Ladra Charmosa: Ilha Das Cobras
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Sobre este e-book
E se recebesse uma oferta de trabalho para ganhar o que a maioria ganha num ano? O que faria com habilidades úteis só para ladrões? E se gosta de viajar? Conhecer o mundo? Conhecer pessoas novas e interessantes? Como juntar tudo isso e chamar de "carreira"? Simone, Marie, Jane, Adelina, Mary ou outro nome escolhido tem as próprias habilidades e visão de mundo. Anônima e bonita, ela usa qualquer coisa ao seu alcance para cumprir sua missão.
K'Anne Meinel
K’Anne Meinel è una narratrice prolifica, autrice di best seller e vincitrice di premi. Al suo attivo ha più di un centinaio di libri pubblicati che spaziano dai racconti ai romanzi brevi e di lungo respiro. La scrittrice statunitense K’Anne è nata a Milwaukee in Wisonsin ed è cresciuta nei pressi di Oconomowoc. Diplomatasi in anticipo, ha frequentato un'università privata di Milwaukee e poi si è trasferita in California. Molti dei racconti di K’Anne sono stati elogiati per la loro autenticità, le ambientazioni dettagliate in modo esemplare e per le trame avvincenti. È stata paragonata a Danielle Steel e continua a scrivere storie affascinanti in svariati generi letterari. Per saperne di più visita il sito: www.kannemeinel.com. Continua a seguirla… non si sa mai cosa K’Anne potrebbe inventarsi!
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Ladra Charmosa - K'Anne Meinel
Dedicado a quem pensa que estou escrevendo sobre eles.
Estou. K'A. M.
LADRA CHARMOSA: ILHA DAS COBRAS
Simone saiu do pequeno avião no sudeste do Brasil e olhou em volta, tentando parecer um turista. Funcionou. Com o combo formado pelo chapéu grande, os óculos escuros, a camisa e a calça jeans, era óbvio, ela era uma turista, pelo menos para os ladrões de carteira lhe encarando como um alvo. O primeiro ficou surpreso ao encontrar uma carteira barata e vazia após roubá-la durante um esbarrão
acidental, além disso, teve o próprio estoque
roubado. O próximo não foi tão sútil e Simone o derrubou durante o puxão apressado. Enquanto ela o ajudava a levantar, pediu desculpas e, sob o pretexto de limpar suas roupas, ela o revistou rapidamente e também roubou seus itens. Simone se tornou dona de muitos rolos de Real
ou R$, a moeda do Brasil. Mas, agora estava em uma situação complicada, pois precisava esconder seus novos itens
enquanto carregava a mochila pesada e mantinha essas pessoas longe de seu próprio estoque
. Decidiu procurar um táxi; encontrar um taxista honesto seria demorado, pois enganar turistas era uma prática comum entre esses motoristas. Seguiu em frente quando um viajante britânico e sua família foram em direção à fila de táxis fora do aeroporto.
— Com licença — disse ela, fingindo um sotaque britânico. Deixou um pouco indefinido para trocá-lo caso o sotaque dessas pessoas fosse muito refinado ou de uma região específica. Seria fácil mudar, só tinha ouvido o comissário de bordo dizer algo sobre eles serem britânicos, não ouviu nenhum deles falando.
— Sim? Posso ajudá-la? — o cavalheiro respondeu com um tom típico da aristocracia britânica.
— Posso ir com vocês até São Paulo? — perguntou ela, mudando o sotaque para um tom mais distinto sem imitar o dele. Ela olhou para os muitos motoristas espalhados pelo terminal, muitos pareciam antipáticos e poucos estavam em busca de passageiros que haviam saído de um avião.
Ele olhou em volta para ver se ela tinha companhia e olhou de relance para sua esposa e filho. A esposa concordou com a cabeça, para o alívio de Simone, e respondeu — claro.
— Muito obrigado a todos vocês. É melhor ter cuidado hoje em dia. — Ela parecia genuinamente grata e sincera e eles nunca teriam desconfiado que ela os estava usando para confundir qualquer um que pudesse estar de olho nela.
Conversando no curto passeio até a cidade, ela descobriu que o capitão
e sua esposa estavam sendo alocado neste extremo do sudeste e tinham vindo na frente para encontrar um lugar decente
para morar antes dele começar o trabalho em uma empresa britânica de importação e exportação. Com certeza esse não era o verdadeiro motivo; ninguém viajada para tão longe só para cuidar de importações e exportações. Mas essa era a história
deles e a ouviu como se acreditasse em cada palavra, como se fosse verdade.
Simone se divertiu com a arrogância deles, assumindo que o taxista não falava inglês, além da mistura do inglês com português usado para garantir que ele havia entendido o nome do hotel deles. Pelas as reações à conversa deles, o homem parecia ofendido e intrigado com os assuntos discutidos, e parecia entendê-los perfeitamente. Ela escondeu seu interesse nas reações dele, fingindo, um pouco, que estava olhando em volta dos pontos turísticos da cidade.
Simone entrou em um debate amigável com o capitão sobre quem iria pagar no final da curta viagem, mas acabou dividindo a tarifa com ele, já que, aparentemente, ela já havia trocado parte de sua moeda britânica pela do real local e tinha uma boa quantia para pagar o homem.
— Falando nisso, o que você veio fazer aqui? — perguntou o capitão antes de poder ir para o hotel. Ele não havia percebido que ela havia conduzido toda a conversa para ser sobre eles e seus negócios.
— Oh, só estou viajando, conhecendo novos lugares. — Ela fez um gesto com uma câmera pendurada em seu pescoço; ela tirou algumas fotos, não muitas, era só para esconder muitas coisas de um observador casual e ser classificada como uma turista. O chapéu grande cobrindo o cabelo amarrado em um rabo de cavalo ajudava no visual. Ela parecia uma estudante universitária, mas acima de tudo, parecia uma turista, como queria ser vista.
Ela logo abandonou a família londrina simpática, entrou no hotel deles e depois saiu por uma entrada lateral, indo para as ruas em busca de um hotel menos caro e um menos chamativo. Acostumada a explorar qualquer cidade, vilarejo ou vila por conta própria, logo Simone encontrou uma acomodação e trocou o visual de turista
por uma roupa comum da região comprada durante o trajeto. Após usar um pouco de tintura do tom castanho no cabelo loiro claro, parecia uma habitante local, exceto pela estrutura óssea europeia. Não havia muito que pudesse fazer a respeito disso, exceto escurecer os cílios e as sobrancelhas, ficando com uma aparência estranha, muito diferente de qualquer outra coisa que alguém esperaria ver, caso a notassem.
Simone passou vários dias conhecendo os habitantes locais e sua cultura, descobrindo informações sobre a região. Sempre havia um esquema nos lugares que visitou; só precisava encontrá-lo, aprendê-lo e copiá-lo. Mudou suas acomodações algumas vezes, cada vez mais perto da comunidade náutica, enquanto fazia amigos
.
— Ilha das Cobras? — ela conversava um dos locais numa noite durante algumas doses de caipirinha, a bebida brasileira mais tradicional feita com açúcar, limão e cachaça (também conhecida como pinga ou caninha).
— Ninguém vai lá — disse um homem, Jordão, com um tom misterioso.
Simone fingiu entrar na brincadeira. — Ninguém, é? Aposto que têm orgias com cobras lá e elas nem são católicas.
Várias risadas surgiram ao redor da mesa enquanto Jordão corava com a menção de uma orgia. Os outros dois homens acharam a nova amiga hilária com suas insinuações ultrajantes. Ela era irreverente ao zombar de alguns costumes locais.
— Não, não, minha amiga — disse Braulio. — É proibido; o governo não permite que ninguém entre na