Rejeitos: Vidas Marcadas pela Lama
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Sobre este e-book
Este livro não abre mão dos dados, motivos e explicações para o crime ambiental, mas conta sua história principalmente pelo ponto de vista daqueles que sofreram e sofrem na pele suas consequências. São relatos contundentes de dores físicas e psicológicas, de problemas financeiros, sumiço de peixes, geladeiras vazias, racismo ambiental e medo do futuro, mas também de como o ressentimento pode se transformar em esperança a partir da luta.
Longe de se deixarem abater, as comunidades afetadas também souberam fortalecer seus laços em torno de temas como a luta por direitos frente ao Estado e às grandes empresas. Laços que são fundamentais para seguir cobrando a responsabilização dos culpados pela tragédia e para garantir que ela não seja esquecida nem se repita.
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Rejeitos - Luana Melody Brasil
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO
Para as pessoas que confiaram suas histórias a nós e às que partiram ainda cedo deste mundo, deixando em nós as melhores lembranças de nossos encontros, que vão registradas neste livro.
Agradecimentos
Agradecemos, primeiramente, à nossa orientadora, Dione Oliveira Moura, que nos deu o norte para a pesquisa e reportagem que resultam neste livro. Dione sempre esteve presente, disposta e empenhada em nos iluminar e nos estimular na realização desta obra.
Aos pesquisadores Bruno Milanez, Cristiana Losekann, Gabriel Riva e Hauley Valim, e aos pescadores Eliane Balke e Gilmar Abelina, os quais deram as primeiras e mais valiosas pistas para que chegássemos às pessoas que compõem este livro-reportagem e que nos marcaram profundamente.
Guardamos igualmente gratidão ao Movimento dos Atingidos por Barragens do Espírito Santo (MAB-ES), por ter nos proporcionado a viagem de Linhares (ES) a Paracatu de Baixo e Bento Rodrigues, em Minas Gerais, para o encontro dos atingidos nas duas primeiras cidades atingidas pela lama, seguida da viagem para a manifestação em Vitória (ES). Este livro é fruto desses encontros e tem como principal objetivo servir de registro e instrumento para a luta dos atingidos por barragens.
Expressamos nosso agradecimento aos pescadores e pescadoras, comerciantes, surfistas, amigas e amigos inesquecíveis da foz e da região norte da foz do Rio Doce: Gilmar, Eliane, Seu Braz, Seu Albertino, Dona Penha, Enoque, Estelina, Sebastião, Felipe, Creuza, Simião, Lorielly, Artur, Daniel (in memoriam), Andrea, Claudionor, Mônica, Simony, Seu Brilhoso, Cleia, Seu Pedro, Seu Zé, Suely, Silvia, Geronildo, Cláudia, Elimar, Fábio (in memoriam) e Rosângela, Lucas Sielski, Adrian Lucas, Thalena, Maria da Glória, Zé de Sabino, Rones e Toninho. Seremos sempre gratos por terem confiado a nós suas histórias, por nos receberem em suas casas e por terem nos mostrado a grandeza da luta por justiça ao mesmo tempo que nos ensinavam o valor da solidariedade nos momentos de dor.
Aos nossos familiares, amigas e amigos que sempre acreditaram na importância deste trabalho. Agradecemos especialmente ao nosso companheiro de vida e de jornalismo, que sempre apoiou nossas jornadas e é cúmplice nos sonhos e lutas por um mundo mais justo, Raphael Garcia Veleda, e ao nosso professor, grande incentivador, parceiro e patrocinador da publicação desta obra, Julián Durazo-Herrmann, da Universidade do Quebec em Montreal (UQAM).
Somos igualmente gratos à amiga de reflexões sobre a resistência dos povos racializados em nosso país, Maíra de Deus Brito. Somos, por fim, imensamente gratos à editora Appris, por ter apostado com entusiasmo no nosso trabalho, tratando-o com zelo e conferindo-lhe o valor de publicação com o selo dessa empresa.
Quantas vezes a arte ensaiou o Apocalipse, experimentou diversas versões tecnológicas do fim do mundo, mas agora sabemos com certeza que a vida é mais fantástica ainda.
(Svetlana Aleksiévitch)
Nossa riqueza gerou sempre a nossa pobreza para alimentar a prosperidade dos outros: os impérios e seus agentes nativos. Na alquimia colonial e neocolonial, o ouro se transforma em sucata e os alimentos se convertem em veneno.
(Eduardo Galeano)
Prefácio
Três perguntas em torno da pesquisa e da prática na cobertura socioambiental
Tenho muita satisfação em poder apresentar esta obra materializada, fruto de uma pesquisa e produção jornalística, a qual tive o privilégio e a oportunidade de orientar. Contudo, ainda que não fora eu a orientadora da dupla Luana Melody Vasconcelos Brasil e Victor Pires Ferreira Corrêa, imenso me alegraria ver um trabalho jornalístico tão sério, caprichoso, ético. Uma apuração que transparece a cada página do livro. Um ouvir que abriu de fato a escuta, releu e comparou as notas, cuidou para cumprir com os desafios de um livro-reportagem. Minhas primeiras palavras, pois, como prefaciadora, partem deste lugar de orientadora e de jornalista – sendo que tenho o tema do jornalismo ambiental com muito apreço e é a cobertura socioambiental uma casa (e até mesmo uma causa) à qual sempre retorno.
Este livro responde a várias perguntas, mesmo a perguntas às quais ele não se propôs diretamente a responder. Como as perguntas às quais a obra se propôs estão respondidas por meio da realização da pauta do livro-reportagem, tratarei aqui no Prefácio da outra ordem de questões.
A primeira: o quanto vale e até onde pode chegar um projeto de final de curso? Vale muito, muitíssimo e pode chegar além, sempre além. Para quem não está familiarizado, aviso que um projeto final de curso pode resultar em um documento monográfico ou em documento memória de pesquisa. Nesse último caso, a parte experimental da pesquisa surge em forma de um produto de comunicação. No projeto de formatura de Victor e Luana, o produto é exatamente este livro-reportagem. Recomendo lerem a memória da pesquisa, que é o relatório da pesquisa, disponível na nossa Biblioteca Digital de Monografias (BDM BCE) no site da UnB.
Outros projetos finais de curso defendidos em nossa Faculdade – nos nossos quatro cursos de graduação (Audiovisual, Comunicação Organizacional, Jornalismo e Publicidade e Propaganda) – quando realizam produtos, podem resultar em filmes, campanhas publicitárias, biografias, webdocs, ensaios fotográficos, revistas, projetos de assessoramento em comunicação etc. Um universo riquíssimo da pesquisa de mãos dadas com a produção em comunicação.
Bem, mas uma segunda pergunta brota: é possível fazer cobertura socioambiental sem se manter atado às fontes oficiais? O tristíssimo jornalismo declaratório
tem feito um grande dano à cobertura da pauta socioambiental. A barragem estourou? Fala-se, de modo geral, com as empresas mineradoras, mas não se fala (é, de fato, muito raro, infelizmente), com o movimento de atingidos pelas barragens, por exemplo. E com o pescador? A pescadora? As famílias atingidas? As populações ribeirinhas, os povos indígenas, as populações quilombolas e centenas de outros povos sem rosto e sem voz que, se não recebem a lama sobre seus corpos e moradias, recebem-na na água (não mais potável), nas plantações dizimadas, no rio sagrado que desaparece. Para ouvir tais vozes, temos que abrir mão de resumirmos as coberturas ao clássico O presidente da empresa disse que...
; A equipe de engenharia respondeu que...
; O prefeito afirma que…
e ponto final.
E é esse incômodo ponto final que traz uma terceira pergunta que inquieta e ressoa: qual o papel do jornalismo na cobertura de uma crise ambiental, mesmo, e principalmente, após o período em que o tema perde o frescor da urgência? Depois que as manchetes escasseiam e as dores são esmaecidas pelo véu do tempo, pelo cinza do cotidiano, pela indiferença que iguala todas as perdas e todas as injustiças na tônica do não há nada a fazer, tudo é como é
e ponto final?
Bem, aí ressurge o bom jornalismo, exatamente após o aparente ponto final, quando todos pensavam que a história seria esquecida no morno das horas vividas. E foi o que fizeram Luana e Victor: saíram dois bravios jovens formanda e formando a cumprir uma das tarefas mais nobres do jornalismo – apurar, escavar, perguntar, questionar, verificar, investigar, comparar, checar; pegar estrada e ir aonde as pessoas reais com experiências reais estão.
São elas que têm histórias para contar – e não aspas a oferecer. São elas que, mesmo quando não imaginam o que seja um release, um card, um media training, uma estratégia de marketing de guerrilha, um meme, vivem e vivenciam as histórias e somente elas podem contá-las com todas as palavras, sem firulas, sem estratégias, sem aspas treinadas.
Tais pessoas – muitas vezes esquecidas – contam onde lhes dói o sapato, onde lhes fere a alma e também o que lhes faz brilhar os olhos. Aí, no registro desse brilhar de olhos, reside o jornalismo, também da cobertura socioambiental, mas não somente. E é disso que trata o livro-reportagem Rejeitos: vidas marcadas pela lama.
Leitora, leitor, pegue a estrada rumo às histórias que fazem os olhos brilharem. Boa leitura!
Brasília, 25 de setembro de 2020.
Dione Oliveira Moura
Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
Apresentação
5 de novembro de 2015, pouco depois das 15h45.
A BARRAGEM ROMPEU!!
O grito ouvido no rádio por homens e mulheres que trabalhavam no complexo minerário de Germano, no município de Mariana (MG), era desesperado e angustiante. A voz anunciava o impensável: tinha início o maior desastre ambiental da história do país. A barragem de Fundão, que armazenava rejeitos da mineração de ferro da Samarco Mineração S.A., ruiu e despejou cerca de 40 milhões de metros cúbicos de lama no ambiente. A barragem continha aproximadamente 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, um volume suficiente para encher cerca de 24 mil piscinas olímpicas.
A onda de rejeitos deixou 19 mortos, prejuízos ambientais incalculáveis (muitos irreparáveis) e arrasou Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, distritos de Mariana, e parte da cidade de Barra Longa, em Minas Gerais. A lama seguiu um curso de destruição por 35 municípios mineiros e três do Espírito Santo. A população brasileira acompanhou praticamente ao vivo o caminho de quase 700 quilômetros entre o local do rompimento e o Oceano Atlântico.
Para quem vivia às margens do Rio Doce, principal curso d’água atingido pela lama, as notícias eram recebidas com apreensão. Foram dias de espera impotente pelos rejeitos, sabendo que eles chegariam e mudariam drasticamente suas vidas. À impotência, somou-se a frustração com a incapacidade da Samarco e de suas controladoras – as gigantes da mineração Vale S.A. e BHP Billiton –, assim como do Estado, de conter o avanço e as consequências da lama.
Poucos meses após a tragédia, a crise política nacional (que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016) e os eventos das Olimpíadas Rio 2016 ocuparam os principais espaços da televisão e dos jornais do país, tornando cada vez mais esparsas as notícias sobre o que aconteceu em Mariana e na bacia do Rio Doce.
Quando a barragem rompeu, às 15h45 do dia 5 de novembro de 2015, grande parte dos moradores das margens do Rio Doce não sabia o que era Samarco ou o que a empresa fazia e não tinha ideia de que existia a barragem de Fundão. Cinco anos depois, essas pessoas não podiam passar um dia sem lembrar-se desses nomes e dos efeitos que tiveram sobre suas realidades.
A tragédia ainda deixa profundas cicatrizes no meio ambiente e, mais ainda, nas condições de vida das pessoas que necessitam do Rio Doce, de seus dez afluentes e do mar de parte significativa do litoral brasileiro. Diversas questões, ainda sem resposta em 2020, inquietam as vítimas do rompimento de Fundão: Já é possível beber a água sem adoecer? Se eu irrigar minha roça com essa água, meus alimentos vão ficar ruins? Quanto tempo uma pessoa vive depois de ter contato com a lama? Cadê os médicos e psicólogos? Onde vou morar na semana que vem? Se não posso mais pescar nem plantar, que emprego vou ter? O que meus filhos vão comer amanhã? Alguém vai retirar a lama do rio e do mar? Quando o rio vai voltar a ter peixes?
.
Cinco anos após a tragédia, nem o Estado, nem as mineradoras, nem institutos de pesquisa, nem as universidades deram respostas satisfatórias para abrandar essas aflições. Outros rompimentos de barragens de rejeitos no Brasil prejudicaram populações, além da fauna e da flora, desde o século passado e até mesmo poucos anos após o rompimento de Fundão – como foi o caso da barragem conhecida por Córrego do Feijão, da mineradora Vale, que rompeu em Brumadinho (MG), no dia 25 de janeiro de 2019, deixando 252 mortos e 13 pessoas desaparecidas até janeiro de 2021.
No entanto, nenhum outro desastre, até o início da década de 2020, alcançou as dimensões do rompimento de Fundão, cuja estimativa de danos atinge pelo menos 700 mil pessoas, além dos afluentes da bacia do Rio Doce. Trata-se de uma catástrofe sem precedentes no Brasil e no resto do mundo.
Os autores
Desumano
Quem poderia imaginar
Que morava bem ali
No nosso quintal
O nosso algoz...
O monstro...
Atacou sem piedade
Na calada da madrugada
Sem deixar aviso
Foi desumano...
O monstro...
Se veste de anjo
E sopra o que mordeu
Perito em camuflagem
De réu vira juiz
Da ganância veio a morte
De Bento, Barra até o mar
Cadê meu rio?
Mera lembrança
Nosso chão
Recorrer a quem?
Só nos resta a união
Falam de um acordo
Essa luta é desigual
Se veste de anjo
E sopra o que mordeu
Perito em camuflagem
De réu vira juiz
Letra da música Desumano
, de Flávio Márcio Ferreira de Freitas (Fafá da Barra) – vítima e morador da cidade de Barra Longa (MG)
Lista de abreviaturas e siglas
ACP Ação Civil Pública
AGU Advocacia-Geral da União
ANA Agência Nacional de Águas
Apescama Associação de Pescadores, Catadores de Caranguejo, Aquicultores, Moradores e Assemelhados de Campo Grande de Barra Nova
ASPERQD Associação de Pescadores, Extrativistas e Remanescentes de Quilombo de Degredo
CDDPH Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana
Cebrap Centro Brasileiro de Análise e Planejamento
Centro Tamar Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas
Conama Conselho Nacional de Meio Ambiente
CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
Dieese Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral
EIA Estudo de Impacto Ambiental
Feam-MG Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais
Funasa Fundação Nacional de Saúde
Furg Universidade Federal do Rio Grande
Giaia Grupo Independente para Avaliação do Impacto Ambiental
Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
Iema-ES Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo
IML Instituto Médico Legal
Incaper Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural
IQA Índice de Qualidade da Água
MAB Movimento dos Atingidos por Barragens
Mapa Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
MPF Ministério Público Federal
MPMG Ministério Público de Minas Gerais
Organon Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Mobilizações Sociais
PF Polícia Federal
PNDPA-Ibama Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
PoEMAS Grupo interdisciplinar Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade
Rima Relatório de Impacto Ambiental
Semad Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais
SUS Sistema Único de Saúde
TCU Tribunal de Contas da União
Terra Grupo Temáticas Especiais Relacionadas ao Relevo e à Água
TI Terra Indígena
TTAC Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta
Uerj Universidade do Estado do Rio de Janeiro
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
Ufes Universidade Federal do Espírito Santo
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
UFJF Universidade Federal de Juiz de Fora
UnB Universidade de Brasília
Unisinos Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Sumário
INTRODUÇÃO 25
1
MEMÓRIAS DA LAMA 31
1.1 HOMENS DE AMARELO 33
1.2 A LAMA SOBE O MORRO 37
1.3 ROTINA INDESEJADA 38
1.4 DIREITOS ARRASADOS 39
1.5 LAUDOS CONFLITANTES 40
1.6 PRA CIMA DOS TRILHOS 42
1.7 EROSÕES SOCIAIS 44
2
ACABOU TUDO 49
2.1. SUELY MARTINELLI, 49 ANOS, PESCADORA E MORADORA DE URUSSUQUARA (ES) 49
2.2. JOSÉ DE ARAÚJO SILVA, SEU BRILHOSO, 65 ANOS, PESCADOR E MORADOR DE DEGREDO (ES) 49
2.3. BRAZ FERNANDES DANTAS, SEU BRAZ, 83 ANOS, PESCADOR E MORADOR DE PONTAL DO IPIRANGA (ES) 50
2.4. ELIANE BALKE, 53 ANOS, MORADORA DE BARRA NOVA SUL (ES) 50
2.5. JOSÉ LEITE COSTA, SEU ZÉ, 70 ANOS, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO
DE PESCADORES EXTRATIVISTAS E REMANESCENTES DE QUILOMBO
DE DEGREDO (ASPERQD) 50
2.6. DENISE*, CATADORA DE CARANGUEJO E PESCADORA DA ÁGUA DOCE, MORADORA DE CAMPO GRANDE, NA REGIÃO DE NATIVO (ES) 50
2.7. MÔNICA SILVA DE JESUS PAZINATO, 38 ANOS, AGENTE DE SAÚDE, SEGUNDA SECRETÁRIA DA ASSOCIAÇÃO QUILOMBOLA
DE DEGREDO (ES) 51
2.8. SIMIÃO BARBOSA DOS SANTOS, 74 ANOS, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE PESCADORES E ASSEMELHADOS DE POVOAÇÃO (ES) 51
2.9. ELIS*, FUNCIONÁRIA DA PREFEITURA DE LINHARES (ES), MORADORA DE BARRA SECA (ES) 51
2.10. GERONILDO DOMINGOS DOS SANTOS, 72 ANOS, PESCADOR E FUNCIONÁRIO DA PREFEITURA DE LINHARES (ES), MORADOR DE BARRA SECA (ES) 52
2.11. THALENA