Violência nas escolas:: um mal-estar social : contribuições psicanalíticas
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Violência nas escolas: - Liberalina Teodoro de Rezende
CAPÍTULO I. VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
Neste capítulo examinaremos a literatura nacional e Freud sobre violência e agressividade. Levando em conta o desenvolvimento histórico desse campo de conhecimento, o debate em torno das definições temáticas recorrentes, o tratamento conferido ao objeto no Brasil, assim como fazemos associações e discussão sobre o conceito de violência e agressividade, presente nas escolas e suas diversas faces, focando a literatura nacional numa perspectiva comparada.
1.1 Conceituando violência e agressividade
Examinando o termo violência, pode-se observar de acordo com Costa em seu livro Violência e Psicanálise, (2003), desde o momento que se emprega o termo violência, duas ideias ocorrem de imediato. A ideia de coerção ou intimidação pela força de alguém em situação de intimidação e inferioridade física ou constrangimento moral. Para este autor, violência esta associada à desigualdade de poder entre atores de um conflito. A outra ideia complementa a primeira e introduz um outro elemento que é a referência à lei e à justiça, e neste contexto para Costa, a violência evoca ruptura de um contrato ou de suas clausuras, praticada por alguém que os conhecem, mas que os infligem deliberadamente, abusando da força que detém.
Sendo assim, a humanidade é parte integrante do meio ambiente, portanto para (Abramovay, 2002, p. 65), é violência toda ação, toda política e toda ideologia que possam ofender a humanidade nas diversas expressões: culturais, étnicas, nacionais, que subtraiam as possibilidades e condições de sobrevivência, destruindo espaços vitais, territórios, valores, mitos, símbolos, ritos, tradições e identidades.
Sendo assim a violência é uma ação contrária à ordem natural, portanto a autora anteriormente citada afirma que: é violência tudo que se opõe à natureza, às suas normas e leis, aos seus processos e organizações sistemáticas, é tudo que intenciona destruir a vida, o seu habitat e a riquíssima diversidade encontrada no globo.
A violência hoje está em alta
, nas atitudes, às vezes, até mesmo na consciência, questionando os pensamentos e o comportamento. A violência é uma questão social que mais tem mobilizado a opinião pública nos últimos tempos, bem como são poucos os problemas que afetam o conjunto da população independente da economia, crença, raça, sexo ou filiação política, em consonância com (Abramovay, 2002), esses fatos dramáticos que se encarregam, constantemente, de cobrar e repor na consciência de cidadãos e governantes o mesmo tema. É o desafio da violência irrompendo na vida cotidiana, e cujas consequências se fazem sentir tanto no imaginário das pessoas quanto nas mudanças comportamentais que impõe medos e prevenções da população.
Quanto à agressividade, ela acontece neste mesmo contexto de acordo com (Costa, 2003). Ela acaba apontando para uma ação de poder e força de um determinado indivíduo sobre outro e que acaba também recorrendo às mesmas atitudes de não obediência às leis e à justiça, impondo-se com a força física sobre um sujeito em posição de inferioridade.
Desse modo, violência e agressividade são definidas não somente como coerção, mas simultaneamente como desrespeito à lei ou ao contrato mediante o olhar de (Costa, 2003), que pressupõe a existência de um uso arbitrário e gratuito de força por parte do mais forte contra o mais fraco. Constata-se segundo o mesmo autor que violência e agressividade antes de tudo são, o abuso da força e do poder e que a representação indutora destes atos violentos e agressivos é uma representação abusiva que patenteia a arbitrariedade gratuita.
Além dessas conceituações sobre violência e agressividade, (Costa, 1996, pp. 9-61) ainda faz uma análise da violência, perpassando pela obra de Freud: dos desejos destrutivos dos homens e suas satisfações à força coercitiva da violência com seus vínculos emocionais
, o autor aponta como Freud desenvolveu esse conceito apresentando a importância da ação da cultura, uma vez que só tem sentido falar de violência humana se falar também de