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Nos braços do chefe
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Sobre este e-book
Como conseguiria trabalhar com ele se a única coisa em que conseguia pensar era em voltar a dançar aquela música romântica nos seus braços?
Meredith Waters não sabia o que a esperava no seu novo emprego. A única coisa que sabia era que Evan Hanson se fora embora da cidade há doze anos sem sequer se despedir dela. Agora voltavam a encontrar-se como chefe e subalterna e Meredith depressa teve a sensação de que os anos não tinham passado. Contudo prometera a si própria nunca mais voltar a apaixonar-se… sobretudo por ele. O que não sabia era que em breve voltaria a acreditar em segundas oportunidades…
Meredith Waters não sabia o que a esperava no seu novo emprego. A única coisa que sabia era que Evan Hanson se fora embora da cidade há doze anos sem sequer se despedir dela. Agora voltavam a encontrar-se como chefe e subalterna e Meredith depressa teve a sensação de que os anos não tinham passado. Contudo prometera a si própria nunca mais voltar a apaixonar-se… sobretudo por ele. O que não sabia era que em breve voltaria a acreditar em segundas oportunidades…
Autor
Beth Harbison
New York Times bestselling author Beth Harbison started cooking when she was eight years old, thanks to Betty Crocker’s Cook Book for Boys and Girls. After graduating college, she worked full-time as a private chef in the DC area, and within three years she sold her first cookbook, The Bread Machine Baker. She published four cookbooks before moving on to writing women’s fiction, including the runaway bestseller Shoe Addicts Anonymous and When in Doubt, Add Butter. She lives in Palms Springs, California.
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Nos braços do chefe - Beth Harbison
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2006 Harlequin Books S.A.
© 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Nos braços do chefe, n.º 7 - julho 2018
Título original: Falling for the Boss
Publicada originalmente por Silhouette® Books.
Este título foi publicado originalmente em português em 2007
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Dreamstime.com
I.S.B.N.: 978-84-9188-814-7
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
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Prólogo
O facto de lhe perguntar se tinha a certeza de que queria fazê-lo fez com que o amasse ainda mais. Que rapaz de dezoito anos com uma libido normal seria tão atencioso? Meredith Waters sabia com certeza que se tivesse dito a Evan que não estava preparada, ele teria recuado, apesar de terem passado cinco semanas a planear aquela noite romântica, ele teria aceitado.
Talvez tivesse tido de tomar um longo duche frio, mas ter-se-ia conformado sem os típicos protestos masculinos, que iam desde as promessas destruídas até às graves consequências médicas do desejo insatisfeito. Os rapazes eram quase todos verdadeiros idiotas.
Mas Evan Hanson não: ele era a prova de que os príncipes encantados existiam realmente, mesmo que fossem escassos. Evan era a sua alma-gémea, tinha a certeza. Embora não se parecessem em nada… Ele era louco e ela conservadora, mas complementavam-se. Além disso, concordavam em muitas coisas, tinham os mesmos valores e as mesmas metas.
E, o mais importante, Meredith sabia que podia contar com Evan, acontecesse o que acontecesse. Outros podiam pensar que ele era um irresponsável, mas ela sabia que sempre estaria lá para ela. Por isso estava completamente convencida de que não se arrependeria do que iam fazer. Tinha muita sorte por a sua primeira vez ser com um rapaz como Evan.
– Tens a certeza? – voltou a perguntar ele, enquanto acariciava o seu braço.
Jaziam na sua cama com dossel, um em frente do outro. Os pais de Meredith estariam fora mais quatro dias, de modo que o cenário também era perfeito. Ela sorriu, saboreando a visão do seu rosto atraente e moreno como se ele fosse um copo de água fresca num dia de Verão. A temperatura do quarto era muito alta.
– Tenho a certeza – respondeu e inclinou a cabeça. – Mas parece que tu não tens.
– Oh, eu tenho a certeza – afirmou ele.
Evan puxou-a para si, beijou-a profundamente e rodou sobre as suas costas até a pôr em cima dele. Abraçou-a com tanta força, que Meredith quase não sabia onde acabava o seu próprio corpo e começava o dele. Era uma sensação maravilhosa. Beijaram-se várias vezes, como faziam sempre. Naquela altura, eram experientes. Ele mexia a boca para lá, ela para acolá, as suas línguas tocavam-se e… zás! Magia.
– Amo-te, Mer – sussurrou Evan, deitando-a lentamente sobre os lençóis de seda que ela comprara no mês anterior para a ocasião.
– Eu também te amo – respondeu ela automaticamente, sem rasto de dúvida. – Mais do que podes imaginar.
Ele olhou para ela com aquele sorriso atrevido que ela adorava e desligou o candeeiro da mesa-de-cabeceira. Os olhos de Meredith demoraram um instante a habituarem-se, porém, quando o fizeram, percebeu que a lua entrava pelas cortinas e banhava a cama. Era tudo ideal.
E assim foi. Foi… simplesmente perfeito.
Depois, deitada enquanto observava como a lua ascendia e atravessava o céu como um grande balão prateado, Meredith sentiu-se mais feliz do que nunca. Sorriu na escuridão enquanto Evan lhe sussurrava que ela era linda, que queria passar o resto da sua vida junto dela e que se não fosse comprar algo para comer ao Silver Car Diner ia cair para o lado.
Meredith pensou que aquela era a felicidade completa. O que não sabia naqueles últimos instantes de ignorância, era que dentro de dois meses, Evan estaria a milhares de quilómetros de distância sem sequer se despedir dela e que ele não voltaria a olhar para trás durante mais de uma década.
Capítulo 1
– E assim finaliza a leitura do testamento de George Arthur Hanson.
Evan Hanson permanecia imóvel na rígida cadeira de couro, sentindo-se como uma caricatura do filho pródigo, desenhado com tinta invisível. Regressara a casa, consciente de que era um erro. Algo no seu interior avisara-o de que aquilo só o conduziria a problemas, possivelmente dolorosos, mas ignorara o seu instinto.
Enganara-se ao fazê-lo.
O seu tio, David Hanson, mostrou-se persuasivo ao convencê-lo a ir à leitura do testamento. David sabia que Evan tivera uma má relação com o seu pai durante anos e que George não voltara a falar com o seu filho desde que ele se fora embora. No entanto, David dissera-lhe que, embora fosse tarde para resolver as coisas com o seu pai, podia pelo menos ir ouvir a última mensagem que o seu pai lhe deixara, para tentar ter um pouco de paz.
Certamente, fora tudo muito pacífico. Na verdade, a mensagem do seu pai fora um silêncio terminante. George Hanson não mencionara o seu filho no testamento, nem sequer para dizer algo do género:
«E para o meu segundo filho, Evan, não deixo absolutamente nada. Zero. Nem uma colher de aço inoxidável».
Era como se não tivesse existido para o seu pai… não, era ainda pior. Evan conhecia o seu progenitor e sabia que deixara de existir para ele quando abandonara o país há doze anos. Ou, mais exactamente, quando o próprio George fez com que ele se fosse embora, ao submetê-lo a uma terrível chantagem emocional. Depois, quando aparentemente conseguira o que queria, George apagara Evan da sua vida.
Ignorar alguém era um insulto pior do que o enfrentar e George ignorara o seu filho com ódio: não tinham falado durante doze anos. Evan admitia que parte da culpa era dele, mas só tinha dezoito anos quando se fora embora e o seu pai sabia perfeitamente que criara uma situação pela qual o seu filho achava que era impossível regressar.
George devia ter percebido o dilema em que pusera o seu filho adolescente, devia ter feito alguma coisa para o ajudar, mas não era o tipo de pessoa para estender o ramo de oliveira. No entanto, até bombardear Evan com azeitonas teria sido preferível ao silêncio terrível que houvera.
George não se incomodara em fazer nada, provavelmente não voltara a pensar no seu filho mais de uma ou duas vezes naqueles doze anos. Oxalá ele pudesse ter o mesmo controlo sobre os seus sentimentos. Teria querido esquecer-se do seu pai e de como fora difícil perder a sua mãe com dezassete anos. Teria querido deixar para trás um ou dois desenganos amorosos… bom, um em particular, que o tinham transformado na pessoa que era: um homem que não queria saber nada da sua família nem de relações íntimas de nenhum tipo.
O advogado guardou os documentos e os familiares de Evan começaram a comentar o testamento, manifestando a sua indignação pelo que tinham recebido ou deixado de receber e porque George deixara o controlo total da sua empresa à sua jovem esposa, o grupo de comunicação Hanson Media Group. Mas Evan não se importava, nada daquilo era problemático para ele. Com a intenção de deixar tudo para atrás, respirou fundo, levantou-se da cadeira e saiu com passo firme, decidido a não parar até chegar ao aeroporto e abandonar a América do Norte.
Devia ter-se convencido de que ninguém se apercebera da sua presença, porque quando alguém o chamou, não percebeu.
– Evan!
Era uma voz feminina que não reconhecia, embora aquilo não fosse estranho. Há mais de uma década que não ouvia as vozes das pessoas que havia naquela sala.
– Por favor, Evan, pára – insistiu a mulher. – Eu gostaria de falar contigo por um instante.
Evan parou e virou-se para a esposa do seu pai que avançava pelo corredor para ele, com uma expressão preocupada. O seu cabelo dourado emoldurava o seu rosto como se tivesse sido pintado por Vermeer e os seus olhos verdes eram claros e vivazes. Obviamente, Helen Hanson era uma esposa troféu e só faltava que a pusessem num pedestal de mármore. Não a conhecia, já que o seu pai se casara pouco depois de ele se ir embora, mas dadas as circunstâncias, era difícil sentir carinho algum por ela.
– Sei que estarás zangado devido ao que aconteceu hoje – começou ela.
– Não estou zangado – para seu desgosto, Evan percebeu que o seu próprio tom frio era parecido com o do seu pai. Apontando para a sala, acrescentou: – O que se passou ali não foi uma surpresa. Na verdade, é típico do teu marido.
– Entendo que penses assim, mas não te esqueças de que era o teu pai, Evan, mesmo que penses que te rejeitou.
Pensava que não podia sentir-se mais magoado, mas as palavras de Helen afectaram-no.
– Não acho que me tenha rejeitado, sei que o fez. Mas não te preocupes, não é a primeira vez e sabendo como o velho podia ser malicioso, provavelmente não será a última.
– Evan…
– Encontrava sempre a forma de expressar o seu desgosto pela sua família – Evan deu uma gargalhada seca. – Será melhor que tenhas cuidado, embora a verdade seja que não tens de te preocupar. Herdaste a empresa.
Helen deu um pequeno salto e hesitou antes de responder.
– Evan, a empresa pertence à família Hanson, a todos, não só a mim. Sempre será assim.
Ele riu-se com sarcasmo e olhou para a sala de reuniões dos escritórios do Grupo Hanson, onde todos continuavam a discutir sobre o conteúdo do testamento.
– Tenta dizer-lhe isso.
– Perceberão com o tempo – respondeu Helen, tirando importância ao assunto, mas observava Evan com atenção. – Mas tu… bom, parece que não vais ficar em Chicago o tempo suficiente para perceberes, a menos que alguém te detenha.
Ele olhou para Helen Hanson de cima a baixo. Era uma mulher bonita, o que não era nenhuma surpresa, mas também tinha coragem.
– É isso que achas que estás a fazer? A deter-me?
– Espero que sim – respondeu ela, erguendo-se e olhando para ele nos olhos.
– Poupa os teus esforços – declarou ele, abanando a cabeça. – Não me interessa o que se passa com esta maldita empresa.
– Mas devias – insistiu Helen. – Não te esqueça de que o testamento estipula que vinte por cento da empresa ou dos seus lucros passarão para os netos aos vinte anos.
Evan abriu os braços e encolheu os ombros.
– Suponho que o meu pai não te contou muito sobre mim, portanto talvez não saibas que não tenho filhos.
– Eu sei – replicou Helen. A sua expressão suavizou-se. – Mas só tens trinta anos, Evan, não sabes o que acontecerá no futuro. Se calhar, ainda mudas de opinião.
Esteve prestes a contradizê-la, mas vira como muitos incautos cometiam o erro de confiar no seu celibato e, de repente, a vida os surpreendia com alguma volta inesperada.
– Está bem – concordou, – é verdade que não sei o que vai acontecer, mas se no futuro tiver filhos, não precisarão da fortuna contaminada de George Hanson.
– Não permitas que os pecados do teu pai prejudiquem o teu filho – pediu ela e sorriu. Apesar de ser um gesto breve e carregado de tristeza, o efeito foi deslumbrante. – Ou a tua filha.
Evan não achava provável que aquilo acontecesse e incomodou-o ouvir as palavras de Helen. No entanto, não a contradisse, já que não servia de nada.
– Ficarei bem – declarou e acrescentou, renitente: – E os meus filhos também.
– Por favor, reconsidera. Não se trata só do negócio, falamos da tua família, dos teus irmãos. Existe uma grande brecha que não podem fechar sem ti, fazes parte deles.
Evan sabia que devia ir-se embora, mas
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