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O Paradoxo do Resgate: O Paradoxo 99: Volume - II
O Paradoxo do Resgate: O Paradoxo 99: Volume - II
O Paradoxo do Resgate: O Paradoxo 99: Volume - II
E-book630 páginas6 horas

O Paradoxo do Resgate: O Paradoxo 99: Volume - II

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Série O Paradoxo 99: O Paradoxo do Resgate

'A Verdade dói mas é uma cacetada só.'

A Série

Paradoxos, um complexo e instigante tema que sempre despertou nossa curiosidade e promete dar nó no nosso cérebro...

Tendo como base os temíveis e enigmáticos efeitos paradoxais no Fluxo do Espaço-tempo, assim como os inevitáveis resultados da empolgante possibilidade de se transitar entre Realidades Alternativas, a série 'O Paradoxo 99' aborda, através da caótica perspectiva mental do protagonista, as vantagens e desvantagens — assim como as implicações psicológicas, históricas, temporais e éticas desse recurso na vida dos personagens: tendo como pano de fundo, uma frenética busca e missão de salvamento no passado, nos icônicos anos 90.

Denny é um rapaz solitário e traumatizado por uma decepção amorosa que se vê envolvido numa trama cheia de mistério, tensão e paixão, após acordar apaixonado por uma das vitimas de um serial killer, uma garota improvável do passado — que ele descobre estar paradoxalmente viva, morta e desaparecida.

SINOPSE – VOLUME 2:

Neste volume, após os inesperados eventos vividos em 26/11/1999, Denny terá de lidar com aquela incrível revelação envolvendo seu smartphone e os resultados daquele 'Salto' para 99 — além de procurar desesperadamente descobrir como voltar lá.

Ademais, Denny ainda fará uma aterradora descoberta envolvendo suas viagens ao Passado, sua vida e o próprio Espaço-tempo: revelações que afetarão diretamente seus planos em relação à Emmanuelle Machado naquela fatídica data, 20 anos antes.

Porém, antes de tudo isto, Denison verá seu inexplicável amor por Emmanuelle ser fortemente testado, quando reencontrar alguém muito importante do seu passado.

Continue acompanhando esta história com a gente. Tente desvendar essa intrincada trama de Paradoxos, Viagens no Tempo, Realidades Paralelas em um Multiverso de Universos conectados — e inevitavelmente fatalistas.

 

IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de jun. de 2022
ISBN9781526020536
O Paradoxo do Resgate: O Paradoxo 99: Volume - II

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    O Paradoxo do Resgate - KSZ OLIVER

    EPISÓDIO 3

    O Paradoxo Do Zelador

    "As vezes, é melhor pedir perdão que permissão..."

    CAPÍTULO

    I

    Parte 1/1

    Murity, 2019?

    L

    ogo após se dá conta que provavelmente retornou sem prévio aviso de 26 de novembro de 1999, Denny ainda procurava lidar com a expectativa e o receio de, "se de fato tinha alcançado seu objetivo," após ter ligado para a PM de Murity, 2 décadas antes...

    "Será que realmente a salvou do Maníaco das virgens há 20 anos, ou melhor, há pouco minutos?", se perguntou.

    Contudo, o fato foi que, instintivamente algo dentro dele dizia que, se o plano tivesse dado certo, talvez ele não estivesse ali, falando sobre aquele fato... Porém, não queria perder as esperanças.

    Possivelmente sábado à noite, 20 de julho de 2019, alguns momentos após o retorno...

    Tinham se passado pouco mais de 5 minutos desde que Denny retornou de 1999...

    Denny ainda se encontrava diante do orelhão, em frente à escola Polivalente. Tirando o celular do bolso, viu que havia se desligado. Tentou religá-lo, mas se encontrava completamente descarregado. Ao deixar as imediações do telefone público, teve uma grata e providencial surpresa...

    — Tá brincando, né?!... — reagiu, quase rindo, pela visão que estava tendo, se dirigindo até ela para conferir. —  "Será que era a mesma cadeira que viajou com ele à 99?!... — se perguntou enquanto se aproximava. — Sim, era! Ela possivelmente retornou no mesmo instante que ele!...", constatou ao chegar perto, deveras surpreso.

    Quem diria: sua cadeira de escritório, uma cadeira viajante do tempo!..." — brincou seu Alter ego com o reencontro inesperado.

    Ela havia aparecido exatamente onde era o antigo portão, no mesmo lugar do passado onde se encontrava — assim como ele em frente ao orelhão, deduziu, impressionado.

    Aparentemente abandonada ali, do lado de fora do portão da escola, Denny não fez a menor ideia do que aconteceu pra que sua cadeira também tivesse retornado com ele, de 1999: "Como será que aquilo aconteceu? Como ela conseguiu retornar, também?!", se indagou, ainda mui surpreendido.

    Mas não tinha importância. Ele possuía coisas mais importantes pra checar: O status de Emmanuelle no século XXI. Deveras surpreendido com aquele reencontro em 2019, Denison a pegou e a pôs nos ombros. Em seguida, se dirigiu à pé para o DP...

    Denny estava bem no centro da cidade de Murity. Pelas poças d'água nos passeios e calçamento, devia ter chovido forte minutos antes naquela época. Diferentemente de novembro de 99, onde o clima estava abafado entre nuvens, o tempo estava frio em 2019. As nuvens escuras e volumosos se deslocavam lentamente no céu, que aparecia num tom negro estrelado de vez em quando. Por coincidência, o prédio da delegacia ficava próximo dali. Planejava pegar seu carro estacionado no pátio do Departamento e ir para casa processar aquela experiência, cujas lembranças freneticamente transitavam em sua cabeça: Queria ansiosamente saber se ele a tinha salvo, ou não...

    Enquanto caminhava em êxtase, se recordou que podia haver um problema: as chaves do veículo ficaram no subsolo do DP. Ele teria de explicar ao vigilante que esqueceu as chaves lá, e precisava entrar novamente, Se conscientizou.

    Naquela hora, lhe sobreveio à mente outra  pertinente preocupação:  "Intuitivamente, temeu que também pudesse ter mudado algo substancial na sua linha do tempo e que, por aquela razão, o porteiro não o reconhecesse mais. Ou que ele não conhecesse o porteiro — ou ninguém por ali..."

    De repente, ele não soube explicar como podia saber tanto sobre Linhas de Tempo ou que significavam. Assim como as implicações que as possíveis mudanças no passado poderiam significar também para sua vida. Apenas percebia que possuía aquela intuição, ou memórias cognitivas sobre o dispositivo. "E se não estivesse trabalhando mais no DP?" — se perguntou, apreensivo... — E se nunca tivesse trabalhado lá?!", continuou ele, cheio de dúvidas.

    Enquanto se dirigia até a delegacia com sua cadeira nas costas, sentia que ainda não lhe caiu totalmente a ficha sobre o que acabou de acontecer naquela noite:

    Então era aquilo mesmo?... Ele realmente teria viajado no tempo? Esteve naquela mesma cidade, 20 anos atrás?..., rememorou exultante e quase incrédulo ao mesmo tempo.

    Entretanto, internamente ele não tinha dúvidas — ou não deveria ter: Acabara de estar diante de Emmanuelle, a misteriosa garota dos seus sonhos, do suposto ‘roubo’ em sua casa e do caso do Maníaco das Virgens — em 26 de novembro de 1999!... — confirmou, ainda procurando se conter em si de tanta exultação.

    Mesmo em face de um possível fracasso da missão de salvá-la, ele inegavelmente se encontrava estupefato com o ainda inexplicável ocorrido.

    Próximo ao DP…

    Ao se aproximar do prédio do Departamento, Denny se recordou dos momentos que antecederam sua partida acidental à 1999:

    Caramba!... E se o vigia o indagasse sobre o que ocorreu naquele porão?... E se ele tivesse visto alguma coisa, tipo ele e sua cadeira sumindo, mais cedo? Como ele explicaria aquilo?

    Ele não podia saber exatamente o que o vigia havia presenciado. O único jeito era descobrir, descobrindo...

    Assim que chegou no portão com aquela cadeira nos ombros, para seu alivio, o vigia o reconheceu imediatamente. Mas nada mencionou acerca do episódio que presenciou no porão. Apenas estranhou a inusitada situação da cadeira nas costas.

    Quando questionado pelo porteiro sobre o fato de ter deixado as luzes e computador ligados no porão vazio, ele inventou:

    Que apenas tinha saído rapidamente para levar sua cadeira pro conserto e estava retornando — e que precisava entrar para deixá-la e pegar as chaves do carro...

    "UFA! Outro problema resolvido", pensou aliviado ao notar que até ali, naquela Linha Temporal, tudo continuava como tinha deixado.

    Mas ele também esperava que nem tudo...

    Após passar pelo portão, o vigia estranhamente o interrogou:

    — Hei, Denny! Hmmm... Você não tem medo, não?...

    — Hã!? — não compreendeu Denison. — Medo? Medo do quê?... — estranhou Denison aquela inesperada pergunta.

    — De ficar lá embaixo, sozinho naquele... Você sabe... no porão?... — explicou, meio sem jeito.

    — Não!... — respondeu, fazendo uma expressão de surpresa e ainda procurando compreender o porquê daquela indagação. — E por que a pergunta?

    — Sei lá, é que... — ficou meio ressabiado o vigia de perguntar. — Parece que tem uma presença estranha lá embaixo, né não?... — perguntou mesmo assim. — Nunca sentiu?

    Denny riu internamente ao se dá conta à qual episódio, provavelmente, ele estaria se referindo: Possivelmente, ele devia ter visto algo enquanto descia as escadas, mas não tinha certeza o que foi. Certamente, achava ter sido algo sobrenatural, deduziu Denny sobre o pensamento do colega.

    — Rapaz... Pode ser!... — surpreendentemente não discordou Denison. — Mas, se tiver alguma coisa lá embaixo, eles não se importam muito comigo, não. — declarou.

    — É?! — se assustou o crédulo vigia, tomando a declaração como algo sério. — Por que diz isto?! — quis saber ele, mui intrigado.

    — Hâmmm... Por que eles nunca mexeram comigo!?... — insinuou Denny, já se afastando, deixando o funcionário meio ressabiado sobre o porão com aquela subjetiva declaração.

    — E o que você acha que pode ser — ou ter, lá embaixo? — ainda perguntou ele ao Denny.

    — Como assim?

    — O que você acha que pode ter lá em baixo? — inquiriu o guarda enquanto o Denny tentava se afastar.

    É mesmo, que esse marmanjo tá com medo de ter topado com alguma assombração?!..., se impressionou seu Alter ego com a credulidade e superstição daquele guarda.

    Todavia, de repente viu naquilo uma oportunidade...

    — Bem, lá é cheio de objetos pessoais, evidências de casos de assassinatos e homicídios, então... Tire suas próprias conclusões!... — Denny insinuou, propositadamente, deixando o vigia sem saber o que dizer.

    "Ehhh... Seja lá o que ele tenha visto, o assustou mesmo!...", admitiu seu Alter ego, enquanto o Denny, ria consigo próprio, se lembrando de uma icônica música dos anos 80, tema dos Caça-fantasmas.

    O fato do Denny ter fomentado o medo imaginário e supersticioso do colega, teve por objetivo afastá-lo do seu local de trabalho e evitar mais daquela situação, quando foi surpreendido por aquele funcionário no subsolo, ao viajar inesperadamente para 1999.

    Quase 20 minutos após o retorno...

    Ao chegar no subsolo, sua safe zone, rapidamente pegou a pasta com os arquivos e o folheou tentando achar alguma mudança significativa naquela linha do tempo e na história de Emmanuelle Machado...

    Após uma rápida checagem, ficou decepcionado ao constatar que nada tinha mudado sobre a garota: seu status continuava o mesmo, Desaparecida. Sentou-se na cadeira, meio que desabando sobre ela, frustrado.

    Inevitavelmente, Denny ainda sentia culpa por ter perdido tanto tempo, "morrendo de medo de encontrá-la pessoalmente naquele colégio", e por não tê-la procurado mais diligentemente para alertá-la do sequestro. Ele também passou a se penitenciar por ter dado ouvidos àquela incomum sensação: De que não devia interferir naquele fato histórico, o crime no colégio.... O que, de igual modo, o fez perder bastante tempo, paralisado de medo, em 1999...

    Quase 11 horas da noite

    Após aquela breve sessão de culpa e autocomiseração, voltou a processar aquele evento de maneira mais objetiva:

    — Cara, eu realmente viajei no tempo!... — constatou, rindo internamente de contentamento, ainda sem querer acreditar naquele feito. — Pediria a mim mesmo que me beliscasse, mas: eu estive realmente em 1999! — exclamou em êxtase.

    Sem a pressão dos momentos anteriores — e por não mais possuir o temor de ficar preso no passado —, ele começou a racionalizar as informações que possuía...

    Procurou de novo nos arquivos, e no quadro de pistas, se sua visita ao passado não teria mesmo produzido nenhuma alteração no caso — por mínima que fosse:

    À primeira vista, parecia que sua presença  em 1999 foi inócua, sem gerar nenhum resultado aparente, reconheceu.

    Apesar da frustração do primeiro momento em relação à falta de êxito do telefonema, de repente, percebeu que era como se parte da obsessão dos últimos meses — e principalmente dos últimos dias —, começasse a fazer algum sentido para ele — ou quase: A partir daquela noite, ele se deu conta que poderia finalmente começar a buscar as respostas para as perguntas que tanto o instigava e que quase o endoideceu.

    Enquanto olhava para o quadro de pistas na parede, um pensamento recorrente continuava pulsando em sua mente:

    Ele a viu!... Ele a conheceu!... A garota dos seus sonhos estava realmente viva!, exultou Denison internamente.

    — "Bem, pelo menos lá, naquele momento no tempo..." — ponderou seu Alter ego.

    "Entretanto, o importante era que ele não estava maluco, delirando ou mesmo esquizofrênico: nem tampouco havia imaginado tudo aquilo para fugir da realidade. — reconheceu, aliviado.

    De alguma estranha maneira, seguramente ele a conhecia — e a viu pessoalmente. E, como aquilo se deu, era algo que ele ainda não compreendia: Todavia, também era algo que pretendia descobrir!, deduziu ele, entre a preocupação e o êxtase pela singular experiência que passou naquelas últimas horas.

    Mui empolgado com aquele episódio, sempre que pensava nela e no seu sorriso — que ele viu ao vivo e em cores — Denison já experimentava uma enorme vontade de vê-la outra vez. Mal tinha retornado, e já desejava voltar à 1999.

    Parte 2/1:

    Time Machine

    N

    ada aparentemente tinha mudado nos arquivos ou na história de vida de Emmanuelle Machado: "Mas se pudesse retornar, teria uma nova chance de salvá-la!", planejou ele, empolgado.

    Sua esperança era poder voltar e tentar novamente mudar o passado dela — só que bem mais preparado daquela vez: No entanto, ainda precisava descobrir como fazer aquilo, se conscientizou ele, tirando o celular do bolso e o olhando, intrigado com aquele surpreendente aparelho que inexplicavelmente possuía.

    (...)

    — Mas afinal, o que de verdade é você, meu velho?... — se indagou, analisando cuidadosamente cada centímetro daquele smartphone. — Será que você sempre foi assim? Se não: quem fez isso com você, hein?...

    Sem fazer a menor ideia de como aquilo foi acontecer com seu aparelho telefônico, ele se apressou em ir para casa...

    No caminho, ainda ressabiado, Denison procurava saber se reconhecia — ou desconhecia alguma na paisagem. Ainda temia que algo pudesse estar levemente diferente de antes, e tais detalhes lhe tivesse passado despercebido.

    Passava das 11:00 horas da noite

    Assim que chegou em casa, imediatamente procurou colocar o dispositivo para carregar e aguardava...

    Denison estava ansioso em retornar à 1999 e rever Emmanuelle. Instintivamente, sabia que devia tentar salvá-la novamente. De repente, ele percebeu que simplesmente não conseguia mais conter a enxurrada de novos pensamentos que estava tendo sobre — e com ela: Possivelmente, por ele não mais tentar bloqueá-los ou lutar contra, lhe apontou seu Alter ego.

    Após aquele evento do salto temporal, não precisava mais se conter. Não possuía mais a maioria das dúvidas que permearam e torturaram sua cabeça, durante aqueles últimos dias. Por aquela razão, a partir de então, Denison passou a não mais restringir as memórias, fantasias — ou seja lá o que fosse aquelas imagens que passou a ter com a figura dela, há cerca de uma semana.

    Após conectar o aparelho, ele voltou a conjecturar sobre a origem, capacidade ou função de viagem no Tempo do seu celular. A respeito daquilo, ficou imaginando: O que será que tinha de tão especial naquele celular, que o transportou pelo Tempo?...

    Para ele e qualquer um, à primeira vista, aquele era uma smartphone de baixo custo e absolutamente comum: possuía apenas 4,5 polegadas, 1 GB de RAM, 8 GB de memória interna. E o processamento era razoável para o modelo. Mas será que foi realmente ele?, duvidou por um momento.

    Apesar daquela dúvida momentânea, juntando as peças, admitiu que só podia ter sido o smartphone: "Já que tinha ‘saltado’ até 1999 quando estava com ele em mãos, e só retornou de lá quando o alarme da bateria tocou", reconheceu.

    — Só podia ser ele! — reiterou. — Seu smartphone era uma incrível ‘Time Machine"! — exultou, ainda sem querer acreditar naquilo, de tão incrível que sabia que era.

    "Mas ele era um modelo relativamente tão simples e ultrapassado em relação à outros da mesma marca!... — se impressionou ele com aquela ironia. — O que será que o fez ficar com aquela capacidade?...", se perguntou mais uma vez, deveras intrigado com a novidade. — Seria aquela nova tecnologia, a 5G? Seria ela que permitia o deslocamento para o passado?!... — aventou Denny aquela possibilidade, mas logo se lembrando que aquele aparelho sequer tinha a capacidade 4G.

    De repente, aquela curiosidade lhe corroía, e ele não conseguia para de conjecturar sobre. Lembrou-se que, talvez, também pudesse ter algo a ver com o ‘Sistema Operacional Beta’, a suposta ROM Android modificada que o Minhoca teria instalado semanas antes.

    Ou, quem sabe, tenha acontecido algo com ele após o Rooteamento mal sucedido que fez?..., sugeriu, sem todavia ter certeza.

    Contudo, Denny foi além nas suas conjecturas: Será que ele pertencia à algum governo e o Minhoca o tinha hackeado?... E se viessem atrás do amigo — ou mesmo dele?! Ou da sua família?!, temeu, um pouco paranóico.

    No entanto, evitou continuar pensando naquela temeridade por aqueles instantes.

    Quase meia noite de 20 para 21 de julho...

    Um pouco depois, após tomar banho e jantar miojo como sempre, seus pensamentos estavam novamente submersos naquelas questões envolvendo a viagem no tempo e aquele misterioso aparelho...

    De repente, uma dúvida e curiosidade voltou a permear sua cabeça:

    Há quanto tempo será que aquele aparelho podia fazer aquilo? Há quanto tempo ele já podia ter lhe levado ao passado, até ela, e ele não sabia?

    Ainda tentando determinar quais as possibilidades dos revelados recursos daquele insuspeito dispositivo, considerou:

    Será que ele não poderia levá-lo até o futuro, também?... Será que o aparelho o levaria à alguma outra época, além daquela data específica, em 99?!...

    Naquele instante, aquele questionamento lhe trouxe à reboque uma outra questão de fato preocupante:

    E se o celular não funcionasse novamente? E se ele não conseguisse reproduzir no aparelho as mesmas condições que o fizeram viajar no tempo, naquela noite?

    Naquela hora, temeu ele em seu coração aquela possibilidade:

    "E se realmente ele não conseguir voltar até àquela precisa data em 1999, onde ela se encontrava, viva?... Aliás — ele se deu conta. —, não se recordava exatamente quais foram os exatos passos que ele tinha feito para viajar no tempo e até ela!...".

    Subitamente, Denny se lembrou que não fazia a menor ideia de qual mecanismo acionou para realizar aquele 'Salto temporal’, praquela data específica no Tempo...

    Diante de todas aquelas teorias e conjecturas quase neuróticas, baseadas no seu medo de não poder mais salvá-la — ou mesmo poder visitá-la de novo, supôs:

    E se realmente não tivesse sido o Smartphone, mas outro fator que ele ainda ignorava ou desconhecia?

    Como por exemplo, o quê?... — quis saber sua imaginária contraparte mais sobre aquela linha de raciocínio alternativa.

    — Como o porão, por exemplo... Ou algum objeto por lá, minha mente...  Ou até mesmo a cadeira!... Ela tinha retornado também, não foi? Como ela fez aquilo, se sequer estávamos juntos, hein?!... — argumentou. — Quer saber? Definitivamente, tá mais pro smartphone, mesmo... — voltou ele atrás, enquanto olhava o aparelho em sua mão, rejeitando aquelas causas alternativas e malucas da cadeira, ou da sua mente.

    Mais maluca que viajar no tempo por um celular?... — alfinetou seu outro Eu.

    Denison não soube como explicar como ou porque sabia. Porém, intuitivamente, possuía a convicção de que o responsável pela sua inesperada viagem até Emmanuelle no colégio Polivalente, em 26 de novembro de 1999, foi mesmo seu simples e antigo smartphone Samsung — um dos intermináveis modelos da família Galaxy.

    Passava de 1:00 da manhã de domingo, 21 de julho…

    Com muitas questões pra responder, ele estava deveras entusiasmado e cansado psicologicamente de tanto refletir sobre aquele aterrador e maravilhoso acontecimento.

    Já exausto, Denison se recusava a pegar no sono. Sua mente estava muito ativa e ansiosa para conseguir adormecer naquela hora. Entretanto, mesmo inseguro quanto à possibilidade de poder viajar no tempo de novo, já esquematizava a próxima viagem. A despeito das incertezas que o rondava, algo dentro dele lhe dizia que a veria novamente.

    Enquanto aguardava o smartphone recarregar, Denny não conseguia esconder — nem mais precisava — que estava ansioso e esperançoso de poder rever o rosto de Emmanuelle sorrindo mais uma vez, ao vivo. Aquele rosto, aquele sorriso!..., pensou ele, deitado e olhando pro teto enquanto via apenas rosto belo e sereno dela diante de si. Aquelas lembranças dela em 1999 não saíam da sua cabeça. Mas, daquela vez, era ele que não permitia.

    Denison, ainda mentalmente preso aos eventos vivenciados no colégio, recordava exaustivamente aquelas cenas na sua cabeça...

    A música instrumental que ela tocava, adicionada ao impacto que a imagem do rosto dela sorrindo lhe proporcionava... Aquilo tudo o fizeram relutar em dormir, tamanho era sua expectativa para voltar lá e tentar salvá-la novamente.

    Ao  insistir em se auto punir pelo suposto fracasso, Denny parecia querer compensar o fato de ter estado lá, mas não conseguir mudar nada na primeira — e talvez única — oportunidade que teve: Achava que poderia ter agido melhor, se não tivesse ‘travado' diante daquelas desconhecidas e amedrontadoras circunstâncias.

    Ainda manifestando um forte sentimento de autocomiseração, ele se lamentava dizendo que, se possível fosse, tentaria naquela mesma madrugada, tamanha a ansiedade e culpa que experimentava...

    No entanto, também se recordou do sentimento de angústia que tencionou impedi-lo de realizar aquele intento enquanto esteve paralisado por aquele estranho temor interno:

    Provavelmente, aquilo foi apenas efeito da ansiedade e do medo diante daquela repentina e amedrontadora experiência, ele novamente procurou se convencer de que aquele sentimento não passava de uma reação natural sua.

    Alta madrugada de 21 se julho...

    Denny tinha entrado na madrugada de domingo, 21 de julho, com a mente em atividade extrema. Estava com os olhos pesados e carregados de sono, mas a todo momento tentava ligar o celular. Sem sucesso.

    Verificando o status da energia, constatou que, mesmo após horas no carregador, o ícone da bateria não mostrava estar carregando: Será que não voltaria a funcionar?..., se perguntou novamente apreensivo.

    Contudo tentou manter a calma. Sabia que estava sob pressão e era grande a expectativa... Abrindo a traseira do celular, removeu e pôs de volta a bateria. Ao realizar aquele procedimento, para seu alívio, finalmente ele passou a carregar. Olhando no Notebook, viu que já passava das 3:20 da manhã...

    Nos seus últimos pensamentos, já quase dormindo — no limite da consciência e inconsciência —, chegou a insinuar:

    E se ele estivesse sonhando e, depois que dormisse ali, na verdade, acordasse?... E se, ao despertar, descobrisse que tudo não passou de um sonho, uma fantasia: mais uma de suas ilusões com a figura dela?...

    Por volta das 3:40, seus olhos estavam tão cansados e sobrecarregados de sono que não resistiu:  contra sua vontade, apagou.

    Parte 3/1:

    Doce voz

    "

    Ele estava deitado. Ela se encontrava sentada no limiar da cintura dele. De frente para ele e com as pernas abertas, estava quase ajoelhada, se debruçando sobre ele. Acariciando suas delicadas coxas por baixo daquela camisa, ele a foi levantando. Ao levantar parte da blusa, viu que sua calcinha era pequena, com uma tonalidade azul claro do tecido. Tinha um lacinho gracioso frontal... Enquanto observava sua reação, ele passava o polegar sobre a lingerie, na fenda entre os grandes lábios. Ela mordia os lábios e sua pelves se contraía, pois estava molhada embaixo da peça íntima, o que aumentava a sensibilidade dos toques dele sobre sua vulva intumescida...

    Como das outras vezes que parecia estar com ela, a moça usava uma de suas camisas sociais abotoadas na frente. Sob o olhar e sorriso dela, ele então desabotoou os botões do meio da camisa. Viu que ela estava sem sutiã. Após introduzir suas mãos ali, massageou seus seios macios, a fazendo fechar os olhos...

    Denison segurou suas pernas na altura dos joelhos e a puxou para mais perto do seu rosto, deixando-a praticamente sobre seu peito. O cheiro natural e agradável da sua pele e corpo atiçava ainda mais sua libido por ela. Seu rosto estava praticamente colado à sua lingerie. Ele beijava suas coxas, enquanto acariciava por cima da calcinha com os dedos, naquela hora, fazendo movimentos circulares com o polegar. Ele notou que os pelos ralos de suas pernas se arrepiarem. Então a viu abrir os braços e segurar com as duas mãos na cabeceira da cama, levantando-se um pouco, colando sua boca em sua calcinha...

    Sentindo o cheiro afrodisíaco e extremamente excitante da sua peça íntima, ele passou a mordiscar e beijar carinhosamente a parte interna da suas coxas, até segurar a lateral da sua lingerie com os dentes e puxá-la, delicadamente Fazia aquilo alternando de um lado e do outro. A escutava arfando em decorrência daquele ato...

    Ao olhar para seu rosto, ela o mirava, desejando-o profundamente. Era como se implorasse para que ele continuasse a dar-lhe daquele prazer, e que a possuísse por completo...

    — Ahhhhh! Hmmm!... Humm!... — Ouvia ele seus gemidos, sentindo ela se retrair em pequenos gestos de reflexo àqueles seus estímulos sobre sua já pulsante pequena vagina... — Ham! Ham!... Ham! — "Adoro quando você me toca assim, Denny!…" — Ele ouviu nitidamente sua voz.

    Despertando e abrindo os olhos rapidamente, ele se deu conta que tinha sido mais um sonho..."

    Mas... Será?...

    Domingo, 21 de julho DE 2019

    Sua respiração estava tensa e seu coração batia forte após o intenso sonho erótico... Denison imediatamente se lembrou do ocorrido na noite anterior, no colégio. Por um momento pensou que, o que houve acontecido na noite passada, também tivesse sido apenas mais um daqueles sonhos... Virando pro lado, avistou o celular ainda no criado mudo. Ele ainda estava como o tinha deixado antes de dormir: no carregador...

    — Definitivamente: aquilo não foi um sonho! — falou, recordando-se de tudo. — Eu realmente estive em 1999!" — exclamou Denny, quase rindo de exultação e sem conseguir se conter. — Então eu não estava maluco!... Tinha sim, algo acontecendo comigo e à minha volta o tempo todo! — declarou, quase pulando da cama, se dando conta de que havia dormido com a mesma roupa.

    Levantou rapidamente. Denny estava com pressa. Com um pouco de receio, pegou o celular. Queria logo testar aquele impressionante dispositivo novamente...

    Na noite anterior, o entusiasmo era tão grande que os pensamentos se embaralhavam no seu cérebro. Esteve com a mente tão cheia de atividade que mal conseguiu pegar no sono por algum tempo. Imediatamente, sentiu uma pontada no peito de temor quando se recordou que o aparelho não queria carregar, nem ligar. Pressionou o botão Power por alguns segundos...

    Seu coração palpitava de expectativa. Respirou aliviado quando uma Logo verde, V.I.B.E.R — lembrando uma sigla separada por pontos —, surgiu rapidamente antes dele iniciar. Deduziu se tratar da mesma ‘Logo’ do Sistema Beta que o Minhoca instalou nele:

    Ou então podia ser a ID ou assinatura dos desenvolvedores daquela ‘Máquina do Tempo'…, sugeriu seu Alter ego.

    Após o dispositivo ligar, Denny o deixou ainda na tomada: "Precisava que estivesse 100% carregado quando tentasse um novo ‘salto’ no tempo", planejou.

    Enquanto se encontrava no banheiro, mal podia acreditar no que estava se passando:

    — Caracas, velho: eu viajei no tempo!!! — disse ele, rindo diante do espelho, ainda estupefato e sem querer acreditar no que lhe aconteceu.

    De repente:

    — Oh, merda!... De novo?!... — reagiu, ao notar que dormiu de lentes, mais uma vez. — Tô mesmo querendo pegar uma infecção nos olhos — ou ficar cego!... — se repreendeu, já as tirando e pondo-as num copo com uma solução líquida sobre a pia.

    Por volta das 9:30 da manhã

    Voltando a se deitar, ele repassava sua aventura no passado…

    Desde aquela noite, Denison não tinha conseguido tirar o sorriso dela da cabeça. E após aquele último sonho, parecia que havia escutado nitidamente sua voz também...

    Ao se lembrar da doce voz dela no seu sonho, se viu ainda mais obcecado pela figura daquela jovem. Seu coração acelerava e sentia uma vontade quase incontrolável de revê-la. Além do mais, precisava saber, como, quando e porque a conhecia — mesmo sem a conhecer: "E por qual razão ela passou de assassinada, vítima de um Maníaco sexual, para estar ‘desaparecida' nos recentes registros históricos..."

    Denny percebeu que, inexplicavelmente, experimentava por aquela garota a mesma afeição de quando se está apaixonado por alguém. No entanto, se recusava a admitir que, o que de fato sentia por ela era paixão — ou mesmo amor.... Não soube como classificar. Porém, sabia que seja lá o que fosse o sentimento que mantinha por aquela jovem, aquilo transcendia seu entendimento naquele momento: "Às vezes era mais como uma obsessão", pensou ele.

    Parte 4/1:

    O Enigma do Sorriso - II

    P

    egando o celular, ainda no carregador, Denison via e revia o vídeo dela no site do colégio. Pausava sempre no instante em que ela olhava e levantava o rosto, sorrindo. Se imaginava lá, com ela, cada vez que a assistia. Era como se recebesse novamente aquela atenção e sorriso, vindos do seu belo e singelo olhar...

    Denny analisava e conjecturava sobre cada aspecto da reação dela à presença dele naquele colégio. Notou que sua feição para com ele, enquanto esteve observando-a, foi de um: "Oi, você também gosta dessa música?"; Ou: Por que está me olhando como se me conhecesse?. Parecia meio constrangida ou lisonjeada com ele admirando-a, como sua plateia particular:

    Mas será que ela o conhecia, mesmo?...questionou Denison.

    — "Como não, se naqueles sonhos parecia que eram íntimos?..." —  argumentou seu Alter ego, fazendo o Denny reconsiderar.

    Mas, sem nenhuma dúvida, aquele sorriso havia sido pra mim!... — teve ele certeza. — Mas como aquilo teria sido possível, se ele ainda não tinha ido lá, em 1999?!... — De repente, Denny levantou aquela questão, se intrigando com o enigma daquele sorriso recebido dela, enquanto esteve no corredor do colégio..

    Novamente, ao rever aquele vídeo, foi inevitável não voltar a refletir sobre aqueles e outros mistérios vivenciados no colégio...

    Imediatamente, retomou à mesma discussão que teve consigo mesmo, em 99, acerca da real origem daquela gravação e da pergunta que sua mãe lhe fez no corredor — a mesma frase do vídeo:

    Foi como se aquilo também parecesse ter sido sempre para ele: mesmo que ainda não tivesse ido lá!, se impressionou.

    Ainda procurando compreender a estranha dinâmica cronológica daqueles acontecimentos, ele se indagou:

    Afinal, aquele vídeo que ele assistia, surgiu a partir da ida dele até ela, ou foi aquela sua ‘viagem’ até 1999 que produziu os elementos daquela gravação?... Por que aquele vídeo contendo os cumprimentos da mãe dela à sua pessoa já existia, se ele ainda não havia ‘saltado' até àquele evento?... Como aquele vídeo podia existir com ele oculto na cena, se só decidiu ir lá, após vê-lo? Seria aquilo o que chamam de Paradoxo?..., se bombardeou ele de perguntas, ainda alheio à possibilidade de obter qualquer explicação plausível praquelas incógnitas.

    — "Como se a ‘reação’ estivesse vindo antes da ‘ação’?..." — complementou seu Alter ego, parecendo perceber algo que o Denny ainda descobriria.

    Denison não compreendia profundamente nada sobre aqueles temas teórico-científicos — exceto o que via na ficção e tutoriais de vídeos-aulas no YouTube. De repente, aquele assunto parecia querer dar um nó em seu cérebro. Como não possuía nenhuma resposta, nem subsídios técnico ou acadêmicos sobre o tema naquele momento, deixou aquela intrigante questão pra lá, por ora.

    Denison voltou à processar os demais acontecimento da noite anterior — e o que faria em seguida…

    Ainda analisando seu encontro com a garota dos seus sonhos, seu coração queimava ao se lembrar que esteve lá, diante dela: Uma versão cheia de vida da garota que ele já tinha visto morta, assassinada por um desconhecido Serial Killer — que vinha amadoramente caçando...

    — Ele a viu, viva! — repetia pra si mesmo, com um especial ar de sorriso no rosto e coração alegre, como alguém que havia ganho na loteria e resolvido todos seus problemas financeiros.

    Antes de saltar no Tempo e ver Emmanuelle in loco, Denison achava que o fato de sentir afeição por ela era uma completa loucura. Chegou a tentar viver em negação daquela nova Realidade, devido ao conflito que ocorreu entre o que via e o que estava em sua mente, — a fim de não enlouquecer.

    Naquele instante seu subconsciente notou, mesmo ele não admitindo conscientemente, que já não

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