Da prensa ao jornalismo ambiental
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Da prensa ao jornalismo ambiental - Ivanaldo Xavier
pesquisa.
Prefácio
A Literatura jornalística brasileira acaba de ser enriquecida com o livro Da Prensa ao Jornalismo Ambiental
, de autoria do intelectual e jornalista José Ivanaldo Dias Xavier. O referido autor é um profissional combativo, de linguagem clara, objetiva e incisiva. Sua maneira de escrever é graciosa e concisa. Ivanaldo foi meu colega de trabalho no CEMAD - Centro de Estudos e Pesquisas do Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional do Semiárido (antiga instituição de pesquisa da UERN), meu assessor e ex-aluno no Curso de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente da UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Foi coautor em um trabalho que publicamos sobre recuperação de áreas degradadas, tendo, inclusive, feito toda a ilustração da citada publicação, onde demonstrou todo o seu talento de excelente e criativo desenhista. Como destacado design
elaborou, praticamente, todos os cartazes e folderes dos Simpósios, Congressos e outros eventos técnicos-científicos que realizei quando dirigia o CEMAD da UERN. Sua inteligência, competência e criatividade o redirecionam agora para a criação de uma nova área da labuta jornalística: O Jornalismo Ambiental. Adaptando e aproveitando a experiência do Jornalismo Científico, cria em um momento oportuno, os alicerces desta nova especialidade do fazer jornalístico, preenchendo um nicho que em nosso País estava desocupado. Parabéns amigo Ivanaldo Xavier, por mais esta expressiva contribuição que está presenteando ao jornalismo brasileiro. Para maior compreensão do conteúdo deste livro, nada melhor do que usar as palavras do próprio autor: ... Para que essa nova especialidade seja bem compreendida e bem recebida no meio jornalístico, pretendo transformar este trabalho em um verdadeiro manual do Jornalismo Ambiental sem a pretensão de querer ensinar aos jornalistas a fazer jornalismo, mas com o claro objetivo de auxiliá-lo com informações e, para isso, começo fazendo a introdução com um histórico do tema Meio Ambiente como uma preocupação mundial e o surgimento da Educação Ambiental, que teria a grande missão de conscientizar o ser humano sobre a necessidade de preservação da vida e mostro a importância da comunicação para a sobrevivência e, em seguida, faço um breve relato sobre o surgimento do jornalismo no mundo e no Brasil, adentrando um pouco nos interesses de grupos midiáticos, contrastando bastante com sua função social.
. Vale destacar que esta obra está enriquecida por um excelente glossário sobre temas ambientais, que certamente será de grande utilidade para os leitores. A Literatura Ambiental agora fica mais rica com esta preciosa publicação. O Nordeste e o Brasil estão de parabéns por ganhar mais este livro sobre o tema ambiental.
Professor Benedito Vasconcelos Mendes,
Escritor, Mestre e Doutor.
Mossoró, março de 2017
Apresentação
Ainda não temos a especialidade de Jornalismo Ambiental atuando como editoria independente dentro das redações jornalísticas, mas considero isso uma questão de tempo, pois existe a necessidade premente dessa categoria de jornalismo que vai registrar, no dia a dia, a defesa da vida no planeta e, de forma direta, contribuir com a Educação Ambiental e com a formação da cidadania no nosso país e, porque não dizer, no planeta.
Desejo com este livro dar a minha contribuição para que essa especialidade seja uma realidade no mundo da comunicação e desejo, sinceramente, que os jornalistas ambientais possam contribuir de forma efetiva com a preservação do Meio Ambiente e com a vida da própria espécie humana, fazendo perceber, finalmente, que é parte desse imenso ecossistema que permite a existência também da sua própria vida no Planeta Terra.
Como tenho consciência que o Jornalismo Ambiental ainda ensaia os seus passos, com um certo atraso, acredito que, por ser um tema cuja torcida do contra
é bastante poderosa em termos financeiros, deverá ser consolidada pelos interesses daqueles que lutam a favor da vida como guerreiros em uma luta bem desigual, mas de ideais justos e honestos, afinal, podemos concluir perfeitamente que as cédulas verdes, apesar de exibirem as mesmas cores das folhas das árvores, não realizam fotossíntese e, assim, não conseguirão consumir o gás carbônico e produzir o oxigênio para manter a vida no planeta.
Para que essa nova especialidade seja bem compreendida e bem recebida no meio jornalístico, pretendo transformar esse trabalho em um verdadeiro manual do Jornalista Ambiental sem a pretensão de querer ensinar aos jornalistas a fazer jornalismo, mas com o claro objetivo de auxiliá-lo com informações e, para isso, começo fazendo a introdução com um histórico do tema Meio Ambiente como uma preocupação mundial e o surgimento da Educação Ambiental, que teria a grande missão de conscientizar o ser humano sobre a necessidade de preservação da vida e mostro a importância da comunicação para a sobrevivência e, em seguida, faço um breve relato sobre o surgimento do jornalismo no mundo e no Brasil, adentrando um pouco nos interesses de grupos midiáticos, contrastando bastante com a sua função social.
Introduzo o tema especialidades citando o Jornalismo Científico, de onde podemos inferir que o Jornalismo Ambiental se desmembrará como uma especialidade independente e da qual herdará parte das suas fontes e os próprios métodos de pesquisa para a elaboração de artigos e matérias específicas sobre o tema ambiental. Na sequência, cito a metodologia do trabalho de pesquisa e elaboração do texto no jornalismo e também adentro mais na função social do jornalismo e a sua importante participação na formação da cidadania como instrumento de educação.
Para introduzir o tema Jornalismo Ambiental, começo fazendo um relato do surgimento do Jornalismo Científico, para em seguida entrar definitivamente no texto sobre a especialidade a que este trabalho se propõe. Exibo as minhas primeiras pesquisas sobre a presença do tema Meio Ambiente na mídia impressa e demonstro as minhas primeiras impressões nessa análise de conteúdo, que não poderia ser chamada ainda de Jornalismo Ambiental, pela fragilidade do seu conteúdo, que poderia até determinar para título: Como não fazer Jornalismo Ambiental.
Finalizo este livro com um Glossário com termos ambientais e uma lista de siglas para que este trabalho tenha, realmente, a finalidade de introduzir os profissionais jornalistas no tema Meio Ambiente aos profissionais, que resolverem praticar essa especialidade e tenham onde consultar termos, títulos de documentos e até grandes eventos internacionais sobre Meio Ambiente. Espero atender as expectativas e os anseios daqueles que pretendem defender a vida no Planeta Terra com o uso da comunicação como um dos instrumentos mais eficazes.
Introdução
O meio ambiente vem atraindo a atenção e o interesse da sociedade, especialmente diante da possibilidade de escassez dos recursos naturais em diversas áreas da atividade humana. Na realidade, esse interesse teve uma clara manifestação já no final da década de 1950, quando a deterioração ambiental e a relação com o estilo do crescimento econômico já haviam se tornado objeto de estudo e preocupação. Podemos citar o exemplo de Albert Schweitzer em 1954, ganhador do Prêmio Nobel da Paz por popularizar a ética ambiental, e Rachel Carson, autora do livro Primavera Silenciosa
, lançado em 1962, que trata dos efeitos de produtos químicos sobre o meio ambiente.
Entretanto, Engels, em trabalho escrito entre 1875 e 1876, já relatava a sua preocupação com a interferência do homem na natureza. Ele fez uma comparação do homem com o animal e afirmou que este último provoca modificações na natureza ambiente
atuando sobre os elementos causais, mas com intensidade de grau inferior às do homem, conforme relata:
O animal apenas utiliza a Natureza, nela produzindo modificações somente por sua presença; o homem a submete, pondo-a a serviço de seus fins determinados, imprimindo-lhe as modificações que julgarem necessárias, isto é, domina a natureza. E é esta a diferença essencial e decisiva entre o homem e os demais animais; e, por outro lado, é o trabalho que determina esta diferença. (ENGELS, 1979, p. 223).
Ele avançou mais sobre o tema e afirmou que toda a ação dos animais, obedecendo a um plano, não conseguiu imprimir na terra o selo de sua vontade. Somente o homem foi capaz de fazer isso
e alertou:
Mas não nos regojizemos demasiadamente em face dessas vitórias humanas sobre a Natureza. A cada uma dessas vitórias, ela exerce a sua vingança. Cada uma delas, na verdade, produz, em primeiro lugar, certas consequências com que podemos contar; mas, em segundo e terceiro lugares, produz outras muito diferentes, não previstas, que quase sempre anulam essas primeiras consequências. (ENGELS, 1979, p. 223).
Engels já estava prevendo os desastres ecológicos advindos das intervenções provocadas pelo homem na natureza. Uma degradação ambiental previsível que veio apresentar as suas consequências somente quando a sua intensidade aumentou com