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Mandagual: 1/2, #1
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E-book219 páginas3 horas

Mandagual: 1/2, #1

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Sobre este e-book

A ambição de um homem e a ganância de uma mulher, torna-se o vínculo que os une para criar um casamento macabro. Não importa que com isso esteja selado o destino de uma jovem que desde o início é vítima daquela terrível união. Um século depois, o destino quer fazer outra jovem pagar por aquela maldição com seu sangue, pela qual aquela vítima do passado sofre no inferno, e para que outros continuem a gozar de riquezas. Uma história onde a ambição e a ganância dão lugar ao amor e à amizade. Mas, também, junto com ele desperta o desejo de vingança e uma guerra épica com a qual se destina a derrubar as forças das trevas. O amor será capaz de perdoar os erros do passado? A escuridão pode ser superada ressuscitando os mortos e matando os vivos? Descubra mergulhando em Mandagual, percorrendo as regiões do mundo gótico de Augures, um espaço no tempo habitado por lendas icônicas, demônios e governantes ditadores.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento4 de mar. de 2021
ISBN9781071590720
Mandagual: 1/2, #1

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    Pré-visualização do livro

    Mandagual - Joseph Renauld Bendaña

    Àqueles que pensaram sempre de que um dia eu chegaria muito distante:

    Mamãe que sempre será a luz dos meus olhos e o conforto em meus dias tristes.

    Os professores da primária, secundária e da Universidade isso com seu pão da instrução alimentaram o meu crescimento. 

    Meus fiéis leitores por seus comentários maraviguaus.

    Sinopse

    A ambição de um homem e a ganância de uma mulher se convertem no vínculo que os une para criar um matrimônio macabro. Sem importar que com ele, esteve selado o destino de uma jovem, que desde um princípio resulta vítima dessa terrível união.

    Um século depois, o destino quer fazer que outra jovem pague com o seu sangue essa maldição, porque essa vítima do passado sofre no inferno, e para que outros sigam gozando de riquezas.

    Uma história onde a ambição e a avareza dão passagem ao amor e à amizade. Mas, também, junto com ele desperta o desejo de vingança e uma guerra épica com a que se pretende derrubar as forças sombrias. 

    Logrará o amor perdoar os erros do passado?  Será possível vencer a escuridão ressuscitando os mortos e matando os vivos? Descubra ao submergir no Mandagual, recorrendo as regiões do gótico mundo de Augures, espaço no tempo em que habitam as lendas emblemáticas, os demônios e os governantes ditadores.

    ––––––––

    .

    ★★★

    Nota do autor

    Olá! Quero te contar uma pequena história introdutória para que vás entrando no contexto sobre o que te aguarda nas páginas seguintes, mas antes quero te dizer que se esta é a primeira vez que lês um dos meus livros, é um autêntico prazer poder te saludar. De uma vez quero agradecer o teu entusiasmo para começar a ler o quanto antes. Se, ao contrário, já leste, espero que tenhas gostado. Se assim for, te convido a deixar sua classificação de cinco estrelas e um bom comentário. Por agora também podes me seguir nas minhas redes porque eu gostaria que em breve tenhas notícias minhas sobre a minha publicação mais recente. Te mando um beijo enorme e meu infinito agradecimento.

    Em um país distante, que eu espero que não seja o seu, caro leitor, existiu alguma vez um ser muito poderoso que governava a torto e a direito aos seus súditos. Não obstante, um dia qualquer, que não vem ao caso mencionar esse particular com detalhe, aconteceu que o país inteiro se revoltou ante à sua autoridade suprema. Uma forte rebelião começou, portanto, o tirano ordenou aos seus delegados que proibissem as rebeliões no presente e nos anos seguintes. Além disso, requisitou que fosse silenciado todo o cidadão que falara contra da sua magnífica inteligência para dirigir o povo.

    Ocorreu então que naqueles dias se levantou um humilde poeta e escritor, que começou um pequeno escrito onde contava à outras nações as atrocidades que aconteciam no seu país.

    Quando o tirano se inteirou do sucedido, mandou que o levassem o poeta ante a sua presença para ser ele com as suas próprias mãos que o castigaria pela sua ousadia.  Quando o teve a sua frente, pediu que lhe mostrassem o escrito para ler em voz alta frente do autor de tal ofensa:

    *Lírica Satírica*

    Te apresento à musa da minha lírica, às vezes é boa, às vezes, satírica; ela não caiu do céu como o adversário, mas disse verdades, melhor que as do rosário.

    Segundo a sociedade santa e cristã, minha poesia já se tornou profana; dizem que traz consigo uma flecha de imoralidade que atravessou o véu da santidade; que até caminha descalça onde se supõe que não devem pisar os ateus, somente aquele que doa algumas moedas aos pobres e presenteie o seu dízimo ao líder em envelopes, para que em de lhe faltar, lhe sobre. 

    Me pediram que escreva lírica satírica para falar ao filho da puta com dupla moral que irrita; e que por falta de argumentos e por sua ignorância grita essas tentativas, sou neófito e falo à necessidade sem distinguir; ao que segue um líder, ao que se deixa seguir, ao que sem ter visto afirmar e ao que viu, nega: O que importa?  Algumas malditas pessoas são cegas.

    Eu vivo neste mundo, enquanto muitos só existem; sem próprios pensamentos que os identifiquem, eu criei uma barreira de modo que não entrassem na minha ilha; e para não terminar repetindo ao lado deles a consigna.

    Faz tempo que tirei dos meus lábios o pai-nosso, pela frase que repete o hipócrita sinistro: perdoai-nos assim como nós perdoamos", e em um descuido afunda-lhe a adaga a seus irmãos enquanto cobre a sua mão e oferece o seu sangue em uma taça; não confie até que eu possa servir sopa envenenada, e fingir que aqui não passou nada exigindo justiça em seu túmulo gelado".

    Em mim um dia foi muito necessária uma mudança de atitude ao descobrir que não existe a infinita via da retidão, recebi a primeira punhalada da sociedade malvada, aqui não há alma pura, apenas jogada antecipada.

    Quero que esta canção soe e soe até que o teu cérebro queime; e entendas que aquele que manda sentado em uma cadeira não se importa que o adores tendo a barriga vazia, falo àquele que opina, àquele que fica calado, àquele que cruza os braços e vive a sua vida marginalizado, àquele que tem uma posição no alto comando interno e que, por necessidade é capturado no inferno. 

    E não me perguntem se vou à direito ou à esquerda, não há cão cuja mão que lhe dá de comer não morda". 

    - Enfim - disse o tirano com arrogância enquanto rompia a página-, eu fui claro quando assinei o decreto que obriga os cidadãos a guardar silêncio, ou não, miserável poeta?

    Sim, foi muito claro, senhor, mas nunca especificou que não era permitido escrever. Por acaso, em sua magna inteligência, sua majestade acredita que as letras são mais ruidosas do que as vozes, e mais terríveis que as balas?

    Miserável!  Como te atreves à semelhante ousadia! Que alguém diga a mim qual é o nome deste lamentável poeta - perguntou irritado à audiência.

    - Meu nome é... - disse que próprio poeta-, Povo Indignado e tenho o dom de falar mesmo com a boca fechada, senhor.

    Para concluir com esta introdução, e não atrasar mais a tua incrível viagem ao mundo de Augures em Mandagual, que te desejar felizes letras, que te recordar que as letras são mais fortes que as balas. 

    CAPÍTULO I

    Um macabro plano inicial

    Judith percebeu através da um sexto sentido que aquela tarde ser um tanto estranha. Raquel já tinha saído há alguns minutos; havia deixado a casa limpa como em todos os dias.  A cozinha parecia impecável. Ela fazia muito bem o seu trabalho, chegava de manhã e ao cair da noite se retirava. Ninguém sentia saudades da doméstica, nem mesmo a sua patroa.

    Então, por que a Judith experimentou sentimentos mistos após a saída da Raquel? Que havia uma tristeza na atmosfera era muito certo, entrava nos pulmões com descaradas carícias de modo que não lhe jogassem para fora. Ao toque era como suaves pétalas de rosas; ao ouvido, milhões de belos melífluos melancólicos entoados para os espíritos sedentos de paz, encontram águas pacíficas e inefáveis na nictofilia e na mangata. Aquela tarde de céu cor laranja e rosado era tudo e nada. Até o pôr do sol produzia inquietação no limite.

    Para frente à janela da sala, Judith viu a tarde partir e cair a noite, como faria uma dama caprichosa que parte do anoitecer sem permissão, mas com elegância. Agora na companhia da dama da penumbra e sempre em pé frente à janela, continuava tomando de gole em gole o pouco café que restava em sua xícara. Logo aceitou o convite que lhe fizera a sua macia cama em cumplicidade com o travesseiro de plumas.  Um tempo depois; logo de haver cochilado, mais que adormecida, o despertador fez o seu trabalho devolvendo à jovem professora à sua realidade; outro dia de gritos ensurdecedores de alunos indisciplinados, uma nova reclamação de algum pai por alguma bobagem; dessas que pais superprotetores fazem. Uma nova lista de tarefas a serem concluídas e muitos documentos a serem preenchidos. Sem esquecer que devia terminar de passar as notas e depois entregar os boletins escolares.

    Quando Judith já se encontrava dando aulas na escola, ela sentia um aperto no peito causando a mesma sensação que já havia experimentado em sua casa. Uma insegurança penetrou nas profundezas da sua existência. Ela ainda tinha a dúvida que a atormentava nos últimos dias, um estranho sonho recorrente em que se via a si mesma usando um bracelete que a envolvia com algum tipo de luz espiritual.

    - Professora Judith, poderia fazer a gentileza de vir, por favor? - disse uma voz de fora.

    Sem pensar duas vezes, deixou os seus alunos e imediatamente saiu para o corredor que conectava pelo menos dez seções em ambos os lados. A pessoa que a havia chamado não se encontrava mais lá. Incrivelmente, a primeira coisa que viu foi a lua cheia no centro do céu amarelado e doentio, faltava pouco para ocultar-se atrás das nuvens. Ainda era noite; no entanto, ela não tinha percebido quando despertou, muito menos quando saiu para a escola. Ou o relógio a havia enganado ou talvez outra coisa o tenha feito.

    Se tudo tivesse sido uma farsa, seus alunos também teriam sido enganados? Ela teve que descobrir mesmo com o horror que começava a fazer seus cabelos ficarem em pé. Ao entrar novamente na seção, foi capaz de descobrir o pesadelo personificado que estava diante dela: a escuridão total da qual os supostos alunos riam.

    - Nós somos as crias do abismo - repetiam às gargalhadas os espantosos monstros -. Esta é a nossa hora, não a tua. A noite foi feita para nós.

    Judith não teve tempo de pegar a sua bolsa, apenas começou a correr pelo corredor. A situação a entorpeceu, torcendo o tornozelo direito por um salto da agulha de que que quebrou do seu sapato na tentativa de fuga. O portão de saída estava situado muito perto da sala do diretor, pelo que teve que entrar necessariamente para buscar cópias das chaves ao perceber que a sua rota de fuga, o portão, estava trancado. Muito temerosa apalpando na escuridão, revisava as gavetas do escritório. O pouco que podia ver era graças aos raios de luz da lua que se colocavam pelas janelas.

    De repente, não pôde evitar cruzar o seu olhar no sentido de um espelho. Assim que o havia visto, uma imagem projetou-se nele; parecia um humano, ao contrário da sua similaridade tão pronunciada a um gorila, só que menos peludo. Seus olhos eram vermelhos como chamas, enquanto o seu desagradável rosto era sem dúvida igual ou pior que o de um cadáver em estado avançado de decomposição. Ossos e tendões, putrefação e a peste repugnante superaram as produções dos blockbusters de Hollywood. Um primeiro plano e um plano detalhe bem captados com câmeras haveriam sido testemunhas do rosto do nomeado senhor da noite. 

    O terror que sentiu Judith após ter visto aquela aparência foi tão ascendente que querendo gritar, não pôde. Também não podia correr, se encontrava com o tornozelo quebrado e a alma aflita, sem ânimo para continuar tentando escapar do horror. A imagem projetada no espelho tornou-se real, literalmente caminhava pela sala enquanto a professora permanecia parada, imóvel até a sua respiração. Nem uma única mecha de seu cabelo foi capaz de se mover.

    A prole do abismo a farejou várias vezes. De vez enquanto um se distanciava passeando de lado a lado no cubículo. No exercício o espalhava o seu fedor putrefato por todo o lugar. Depois de um momento, o asqueroso e repudiável ser retirou-se para regressar correndo até a pobre professora, que nunca em sua vida tinha sido consciente da possível existência destes seres noturnos, como foi esse então. O retorno do monstro trazia consigo um chute que a fez voar pelos ares.

    Em seguida, de repente Judith se encontrou às margens de um riacho. As árvores de Ceiba, Carvalho, Eucalipto e Guanacaste entrelaçavam-se em folhas, produzindo um espetáculo de sombras e e matizes claros produzidos pelos raios da lua que atravessavam as ramas. Da água do riacho emanava uma fumaça devido às gélidas temperaturas. Apesar dessas descrições do tétrico lugar, uma mulher de longo cabelo e amplas costas parecia ofegante lavando roupa. Ela estava usando um güipil branco com bordas pretas e um cachecol marrom.  A educadora aproximou-se assustada e desorientada: perguntou que lugar era esse, e para onde estava a casa a mais próxima. A misteriosa mulher deu as costas e se limitou a indicar com o dedo indicador em direção a uma descida. Depois daquele estranho comportamento, a criatura seguiu o seu trabalho.

    Enquanto Judith caminhava e caminhava na direção que lhe indicaram, finalmente conseguiu chegar a uma pequena mercearia, que mais parecia a fachada para tapar um night club. Havia uma congregação de homens brancos, altos, barbudos e de aspecto elegante. Uns jogavam cartas, outros xadrez e alguns tantos em um canto tomando licor. Havia dançarinas em toda parte completamente despidas. As jovens tinham traços indígenas bem pronunciados, não tinham nenhuma pitada de miscigenação. Seus cabelos eram negros e grossos como a crina de um cavalo; seus olhos, negros como o carvão; seus mamilos, escuros e ásperos como vasos de barro sem refinar; seu sexo coberto por uma espessa floresta de cabelo negro com o que se sentiam protegidas frente aos olhares libidinosos. 

    Enquanto os seus quadris se moviam com alegria, em seus olhos podia observar e até tocar que algo estranho ocultava esse local misterioso, e seus corpos marcados com enormes cicatrizes o confirmavam. Tinham em seus lombos marcas de chicotadas que se pintavam sobre cicatrizes velhas que pareciam distanciarem-se para dar lugar às recém-chegadas.

    A instrutora aproximou-se para pedir ajuda, todos deixaram de fazer o que estava fazendo; a música se deteve, as bailarinas deixaram de oferecer os sensuais movimentos que entretinham aos homens. Depois de algum tempo, uma mulher saiu do interior da tenda se se dirigiu até ela. A julgar pelo seu hábito, poderia dizer que era uma cafetina com indumentária de adivinha. Aproximou-se o suficiente para sussurrar-lhe um conselho quase com súplicas.

    - Vá embora e volte pelo mesmo caminho que chegaste. Não deves estar aqui, acredite quando te digo que o teu caminho não é este - lhe repetia uma e outra vez.

    - Que lugar é este? Quem são vocês?  Como chegaram aqui? - perguntou Judith, sem obter respostas. 

    Judith não queria retornar por esse caminho, pior ainda sem obter respostas. Todos os homens olhavam-na com piedade e como alguém com quem não queriam ter nenhum tipo de toque.  Foi então quando um homem de capa negra que se mostrava indiferente às dançarinas, levantou-se da cadeira e se dirigiu com ruído de espora nas suas botas até onde se encontrava a infortunada alma. Ofereceu-se para ajudá-la a regressar por onde havia chegado. Subiu no seu cavalo e depois montou ela. Todos permaneceram em silêncio vendo como os viajantes se afastavam pelo caminho montados no equino naquelas altas horas da noite.

    Ela tinha muitas coisas que perguntar, pois o que estava vivendo era motivo suficiente para terminar em uma clínica psiquiátrica se não esclarecesse as dúvidas a tempo. Perguntou como se chamava aquele lugar, como voltar para a sua casa, até mesmo como ele se chamava. Não obstante, nenhuma pergunta foi respondida. O cavaleiro da capa negra era muito sério e de poucas palavras. Somente quando tinham avançado mais de uma hora, deteve o seu cavalo e lhe fez saber a ela através de sinais de que até ali podia chegar. Na realidade, o varão não podia cruzar para uma estranha razão e somente lhe indicou com o dedo indicador a rota que devia seguir.

    Então se encontrou

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