Te Amo Demais

De Gabrielle Queen

Aparentemente parece tratar-se de um chefe impiedoso e de uma secretária linda, fascinante, muito inocente, um pouco distraída e um pouco conformada com o que a vida pode oferecer. Dentro deles escondem-se duas tempestades, dois grandes corações a procurar de alguma coisa diferente e, talvez no fundo, a procura um do outro.
Milena é a jovem assistente do temido Richard Bredson, um dos melhores magnatas da Itália. Entre eles brota, repentinamente, uma faísca, uma atração extraordinária, aos limites de toda razão humana, que os devora até deixa-los desprovidos de qualquer preconceito e, ao mesmo tempo, ajuda-os a reencontrar a auto estima e a coragem, a reencontrar finalmente eles mesmo como nunca acharam que poderiam. Através desse fantástico, maravilhoso e repentino amor, Richard e Milena se redescobrem para nunca mais se perderem. Porque o amor, também, é uma viagem maravilhosa quando feita com a pessoa certa.
“Sua boca doce procura a minha, gemo de surpresa, agarrei-me a ele estritamente prendendo-me como uma flor, estou pronta agora para entregar-lhe toda a pureza e doçura que conservei por anos na procura da pessoa certa. Nunca beijei ninguém sob a chuva de outono, tentem. É maravilhoso.
– Senhor Bredson, o resfriado... – sussurro com a língua colada na sua, descobri que é meu novo gosto preferido, poderia passar horas só o saboreando.
Deus! Quanta emoção! Se não fosse pela chuva que refresca meu corpo e minha alma, explodiria em milhares de fragmentos de felicidade, banhando o universo com todas as cores do amor. Richard beija-me e beija-me como se não pudesse mais parar. Nossas bocas que se conhecem há pouco tempo reencontram a dança anterior interrompida pelo meu medo absurdo. Mordemo-nos, tocamos com as línguas a saliva e as gotas d’água levemente salgadas que molham nossos rostos, abraçamos com as bochechas, com as pálpebras, com o rosto, com o queixo, com as línguas, com os dentes.”

• Idioma: Português
• Editora: Babelcube Inc.
• Data de lançamento: 16 de nov. de 2018
• ISBN: 9781547542543

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1.

Nunca teria pensado em encontra-lo, entre todos os homens da minha vida. Ele é diferente, ousaria dizer, especial. Nunca o tinha notado, não como homem. Nunca gostei de beijar. A primeira vez que alguém tentou enfiar a língua dentro da minha boca, dei um chute bem grande entre as pernas dele. Quando outro tentou a mesma coisa, desisti antes mesmo de começar uma relação. Não suportava o beijo de língua, então ele chegou. No início, não nos gostávamos. Eu, pelo menos, definitivamente, não gostava dele.

Achava que era um idiota prepotente que só amava comandar. Impiedoso, desejava dinheiro, ganancioso, não se importando que seus empregados morressem de trabalhar, quase renunciando aos direitos deles. Era um chefe muito duro, mas procurava, também, ser honesto e justo conosco. Trabalhei tanto que quase acabei com a saúde, mas resisti a ele. Procurei ignorar seu aspecto prepotente e onipotente e sua, contínua, interpretação errada dos meus trabalhos.

Sabia que tinha muito trabalho, talvez não fosse totalmente culpa dele ser como era. Afinal, homens italianos, são, de tal maneira, guiados pelas mulheres que, às vezes, me parece que perdem as suas personalidade e identidades para contenta-las e ajuda-las.

Queria esse trabalho a todo custo, então aguentei, com os dentes cerrados. Suportei gritos, críticas justas e injustas. Ao final, desfrutei da estima dele, e talvez, também, de um pouco de afeto e admiração. Tinha, realmente, dado tudo de mim, o sucesso da empresa dele estava misturado com meu suor e com um pedaço do meu coração. Até aquele dia em que o elevador parou por uma hora com nós dois dentro.

Que terrível! Eu e o chefe, suspensos entre o décimo e o décimo primeiro andar do prédio. Tremia diante dele, respeitava-o, mas, isso, era o meu pequeno pesadelo pessoal. Desejava passar o mínimo de tempo possível na presença dele, imagina que angustiante! Ele fez de tudo para me acalmar, por sorte não sofro de claustrofobia. Esperando a ajuda, me sentei no chão, estava muito cansada e não suportava mais os saltos altos. Disse-me para tirar os sapatos, mas não podia, não diante dele. Enfim, depois de termos conversado sobre assuntos sem importância, sentou-se junto a mim e, por um pouco de espaço, nossos joelhos tocavam-se suavemente. Meu Deus! Logo naquele dia, escolhi vestir minissaia e meia-calça.

De vez em quando, o olhar dele caía sobre as minhas pernas. Queria morrer de vergonha