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A sabedoria do povo aranã
A sabedoria do povo aranã
A sabedoria do povo aranã
E-book119 páginas1 hora

A sabedoria do povo aranã

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Sobre este e-book

Se o presente evoca o passado, o passado afirma a necessidade de compreender-se no presente; mas, isso só foi possível mediante a coragem e a abertura dos descendentes Aranãs que decidiram acessar a memória dos seus ancestrais.

A Sabedoria do Povo Aranã conta a trajetória dessa etnia, relatando os saberes que desencadearam um movimento de aprendizado político, condu- zindo-os, assim, ao reconhecimento da identidade cultural e da cidadania.

"Estamos em Itambacuri. No caminho, nosso coração se inquietava: quem somos nós? Apagaram de nossa memória nosso nome de povo, nossos cantos, nossas danças; mas temos gravados em nossos corações, em nossa cabeça, que somos índios e índias. Estamos despertando!" (Márdem Aranã).
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jan. de 2016
ISBN9788547301750
A sabedoria do povo aranã

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    A sabedoria do povo aranã - VERA LÚCIA SOARES DE ARAÚJO

    Editora Appris Ltda.

    1ª Edição – Copyright© 2016 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

    Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

    Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E TRANSDISCIPLINARIEDADE

    Para Maria das Graças do Nascimento (in memoriam), que ensinou que só é possível caminhar e ser feliz, se compreendemos a origem e a força dos nossos ancestrais. Para Roque Simão, velho e sábio indigenista, que me introduziu na Educação Política junto aos povos indígenas de Rondônia.

    AGRADECIMENTOS

    Uma palavra de gratidão a todas as pessoas que colaboraram para que o desejo de realizar esta pesquisa fosse concretizado. Como são tantos os compartilhantes, começo a enumerá-los de acordo com a memória dos fatos transcorridos desde o início de sua elaboração.

    À querida professora Maria Elizabeth Marques, pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, que não mediu esforços para que este estudo fosse retomado no Mestrado.

    Aos índios Aranã, que, generosamente, concederam longas entrevistas, partilhando as histórias de vidas imbuídas de dores, resistências e esperanças.

    Às organizações educacionais Cimi e Cedefes, que ajudaram no processo de coletas de documentos e na reconstrução dos fragmentos da história.

    A Geralda Chaves Soares, que nos abriu o acervo pessoal para compreender a história e os processos educacionais do Vale do Jequitinhonha.

    Ao professor Levino Bertan, que conduziu e ancorou este trabalho com postura de mestre. Sua abertura, confiança e flexibilidade foram posturas fundamentais para a conclusão da pesquisa. Sua ética e dedicação jamais serão esquecidas.

    A interlocução com a Dr.ª Arilda Inês Miranda Ribeiro e o Prof. Dr. José Camilo do Santos Filho iluminou os momentos mais obscuros do trabalho, instigando algumas reflexões desenvolvidas ao longo dos capítulos.

    Manoel de Souza Santos foi companheiro de incentivo e comunhão. Ajudou na ilustração do trabalho.

    À Congregação Filhas de Maria Missionária, em especial na pessoa de Neuza Conceição Vale, que compreendeu e apoiou o projeto, e Maria das Graças Nascimento, que foi amiga fiel, compartilhando toda a trajetória de estudo.

    À minha família, que nutriu de afeto e descanso os momentos mais difíceis e árduos na trajetória desta pesquisa, e à secretária Iná de Oliveira Lima, atenciosa e disponível em resolver todas as nossas demandas.

    A todas e todos, o meu muito obrigada!

    Arte Maracá

    FONTE: Manoel de Souza Santos.

    "Eu sou o Maracá do meu povo,

    da nossa luta e do meu coração."

    Autor desconhecido

    PREFÁCIO I

    Povo indígena Aranã ressurgido: que beleza!

    Li com alegria os manuscritos Educação, identidade e cidadania: uma leitura da ação política do povo ressurgido Aranã, de Vera Lúcia Soares de Araújo, freira/FMM, assessora do CEBI e educadora. Texto fruto de dissertação de mestrado de Vera Lúcia, em Educação, na UNOESTE, em 2011.

    Logo no início da leitura, recordei-me do livro O Renascer do Povo Tapirapé (1952-1954): diário das Irmãzinhas de Jesus, que trata do ressurgimento do povo Tapirapé, na Prelazia de São Félix do Araguaia, no estado de Mato Grosso. Recordei-me também do padre João Bosco Burnier que, após o soldado Ezy, na porta de uma cadeia em Ribeirão Cascalheira, MT, dar um soco fortíssimo no rosto dele e descarregar também no seu rosto um golpe de revólver e, num segundo gesto fulminante, o tiro fatal, no crânio, agonizando em um automóvel pelas estradas esburacadas do Xingu, antes de morrer em Goiânia no dia 12 de outubro de 1976, lamentou com saudade comovedora: "Sinto não ter tomado nota do que os índios (Tapirapé) falaram..." Ainda bem que as Irmãzinhas de Jesus, que convivem com os povos Tapirapés, desde 1952, em seus diários registraram muita coisa da vida do povo Tapirapé, parte publicada no livro O Renascer do Povo Tapirapé. E que beleza humanizadora que Vera Lúcia Soares de Araújo pesquisou e escreveu sobre o ressurgimento/emergência do povo indígena Aranã, em Minas Gerais.

    Ao longo de 515 anos, os detentores dos poderes político e

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