Manu
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Sobre este e-book
Numa tarde de outono, Um homem, no seu pequeno apartamento de Bas du Fleuve Saint-Laurent, perde-se num labirinto de ideias loucas e insensatas. Há ainda um gato amarelo que o irrita. Há também aquela voz que se intromete, uma voz que o dirige. Amigo ou nem por isso? Quando, como e onde vai então acabar esta perdição. O que faz aqui o fitoplâncton? Ah , isso!
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Manu - Yves Patrick Beaulieu
MANU
Uma história a Jusante.
ISBN 978-1-329-00738-3
O homem é aquilo que projecta.
Manu
Amarelo, vejo amarelo. Vejo um gato amarelo com olhos amarelos que me olham. Está atrás da janela e observa-me.
Escuto uma voz no meu espírito. Diz que não fale em voz alta. Não fales sozinho, Emmanuel. Todos te vão ouvir. Não faço de propósito, acontece quando estou aborrecido. Há anos que isto acontece. Recuo, quase sempre em silêncio, depois da interferência da voz.
Estou numa idade em que já não se fazem perguntas. Se falo sozinho, paciência. Quando oiço esta voz fria dizer-me o que devo fazer tenho tendência a ficar furioso, só porque me dá uma ordem.
É como um alarme que toca sem justificação. Manifesta-se mais do que é costume o que não me parece normal. Um rangido na janela. O coração estremece, vejo que é o gato a arranhar a janela da sala. A fazer-se notar, a fazer barulho, a olhar de lado para os outros, a contrariar. É nisso que eles são bons.
Silêncio. Sim, silêncio. Gosto muito de silêncio.
Dei um passo em direcção à janela e depois parei, só para puxar para cima o fecho dos meus jeans.
Como de costume o alfinete de dama não segurou.
Tens algum problema, Emmanuel? Não, não tenho nenhum problema.
O gato continua ali, sentado na beira do cimento exterior, olha para mim com indiferença...
Passa um carro e, com um estrondo, deixa uma poça de água no passeio. Depois reparo na mulher que viu o meu rosto à