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Contato Maldito: Divisão de Habilidades Especiais 2, #2
Contato Maldito: Divisão de Habilidades Especiais 2, #2
Contato Maldito: Divisão de Habilidades Especiais 2, #2
E-book240 páginas2 horas

Contato Maldito: Divisão de Habilidades Especiais 2, #2

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Sobre este e-book

Imagina que um dia você sente que está em um sonho no qual você é o assassino e é detido pela polícia no momento exato em que a vida da vítima está presa por um fio e todas as evidências o acusam diretamente.

Imagina que enquanto está sendo detido e o medo toma conta de você, você quer acordar, mas não consegue porque não está em um sonho.

Você está vivendo tudo em tempo real.

Desde muito jovem, Dakota Grant compreendeu que tinha habilidades que a diferenciavam das outras pessoas, fazendo dela o alvo perfeito das rejeições por ser «diferente»

Mas Dakota usou esta rejeição para se fortalecer e conseguir alcançar esta posição importante como Agente Especial com a qual sempre sonhou. Ela sabia que sua entrada no FBI poderia ajudá-la a encontrar outras pessoas como ela, com diferenças notáveis que as tornavam especiais.

Ela não podia ser a única e estava convencida de que quando os encontrasse, procuraria uma maneira para que estas raridades ajudassem a livrar o mundo do mal que o afetava.

E tudo parecia estar a seu favor até que Zacarria Romano, um dos consultores externos da sua nova equipe, começa a viver entre os sonhos e a realidade, cometendo ações que o tornaram  o assassino mais procurado nos últimos meses.

Dakota será capaz de descobrir a verdade sobre tudo o que aconteceu? Zaccaria conseguirá retornar à realidade livre de toda a culpa?

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento22 de nov. de 2019
ISBN9781071506752
Contato Maldito: Divisão de Habilidades Especiais 2, #2

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    Contato Maldito - Stefania Gil

    «Tudo o que uma pessoa pode imaginar,

    Outras podem realizar».

    Júlio Verne

    Prólogo

    — FBI! Coloque as mãos para cima! — Gritou Dakota Grant que estava no comando da operação.

    O sujeito se recusava a colocar as mãos para cima. A vítima estava sangrando e era necessário atendê-la, mas primeiro deveriam neutralizar o agressor.

    Dakota queria correr até ele e perguntar por que ele fez isso, mas tinha um protocolo a cumprir e se Palmer percebesse que seus sentimentos estavam se misturando com o caso, ele a afastaria do mesmo.

    Não podia permitir isso neste momento tão crítico. Zac precisava dela.

    «Concentre-se»

    — Mãos para cima! — outro dos Agentes Especiais gritou.

    Havia apenas uma lâmpada no fundo que iluminava precariamente esta área, além das lanternas dos Agentes que percorriam o resto da propriedade protegendo a cena.

    Três das lanternas estavam dirigidas ao agressor que, naquele momento, soltou a arma e levantou as mãos como foi ordenado.

    — Mãos acima da cabeça e ajoelhe-se lentamente.

    Zaccaria fez isso.

    — Agora, deite-se no chão, deixando as mãos de cada lado.

    Seus pulsos foram algemados às costas e ele foi deixado ali enquanto os paramédicos atendiam a vítima com a rapidez que o caso exigia.

    Dakota passou a lanterna ao seu redor.

    Tudo estava sujo, destruído, em total abandono. Como o resto da edificação.

    Ela balançou a cabeça.

    Ainda não conseguia acreditar como as coisas tinham acabado.

    — Vou ler seus direitos e fichá-lo.

    Ela assentiu com profunda preocupação no olhar, observando quando Hunt começou a recitar as palavras que eram tão conhecidas e que ela pronunciou várias vezes em nome da justiça.

    «Você tem o direito de permanecer em silêncio e se recusar a responder às perguntas.

    Qualquer coisa que você disser poderá ser usada contra você em um tribunal.

    Você tem direito a consultar um advogado antes de falar com a polícia e a ter um advogado presente durante o interrogatório ou mais adiante.

    Se não puder pagar um advogado, o tribunal lhe designará um antes do interrogatório, se assim o desejar.

    Se decidir responder às perguntas sem um advogado presente, terá o direito de parar de responder a qualquer momento até que fale com um advogado ».

    Eles colocaram o suspeito em pé, com brusquidão e o tiraram dali.

    Os paramédicos levaram a vítima e não deram grandes esperanças de vida para ela.

    Dakota continuava sem acreditar no que estava acontecendo.

    Saiu para o lado de fora e viu quando Madison se aproximou às pressas de Zaccaria.

    Nada disso conseguia fazer sentido. Desejava com todo seu ser que nada fizesse sentido.

    Zac não poderia ter ido tão longe.

    Aproximou-se de Madison, que a observou com angústia, enquanto Mark ajudava Zac a entrar com cuidado na viatura.

    Ele estava tranquilo.

    Dakota continuava sem sair do seu espanto.

    — Tinha a arma nas mãos e estava de frente para a vítima.

    Madison sentiu que sufocava.

    — Ele acaba de me dizer para que não me preocupe — ela disse a Dakota com a voz trêmula —; porque, pela manhã, tudo vai mudar. Ele acredita que está em um destes sonhos que o estão perturbando.

    — Precisamos esclarecer isso.  Zac não pode acabar na prisão.

    Era impossível que Zac fosse o assassino que procuravam e encontrariam uma maneira para provar sua inocência.

    Capítulo 1

    Zaccaria caminhava freneticamente pelas ruas vazias da cidade.

    Passava da meia-noite e ele ainda não conseguia drenar a ansiedade que tinha dentro de si.

    Tentava lembrar o que comeu e onde para que acordasse com aquele sintoma estranho que o perturbava. E mais angustiante ainda, era a necessidade de encontrar a calma com um pensamento que não saia da sua cabeça e que o apavorava e excitava em partes iguais: vingança e morte.

    Lutava contra a ansiedade para tentar controlá-la, mas parecia inútil. Além disso, cada tentativa de controle fazia com que seu interior se agitasse mais.

    Determinado a não lutar contra sua própria natureza e a esclarecer que diabos o afetou daquela maneira, entrou em um bar.

    Foi direto ao banheiro e lá dentro se deparou com este homem que olhou para ele com cara feia.

    Zac sentiu a raiva crescer dentro de si e quis dar um soco direto no rosto do homem para ver se, com isso, drenava a raiva.

    Parecia que sua sanidade ainda passeava pelo seu corpo naquele momento intenso e se fez notar, fazendo com que ele seguisse direto até os mictórios, esvaziasse a bexiga e depois lavasse as mãos.

    Quando saiu do banheiro, o mal-encarado esperava por ele no corredor.

    O homem, tão largo quanto alto, dava medo só de olhar; no entanto, em Zac, o que produziu foi algo parecido a um grande desafio que deveria ser destruído.

    Cerrou a mandíbula resistindo ao impulso de pular em cima do homem e golpeá-lo até não ter mais forças. Suas mãos pareciam ter vida própria e ele, em uma tentativa de controlar todo seu corpo e seus malditos impulsos vandálicos daquela noite, cerrou os punhos até sentir dor na palma de ambas as mãos porque suas unhas atravessavam a pele naquele instante.

    O homem levantou uma sobrancelha sarcástica.

    Ele deu um passo à frente e Zac, um para trás.

    O homem, em um movimento rápido, deu um soco no nariz de Zac que o fez se encolher de dor, que o homem aproveitou para voltar a bater no flanco esquerdo de Zaccaria.

    — Sei o que você é e eu me pergunto se não vai se defender.

    Zaccaria sentiu como a ira o consumia por dentro e levantou-se, encarando seu agressor.

    Não deu tempo de reação ao homem e também não sabia como se movia com tanta agilidade e rapidez, mas em um par de segundos e após vários golpes diretos no rosto e na boca do estômago do gigante, ele caiu no chão e Zac o arrastou sem problemas novamente para dentro do banheiro.

    Ele o deixou no chão reclamando enquanto se assegurava de passar o ferrolho na porta para que ninguém pudesse interromper porque, este homem, ia receber o que merecia e mais.

    Olhou para ele, sorriu com ódio e se deixou levar pela raiva e pela sede de vingança.

    Antes que seu oponente pudesse pensar em se levantar, Zac sentou-se em cima dele e seus punhos se enfureceram com o rosto do humano que tinha debaixo de si, desfigurando-o rapidamente, fazendo com que ele parecesse uma massa horrível e ensanguentada.

    Não foi o suficiente, precisava de mais.

    Continuou batendo até que suas próprias mãos ardiam e doíam.

    A libertação não chegava e o que aquela violência fazia era exigir mais dele.

    Zac precisava tirar esta vida.

    E como se fosse um hábil mercenário, cercou o pescoço da sua vítima com ambas as mãos até cortar o pouco ar que ainda entrava pelo nariz destruído.

    Apenas um gorgolejo foi ouvido antes que o homem desse seu último suspiro, sem possibilidade de defesa; alguma lesão em sua cabeça, por causa dos golpes, deve ter impossibilitado que ele movimentasse suas extremidades.

    Zac sorriu com maldade presente em seu corpo. Tudo chegava ao fim na vida do seu agressor, no entanto, para ele parecia não ser o fim porque sua ansiedade, vingança e desejo de morte ainda o dominavam.

    Para ele, isso era apenas o começo.

    ***

    Zac sentou-se de repente na cama.

    Tinha a respiração agitada e a angústia dominava todo seu corpo.

    Olhou ao redor, estava em seu quarto.

    — Querido, o que está acontecendo?

    A Dra. Emmaline Gilbert segurou sua mão e olhou para ele com preocupação.

    Zac não conseguia acalmar sua respiração completamente e era difícil coordenar seus pensamentos.

    Emmaline levantou-se apressada e foi até a cozinha buscar um copo de água. Ela entregou para ele e verificou sua pulsação.

    — Foi apenas um pesadelo, Zac. Você precisa se acalmar. Você está muito nervoso.

    Zac olhava para ela com confusão, como se não conseguisse lembrar quem ela era, mas ao mesmo tempo sabia que era alguém em quem confiar.

    Eles ficaram alguns minutos mergulhados em um silêncio em que a respiração de Zac era capaz de enfraquecer os nervos de qualquer ser humano, mas não os da boa doutora.

    Ela aguardava com paciência e a índole necessária que sua profissão lhe outorgava após tantos anos trabalhando na sala de emergência e tratando de centenas de pacientes no hospital.

    Emmaline Gilbert era uma mulher dedicada e simples. Apaixonada e alegre. Tinha um olhar brilhante e sereno que lembrava a Zac a natureza irlandesa e que desde que a observou pela primeira vez, foi impossível tirá-la da cabeça.

    Naquela vez, estavam no hospital quando Madison foi levada a sala de emergência e a Dra. Gilbert foi a médica que ajudou sua irmã recém descoberta a sair do transe em que havia mergulhado depois de tudo que viu ao entrar em contato com a mãe biológica de ambos.

    Foi um momento difícil para Zac porque ele se recusava a ter novos irmãos. Além disso, irmãos com os quais compartilhava dons especiais. Talvez foi isso que o levou a se sentir unido a eles porque nunca antes teve contato com alguém que escondesse um segredo tão importante como o seu.

    Destes que fazem sua vida parecer uma completa aberração.

    Madison e Jack compartilhavam isso com ele e mais. Ele compreendeu depois do acidente de Madison.

    E graças a isso conheceu Emmaline com quem começou a ter um relacionamento tranquilo e seguro.

    A Dra. Gilbert olhava para ele com intensidade.

    Ele ainda estava na cama tentando organizar seus pensamentos.

    A lembrança do dia em que conheceu Emmaline o levou a se acalmar um pouco.

    — Tive um pesadelo horrível — ele segurou a mão de Emma e percebeu que sua própria mão doía intensamente nos dedos embora não tivesse nenhuma marca física que explicasse essa dor. Lembrou-se do sonho.

    A ansiedade.

    Os golpes que deu no homem e chegou ao momento em que o asfixiou.

    Ele se assustou.

    — Gostaria que você me contasse. Foi apenas um pesadelo e se conversamos sobre isso, você perceberá que tudo passou e nada do que há em sua cabeça neste momento é real.

    Zac contou sobre o sonho em detalhes.

    — Eu o matei, Emma. O homem era uma coisa diabólica cheia de deformações e sangue.

    — É claro, querido. É normal, considerando todos os traumatismos que você causou nele.

    Zac bufou com tranquilidade e sorriu.

    Emma sempre usava termos médicos para esclarecer as coisas para aqueles ao seu redor.

    — É verdade, querido, não há outra maneira de dizer — ela continuou. — Pelo que você me conta sobre o sonho, o homem que você agredia estaria em estado de choque por causa dos golpes — ela olhou para ele com dúvida no olhar. — Qual o motivo de tanta raiva, Zac? Você não é assim e os sonhos, às vezes, são um reflexo das nossas emoções.

    Ele permitiu que ela o visse com uma pitada de confusão.

    Era verdade, ele nunca sofria destes ataques de raiva.

    Bem, nem daqueles que já eram selvagens nem dos que poderiam ser considerados «normais». Ele, em geral, não era um homem de raiva. Nem mesmo quando descobriu que sua falecida ex-noiva o traia.

    Por que agora?

    — Não sei — ele respondeu pensativamente para Emma e ela se aconchegou em seus braços. Deitados novamente na cama, Zac suspirou fundo. — Pode ser o estresse do trabalho.

    — Você comeu em algum lugar que não deveria?

    — Não. Você sabe que isso nunca aconteceria.

    — Bem, logo descobriremos o que está acontecendo com você.

    — Isso espero.

    ***

    Jack estava pintando naquela manhã, como de costume, na sala de estar do seu impecável loft no Soho. Estava suportando muito bem sua abstinência ao álcool e a cada dia que passava tentava ser a melhor versão de si mesmo.

    Sem a ajuda da sua amada Zoe, nada disso teria sido possível, é claro. E agora, esta mulher que acreditou que odiava infinitamente, era sua amiga, confidente, amante, tudo. Zoe Mitchell era tudo para ele.

    Eles tinham uma vida tranquila, cheia de conforto porque ambos tinham um bom apoio financeiro das suas famílias; no entanto, nenhum dos dois se aproveitava disso.

    Bem, ele parou de fazer isso há algum tempo, novamente, graças a Zoe.

    Por outro lado, ela era uma máquina de trabalho. Parecia a formiga rainha que era capaz de administrar uma empresa inteira sem nenhum problema e acumular uma boa quantia de dinheiro, fruto do seu esforço como a grande advogada da cidade.

    Depois de todo o caso de Valerie e de quão bem Zoe agiu para deixá-la, como sempre, em uma boa posição diante da lei e da sociedade, a garota subiu ao pódio das estrelas do direito penal do qual não pretendia descer.

    Amava seu trabalho e Jack adorava vê-la defendendo com unhas e dentes seus clientes. Claro, os valores de Zoe eram os mais puros, portanto se ela defendia alguém, garantindo que era inocente, é por que era.

    Disso não poderia restar a menor dúvida.

    Ela esteve mergulhada em uma espiral de acusações por não querer defender um homem que jurava inocência, mas que as evidências apontavam que era culpado.

    Ela se manteve firme em sua decisão, fiel a seus princípios apesar de ser tratada sem clemência pelos meios de comunicação. Após alguns meses de julgamentos e deliberações, estes mesmos meios de comunicação expressaram seus pedidos de desculpas a Zoe publicamente por tê-la difamado.

    O homem era culpado. Confessou em um momento de culpa que não conseguiu suportar durante o interrogatório ao qual a parte acusadora o submeteu.

    Isso elevou Zoe a ser advogada penal mais solicitada da cidade.

    Jack não poderia se sentir mais orgulhoso dela. Ele conversava com frequência com os avós da garota quando se reuniam nos jantares familiares. Os avós de Zoe foram um pouco duros com ele no começo do relacionamento deles.

    Não os culpava. Sua pequena menina, a quem criaram com tanto amor e dedicação ao ficar órfã quando era criança, havia se interessado pelo «garoto problema» da cidade.

    O mesmo que havia sido acusado de assassinato um pouco antes de anunciarem seu relacionamento amoroso repentino para o resto do mundo.

    Sim, não poderia culpá-los. Ele teria feito a mesma coisa se sua filha lhe pregasse uma peça dessas.

    Sorriu divertido enquanto pintava sua próxima obra-prima.

    Um tempo atrás, só pensava em loiras estonteantes, muito álcool e gastar a fortuna do seu pai da maneira errada e agora, era um homem completamente mudado que pensava no quanto amava a

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