Os Contos Ordinários
De Helena Klein
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Os Contos Ordinários - Helena Klein
Ato sublime
Transcendente são as palavras que vem à mente e invadem um corpo. Como uma veste a ser preenchida e habitada pela vida. Ela que transcende para além de si em busca do Outro. E que outro seria?
Com tinta e papel que coisa mais simples, alcanço esse enigma que questiona a existência. Aquilo que é posto no branco e virgem de uma folha estará para sempre documentado de forma imutável ou, quando possível, haverá meios de serem desfeitos. Recomeços são bem-vindos, quando cicatrizam feridas. Eu que me desfaço todos os dias para fazer algo.
Algo que me dê um êxtase em ser quem sou. Estar aqui disposta a isso mesmo, mas como ter essa entrega e esse reconhecimento quando há palavras tão dúbias e pensamentos distantes. O desligar da rotina e dos afetos que pré ocupam seu lugar dentro de mim.
Então, que lindo novelo carrego no bolso de minha pele e que quando menos espero pula aos olhos. São fantasmas que vem e que vão carregando letras e sentimentos, mas deles não me desfaço – transcendo.
Fantástica são as palavras que desenhadas no papel se fixam apegando-se ao conceito de se tornarem perenes. Aqueles que as procuram irão encontrar o tão esperado êxtase que reside apenas nas fábulas mais intimas do ser.
Cheiro de férias no ar
Fim de mais uma manhã quente, o ar já é flatulento, o ventilador sobre o quadro negro dispersa para todos o bafo do ambiente fechado. As janelas, com sua moldura vermelha, mostram a promessa de um dia inteiro belo e ensolarado chamando aqueles trinta alunos para as tão esperadas férias de verão.
O sinal reverbera pelos corredores, ocupando todos os espaços. É o som mais aguardado por todos, ou pelo menos por mim, sempre tão severo em cumprir pontualmente seu papel, hoje é o som mais alegre que ouço nos últimos meses tensos de provas e prazos. Cadeiras se arrastam e todos ficam em pé, mochilas penduradas nos ombros, abraços e beijos sendo trocados pelas gurias e promessas de não esquecimento. Guris se batem e dão poderosos tapas nas costas para demonstrar que a amizade irá resistir aos dois meses de ausência.
Segue-se então, um burburinho crescente nos pálidos corredores que já estão nus e sem cores. Pés saltitam em seus tênis