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Debaixo do Sol: O boiadeiro e a Professora
Debaixo do Sol: O boiadeiro e a Professora
Debaixo do Sol: O boiadeiro e a Professora
E-book64 páginas53 minutos

Debaixo do Sol: O boiadeiro e a Professora

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Sobre este e-book

Um ex jagunço tenta construir vida nova longe de seu passado em uma pequeno vilarejo do sertão nordestino. Mas a chegada de um homem misterioso e suas consequências o farão deixar sua aposentadoria para buscar justiça. Esse é o início de uma série de livros que resgatam a cultura da literatura pulp para o público de hoje.
IdiomaPortuguês
EditoraM-Y Books
Data de lançamento16 de mai. de 2016
ISBN9781526000699
Debaixo do Sol: O boiadeiro e a Professora

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    Debaixo do Sol - Tulio Roberto Pereira Debia

    PREFÁCIO

    Olá!

    Não sei se a maioria dos leitores leem o prefácio. Eu mesmo pulo a maioria. Mas vou usar esse espaço para falar um pouco desse meu pequeno projeto. Desde muito cedo fui muito atraído por histórias. Minha mãe, embora não tenha cursado nem o que o que hoje é conhecido como ensino fundamental, é muito fã de cinema e literatura e sempre me incentivou ao hábito da leitura. Não só em mim como em meus irmãos também.

    Depois de décadas devorando livros e assistindo a filmes a vontade de contar histórias veio como uma consequência desse hábito tão pouco difundido entre os jovens, tanto hoje como na minha infância e adolescência.

    Sempre gostei do estilo Pulp Fiction por ser um estilo descompromissado e de leitura rapida, sem muitos rodeios e muita liberdade criativa. Não quero me tornar um Tolkien ou R. R. Martin, só quero contar uma história que as pessoas gostem.

    A história é um Western. Escolhi esse estilo porque é o que eu acho que mais se encaixa no cenário do nosso sertão, seja Nordeste ou Cento Oeste. Nosso interior é muito rico, com seu folclore e cultura popular e muito mal aproveitado nas produções nacionais que em sua maioria foca em retratar a miséria do povo e os maus tratos da classe dominante. Eu acredito que a crítica política tem o seu lugar, mas não é isso o que quero fazer. Quero criar um entretenimento fácil para que o leitor se distraia por algum tempo. Se você, ao terminar de ler, se sentir satisfeito com o conteúdo, meu objetivo foi alcançado.

    Aos leitores das várias regiões que servirão de cenário. Não sou expert em culturas regionais. Tudo o que tenho é uma noção geral da cultura do interior, já que minha mãe viveu boa parte da infância a adolescência em fazendas do interior de São Paulo. Por isso, conto com a indulgência dos leitores dessas regiões caso encontrem alguma expressão ou gíria local mal utilizada. Claro que críticas construtivas são esperadas e bem-vindas.

    Ah! Já ia me esquecendo. Se você reconhecer alguma cena ou situação ou até um personagem que você já tenha visto em algum livro, filme, série e etc. saiba que aquilo está ali de propósito. Fiz porque gosto re referências, assim como todo nerd.

    Espero sinceramente que goste. Boa leitura!

    Tulio Roberto

    PARTE 1

    Igual a uma bola de fogo, o Sol tocava o horizonte depois de mais um dia castigando a terra seca do agreste de Pernambuco. Os arbustos que ainda tinham algum verde eram poucos e disputados pelo rebanho de cabras magro e esfomeado. Na estrada poeirenta um viajante solitário cavalgava sem pressa, pelas suas vestes de couro se sabia que era um boiadeiro. Só com calças e gibão de couro para não se machucar entre os galhos secos da caatinga em busca do gado espalhado. Um menino franzino e com a pele queimada do sol fitava o boiadeiro, era ele que cuidava das cabras, todo fim de tarde era assim. Ele cuidando das cabras e o boiadeiro chegando no vilarejo logo adiante.

    – ‘Noite, seu Rolando! – Gritou o menino

    – ‘Noite…. – Respondeu com um leve aceno o homem com o rosto cansado do dia de trabalho.

    Apesar de trabalhar como boiadeiro na fazenda, Rolando mora no pequeno vilarejo de Santo Antônio da Mata com sua esposa. Preferiu isso a viver como colono na fazenda do Coronel Juvêncio Alcântara. Principalmente depois que se casou. Para ele, a fazenda do Coronel não era lugar para Mariana, sua esposa. Apesar do lugar, ela aprendera a ler e a escrever, coisa difícil por aquelas bandas. Ela mesma ensinava alguns garotos da vila, era difícil manter a molecada quieta para estudar, mas ela se esforçava.

    O próprio Rolando nunca estudou, trabalhou desde pequeno, chegara na vila há alguns anos, não se sabia de onde. Homem alto, forte, pele marcada pelo sol. Há quem diga que foi homem de luta, carrega várias cicatrizes no corpo e no rosto, nunca fala onde as conseguiu, pelo jeito de falar, julgam que ele seja lá das Minas Gerias. Começou a trabalhar na fazenda como boiadeiro, conheceu Mariana nas missas de Domingo. Moça bonita, filha de pai branco e mãe índia, cabelos negros como a noite e olhos amendoados. Uma pele morena característica dos indígenas e sorriso doce. De início, ficou meio desconfiada do forasteiro, não queria conversa, mas com o tempo ela acabou

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