Sedução à italiana
De Sara Wood
5/5
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Sobre este e-book
Quando Vittore Mantezzini encontrou por fim o seu querido filho a viver em Londres com a tia, não hesitou nem por um momento em levar o pequeno com ele para Itália...
Verity via claramente a atracção que tinha surgido entre eles, mas, ao mesmo tempo, estava furiosa com o empresário italiano por ele se comportar daquela maneira, sem se aperceber que se levasse Leo seria um trauma para o menino, dado que para o seu filho ele não passava de um estranho. Foi então que Vittore acabou por fazer uma última proposta: Verity devia ir com eles. Mas ela não podia deixar de se questionar se seria na qualidade de mãe adoptiva do pequeno... ou também como amante de Vittore.
Sara Wood
Sara has wonderful memories of her childhood. Her parents were desperately poor but their devotion to family life gave her a feeling of great security. Sara's father was one of four fostered children and never knew his parents, hence his joy with his own family. Birthday parties were sensational - her father would perform brilliantly as a Chinese magician or a clown or invent hilarious games and treasure hunts. From him she learned that working hard brought many rewards, especially self-respect. Sara won a rare scholarship to a public school, but university would have stretched the budget too far, so she left school at 16 and took a secretarial course. Married at 21, she had a son by the age of 22 and another three years later. She ran an all-day playgroup and was a seaside landlady at the same time, catering for up to 11 people - bed, breakfast, and evening meal. Finally she realised that she and her husband were incompatible! Divorce lifted a weight from her shoulders. A new life opened up with an offer of a teacher training place. From being rendered nervous, uncertain, and cabbagelike by her dominating ex-husband, she soon became confident and outgoing again. During her degree course she met her present husband, a kind, thoughtful, attentive man who is her friend and soul mate. She loved teaching in Sussex but after 12 years she became frustrated and dissatisfied with new rules and regulations, which she felt turned her into a drudge. Her switch into writing came about in a peculiar way. Richie, her elder son, had always been nuts about natural history and had a huge collection of animal skulls. At the age of 15 he decided he'd write an information book about collecting. Heinemann and Pan, prestigious publishers, eagerly fell on the book and when it was published it won the famous Times Information Book Award. Interviews, television spots, and magazine articles followed. Encouraged by his success, she thought she could write, too, and had several information books for children published. Then she saw Charlotte Lamb being wined and dined by Mills & Boon on a television program and decided she could do Charlotte's job! But she'd rarely read fiction before, so she bought 20 books, analysed them carefully, then wrote one of her own. Amazingly, it was accepted and she began writing full time. Sara and her husband moved to a small country estate in Cornwall, which was a paradise. Her sons visited often - Richie brought his wife, Heidi, and their two daughters; Simon was always rushing in after some danger-filled action in Alaska or Hawaii, protecting the environment with Greenpeace. Sara qualified as a homeopath, and cared for the health of her family and friends. But paradise is always fleeting. Sara's husband became seriously ill and it was clear that they had to move somewhere less demanding on their time and effort. After a nightmare year of worrying about him, nursing, and watching him like a hawk, she was relieved when they'd sold the estate and moved back to Sussex. Their current house is large and thatched and sits in the pretty rolling downs with wonderful walks and views all around. They live closer to the boys (men!) and see them often. Richie and Heidi's family is growing. Simon has a son and a new, dangerous, passion - flinging himself off mountains (paragliding). The three hills nearby frequently entice him down. She adores seeing her family (her mother, and her mother-in-law, too) around the table at Christmas. Sara feels fortunate that although she's had tough times and has sometimes been desperately unhappy, she is now surrounded by love and feels she can weather any storm to come.
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Sedução à italiana - Sara Wood
Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2002 Sara Wood
© 2015 Harlequin Ibérica, S.A.
Sedução à italiana, n.º 709 - Fevereiro 2015
Título original: The Italian’s Demand
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2003
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-6454-2
Editor responsável: Luis Pugni
Conversão ebook: MT Color & Diseño
www.mtcolor.es
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Epílogo
Volta
Capítulo 1
Desligou o telefone e, com uma expressão de perplexidade, olhou para as suas mãos a tremer com uma intensa emoção, enquanto assimilava o que acabava de ouvir.
Ficou com lágrimas nos olhos e, com um gesto impaciente, limpou-as, ao mesmo tempo que se levantava bruscamente.
«Leo!», pensou com incredulidade, enquanto se dirigia para a porta. «O meu filho!».
Começou a chamar com voz quebrada e rouca. Os empregados, alarmados, foram a correr. Então, começou a dar ordens. Pediu um Mercedes em vez de um Maserati, pediu que lhe comprassem passagens de avião, que lhe reservassem um quarto no hotel e que lhe fizessem imediatamente as malas. Vittore desceu as escadas do palazzo, abriu a porta do carro e meteu-se nele como se tivesse alguém a persegui-lo.
Com impaciência, despiu o casaco de caxemira e esperou que fechassem a bagageira para pôr o carro em andamento, ao mesmo tempo que fazia um gesto de agradecimento aos seus empregados.
Por fim, estava a caminho. Primeiro, iria de carro para Nápoles e dali iria para Londres.
Ia buscar o seu filho!
Respirou fundo para se acalmar. Leo, o seu filho, poderia estar vivo. Vivo!
Uma felicidade imensa apoderou-se dele. O que podia fazer para se controlar até chegar a Londres? Como evitaria explodir, gritar, rir ou chorar…?
– Bambino mio – murmurou.
Passou a mão pelo cabelo e uma madeixa caiu-lhe para a testa, mas não se importou; a única coisa que lhe importava era que Leo era a pessoa que mais queria no mundo e estava à sua espera em Inglaterra.
Andava há mais de um ano, noite após noite, a sonhar com momento de encontrar Leo. Para poder encher o vazio que sentira durante o dia dedicara-se ao trabalho. A tragédia transformara-o num recluso, numa máquina fria em vez de um homem que adorava a vida e que valorizava a amizade e a família.
A vida deixara de fazer sentido para ele, tinha perdido todo o significado.
Mas agora…! Uma intensa emoção apoderou-se dele e ficou com um nó na garganta. O seu filho tinha agora dezassete meses e talvez, brevemente, voltasse a estar nos seus braços. Seria a concretização do milagre pelo qual rezara na privacidade do seu quarto todas as noites. Depois do telefonema, tinha aberto a porta do quarto do seu filho, que estava fechado há catorze meses, desde que a sua esposa Linda, que era inglesa, fugira com Leo e desaparecera.
Pensou novamente no seu filho ali, enchendo de alegria e felicidade a sua vida. E também pensou, com amargura, no motivo pelo qual Leo iria regressar. A empresa de crédito que lhe telefonara, comunicara-lhe que a sua esposa tinha falecido há dois meses atrás.
E ele, segundo parecia, deveria pagar o empréstimo que a sua esposa fizera para comprar casa em Londres dado que ela colocara o nome dele como avalista. Vittore estremeceu, se ela não tivesse falsificado a sua assinatura, ele teria perdido o seu filho para sempre, ironias do destino.
– Coitada da Linda – murmurou ele, com compaixão.
Não, ele não era um santo para lhe perdoar. Detestara-a por lhe ter roubado o filho. No entanto, agora não podia evitar que a tristeza se apoderasse dele. Linda morrera muito nova, aos trinta anos de idade. Uma tragédia.
De repente, teve um receio. Talvez Leo não estivesse na casa de Linda em Londres, poderia ter-lhe acontecido qualquer coisa depois dela ter falecido, apesar de Linda ter tido dinheiro suficiente para viver bem e ter empregados. Quando fugira, Linda tinha levado as jóias da sua mãe, que valiam uma fortuna, tal como as dela e todo o dinheiro que estava na conta que os dois tinham em comum no banco.
Ela deveria ter contratado uma ama porque não gostava muito de tomar conta do bebé. Com um pouco de sorte, Leo ainda estaria em casa e estaria a ser bem tratado. A não ser que algum amante de Linda ou algum familiar o tivesse levado. E… se o tivessem levado para um orfanato?
A frustração fez com que batesse com as mãos no volante do carro. Mas, desta vez, nada o impediria de recuperar o seu filho. Nem a sua riqueza, nem o seu poder poderiam comparar-se ao amor que sentia por Leo.
Verity inclinou-se e beijou a testa do bebé que, por fim, adormeceu. O amor e a compaixão fizeram-na esquecer o cansaço que sentia. Sorriu. Era um menino maravilhoso. E que dia lhe dera! Nunca estivera tão cansada… nem tão feliz.
– Que brincalhão que tu és, Leo! – exclamou, num murmúrio.
Com os dedos acariciou a suave boca do menino.
– Boa noite, querido – murmurou, com adoração. Quando saiu do quarto, parou um momento para recuperar as forças. Tinha ficado sem energia. Não podia mexer-se, mesmo que a sua vida dependesse disso.
Mas não se surpreendia, o menino passava todo o dia colado a ela, não a deixava nem um segundo. No entanto, ela compreendia-o perfeitamente, dado que a sua mãe morrera há dois meses atrás. Coitado do Leo, coitada da Linda!
O expressivo rosto de Verity mostrou pesar. Pensou com tristeza nos seus pais adoptivos, John e Sue Fox, que há anos atrás a tinham adoptado a ela e a Linda, tirando-as do orfanato. Suspirou. Nem que tivessem feito de propósito teriam escolhido duas meninas tão diferentes.
A sua vida, à sombra da beleza de Linda, tinha sido dura. Não lhe era nada de estranho o facto de não ter visto a sua irmã adoptiva durante dez anos. O seu único contacto com ela tinham sido as cartas esporádicas e os cartões de Natal.
Apesar disso, a morte de Linda tinha sido uma tragédia e o coitado do Leo estava a sofrer as consequências. Tal como o seu trabalho, a sua vida social e a sua saúde mental, desde que Linda lhe deixara uma mensagem a pedir-lhe que tomasse conta do menino. No entanto, gostava de ter Leo consigo. E sorriu.
Leo teria todo o seu carinho. Verity desceu as escadas até ao terraço da piscina. Ali, levantou a saia do vestido branco de Verão e deitou-se numa espreguiçadeira. Como podia uma criança tão pequena deitar abaixo uma pessoa adulta?
Quando os músculos deixassem de lhe doer, tomaria um banho. Entretanto, contentou-se a observar o pôr-do-sol e recuperar as forças que iria precisar para o dia seguinte.
Apesar dos seus numerosos amigos, a sua vida estivera vazia e sem sentido. No entanto, Leo preenchera-a. Suspirou satisfeita.
Dado que o horrível pai de Leo tinha morrido e a criança não tinha outro parente que pudesse reclamar a sua tutela, Verity iria adoptá-lo. A ideia fê-la tremer de prazer.
– O meu filho – declarou, em voz alta.
Existiriam palavras mais maravilhosas do que aquelas? Existiria alguma coisa melhor do que o doce sorriso do menino que a adorava?
Talvez pudesse compará-lo ao sorriso de um homem bom, com o coração cheio de amor e ternura, no entanto, ela já tinha vinte e nove anos e não encontrara nenhum homem assim. Verity virou a cabeça e olhou para o monitor, ligado à câmara de vídeo que estava no quarto de Leo. Ao vê-lo, voltou a sorrir.
– Até às seis da manhã, querido – murmurou, com ternura.
Brevemente, devido à sua situação económica, não teriam luxos como aquelas ligações de vídeo, nem piscina nem as palmeiras que a rodeavam. Se não conseguisse reanimar o seu negócio de jardinagem e de paisagismo e ganhar um pouco de dinheiro, acabariam por comer margaridas.
– Como é que vou trabalhar se Leo não me larga durante todo o dia? – interrogou-se, numa voz fraca.
A preocupação deu-lhe uma volta ao estômago. Levantou-se e olhou para a piscina, mas não tinha forças nem para flutuar.
A campainha da porta tocou.
Quem podia ser àquela hora?
– Sim, quem é? – inquiriu ela através do intercomunicador, não com muito bom humor.
– Sou Vittore Mantezzini – declarou uma voz, com um ligeiro sotaque estrangeiro.
– Vittore! – exclamou ela, com horror. – Mas estás morto! – Escorregou com o susto e devido aos mosaicos molhados, perdeu o equilíbrio e caiu à água.
As águas fecharam-se sobre ela e viu-se imersa num mundo silencioso, onde as suas fracas tentativas de voltar para à superfície não conseguiram aliviar o seu pânico. Tirou a cabeça para fora da água, pediu socorro e voltou a submergir.
O controlo remoto do intercomunicador, também caiu à água e bateu-lhe na cabeça.
«Leo!», pensou, em pânico. «Não me posso afogar, Leo precisa de mim».
Com renovada energia, bateu com os pés e conseguiu flutuar, imediatamente agarrou-se à berma da piscina.
Ouviu gritos de um homem à distância, segundo parecia eram do marido de Linda.
– Céus, o marido de Linda!
Claro que podia ser um impostor. Mas… e se realmente fosse ele? Deveria saber do falecimento de Linda e aquilo queria dizer que…
Que estava ali para levar Leo!
Não podia permitir que levasse o menino, a pessoa que ela mais amava no mundo. Um menino que precisava dela desesperadamente.
Respirou fundo e saiu da piscina. Leo tinha medo dos desconhecidos. Era uma criança assustadiça e insegura, que sofrera muito e que só agora estava a aprender a brincar.
Não estava preparado para que um desconhecido o levasse. O que é que ela poderia fazer? De que lado estava a lei?
Verity sentiu náuseas. Vittore poderia ser um sem-vergonha, mas era o pai de Leo e a lei estava do lado dele.
– Meu Deus! – exclamou, quase atemorizada.
Seria ela que não teria qualquer direito sobre a criança.
Capítulo 2
A soluçar e atemorizada, Verity rezou para que fosse um impostor.
O som da campainha sobressaltou-a.
– Já vou – gritou ela, dirigindo-se para o portão.
Com o vestido molhado e colado