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Rios que se encontram: vidas que seguem adiante - reminiscências
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Rios que se encontram: vidas que seguem adiante - reminiscências
E-book67 páginas41 minutos

Rios que se encontram: vidas que seguem adiante - reminiscências

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Sobre este e-book

Pompeto segue na vida como a dinâmica dos rios que se encontram, águas claras de um e barrentas do outro, caminham célere e harmoniosas. As vidas dos personagens tomam seus rumos, com suas vicissitudes e peculiaridades. Os momentos principais vividos, em especial de Pompeto, são permeados de abstração por meios de versos poéticos.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento1 de nov. de 2019
ISBN9788530009830
Rios que se encontram: vidas que seguem adiante - reminiscências

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    Rios que se encontram - Juliano de Salles

    www.eviseu.com

    DEDICATÓRIA

    À minha esposa Nilsa, agradeço pelo companheirismo e incentivo

    Aos meus filhos Juliano Júnior e Jacquelini agradeço pela compreensão e paciência

    Dedico à minha irmã Neusa, "in memoriam", que muito queria escrever e publicar um livro.

    AGRADECIMENTOS

    A Deus – razão de existência

    À Família – base, sustentação

    Aos colegas de estudo da Escola de Emergência à Universidade

    Aos colegas de trabalho: do INSS, Receita Federal, Agência do Trabalho e aos colaboradores nos Cartórios.

    I. PORTO FLUVIAL

    Pompeto...! Tudo assistia, tudo ouvia, nada entendia; a ele, criança, cabia o rio atravessar a turistas e pescadores, sem qualquer preço fixar, uma gorjeta ganhar e nas despesas de casa ajudar. Por vezes, sofria com as ondas e rastros de gasolina e óleo provocados pelos barcos, mas não desistia, seguia. No Rio Braço Grande uma pinguela atravessar, para então chegar ao lugar onde os canoeiros estão a esperar, para o outro Rio — o São Lourencinho — atravessar e a pescaria iniciar.

    "No Porto Fluvial, o encontro

    dos rios Braço Grande e São Lourencinho

    Da pinguela de único tronco,

    atravessar devagarzinho, de mansinho,

    belezas avistar, encontro das águas

    barrentas e claras em redemoinho"

    "Após a pinguela

    canoeiros a esperar

    pescadores pra atravessar

    e ganhar algum dinheiro,

    sem tarifa fixar

    para no sustento da família ajudar"

    — Bom dia, garoto, tudo bem?

    — Tudo bem, e o senhor?

    — Agora melhor, saí do tumulto e agitação. A capital agora com seus arranha-céus piorou a visibilidade, não se vê mais o céu e o horizonte — mais concreto mais gente; espaço e verde insuficiente!

    — Senhor? A capital é longe?

    — Pouco mais de cem quilômetros menino. Eh!

    Pompeto, indaga:

    — Senhor, o que é arranha-céu?

    — Oh! Menino! São edifícios tão altos que parecem tocar o céu!

    Pompeto pensa... imagina... televisão e rádio não tem, jornal não existe, tudo desconhece.

    A canoa aporta, o pescador salta, entrega uns cruzeiros:

    — Obrigado, menino! E distancia!

    Pompeto gira a canoa em retorno. Grita Ademaro, seu irmão:

    — Vamos! Vamos! Vou pular mais alto! E sai em disparada em sentido à árvore.

    "Rios que se encontram

    Braço Grande e São Lourencinho,

    águas claras e barrentas

    num intenso redemoinho

    em ondas que se

    arrebentam"

    Encontro dos rios Braço Grande e São Lourencinho, águas barrentas e claras formando redemoinho; canoas e barcos chegando, saindo num intenso movimento, caracterizando um ritual.

    Juçaras/palmitos e bananas dos barcos e canoas para os caminhões carregando, os cachos de bananas nas costas vão amontoando, iniciando pelo maior que no ombro a alça é fixada, a seguir vem outros, no pescoço e cabeça enlaçando.

    Em pouco tempo, o corpo vai tornando-se um amontoado de cachos; quem atrás olha, só vê bananas empilhadas, aos poucos se movimenta, ser animado se apresenta, compara-se a semovente.

    O percurso é curto, mas íngreme, para subir todos os esforços, ao chegar ao destino o alívio se inicia, cada cacho retirado o corpo se delicia. Se pudesse, ao Caiçara diria o quanto sofria. O ritual continua: sobe pesado ofegante, descarrega, descansa ao descer, chega à embarcação e começa de novo; barco esvazia, caminhão enchia, assim vai um dia, outro dia...

    "Canoas e Caiçaras

    bananas amontoando

    à espera do comprador

    conhecido — Mando

    Os Caiçaras ansiosos

    as bananas juntando"

    Canoas a remo, força braçal, barcos conduzidos, força motriz, se encontram no Porto Fluvial, num intenso vai e vem; os canoeiros na proa e cabeceira, em lados opostos remam, eis que de repente

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