A Arte de Ganhar Dinheiro

De Phineas Taylor Barnum

Publicado pela primeira vez em 1880, A Arte de Ganhar Dinheiro é um pequeno livro que incentiva o público a aspirar à riqueza através de métodos simples: construindo poupanças, gerindo negócios com integridade, aprendendo o verdadeiro valor do dinheiro, trabalhando pelo que se ganha, evitando extravagâncias, sempre com foco nos bons investimentos e numa correta gestão do dinheiro. Baseado nas experiências do quotidiano do próprio autor, este livro é mais a afirmação de uma filosofia de vida do que um guia para um rápido enriquecimento.

Apesar de ter sido publicado no século XIX, transmite conselhos valiosos e notáveis a leitores de todas as idades que desejem ser mais prósperos com as suas finanças.

A Arte de Ganhar Dinheiro não nos diz apenas como ganhar dinheiro; fala-nos também do melhor modo de viver uma vida feliz e com propósito, ter sucesso e encontrar a verdadeira satisfação financeira através da nobreza de coração. Os ensinamentos aqui contidos são intemporais. P. T. Barnum foi um empreendedor astuto. Um dos seus princípios passava por tratar cada cliente com o máximo respeito - e provou ser um homem extremamente atencioso. Tornou-se num dos mais bem-sucedidos de sempre. Ainda que os seus conselhos se aproximem do senso comum, mais parece que andam arredados da prática corrente nas instituições, nas empresas ou na vida.

• Idioma: Português
• Editora: Alma dos Livros
• Data de lançamento: 5 de jun. de 2020
• ISBN: 9789898999443

Phineas Taylor Barnum

Phineas Taylor Barnum nasceu em 5 de julho de 1810 e foi uma das personalidades mais importante da História dos Estados Unidos da América. Empresário e verdadeiro showman, tornou-se conhecido por levar cultura tanto aos intelectuais como às massas. Os seus espetáculos, galas, eventos e extravagância deliciaram pessoas de todas as idades. Barnum foi político e empresário, e é comummente lembrado por ser o fundador do Barnum & Bailey Circus. Foi também autor, editor e filantropo. Nascido em Bethel, Barnum tornou-se dono de uma pequena empresa aos vinte e poucos anos, e fundou um semanário antes de se mudar para Nova Iorque em 1834. Embarcou numa carreira ligada ao entretenimento, abraçando as variedades, a música, o teatro e o puro espetáculo com o seu circo itinerante. Mais tarde, foi senador durante dois mandatos pelo seu Connecticut natal, como Republicano. Morreu em 1891 e foi enterrado no cemitério de Mountain Grove, projetado por ele mesmo.

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Direitos desta edição reservados

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Título: A Arte de Ganhar Dinheiro

Título original: The Art of Money Getting

Autor: Phineas Taylor Barnum

Tradução: Carla Ribeiro

Revisão: Joaquim E. Oliveira

Paginação: Maria João Gomes

Capa: Vera Braga/Alma dos Livros

Impressão e acabamento: Multitipo – Artes Gráficas, Lda.

Depósito legal: 469 713/20

ISBN: 978-989-8999-44-3

1.ª edição: junho de 2020

Todos os direitos reservados.

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Introdução

Nos Estados Unidos, onde há mais terra do que gente, não é de todo difícil a alguém de boa saúde ganhar dinheiro. Neste ramo relativamente novo, são tantas as vias de sucesso abertas, tantas as vocações que não estão sobrelotadas, que qualquer pessoa de qualquer sexo que esteja disposta, pelo menos por enquanto, a dedicar-se a qualquer ocupação respeitável que se lhe ofereça pode encontrar um emprego lucrativo.

Aqueles que realmente desejam alcançar a independência têm apenas de se decidir a isso e de adotar os meios apropriados, tal como fazem relativamente a qualquer outro objetivo que desejem atingir, e a coisa faz-se facilmente. Mas ganhar dinheiro, por mais fácil que pareça, não é o mesmo que preservá-lo, e não duvido de que muitos dos meus leitores concordarão que será a coisa mais difícil do mundo. A estrada para a riqueza é, como o Dr. Franklin diz, e com toda a verdade, «tão simples como a estrada que vai dar ao moinho». Consiste simplesmente em gastar menos do que se ganha; parece um problema bastante simples. O Sr. Micawber, uma dessas felizes criações do genial Dickens, dá à questão uma perspetiva sólida ao dizer que ter um rendimento anual de 20 libras por ano e gastar 20 libras e meio xelim é ser o mais miserável dos homens; enquanto ter um rendimento de apenas 20 libras e gastar somente 19 libras e meio xelim é ser o mais feliz dos mortais. Muitos dos meus leitores poderão dizer o seguinte:

– Entendemos isto: é economia, e sabemos que economia é riqueza; sabemos que não podemos comer o bolo e ficar também com ele.

Mas eu ouso dizer que existem, talvez, mais casos de fracasso resultantes de erros neste ponto do que de praticamente qualquer outro. A verdade é que muitas pessoas pensam entender a economia quando na verdade não a compreendem.

A verdadeira economia é mal interpretada e as pessoas passam pela vida sem entender devidamente esse princípio. Diz uma:

– Tenho um rendimento de tanto, e eis aqui o meu vizinho que tem o mesmo rendimento; mas todos os anos ele adianta-se um bocado e eu fico aquém; porquê? Sei tudo sobre economia.

Acha que sabe, mas não sabe. Há quem pense que a economia consiste em poupar aparas de queijo e cotos de velas, em cortar dois cêntimos na conta da lavandaria e em fazer todo o tipo de coisas pequenas, mesquinhas e reles. A economia não é mesquinhez. Infelizmente, estas pessoas deixam também que a sua economia se aplique apenas numa direção. Julgam-se tão maravilhosamente económicas ao poupar meio cêntimo onde deviam gastar dois, que pensam que podem dar-se ao luxo de esbanjar noutros sentidos. Há alguns anos, antes de o querosene ter sido descoberto ou pensado, era possível passar a noite em casa de praticamente qualquer agricultor numa qualquer região agrícola e receber uma muito boa ceia, mas, depois da ceia, poderia tentar ler na sala de estar e descobriria que era impossível à luz ineficaz de uma vela. A anfitriã diria o seguinte, ao ver o seu dilema:

– É muito difícil ler aqui à noite; diz o provérbio que «é preciso ter um navio no mar para poder acender duas velas de uma vez»; nunca temos uma vela a mais, a não ser em ocasiões especiais.

Estas ocasiões especiais ocorrem, talvez, duas vezes por ano. Assim, a boa mulher poupa cinco, seis ou dez dólares nesse período; mas, claro, a informação que podia