As Escadas de Jacob
()
Sobre este e-book
"Baseando-me nos relatos do chamado Milagre do Sol ocorrido na Cova da Iria a 13 de outubro de 1917, estou convencido, depois de algum tempo de ponderação e análise comparativa com outros fenómenos semelhantes, dados, opiniões e conhecimentos sobre o universo, de que seres ou entidades extrassolares nos têm visitado. Os contactos não têm sido de todo frutíferos, mais por defeito nosso do que deles. Simplesmente não estamos preparados e temos interpretado tudo mal.
A grande questão que coloco é por que razão os nossos instrumentos científicos não captam os seus sinais, quer os radares, quer as antenas de rádio. Talvez a explicação esteja no facto de eles utilizarem, ou camuflagem (e seriam então incompreensíveis as suas tentativas de contacto), ou tecnologias tão sofisticadas que os nossos instrumentos não conseguem captar os seus sinais.
Eles estarão por aí algures e, se não zelam por nós quais deuses bondosos, talvez inspecionem os nossos passos e, quem sabe?, endireitem caminhos retorcidos com uma pequena mas certeira intervenção."
José Leon Machado
José Leon Machado nasceu em Braga no dia 25 de Novembro de 1965. Estudou na Escola Secundária Sá de Miranda e licenciou-se em Humanidades pela Faculdade de Filosofia de Braga. Frequentou o mestrado na Universidade do Minho, tendo-o concluído com uma dissertação sobre literatura comparada. Actualmente, é Professor Auxiliar do Departamento de Letras da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde se doutorou em Linguística Portuguesa. Tem colaborado em vários jornais e revistas com crónicas, contos e artigos de crítica literária. A par do seu trabalho de investigação e ensino, tem-se dedicado à escrita literária, especialmente à ficção. Influenciado pelos autores clássicos greco-latinos e pelos autores anglo-saxónicos, a sua escrita é simples e concisa, afastando-se em larga medida da escrita de grande parte dos autores portugueses actuais, que considera, segundo uma entrevista recente, «na sua maioria ou barrocamente ilegíveis com um público constituído por meia dúzia de iluminados, ou bacocamente amorfos com um público mal formado por um analfabetismo de séculos.»
Leia mais títulos de José Leon Machado
Contos da Avó Coruja Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRimas Infantis de Tradição Oral Nota: 0 de 5 estrelas0 notasJardim sem Muro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAuto da Índia de Gil Vicente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAuto da Barca do Inferno de Gil Vicente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Sapo Envergonhado Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Forma de Olhar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Incompatíveis Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNa ilha de Circe Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Penas de Ícaro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Aduladores da Gravata Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Sombra Sorridente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemória das Estrelas sem Brilho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuero Cortejar o Sol Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFluviais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMilhões Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLira sem Cordas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Boca e a Flor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTerra de Sonhos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBolinhas de Amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Construtor de Cidades Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Margem Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a As Escadas de Jacob
Ebooks relacionados
Dirceu e Marília Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSão Bernardo Do Campo E Sua Origem Templária Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSCARAMOUCHE - Sabatini Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNas Encruzilhadas do Amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFincher: O homem que aboliu o fogo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDobra temporal Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPandemia: O mundo em quarentena Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMundo Obscuro: Contos Sombrios - Volume 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDivórcio Póstumo III O Ritual Nota: 0 de 5 estrelas0 notas(parêntese) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMagia Negra e Vampirismo: Mundos Paralelos e Dimensões, #5 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSUBJUGADO PELO DESEJO + 3 CONTOS DE SUSPENSE Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAlys: Elemento Infinito - Volume 3 Nota: 5 de 5 estrelas5/5Fantasias Inconscientes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Amaldiçoados Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUma Selfie Com Cristo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMagos Modernos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistórias Assombradas Do Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Selva De Perschil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasH²o Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSargento Brasuca Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSebastian Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPássara Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMortos-vivos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Lagartixa Manca e o Homem Desempregado Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEvolução Ii Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos Do Fogo Do Conselho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Controle Do Mundo Pela Magia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Lenda das três Noites de Escuro: Volume II Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Saga Do Vampiro Mogkull Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Biografia e memórias para você
A mulher em mim Nota: 5 de 5 estrelas5/5Will Nota: 4 de 5 estrelas4/5Além do Bem e do Mal Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pele negra, máscaras brancas Nota: 5 de 5 estrelas5/5VIDA: Desistir não é uma opção Nota: 3 de 5 estrelas3/5A Busca do Sentido Nota: 5 de 5 estrelas5/5NIKOLA TESLA: Minhas Invenções - Autobiografia Nota: 5 de 5 estrelas5/5GANDHI: Minhas experiências com a verdade - Autobiografia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo Passar Em Concurso Público, Em 60 Dias, Sendo Um Fudido Na Vida Nota: 4 de 5 estrelas4/5Marry Queen Nota: 5 de 5 estrelas5/5Elon Musk Nota: 1 de 5 estrelas1/5Como vejo o mundo (Traduzido) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMulheres Na Idade Média: Rainhas, Santas, Assassinas De Vikings, De Teodora A Elizabeth De Tudor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasJung: Médico da alma Nota: 0 de 5 estrelas0 notasColeção Saberes - 100 minutos para entender Freud Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCartas a Theo: Edição ampliada, anotada e ilustrada Nota: 4 de 5 estrelas4/5Coleção Saberes - 100 minutos para entender Lacan Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEntrevistas com Mrie-Louise Von Franz Nota: 5 de 5 estrelas5/5Liberdade financeira em 5 anos com Network Marketing Nota: 5 de 5 estrelas5/5Mais linda em 40 dias: Dicas de beleza para o espírito, a mente e o corpo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHomossexualidade: Verdades e mentiras Nota: 5 de 5 estrelas5/5Coleção Saberes - 100 minutos para entender Aristóteles Nota: 0 de 5 estrelas0 notasColeção Saberes - 100 minutos para entender Nietzsche Nota: 5 de 5 estrelas5/5Para sempre Nota: 4 de 5 estrelas4/5Os Maiores Generais Da História Nota: 5 de 5 estrelas5/5Nem covarde, nem herói: amor e recomeço diante de uma perda por suicídio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasALBERT EINSTEIN: Biografia de um Gênio Nota: 4 de 5 estrelas4/5Diário Libidinoso Nota: 0 de 5 estrelas0 notasExperimentando a Química Orgânica Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de As Escadas de Jacob
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
As Escadas de Jacob - José Leon Machado
Relatos pessoais, familiares e afins
20 de janeiro de 2008 – Baseando-me nos relatos do chamado Milagre do Sol ocorrido na Cova da Iria a 13 de outubro de 1917, estou convencido, depois de algum tempo de ponderação e análise comparativa com outros fenómenos semelhantes, dados, opiniões e conhecimentos sobre o Universo, de que seres ou entidades extrassolares nos têm visitado. Os contactos não têm sido de todo frutíferos, mais por defeito nosso do que deles. Simplesmente não estamos preparados e temos interpretado tudo mal.
A grande questão que coloco é por que razão os nossos instrumentos científicos não captam os seus sinais, quer os radares, quer as antenas de rádio. Talvez a explicação esteja no facto de eles utilizarem, ou camuflagem, ou tecnologias tão sofisticadas que os nossos instrumentos não conseguem captar os seus sinais – e seriam então incompreensíveis as suas tentativas de contacto.
Eles estarão por aí algures e, se não zelam por nós quais deuses bondosos, talvez inspecionem os nossos passos e, quem sabe?, endireitem caminhos retorcidos com uma pequena mas certeira intervenção.
Quanto estaremos preparados? Não creio que o estejamos antes do século XXIII. Haverá ainda trezentos anos de guerras, catástrofes, fomes, doenças, epidemias, ódios religiosos, intolerância de toda a ordem até que alguns desses males não sejam mais do que uma lembrança nos livros de História. O problema é que não aprendemos com os erros dos que nos precederam. O que nos fará mudar?
11 de junho de 2008 – Nos dias 26 e 27 de outubro de 1988, uma violenta tempestade assolou o grupo central dos Açores. Eu à época cumpria o serviço militar na Companhia de Infantaria da Horta, no Faial, como furriel de transmissões, e recordo-me dos estragos. Caíram árvores, voaram telhados, derrocaram muros e paredes. A noite de 27 para 28 foi a mais violenta. Um raio caiu sobre o quartel destruindo as linhas telefónicas e o vento derribou a antena de rádio que se encontrava no cimo de um poste metálico de cerca de trinta metros de altura.
O quartel tinha uma agropecuária no Monte Carneiro, a uns três quilómetros da cidade onde, na Segunda Guerra Mundial, se instalaram baterias antiaéreas. Aí se fazia criação de vacas e porcos. Durante o dia, as instalações eram mantidas por vários soldados sob a supervisão de um graduado. À noite, ficavam de guarda dois soldados. Havia um, o Pisco[1], que, pela sua dedicação aos animais, fora autorizado pelo comandante a permanecer nas instalações. Como algumas vacas e porcas estavam para dar à luz, seria mais fácil dar-lhes assistência. O segundo guarda era lá deixado ao anoitecer pelo jipe que fazia a ronda às várias instalações da companhia na ilha. No final da tarde de 27 de outubro, porém, esse segundo guarda não chegou a ser enviado. O oficial de serviço, devido à violência da tempestade, achou por bem não deixar sair a viatura, avisando por telefone o Pisco de que teria de passar a noite sozinho. Eu encontrava-me na sala do PBX, onde a chamada fora feita e recordo-me de ouvir o oficial a perguntar ao rapaz se não teria medo de lá ficar sozinho. Desconheço a resposta, mas, pelo ar tranquilo do meu camarada, presumi que o soldado não teria qualquer problema. Aliás, já não era a primeira vez que isso ocorria. Para os açorianos, uma tempestade a mais ou menos não lhes fazia qualquer diferença, pois encontravam-se no centro onde elas se originavam. O oficial acrescentou, ao telefone, que com um tempo daqueles ninguém se aventuraria a ir roubar os porcos do Monte Carneiro.
Na manhã do dia 28, a tempestade tinha amainado e eu, como responsável pelas transmissões, depois da formatura da manhã, fui avaliar os estragos e tentar refazer as ligações. Constatei que os cabos das linhas telefónicas se encontravam cortados em vários pontos. Num ponto, porém, junto à lavandaria, onde terá caído o raio, uma boa porção de cabo encontrava-se queimada. Esse tipo de cabo tinha uma proteção em plástico resistente, que derreteu.
A linha que ligava a agropecuária ao quartel estava inoperativa. Acompanhado por mais dois soldados e um condutor de jipe, fomos subindo até ao Monte Carneiro para descobrir onde se tinha rompido o cabo. Além do problema detetado junto à lavandaria, o cabo que seguia nos postes de madeira parecia estar bem. Levei um telefone portátil e fui-o conectando em vários troços, mas nunca obtive sinal, o que me pareceu estranho. Que não tivesse sinal de linha para o PBX do quartel era lógico por causa do cabo queimado. Menos lógico seria eu não conseguir sinal daí para cima, uma vez que não havia indícios físicos de qualquer problema. Percorremos toda a extensão do cabo até ao telefone da pequena casa da guarda no Monte Carneiro. Estacionado fora estava o jipe que costumava levar os soldados que ali trabalhavam durante o dia e que levava de volta o que estivera de guarda à noite.
Quanto entrei na sala, fui encontrar o sargento de dia com outros soldados à volta de uma das camas. Com um cobertor pelos ombros e de G3 nas mãos, estava o soldado que ali passara a noite sozinho. O sargento fazia-lhe perguntas, mas ele não respondia. Teve de lhe gritar.
– Pisco, que merda se passa aqui? Põe-te já de pé e em sentido!
Como ele continuava sem reagir, de olhar alheado, o sargento aproximou-se com cautela e tirou-lhe a arma. Depois ordenou a dois soldados que o metessem no jipe. Eu entretanto fui ver o telefone. Verifiquei os cabos, desmontei o bocal e tudo me pareceu operativo. Aquele telefone, no entanto, já depois de termos reparado a linha, nunca mais funcionou e teve de ser substituído por outro. Embora o tenha depois desmontado