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Milhões
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E-book55 páginas30 minutos

Milhões

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Sobre este e-book

Tragicomédia em 2 Atos baseada na vida de Aníbal Milhais, soldado português da Primeira Grande Guerra e herói nacional.

"Tu és Milhais, mas vales Milhões!"

No âmbito da comemoração do centenário da Batalha de La Lys (França, 1918), o escritor José Leon Machado escreveu uma peça de teatro cuja ação nos leva a conhecer a vida de Aníbal Milhais, soldado transmontano que se notabilizou pela sua coragem e bravura nessa batalha, onde milhares de portugueses foram mortos pelo exército alemão. A ação da peça decorre entre a vida do homem simples e honesto quer era Aníbal Milhais e o soldado corajoso que, no dizer do seu comandante, valia Milhões.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de jan. de 2018
ISBN9781386298694
Milhões
Autor

José Leon Machado

José Leon Machado nasceu em Braga no dia 25 de Novembro de 1965. Estudou na Escola Secundária Sá de Miranda e licenciou-se em Humanidades pela Faculdade de Filosofia de Braga. Frequentou o mestrado na Universidade do Minho, tendo-o concluído com uma dissertação sobre literatura comparada. Actualmente, é Professor Auxiliar do Departamento de Letras da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde se doutorou em Linguística Portuguesa. Tem colaborado em vários jornais e revistas com crónicas, contos e artigos de crítica literária. A par do seu trabalho de investigação e ensino, tem-se dedicado à escrita literária, especialmente à ficção. Influenciado pelos autores clássicos greco-latinos e pelos autores anglo-saxónicos, a sua escrita é simples e concisa, afastando-se em larga medida da escrita de grande parte dos autores portugueses actuais, que considera, segundo uma entrevista recente, «na sua maioria ou barrocamente ilegíveis com um público constituído por meia dúzia de iluminados, ou bacocamente amorfos com um público mal formado por um analfabetismo de séculos.»

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    Milhões - José Leon Machado

    PERSONAGENS

    ANÍBAL MILHAIS – jovem de mediana estatura

    ZÉ MINEIRO – o típico mariola labrego

    TERESA – namorada de Milhais

    MOUTINHO – lavrador

    MARIA – esposa de Moutinho

    ROSA – amiga de Teresa

    CELESTINO – pai de Teresa

    ALFERES MOTA – comandante de pelotão

    FERRAZ – soldado

    PENEDA – soldado

    MALHA-VACAS – soldado

    MELANIE – jovem francesa

    CABO

    MÉDICO ESCOCÊS

    FERREIRA DO AMARAL – major

    1.º SOLDADO

    2.º SOLDADO

    CENÁRIOS – Sendo impossível usar em cada cena o mesmo cenário, sugere-se que se mantenha o palco com um cenário neutro e se utilizem adereços móveis, que poderão ser rapidamente substituídos: uma lareira com um pote e dois bancos; um beliche, um comboio pintado num cartão, sacos de serapilheira cheios de trapos para simular as trincheiras, etc.

    SOM – Para simular as detonações, sugere-se o uso de sons gravados. No Segundo Ato devem ouvir-se os canhões ao longe, como som constante de fundo em todas as cenas.

    GUARDA-ROUPA – Os militares portugueses deverão utilizar o fardamento da época, em tons de cinza. O armamento constará de cinco espingardas e uma metralhadora ligeira Lewis. Na falta de armas originais, poderão ser construídas réplicas em madeira. As restantes personagens vestirão à época, conforme as classes sociais a que pertencem: as mulheres, vestido comprido e lenço na cabeça; os homens, colete e chapéu.

    MAQUILHAGEM – Todos os homens deverão usar bigode. Nas cenas das trincheiras do Segundo Ato, os soldados deverão ter as caras sujas.

    PRIMEIRO ATO

    CENA I

    MILHAIS (19-20 anos, vestido à camponês) avança cautelosamente com a caçadeira sob o braço por entre uma mata, observando o terreno à sua volta. Ouve-se um restolhar de asas, ele eleva a caçadeira, dispara, mas não acerta.

    MILHAIS – Esta é das finas! Deixa que já te troco as voltas!

    Continua a avançar, com mais cautela. De súbito, ouve-se uma risada e a ave escapa-se. MILHAIS para e reconhece ZÉ MINEIRO (20 anos, vestido à camponês) a alguns metros, sobre uma fraga, a chupar uma palha.

    ZÉ MINEIRO – (A rir de troça:) Andas a precisar de óculos, ó Milhais? Ou é o trabuco que não vale nada?

    MILHAIS poisa a coronha da caçadeira no chão, coloca os braços sobre o cano e observa o outro com desagrado.

    ZÉ MINEIRO – A caçadeira não é um cajado, ó palerma! Ainda dás um tiro nas fuças. (Pausa.) Então? Não

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