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Banho-Maria
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E-book84 páginas27 minutos

Banho-Maria

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Sobre este e-book

Nas águas de Ver navios (2007), este livro acolhe a mesma diversidade de formas breves. Os escritos (ao autor repugna a palavra "textos") vão desde contos e crônicas, passando por poemas piadas ou poemas em prosa, até poemas tout court, sem prosa. O diálogo com Ver navios não é apenas genérico. Assim, "Fantasia coral" replica "A truta" schubertiana do outro livro...
O que talvez não se reproduz inteiramente é o estado de espírito do eu lírico-narrativo. À semelhança do primo mais velho, "Banho-maria" ("O chiado não cessa. Mas basta controlar a pressão. Um suspiro e iria tudo pelos ares. Muito sábia a senhora minha avó. Viveu de chaleira na mão e um dia evaporou. Que Deus a tenha! que a chaleira está entre nós") também serve de expressão à fisionomia geral do livro (captada com perspicácia pela ilustradora, Polyana Canhête, a qual converte a velha chaleira do escritor em outra ancestral sua, uma máquina de escrever, evidentemente avoenga). O eu épico-lírico se abre agora em compasso de espera ("Oriente próximo"), mas compasso tenso, a que não faltam ameaças de explosão ("Cuíca" ou "Jornal Nacional"), e até mesmo explosões ("Justa causa" ou "Iluminação pública"). O curioso, para não avivar eventual morbidez, é que, com estoutra "antologia" (de flores funéreas?), o escritor parece querer deslocar para o centro do seu trabalho um gênero típico de espólio literário, a "miscelânea".
IdiomaPortuguês
Editorae-galáxia
Data de lançamento11 de nov. de 2021
ISBN9786587639680
Banho-Maria

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    Banho-Maria - Airton Paschoa

    Airton Paschoa

    BANHO-MARIA

    2a edição

    (revista)

    ao André e ao Artur,

    os melhores contos

    Índice

    Palavras do autor (à guisa de prefácio)

    Lombalgia

    ad nauseam

    Sopro de vida

    Oriente próximo

    Fantasia coral

    A queda

    Utopia não, pangeia

    Educação a distância

    Catarata

    Caracas

    Desenho

    Folclore brasileiro

    Lei do ventre livre

    Casa de marimbondos

    Política de reparação

    Sarita

    Bursite, otite & outras inflamações

    Autofalante

    Justa causa

    Digamos Alísia

    A negra

    Os comedores de farinha

    Parente pobre

    Mesmo sangue

    O círculo

    Circo

    Cuíca

    O atrabiliário

    O estadista

    Brejo das almas

    Cidadania

    Parede

    Abertura

    Capitalismo utópico

    Jornal Nacional

    horário eleitoral

    O Bem e o Mal

    Meio circulante

    Garoto de Ipanema

    Primavera

    Nojo ameno

    Ó

    Carão

    A colcha

    Desgosto

    A bezerra de ouro

    Banho-maria

    veia literária

    Kiki

    E uma cabana

    Vi e Va

    O bis do abismo

    Pedreira

    O cubo ao quadrado

    Andantino

    O ateliê vermelho

    Procusto

    Abissínia

    Sem bálsamo

    Hípica

    Iluminação pública

    Satanismo

    O poeta aureolado

    Pena

    Museu de cera

    Sismo

    Programa

    Do outro lado

    Estamos indo

    Dor de costa

    Sobre o autor

    Palavras do Autor

    (à guisa de prefácio)

    Nas águas de Ver navios (2007), este livro acolhe a mesma diversidade de formas breves. Os escritos (ao autor repugna a palavra textos) vão desde contos e crônicas, passando por poemas piadas ou poemas em prosa, até poemas tout court, sem prosa. O diálogo com Ver navios não é apenas genérico. Assim, Fantasia coral replica A truta schubertiana do outro livro...

    O que talvez não se reproduz inteiramente é o estado de espírito do eu lírico-narrativo. À semelhança do primo mais velho, Banho-maria ("O chiado não cessa. Mas basta controlar a pressão. Um suspiro e iria tudo pelos ares. Muito sábia a senhora minha avó. Viveu de chaleira na mão e um dia evaporou. Que Deus a tenha! que a chaleira está entre nós.") também serve de expressão à fisionomia geral do livro — captada com perspicácia pela ilustradora Polyana Canhête de sua primeira edição, impressa, pela Nankin, em 2009, a qual converte a velha chaleira do escritor em outra ancestral dela, uma máquina de escrever, evidentemente avoenga.

    O eu épico-lírico se abre agora em compasso de espera (Oriente próximo), mas compasso tenso, a que não faltam ameaças

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