Bullying na Escola
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Sobre este e-book
Com o passar do tempo, a maioria das crianças, desempenham mais de um papel no bullying.
Em alguns casos, podem até mesmo participar diretamente do bullying, sendo a criança que faz bullying ou aquela que é assediada.
Em outras ocasiões, é possível que a criança seja uma testemunha, presenciando a situação e desempenhando o papel de assistente ou de defensor. Cada situação é diferente. Algumas crianças são intimidadas e assediam outras crianças.
É importante notar que a criança brincam com diferentes papéis.
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Bullying na Escola - Miguel D'Addario
Miguel D'Addario
Segunda edição
Comunidade Europeia
2019
Índice
Autor
Visão geral da violência
Definição
Conceito de violência e suas manifestações
Essa definição inclui três componentes principais:
Características do(as) envolvidos(as) no bullying
Atores intervenientes
Perfil da vítima
Biológicos
Personalidade
Comportamento social
Escolares
Familiares
Desamparo
Perfil do agressor
Biológicos
Personalidade
Comportamento social
Escolares
Familiar
Meios de comunicação
Observadores ou testemunhas-espectadores
Ciclos de violência e Estágios de Bullying
Fases do bullying
Consequências do bullying
Vítimas
Efeitos a longo prazo do bullying sobre a vítima
Consequências físicas e psicológicas
Síntese
Agressores
Síntese
Espectadores
Características do(as) envolvidos(as) no cyberbullying
Consequências do cyberbullying
Perspectiva abrangente do bullying
Conceito e evolução do bullying
Elementos presentes no assédio escolar ou bullying
Fatores de risco associados à dinâmica do bullying
Fatores organizacionais do bullying
Fatores sociais do bullying
Fatores de risco associados com o bullying
Fatores grupais do bullying
Mitos do bullying
Equívocos sobre bullying escolar
Cultura da violência
Classificação das causas das agressões escolares
Razões dadas pelos próprios agressores
Razões de acordo com as características das vítimas
Razões familiares
Razões sociais e ambientais
Razões escolares
Razões psicológicas
Ambiente escolar e bullying
O bullying e os meios de comunicação
Princípios antiviolência
Tipos de bullying
Introdução
Tipos de bullying
Classificação de bullying
Verbal
Físico
Psicológico
Sexual
Social ou de exclusão
Cyberbullying
Happy slapping
De gênero
Dating violence
Racial ou étnica
Decálogo para crianças maltratadas
Conselhos para educadores
Conselhos para os centros educacionais
Da Avaliação à prevenção
Aspectos a considerar no desenvolvimento de programas de prevenção e intervenção
Podemos destacar os papéis
Intervenção
Programa de detecção
Sinais de alerta
Questionários
Listas de verificação
Passos a serem dados
Design do programa de intervenção
Objetivos específicos
Avaliação pré-aplicação do programa
Metodologia
Sessões
Fases
Conselhos para os pais
Recomendações para a escola
Recomendações para o docente
Programas de intervenção
Os 4 pontos de intervenção
Habilidades sociais
Empatia
Inclui três aspectos
É essencial saber ouvir
Assertividade
Os direitos assertivos são:
Pensamento crítico
Há duas áreas nas consequências
Os processos mediante os quais se desenvolvem são:
Medidas preventivas
Os principais pontos a estabelecer são:
Elementos preventivos
Aspectos necessários em relação à educação
Aspectos necessários em relação à pessoa assediada
Aspectos necessários em relação ao assediador
Outros fatores
Riscos que potencializam a violência
Fatores protetores
Responsabilidade penal no bullying
Crimes relacionados com o bullying
Suposições e responsabilidade criminal pessoal
LORPM
Casos práticos
Fase I: Coleta de Informação:
Fase II: Análise de informação e escolha de medidas a adotar:
Fase III: Registro escrito do plano de ação:
Fase IV: Intervenção específica do departamento de orientação:
A sequência é a seguinte
Bibliografia
Autor
Miguel D'Addario é italiano. Graduado em Jornalismo, Mestre em Sociologia e Doutor em Comunicação Social pela Universidad Complutense de Madrid. Desenvolveu sua experiência profissional em vários campos da docência, da formação profissional ao nível universitário, tanto na América Latina como na Europa. Seus livros estão em diferentes centros de estudos e bibliotecas do mundo, como por exemplo a Universidad San Pablo (Peru), Universidad de Santo Domingo (República Dominicana), Universidad de San Gregorio (Equador), Universidad de Valencia, Biblioteca Nacional de España, Biblioteca Nacional de Argentina, Universidad de Texas, Universidad Complutense de Madrid, Universidad de Toronto (Canadá), Universidad de Deusto, Universidad Nacional Autónoma de México, Universidad Nacional Mayor de San Marcos (Peru), Universidad de Illinois, Universidad de Kansas, Bibliotecas de la Comunidade de Madrid, Castilla e Leon, Andalucía e País Vasco, Biblioteca Nacional Británica, Universidad de Harvard, Biblioteca del Congresso de los Estados Unidos. PhD e ensaísta, recebeu prêmios e menções de Associações de escritores, centros culturais, universidades e sedes afins. Além de contribuir como Palestrante, Conferencista e Pesquisador em Universidades, Centros educacionais públicos e escolas particulares. Autor de obras literárias: Poesias, contos e histórias. Autor de livros educacionais em variados níveis e temas. Autor de livros sobre filosofia, ontologia e metafísica. Autor de livros de autoajuda e coaching. Seus livros são distribuídos nos cinco continentes, consultados assiduamente nas bibliotecas do mundo, e estão registrados em catálogos, ISBN e bases bibliográficas internacionais. Eles foram traduzidos para vários idiomas e podem ser encontrados em livrarias internacionais, tanto em papel quanto em versão eletrônica.
Sites para conhecer e/ou adquirir outras obras do autor:
migueldaddariobooks.blogspot.com
Visão geral da violência
Definição
Bullying - (do inglês). Provém de bully que significa intimidar. Inicialmente foi denominado por Heinemann (1969), como mobbing que significa assédio. No entanto, esse termo não faz justiça ao fenômeno do bullying nas salas de aula, por isso mobbing passou a ser chamado bullying, um termo anglo-saxão.
Conceito de violência e suas manifestações
Antes de começar pela conceitualização do termo é importante definir o conceito de violência para estabelecer os fundamentos de bullying escolar ou assédio. Embora possa parecer, a priori, que o termo violência
é muito sério para se referir a um fenômeno que se originou nas escolas, cabe prestar atenção a sua definição.
Assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) define a violência como segue: o uso deliberado da força física ou poder, seja por ameaça ou forma efetiva, contra si mesmo, outra pessoa, um grupo ou comunidade, que resulte ou tenha possibilidades de resultar em lesões, morte, danos psicológicos, distúrbios de desenvolvimento ou privações (OMS, 2002, p.3). Entre todas as classificações existentes da violência, a mais utilizada foi proposta por Iborra e
Sanmartin (2011):
Figura 1. Taxonomia dos tipos de violência,
segundo Iborra e Sanmartin (2011).
Como visto na figura 1, Iborra e Sanmartin classificam a violência de acordo com os seguintes parâmetros: o tipo de ação, o tipo de dano, o tipo de agressor, o tipo de vítima e o contexto. Com base neles, é possível fazer uma classificação exaustiva do fenômeno que abordamos neste manual, o bullying. Embora as características da violência escolar serão especificadas posteriormente, deve-se notar que violência escolar
refere-se apenas ao contexto em que a situação de assédio começa, ainda que, de acordo com essa taxonomia, seja possível definir mais precisamente o bullying. Por esse tipo de ação, notamos que o mais comum é que ocorra uma violência ativa, embora também possa acontecer por omissão (por exemplo, fazer o vazio
). Quanto aos tipos de danos, os mais comuns são os psicológicos e os físicos, mesmo que também existem casos de abuso econômico e sexual.
Ruiz, Riuró e Tesouro (2015) alertam que não devemos confundir o bullying com outros tipos de conflito escolar, tal como a desorganização (violência
contra as intenções educacionais que querem atrasar o progresso da classe), a indisciplina (violência contra as regras ou a autoridade) ou vandalismo (violência contra objetos). De acordo com o acima mencionado, Moreno Olmedilla (1998) esclarece que o conceito de violência escolar é amplo e não define precisamente o fenômeno do bullying. Ele também observa que nem todos os fenômenos que ocorrem na escola podem ser descritos como violência, por isso prefere falar sobre o comportamento ou a conduta antissocial e distingue seis tipos, incluindo o bullying:
a) Perturbação na sala de aula
São situações em que um pequeno grupo de alunos dificulta o desenvolvimento normal da aula por meio do seu comportamento. Embora não se possa considerar, a violência é provavelmente o fenômeno que mais preocupa os professores, por sua interferência no decorrer das aulas e na aprendizagem dos outros alunos, pois exige que o tempo seja cada vez mais destinado à disciplina e à organização em sala de aula.
b) Problemas de disciplina
De modo geral, referem-se aos conflitos entre professores e alunos. Representam o próximo passo, o qual tem sido chamado de perturbação em sala de aula
, pois apresentam algum grau de violência. Esses vão desde a resistência passiva até o desafio ou insulto aos professores.
c) Bullying ou maltrato entre colegas
São processos em que um ou mais alunos intimidam e provocam a outro por meio de mecanismos de violência psicológica, da disseminação de boatos, insultos, isolamento social etc., atingindo até a violência física e outros tipos de violência, que serão expostos mais adiante.
d) Vandalismo e danos