mulher. Instintivamente, examinou-a com atenção. O fato de cabedal que usava ocultava um corpo fantástico, com deliciosas curvas; um corpo muito feminino e perfeitamente proporcional.
Aquela visão desencadeou dentro de si uma verdadeira revolução hormonal, que julgava extinta, há décadas.
Quando tirou o capacete, Matt foi incapaz de disfarçar a sua surpresa diante de tamanha beleza. Um queixo delicado, uns olhos azuis muito claros e grandes, um nariz bem delineado e uma boca sensual. Contudo, o cabelo foi o que mais o impressionou. Era como uma labareda.
Nunca vira um cabelo tão brilhante e com uma cor tão intensa. Era uma mistura de cores: cobre, alaranjado e ouro.
Aquela visão estimulou todo o tipo de pensamentos selvagens na mente de Matt. Aquela mulher não era apenas sensualmente atraente. Era dinamite pura. Ostentava a sua ousadia sem cerimónias; brincava com o perigo, desafiando todas as normas convencionais, determinada a impor o seu próprio ritmo, sem se incomodar com o julgamento dos outros, disposta a ir até onde o destino a quisesse levar.
Era um desafio, que revolveu algo mais do que as hormonas de Matt. Sem o poder evitar, sentiu o seu corpo em chamas, e todos os pensamentos sensatos que tivera até então, simplesmente desapareceram.
Queria…
– Posso deixar a moto aqui, enquanto vou à recepção?
A sua voz fê-lo sair do embriagante desejo em que se encontrava mergulhado, obrigando-o a regressar à realidade. Os brilhantes olhos azuis fixavam-no com uma expressão de gozo. Matt teve a incómoda sensação de que ela sabia exactamente o impacto que lhe causara, e de que isso a divertia bastante. Pouco acostumado a ser surpreendido a examinar tão descaradamente uma pessoa, disse a primeira parvoíce que lhe ocorreu.
– Claro que sim. Aí, ficará em segurança e não atrapalhará a entrada de outros veículos.
A mulher esboçou um sorriso burlão.
– A quebrar as regras, ah?
– Como?! – balbuciou, sentindo que tinha perdido a capacidade de raciocinar.
– É proibido fumar neste Centro de Lazer – retorquiu, antes de se virar para tirar a carteira que deixara na moto.
– Creio que não incomodo ninguém, se fumar aqui fora – desculpou-se, olhando para o cigarro ainda aceso, preso entre os seus dedos.
– Os homens arranjam sempre uma justificação para as suas infracções.
– E as mulheres não? – replicou, irritado com o comentário cínico.
– Não vejo aqui nenhuma mulher a contaminar o ar puro e cristalino que pagamos para respirar. A não ser que o senhor seja empregado da empresa e que, por esse motivo, não pague nada. É instrutor de aeróbica? Massagista?
– Adivinhe – respondeu, lacónico, endireitando-se perante o olhar feminino que examinava descaradamente a sua altura e os músculos do seu peito, que sobressaíam por debaixo do casaco.
– Para um homem como o senhor, estas instalações devem ser um excelente local de caça. Imagino-o no meio de um grupo de mulheres,