Pequena poesia diária
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Pequena poesia diária - Eduardo Giacomini
serão.
PRÓLOGO
Não se trata de um estilo, uma sequência de cores em degradê, uma paleta. A ordem e o tema não estão aqui. Estão extratos do dia, de muitos dias, alguns tão antigos quanto um coração, outros como folhinhas verdes. Há biografias imaginárias e lembranças, sonhos respingados em palavras, e há bilhetes para crianças e cartas para adultos. Coordenadas. Repetições. Pistas.
Desculpem-me os milimétricos, mas sem um depois do outro, vejo o mundo melhor. Escrevo como leio, e leio tão aos pulos, tão uma coisa de cada vez, tão a página 20 antes da 19. Deixo durar.
Se a intenção funcionar, espero que este livro seja aberto por alguém ao acaso, e nesse exato dia, uma palavra ou ponto, uma frase ou branco faça um sentido enorme. Assim, a poesia nascerá.
AS GAIOLAS E OS PÁSSAROS
Sou pássaro.
Habito uma gaiola
supostamente desde que nasci,
ou há muito tempo.
Meu dono me alimenta
e quase o amo:
beijo seus dedos e canto, quando me pede.
Acham-me dócil e bonito,
nunca o contrário.
As grades são limpas
e reluzem azuis, nos dias de sol.
Vejo as notícias do mundo
pelo jornal que forra o chão —
nem sempre quando acontecem,
o que me dá a impressão
de não ser atingido pelo tempo.
Numa noite, por descuido,
a porta restou aberta.
Súbito, as penas se eriçaram,
as asas se expandiram
num desconhecido plano de voo,
o ar se alinhou para um canto
improvável,
o bico se enrijeceu
imponente contra a noite,
as garras se recolheram
como se não