O EAD e a Pandemia: Uma análise da realidade brasileira
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Sobre este e-book
Este livro, dividido em cinco capítulos, faz uma análise das opções adotadas pelas escolas, bem como tece comentários sobre o cenário de precarização do ensino e da formação dos professores em geral, sem pretensões de esgotar o assunto. O ensino à distância não é novidade no Brasil, suas origens remontam às apostilas de aprendizagem solicitadas pelos Correios e aos telecursos televisionados. A realidade do EaD atual aponta para a necessidade de pesquisas na área para uma melhor compreensão de seu alcance e de seus reais resultados. Aos educadores interessados, este livro apresenta sólida base teórica para compreender a escola como espaço de interação e construção de sentidos, um espaço que também pode ser percebido como tal no ensino à distância.
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O EAD e a Pandemia - Carlos Eduardo Arcanjo
Introdução
No ano de 2020, o Brasil foi acometido pela pandemia de coronavírus. Devido à seriedade da situação, os governantes foram obrigados a interromper o funcionamento presencial das instituições escolares, na tentativa de conter a propagação da doença. Por esse motivo, as escolas brasileiras tiveram que enfrentar o imenso desafio de oferecer aos alunos oportunidades de aprendizagem à distância. Isso ocorreu de forma emergencial, improvisada e em caráter temporário
Assim, logo no começo do ano letivo de 2020, sem que ainda se tivesse terminado o primeiro bimestre de maneira presencial, professores e alunos se viram às voltas com a modalidade de ensino à distância, e tiveram que buscar novas formas de ensinar e aprender, tendo que aprender linguagens de comunicação de uma hora para outra, para que assim o ano letivo pudesse ser considerado válido, tanto em termos pedagógicos quanto nos termos da legislação então vigente no país.
O ensino à distância não é de maneira alguma uma novidade dentro do espectro de modalidades de ensino adotadas por instituições no país. Na verdade, desde a popularização da televisão já se encontravam formas de ensinar e aprender sem ser de maneira presencial, olho no olho. Com o advento da Internet e das mídias digitais de comunicação, cada vez mais o ensino à distância vem se consolidando como uma alternativa válida e real para que pessoas do país inteiro consigam ter acesso a conteúdos que dificilmente teriam na modalidade presencial, ou por conta da falta de tempo para frequentar os cursos, ou então pela precariedade dos transportes, ou mesmo pela ausência de instituições de ensino nas imediações. Assim, durante as últimas duas décadas, o Brasil assistiu a uma expansão significativa de instituições que ofereciam cursos técnicos ou superiores em modalidades inteiramente ou parcialmente à distância, a reboque das inovações tecnológicas, da ampliação do acesso a rede mundial de computadores, e do avanço da infraestrutura de tecnologia do país.
Porém, por mais que essas experiências tenham encontrado um grande mercado consumidor no Brasil, até mesmo por conta da acanhada oferta de vagas presenciais em instituições públicas de ensino, a educação à distância ainda não havia sido oferecida de forma sistemática para crianças e jovens, ou seja, a novidade era que desta vez os alunos do ensino infantil, fundamental e médio, que sempre haviam sido atendidos nas escolas de maneira tradicional, agora teriam que aprender por meio de ferramentas de comunicação próprias ao ensino à distância.
Obviamente, a implantação do ensino à distância já seria dificultosa em termos regulares, em que se poderia contar com orientação, formação e planejamento para a adoção mais concreta possível, de acordo com a realidade de cada sistema e de cada etapa de ensino. Agora, com a adoção do EaD de maneira improvisada, e em caráter emergencial, grandes problemas surgiram, mostrando mais do que os limites desse tipo de ensino, mas sim a grande desigualdade e a precariedade das condições de vida de uma massa de estudantes.
A partir de meados de março, mas principalmente a partir de abril de 2020, as escolas, os professores e os alunos tiveram que se reinventar e, de uma hora pra outra, se viram às voltas com conceitos praticamente desconhecidos para aqueles que atuavam na educação básica: ensino remoto, ensino à distância, ensino híbrido. Tais conceitos ensejaram discussões sobre o que fazer durante a pandemia, mas a realidade mostrava que existiam gargalos que praticamente inviabilizavam os resultados, inclusive inviabilizavam mesmo a possibilidade do oferecimento de qualquer tipo de modalidade de ensino que não fosse a presencial.
Em primeiro lugar, a pobreza material em que milhões de estudantes se encontram, que se refletiu na ausência de equipamentos adequados para acompanhar os conteúdos, para desenvolver as atividades propostas, enfim, para se considerar incluído no processo de EaD. Assim, ficou patente que qualquer proposta desse tipo de ensino esbarraria em primeiro lugar nas condições materiais de milhões de estudantes, imediatamente alijados do processo pela pura e simples dificuldade econômica para adquirir um telefone, internet ou computador.
Em segundo lugar, por se tratar da educação básica, as crianças precisavam de apoio e orientação em casa, ou seja, dos familiares, e esse gargalo também se mostrou um desafio gigantesco para as escolas. Muitas crianças não puderam contar com o devido apoio por diversos motivos: os pais não podiam ficar em casa, pois tinham que trabalhar para o sustento das