Emi E Éon, O Caso Imperturbável
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Sobre este e-book
Emi e Éon, o caso imperturbável é um ensaio e uma historinha curta. Busquei realizar uma alegoria. Alguém fala, alguém diz o que acontece, lembra acontecimentos. Mas para esse alguém parece meio complicado explicar o que não é exato, o que não vive no modo usual de ser-agora. O que penso não é o que o outro pensa. Mas aos poucos vai a descobrir um eu-sou, um eu-mundo. No entanto, a história vivida do outro, aqueles-entes parece mais um mito, essa relação deixa no ar esse ser que busca ser ou quer entender com a facticidade da história como objeto, como documentada ou como alegoria.
O leitor verá em tudo uma comédia que pouco a pouco se transforma. Não que fique sério ou dramático, mas que o interroga, o esclarece, o faz compreender. É um movimento que leva o entendimento ao leitor, ao si-mesmo que se esclarece. A existencialidade da existência como alegoria segue, as narrativas se mantém, as indicações, as retomadas se transformam. Modifica-se o entendimento do que antes era evidente, aos poucos as mesmas coisas que eram tão estranhas ganham significados mais coesos, produzem sentidos. Um modo de levar esse processo hermenêutico ao leitor. O texto é esse fenômeno que aparece, e é o discurso como um arauto que apresenta um caminho para se chegar ao eu-mundo.
Por isso parece um conto, e é. E por isso, um ensaio que é um conto.
Essa alegoria sobre a história de Noé e Noemi foi picotada o suficiente para se saber onde vai o corte perceptivo, onde pode ver o que ali não está. E foi ajuntado, anotado mais sobre tudo para que se desloque do lugar-comum, do mito, do religioso puramente. Nesse momento, depois de andarem por aí à deriva, Noé ou Éon, ou Neo, ou Chao, enfim, levou a arca para a lavação do tipo lava jato que tem em postos de combustível. A arca é um conversível, uma banheira ou uma piscina de tão grande.
Narra um pedaço dessa anti-história o cronista, o amigo que pegou uma carona. E também o autor que fica meio deslocado disso. Mas o comentarista de tudo isso ajuda a deslindar, nem muito, mas um tanto os neologismos recorrentes.
Por causa disso, por serem tantos em um e ao mesmo tempo com tantos significados houve essa transposição para um dia além do comum. E mais porque é feito ao modo de um ensaio, o leitor sofre um pouco, mas depois entende que há em tudo uma certa moralidade, algo que nos leva a ser navegadores no barco da vida.
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Pedro Moreira Nt
Who I amPedro Moreira NtI have been a writer since infancy; my father influenced me with reasonable asks to do that the best possible, and my mother, too, read to me, I have been a writer since infancy; my father influenced me with reasonable asks to do that the best possible, and my mother, too, read to me, and at both comes a song walking my mind, sweetness and lovely goodness. I am critical of that; I desire to create a mist of essay, but my preference for poem structure and sensibility do not long of art. So, I seek romanticizing concepts and developing a new sense of literature that happens in its movement. I leave it to the reader to do part of that; they create a truthful text and can do a good book. It is the interpretation, the way, a leap beyond what a word says, transforming our lives when they share.My first writings, chronic stories, participated in my soul. It was extremely critical and sarcastic about what I saw from reality.I am talking of a fifties age period behind. In a position about what I developed, my evolution was more toward apparent expressionism and realism with wave poetical intermain. I do not know, and I am a writer by chance by life.I wait to create something more dense and fragile so that a reader can discover more insight and make the story.I write all day. I threw out many texts, books, and theatre, left at home friends, gave up on other works, abandoned along the path, and presented in different ways when it was impossible.I have not had a time in which I did not have difficulties showing my art, or I was, for some reason, prohibited from showing, or people made oyster faces and bodies, seeing down shoes, putting me out because, beyond writing, I talk. And when I speak, I create conflict with conceptualistic people. I am intervenient into the academy and ideological corpus, into radicalism free. I am more definitive when I believe in what I say and highly flexible when people do not know what I am saying.My themes are variant, and many circumstances bring me a gift, a motive to write. I wrote in Portuguese two books that I like, "Lirio" - Lille, and "O Peixinho do Pantanal" - The Little Fish from Pantanal (Wetlands), and both meant creation, jump to beyond, overcome, transformation social and personal release.From that, I wrote other books seeking to show different meanings throughout of phantasy necessary, and it to parents and children a fantastic universe of possibilities for a personal construction, making life an adventure.I create a pedagogical process to write and design tangled images where it is possible to seek the theme of a short story. "Lippi and Semma Friendship" talks about that, and I wrote that short story through it. They led me to social problems, injuries, differences, the orthodoxy of community rules, cultural values, the barriers around democracy and its meaning, and the gratitude for a true friendship."Letter to the Moon" is a short love story, but love yourself, and send a letter to the Moon through a pebble launched for.Books about freedom, encountering people, loss, and gains, and becoming someone.Book for radicality of right in that it does not see your bottom."Bakery," for example, talks about that.I finished a short story made of challenges and adventures: "Memories of the Air." - from you start reading until the end, the thing is in action, in movement, an eternal fugue or secrets, and does not reveal its net. The reader will discover.
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Emi E Éon, O Caso Imperturbável - Pedro Moreira Nt
Emi e Éon
O Caso Imperturbável
Pedro Moreira Nt
A ensay like short history
Copyright, 2020
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Smashwords Edition, License Notes
This ebook is licensed for your personal enjoyment only. This ebook may not be re-sold or given away to other people. If you would like to share this book with another person, please purchase an additional copy for each recipient. If you’re reading this book and did not purchase it, or it was not purchased for your use only, then please return to Smashwords.com or your favorite retailer and purchase your own copy. Thank you for respecting the hard work of this author.
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This book was produced by Pedro Moreira Nt, 2020.
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Emi e Éon
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This book was produced by Pedro Moreira Nt, 2020.
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Nota
Essa história tem um sentido. Tem muitos significados e outros sentidos possíveis. É como se distanciar do não-distante, como que um conto jogado-aí, posto ao rés do entendimento. Depois, uma hermenêutica, claro que não tão autêntica quanto poderia ser. É mais apresentação do que seria uma alegoria, mas alegoria que se apresenta, que chama a pensar. O peso do pensar, deixar a balança pensada torta porque ponderamos coisas nos pratos. O equilíbrio seria a racionalidade da racionalidade em sua ação de querer-fazer emergir a compreensão.
As emoções aparecem nas narrativas, na descrição memorial de um acontecido. Elas têm afeto, a afetividade, a marca da unha, a força que nos impõe ao sermos amados e a amar. Tem muito de água, de fogo, enfim, de fé. Mas não aparece boiando, tudo está atrás do tempo e nele, em suas ondas, na liquidez das horas, do instante que dura tanto.
Nada se dissolve, nem mesmo nesse dilúvio por onde percorremos sem nos mover, levado à vontade do possível, um Possível além de nós que nos guia e ao nosso lado.
Esse é o acontecimento integral. História de amor, de ‘distrator’ sentimento que transforma o acaso em uma relação. Transcendência do imediato, um agora que fica-aí no mundo, um eu-mundo que se move atavicamente, ou guiado por descobertas. Qual descoberta. Cuidar da vida, dessa alma orgânica. Uma facticidade que quer mostrar quem fala. Mas quem fala? E depois, ao final, se não parece revelação, parece ser mesmo uma oração, um lugar onde a iminência da tempestade nos acalma, nos leva a crer que sairemos dessa, dessa sensação de que tudo vai, escorre no torvelinho do insondável.
Tem esse texto algo de repetição, de certa letargia e comicidade ou abrupta ironia, ou algo assim que nos leva a um caminho, a essa passagem de arca, de poder, de retorno, de equilíbrio no alto da montanha, nos leva ao restaurante que nos restaura a vida. Não reforma, restaura. E disso tudo, dessa ida em movimento constante, com certas paradas entre palavras norteadas e outras que caem de pára-quedas, voltamos a nós mesmos ou melhor, refazemos ao menos essa busca, que perdida anteriormente – antes do texto –, antes de ser das coisas nelas mesmas, antes de descobrir um estado em um tempo que se dissolve, antes da materialidade da palavra, dessa linguagem.
Saberá do que falo. Melhor, saberá do que leu, no ato de ler. Descobrirá. Está na cara. Está evidente, mas nem tanto. É algo, como a dizer que seja o que o leitor produzir. Descobrir.
Poderá achar que não entende, que