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Anatomia da Paixão
Anatomia da Paixão
Anatomia da Paixão
E-book150 páginas2 horas

Anatomia da Paixão

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Sobre este e-book

Escrevi para Claudete Pereira Jorge, atriz.

É uma história com muitos quadros. Fala da paixão entre o limite da estupidez machista e a loucura do mito do amor.
"Quando é paixão dividida, quando é posição sexual, quando é domínio, o desejo de amor permanece ao menos na crença. Mas amor talvez seja outra coisa, algo além do desejo. Procuramos o amor que se eleva além do encontro sexual e que permanece, por isso mesmo."
Encontro e desencontro de amor paixão.
"O amor está preso ao fio de sua existência que faz com que ele retire dos labirintos profundos toda a beleza de sua verdade amorosa.
Não é assim quando emerge da mãe o filho amado?"

"O amor paixão é mesmo frágil e sempre leva ao fundo suspeito de um monstro psíquico."

IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de jul. de 2017
ISBN9781370517657
Anatomia da Paixão
Autor

Pedro Moreira Nt

Who I amPedro Moreira NtI have been a writer since infancy; my father influenced me with reasonable asks to do that the best possible, and my mother, too, read to me, I have been a writer since infancy; my father influenced me with reasonable asks to do that the best possible, and my mother, too, read to me, and at both comes a song walking my mind, sweetness and lovely goodness. I am critical of that; I desire to create a mist of essay, but my preference for poem structure and sensibility do not long of art. So, I seek romanticizing concepts and developing a new sense of literature that happens in its movement. I leave it to the reader to do part of that; they create a truthful text and can do a good book. It is the interpretation, the way, a leap beyond what a word says, transforming our lives when they share.My first writings, chronic stories, participated in my soul. It was extremely critical and sarcastic about what I saw from reality.I am talking of a fifties age period behind. In a position about what I developed, my evolution was more toward apparent expressionism and realism with wave poetical intermain. I do not know, and I am a writer by chance by life.I wait to create something more dense and fragile so that a reader can discover more insight and make the story.I write all day. I threw out many texts, books, and theatre, left at home friends, gave up on other works, abandoned along the path, and presented in different ways when it was impossible.I have not had a time in which I did not have difficulties showing my art, or I was, for some reason, prohibited from showing, or people made oyster faces and bodies, seeing down shoes, putting me out because, beyond writing, I talk. And when I speak, I create conflict with conceptualistic people. I am intervenient into the academy and ideological corpus, into radicalism free. I am more definitive when I believe in what I say and highly flexible when people do not know what I am saying.My themes are variant, and many circumstances bring me a gift, a motive to write. I wrote in Portuguese two books that I like, "Lirio" - Lille, and "O Peixinho do Pantanal" - The Little Fish from Pantanal (Wetlands), and both meant creation, jump to beyond, overcome, transformation social and personal release.From that, I wrote other books seeking to show different meanings throughout of phantasy necessary, and it to parents and children a fantastic universe of possibilities for a personal construction, making life an adventure.I create a pedagogical process to write and design tangled images where it is possible to seek the theme of a short story. "Lippi and Semma Friendship" talks about that, and I wrote that short story through it. They led me to social problems, injuries, differences, the orthodoxy of community rules, cultural values, the barriers around democracy and its meaning, and the gratitude for a true friendship."Letter to the Moon" is a short love story, but love yourself, and send a letter to the Moon through a pebble launched for.Books about freedom, encountering people, loss, and gains, and becoming someone.Book for radicality of right in that it does not see your bottom."Bakery," for example, talks about that.I finished a short story made of challenges and adventures: "Memories of the Air." - from you start reading until the end, the thing is in action, in movement, an eternal fugue or secrets, and does not reveal its net. The reader will discover.

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    Anatomia da Paixão - Pedro Moreira Nt

    Anatomia da Paixão

    PUBLICADO POR

    Pedro Moreira Nt

    Copyright, 2017 by Pedro Moreira Nt.

    ****

    Produzido por Pedro Moreira Nt, através do smashwords

    Copyright, 2017 por Pedro Moreira Nt

    *****

    Produzido por Pedro Moreira Nt, através do smashwords

    Copyright, 2017 por Pedro Moreira Nt

    *****

    APRESENTAÇÃO

    Quando é paixão dividida, quando é posição sexual, quando é domínio, o desejo de amor permanece ao menos na crença. Mas amor talvez seja outra coisa, algo além do desejo. Procuramos o amor que se eleva além do encontro sexual e que permanece, por isso mesmo.

    A forma crítica do riso. Nele está inserido a compreensão da experiência. Através do viés da imagem e caricatura o leitor participa, julga, chama o fogo para mais perto, atende ao chamado. No espetáculo teatral, as forças de platéia e público unem-se e dá-se o riso. A identificação de nossas faltas, a purgação de nossas ideologias, o encontro com uma razão última de amar.

    O nome é o que a obra veste. Vestimos a paixão, e, através de uma anatomia do tecido, descobrimos que embaixo da trama, na pele de quem a veste está amor enquanto busca. Mas não precisamos ir longe para encontrá-lo. Vemos tantas pessoas amáveis e amantes, tantos que amam libertos de qualquer obsessão, tantos que aceitam a condição amorosa como a inter-relação de vontades, cumplicidade marcada e a entrega singela de aceitar cada um a seu modo.

    Quem assiste a exposição será vestido deste entendimento, mas sabemos que na pele subsiste está condição: o desejo feito de paixão.

    Fiz o livro para que soubessem da ambivalência do dito e escrito, para que pudessem escolher o que dizer e fazer, quem sabe, a sua própria roupa com a trama de seu entendimento.

    "Basta ser onda, meu bem, basta a onda!

    Um detalhe apenas: tem de ter mar e ser maravilhoso e tudo o mais

    que é sempre inesperado." (pmnt)

    Nota

    Anatomia da Paixão e o Mito de Ariadne e Teseu promovem o entendimento sobre amor e paixão, desejo e permanência no amor, amar verdadeiramente pelo fato de se escolher e aceitar amar amorosamente. A decisão em tantos pedaços feita do mito da civilização do poder masculino e de sua impossibilidade em se definir como ponte aceitável de uma realidade que não se retém na tradição, na imanência da crueldade e psicologia da sexualidade definida, fechada à norma das convenções do passado.

    Pedro Moreira Nt

    INVENÇÃO DE AMOR

    Teseu e Ariadne

    O Minotauro que vive na profundidade do labirinto é filho de Pasifaé e o touro. Minos é o rei, o esposo traído. O resultado deste enlace mítico é o Minotauro que nunca saiu da cabeça de Minos. O único chifrudo que conscientemente oferece a sua própria filha àquele que destruir o monstro que vive no labirinto. Em seu cérebro? Em sua alma? Minos tauro.

    Teseu é como tesão. E tesão é pedaço da lã pura de um animal sagrado. Tesão e Teseu andam juntos no significado. Uma boa lã cortada, da tosquia. Tesão de lã é Teseu. Deve ser cardado, limpo, polido, e transformado em fio. Será tosco quando a lã não presta daí não é Teseu.

    Ariadne constrói o fio, e ela é a aranha. Ariadne e aranha estão juntas no significado. Ela é a armadilha, a segurança e o caminho da incerteza. Teseu oferece-se, pedaço nobre de lã a ser fiada.

    Boa lã em quantidade dá para fazer bom fio e bom tecido.

    O fio construído por Ariadne pela lã entregue de Teseu é a segurança. O fio tênue que o faz penetrar pelo labirinto. Um e outro se complementam.

    O trabalho de Teseu é justamente recuperar a dignidade de Minos e Pasifaé, destruir o Minotauro, o filho ilegítimo de Minos. Eliminar a ilegitimidade? A incerteza. Amor desconfiado; amor de medo constrói labirintos onde vive a dúvida.

    Teseu é tesão, e tesão é assim mesmo, ainda mais nas mãos destras de uma Ariadne. Tesão vira paixão, desejo que vai, destrói. A traição vive no profundo do labirinto na vida de todos e não mais é apenas uma lembrança à Minos, o rei. Um acontecimento de amor divino, um erro, uma forma dúbia. Teseu põe fim ao Minotauro (Minos tauro). O sangue do animal estranho é derramado sobre todos. A consciência da incerteza, da impureza.

    Teseu recebe Ariadne e parte mar adentro. No barco limitado, não há traição possível. Melhor dizendo, não há como existir ilegitimidade. Não há como subsistir a dúvida. Em mar aberto o tesão torna-se apenas um pedaço ruim de algo esquecido. O fim da paixão. Nem Ariadne, nem Teseu precisam confirmar algo. Da tosquia da lã, ficou o tosco, o pedaço emaranhado da lã que de nada serve. A tecelã não é suficiente para desenvolver o fio. Tesão agora é impermeável, feltro, lã misturada, e com lã misturada não se faz bom fio, dá muito trabalho. É quase impossível.

    Acabou a paixão. Tesão deixa a Aranha nos rochedos e parte só.

    Ariadne abandonada encontra Dioniso (deus do teatro, da festa, o Baco romano) e com ele vive.

    E Teseu? Com esse desejo jogado ao mar, jamais chegará a lugar algum, porque não é fio que o leva lugar algum, e mar é bem mais que labirinto. Mar é feminino e é a vida. Vai perder-se e viver a eterna adolescência do prazer

    Um pai como Egeu, quer o Príncipe Teseu de retorno a salvo para o seu lugar. Sabe como é ser jovem: tesão que se faz fio. Sabe, conheceu bem a adolescência, a juventude sem caminho estreito, tudo é o largo aberto.

    Egeu quer o filho de volta. Joga-se ao mar, mar que é batizado com seu próprio nome: Mar Egeu. Pede ajuda aos deuses, e torna-se um fio dourado de luz. Seu valor elevado de rei e pai o torna luz. E é este fio iluminado que Teseu há de seguir. É outra maneira de tecer a existência, através da luz dourada de um pai amigo.

    Quando o ente querido morre por uma causa tão certa como o filho amado, o universo sabe e acolhe. Torna-se luz, o pai Egeu, o rei ilumina o filho. Indica o caminho e ele o segue. Por quê? Como? Porque é um preceito de valor necessário, quando cai o rei, o filho o substitui. Egeu entrega a sua vida para que tesão não domine Teseu? Que não seja dominado por Ariadne? Que, pelo exercício de poder, o touro é sempre mais potente e belo. O masculino quer ser o touro indomável, quer mostrar-se valente e poderoso aos olhos de uma Ariadne, de uma Pasifaé, da mulher. Mas há tantos touros no mundo, tantos que ocupam destaque no labirinto da cabeça de um homem (touro menor) traído. Não é uma traição consumada, exatamente não, não como Minos ou touro, mas como possibilidade, como desejo. Como poder e concorrência, como competição diária para sustentar no fio interno um valor real, qualquer que seja, mas pleno e consciente. Viver dignamente

    Tesão vive sempre a aventura, sempre está a caminho e, sempre alguém se sacrifica por ele, seja por amor, uma paixão de desejo ou um pai clemente como Egeu. Tesão quer ser fio e entrar no labirinto e matar o seu medo, o terror que tem de haver algo no submundo de sua cabeça, um filho ilegítimo, um filho nascido de um touro maior, e melhor que ele. Será? E é por isso que não consegue deixar-se fiar completamente até o tecido.

    Tesão tem cara de bom menino e precisa sempre de uma Ariadne a fiar e tecer o fio para encaminhá-lo nas profundezas. Também precisa de alguém que acredite nele, apesar de tudo. Ele corre bem, ele é forte, bom com os amigos, determinado, belo, atraente, interessado e, mais que tudo, inconstante. E todo o inconstante necessita de experiências novas e renovadas, a inconstância é a amarga dúvida que vive no labirinto interior.

    O desconhecido. Teseu, portanto precisa de uma certeza que não compreende bem senão na boca augusta de alguém que não pode ter a menor dúvida, no caso o pai.

    Mas, enquanto Ariadne encontra o parceiro certo para suas paixões eternas em Dioniso, Teseu vem a ser rei, continua a sua aventura insaciável.

    Ele conquista Hipólita, a Amazonas e tem com ela Hipólito, o filho amado. Casa-se com Fedra, irmã de Ariadne e, por fim o que é incerto , convive com Helena, a troiana.

    Enquanto Ariadne encontra um amor à sua altura, recheio de lasciva alegria e eterna festividade, Teseu vive a inconstância, capturando amores, vivendo momentos, jamais certezas. Por quanto tempo viverão assim, fio e tecelã e nunca tecido?

    Seria assim a mulher e o homem moderno, feitos de paixão festiva e inconstante? As instituições que tanto quiseram preservar o amor será que impossibilitaram a convivência amorosa? Talvez seja tudo relacionado com macho e fêmea vestido com a nudez do desejo?

    Tesão de ouro! Um pedaço da lã do carneiro onde mora a felicidade feminina desde, é claro, que Ariadne possa fiar! Ariadne quer alguém que siga uma meta, que se deixe ser fio, que siga um destino.

    O tesão de ouro, o corte abrupto da lã iluminada, potência de ser fio, também é em si mesmo potência a sustentar o retorno com as várias mãos de Ariadne, recuperar do profundo escuro, o dia.

    Ela o leva a destruir seus medos, a protegê-la, libertá-la dos perigos, até mesmo dessa outra coisa que é o incesto (Minos e Ariadne). Que é outra coisa.

    Fio é sempre fálico, e é potência de virar-se entrelaçado, entretecido.

    Amor proibido, dividido. A outra concepção do amor e da beleza e poder em que Pasifaé joga com o touro. A morte ou o fim do touro humanizado no Minotauro, filho, enteado de Minos, erotismo cuidado e alimentado pela instituição do casamento, uma ferida escondida no flanco perdido no labirinto antropológico do desejo. Morte do desejo no touro – homem, morte desta paixão aprofundada no labirinto da psique familiar, reconquistada desta forma, através de Teseu e Ariadne. Touro divino, divinizado no poder.

    Pasifaé só amaria deus feito touro, feito poder. Teseu só penetraria no profundo labirinto com a certeza do retorno, no fio de Ariadne.

    Será que foi por isso que Teseu abandona Ariadne e por fim, faz sua rainha, a irmã Fedra?

    Ariadne estabelece-se com Dioniso (Baco) e festeja essa dissolução da paixão em Teseu – Tesão dura pouco mesmo!

    Ariadne vive o amor dionisíaco. Irrupção da forma e poder

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