De governanta a esposa
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Sobre este e-book
Rhiannon Fairfax tinha a convicção de que tudo na vida devia ser calmo e estar em perfeita ordem. De facto, ganhava a vida a certificar-se de que até o último detalhe da vida daqueles que a contratavam era perfeito.
O milionário australiano Lee Richardson contratara-a para que devolvesse a vida à sua mansão. O complicado e autoritário Lee ia perturbar a tranquilidade que Rhiannon tanto lutara para alcançar. Lee precisava de uma esposa… e queria Rhiannon para o lugar! A eficiente governanta perdeu a cabeça e aceitou a proposta. Contudo, à medida que os segredos familiares começaram a ser conhecidos, Rhiannon não conseguiu evitar perguntar-se se podia confiar no seu marido…
LINDSAY ARMSTRONG
Lindsay Armstrong was born in South Africa. She grew up with three ambitions: to become a writer, to travel the world, and to be a game ranger. She managed two out of three! When Lindsay went to work it was in travel and this started her on the road to seeing the world. It wasn't until her youngest child started school that Lindsay sat down at the kitchen table determined to tackle her other ambition — to stop dreaming about writing and do it! She hasn't stopped since.
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De governanta a esposa - LINDSAY ARMSTRONG
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2007 Lindsay Armstrong
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
De governanta a esposa, n.º 1049 - abril 2017
Título original: The Australian’s Housekeeper Bride
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-9658-1
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Epílogo
Se gostou deste livro…
Prólogo
Um dia, Rhiannon Fairfax partilhou um táxi com um homem incrivelmente bonito. Tinha vinte e dois anos. Foi no decurso de uma tempestade espectacular na cidade de Sidney e ia ser uma situação memorável.
Encontraram-se num passeio molhado da cidade. Ele trazia um guarda-chuva e ela, um impermeável amarelo.
Ele tinha chegado primeiro, mas Rhiannon e o táxi chegaram ao mesmo tempo e, afastando a chuva dos olhos, perguntou-lhe se se importava de partilhar o táxi porque estava atrasada para um compromisso.
Ele acedeu, fechou o guarda-chuva e entrou no táxi. Enquanto Rhiannon fazia o mesmo, ouviram que o taxista se queixava porque lhe iam molhar o assento de trás.
– Finalmente! – exclamou Rhiannon, afastando o capuz do impermeável.
O desconhecido olhou para ela.
– Pelo menos, você está bem agasalhada – comentou ao ver que Rhiannon trazia um capuz de tecido azul por baixo do capuz do impermeável.
Rhiannon lembrou-se de que tinha vestido uma camisola com capuz que não costumava usar, mas naquela manhã tivera frio e decidira vesti-la.
– Ande eu quente, ria-se a gente – respondeu. – Para onde vai?
Ele respondeu e, juntamente com o taxista, decidiram deixá-lo primeiro a ele e iniciaram a viagem.
Rhiannon recostou-se no assento enquanto os limpa pára-brisas do veículo trabalhavam a toda a velocidade. Olhou de soslaio para o seu acompanhante, um homem alto, de cabelo escuro e bonito, de olhos azuis, com as maçãs do rosto altas e traços felinos, ombros largos e muito bem vestido.
Poderia ter trinta e poucos anos e Rhiannon imaginou-o com um carácter muito sério. Sim, certamente, aquele homem parecia um homem de negócios dos que assustam quando entram numa reunião.
Claro que, por outro lado, tinha uma aura fascinante que lhe permitia intuir que faria bem outras coisas. Que outras coisas? E de onde tinha tirado aquela ideia? Seria o seu aspecto físico e as suas mãos de dedos compridos e bronzeados que a levaram a pensar uma coisa daquelas?
De repente, Rhiannon deu-se conta de que o desconhecido também a observava.
– Perdão – murmurou. – Suponho que já esteja habituado – acrescentou a sorrir.
O desconhecido sorriu também.
– O mesmo digo eu. É uma pena que a sua roupa deixe pouco para ver – respondeu.
De facto, Rhiannon trazia um casaco que lhe chegava até aos pés. Não percebia porque sentia tanta vontade de falar com um desconhecido. Se calhar, porque a sua vida acabava de dar uma volta inesperada há meia hora atrás.
– Suponho que as mulheres corram atrás de si.
O desconhecido encolheu os ombros.
– Já não e a verdade é que prefiro que assim seja. Estava farto de que o fizessem.
– É uma pena.
– E você?
– Eu, a verdade, é que estou farta dos homens – respondeu Rhiannon desviando o olhar.
– Porquê?
– Prefiro não falar do assunto. De que estávamos a falar antes?
– Bom, tentei fazer-lhe um elogio porque você me fez um a mim.
– Ah, sim, é verdade! A verdade é que não me considero uma mulher atraente, mas sei que tenho as minhas qualidades. O meu corpo não está mal, sou uma loira verdadeira e tenho umas pernas especialmente bonitas. Na escola costumavam dizer-me que tinha umas pernas de pecado – riu-se.
– De pecado? Quem dizia isso? O padre?
– Quase – Rhiannon riu-se. – Diziam-me as freiras. Diziam-me sempre que estas pernas me levariam ao caminho da perdição. Um facto curioso porque numa escola que frequentei depois diziam-me o contrário. Lá diziam que as minhas pernas ajudar-me-iam muito na vida.
– Andou em duas escolas diferentes?
– Sim, andei em muitas escolas – respondeu Rhiannon sem lhe dar importância.
– Se me mostrasse as pernas, poderia dizer-lhe – comentou Lee. – Assim, ficaria elucidada de uma vez por todas se eram de pecado ou se eram espectaculares.
– Devemos ter em conta de que temos testemunhas – Rhiannon sorriu, referindo-se ao taxista.
Entretanto, tinham saído da cidade e avançavam por uma rua cheia de árvores do bairro de Woollahra, uma urbanização rica e privilegiada, o bairro onde ele vivia. O facto de o condutor não responder ao comentário dela devia-se, tal como descobririam segundos depois, a ter perdido o controlo do carro devido a uma poça enorme de água.
Num abrir e fechar de olhos, o táxi subiu o passeio e bateu contra uma árvore. Em seguida, o veículo despistou-se, atravessou uma cerca e ficou sobre uma colina que dava para um parque.
Os minutos seguintes foram caóticos. Tanto Rhiannon como o desconhecido ficaram ilesos, mas o condutor desmaiara. Logo se deram conta de que o carro estava suspenso e não sabiam quanto tempo aguentaria sem cair pela ribanceira que dava para o parque.
Portanto decidiram, apesar da chuva, sair do carro, telefonar à polícia e a uma ambulância e tirar o condutor do veículo, o que não foi fácil porque a porta ficara danificada.
Se o desconhecido não fosse muito forte e extremamente rápido mentalmente, o condutor teria caído pela ravina.
Rhiannon e Lee deixaram o condutor sobre a erva. Rhiannon tirou o casaco e cobriu-o com ele. Num abrir e fechar de olhos, Rhiannon e Lee ficaram encharcados e cheios de lama.
Enquanto esperavam sob a chuva, observaram como o táxi perdia o equilíbrio e, a pouco e pouco, caía pela colina.
– Ainda bem que conseguimos tirá-lo a tempo! – exclamou Rhiannon. – E você? Está bem? Tem uma ferida na mão e tem o fato rasgado.
– Estou bem – respondeu Lee. – Vem aí a ambulância!
Efectivamente, a ambulância e a polícia estavam a chegar. Em poucos minutos, levaram o condutor não sem antes lhes assegurar que não fora nada de grave.
Enquanto Rhiannon e Lee relatavam aos agentes da polícia o que tinha acontecido, Rhiannon percebeu que estava atrasada, portanto pediu a uma mulher polícia que telefonasse a um táxi, que, milagrosamente, chegou num abrir e fechar de olhos.
– Quer voltar a partilhar o táxi? – perguntou ao desconhecido.
– Não, fique você com ele. Eu estou perto e posso ir a pé – respondeu ele.
– Temos de fazer contas… – comentou Rhiannon, abrindo a mala.
– Não, pago eu – respondeu o desconhecido, agarrando-a no pulso. – E não aceito um «não» como resposta.
Rhiannon ficou a olhar para aquela mão de dedos longos e estilizados e sentiu um tremor dos pés à cabeça.
– Quanto às suas pernas, tem razão, são espectaculares – comentou o desconhecido, olhando para ela nos olhos.
Rhiannon corou, mas sorriu. O desconhecido sorriu também. E claro, tinha um sorriso incrível.
– Bom, pois… tenho de ir – despediu-se Rhiannon.
O desconhecido ficou a olhar para ela. Rhiannon parecia ter ficado colada ao chão. Finalmente, foi capaz de se mexer e de entrar no táxi para se ir embora.
Quando chegou a casa, entrou a toda a velocidade e encontrou o seu pai no mesmo lugar onde o tinha o deixado: a ver televisão.
Rhiannon suspirou aliviada, deu-lhe um beijo na testa e subiu para tomar banho e mudar de roupa.
Ao ver-se ao espelho, assustou-se. Esqueceu-se de que trazia o capuz bem apertado, de maneira a que não lhe saísse o cabelo e tivesse as orelhas bem quentes.
Que vergonha ter conhecido um homem tão bonito e estar vestida daquela maneira. Claro que, por acaso não estava farta de homens? Que ironia.
Capítulo 1
Quatro anos depois, Rhiannon Fairfax encontrou-se a olhar para o mesmo homem no hall de um aeroporto.
O seu voo estava atrasado e estava chateada e nervosa.
Aquele homem para o qual olhava aniquilada era um espécime muito belo do sexo masculino. Tratava-se de um homem alto e moreno de traços felinos.
Tinha uma constituição física impressionante, tal como o demonstravam as suas costas largas e as suas ancas bem proporcionadas, cobertas por umas calças de ganga de marca. O traje ficava completo com uma camisa branca e