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O Paradoxo Do Incidente: Série O Paradoxo 99: Volume III
O Paradoxo Do Incidente: Série O Paradoxo 99: Volume III
O Paradoxo Do Incidente: Série O Paradoxo 99: Volume III
E-book694 páginas6 horas

O Paradoxo Do Incidente: Série O Paradoxo 99: Volume III

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Sobre este e-book

Série O Paradoxo 99: O Paradoxo do Incidente

'O que é, já foi. E o que há de ser, também já foi.”

Eclesiastes 3:15

 A Série

Paradoxos, um complexo e instigante tema que sempre desperta nossa curiosidade e promete dar um nó em nosso cérebro...

Conheça a trajetória de Denny, um jovem que trabalha para a polícia de Murity, uma pequena cidade do interior do Brasil, e descobre que seu smartphone é na verdade um dispositivo de deslocamento temporal — e entre Realidades.

SINOPSE – VOLUME 3: O Paradoxo do Incidente

Neste terceiro volume, “O Paradoxo do Precedente”, depois de Denny descobrir como operar os mecanismos de salto a tempo e resolver problemas mal acabados no passado com sua ex, a Mell, ele terá que lidar com um fenômeno recém-descoberto, inexplicável e ameaçador: os mecanismos supostamente anti-paradoxos, e que podem atuar no fluxo do Tempo...

E, ao tentar por em prática seu plano para resgatar Emmanuelle, outras surpresas o aguardam — especialmente, depois de topar com uma nova e bela personagem naquela Linha do Tempo...


K.S.Z OLIVER

 

TENHA UMA BOA LEITURA!

IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de jun. de 2022
ISBN9781526020963
O Paradoxo Do Incidente: Série O Paradoxo 99: Volume III

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    Pré-visualização do livro

    O Paradoxo Do Incidente - KSZ OLIVER

    Episódio 5

    PRÓLOGO

    E

    le o imprensava contra o pilar de madeira da varanda...

    Grrrrr! O que você fez com a minha filha?!! — gritou com o Denny, parecendo pocesso.

    Muito surpreso e assustado, Denison rapidamente se arrependeu de ter ido até ele.

    Arg! Arg! Calma aí! Calma aí! Eu posso explicar! Eu não tive nada a ver com a morte dela! Eu juro! — tentou Denny convencê-lo, apavorado com sua súbita e violenta reação.,

    — Não teve?! Era você, não era?! Naquele dia, lá?! Agora eu me lembro!... Sabia que te conhecia de algum lugar!... Quem é você, afinal?! Por que não mudou nada! — indagava, enquanto suspendia o Denny ainda mais, o empurrando contra a coluna de madeira.

    O homem era um senhor de cerca de 1,80 de estatura e uns 80 kg. Portanto, apesar de estar na casa dos 60, ainda era muito forte em relação ao porte físico médio do Denison.

    Enquanto aquilo, Denny procurava sair daquela imprevista e periclitante situação, tentando convencê-lo que, além dele não ter tido nada a ver com a morte da sua filha, queria ajudá-la...

    — Eu não posso te explicar agora, mas estive sim lá naquele dia! Mas não machuquei nem tive nada com que aconteceu com sua filha! — confessou Denny, deveras surpreso com a reação daquele transtornado homem.

    — Não?! E por que você foi visto, perseguindo ela, hã?!

    — Não!... Argh! Não era eu!... — disse Denny com dificuldade, ao sentir a mão áspera de calos já em seu pescoço. — O Senhor tem que acreditar em mim!

    — Acreditar em você?! A minha filha morreu por sua causa!!! — gritou. (…) 

    Anteriormente, em "O Paradoxo Do Resgate"...

    A

    pós várias e frustradas tentativas de salvar Emmanuelle em 1999 através de sucessivos Saltos Temporais no seu antigo e limitado dispositivo, Denny conseguiu fazer um backup do misterioso sistema e transferi-lo para um poderoso smartphone que lhe garantiu uma excelente autonomia durante as viagens ao passado. Em seguida, em uma série de saltos-teste, o usou para resolver assuntos inacabados em novembro de 2010, fazendo as pazes com seu passado — e com sua antiga paixão, a Mell.

    Dando prosseguimento ao plano de mudar o destino de Emmanuelle Machado, numa última e impulsiva tentativa de alertá-la acerca do seu sequestro no colégio, Denison acabou se deparando com a existência de uma possível força superior no Espaço-tempo disposta a não permitir que realizasse aquela tarefa: "Aparentemente, a fim de impedi-lo de causar um paradoxo ao salvar a estudante". A partir de então, ele soube que a missão de livrá-la das garras do seu algoz, o serial killer Maníaco das Virgens, ficaria ainda mais difícil.

    Contudo, Denny ainda se depararia com um importante e revelador mecanismo daquele dispositivo, cuja função no Fluxo Temporal — teoricamente protetiva —, poderia encontrar respaldo nas teorias do professor de física e youtuber, Hélio.

    Porém, paradoxalmente, mesmo sendo um dos ‘mecanismos de proteção da integridade das Linhas do Tempo’ no Multiverso Denny enxergaria nele uma possível porta de saída para driblar aqueles mesmos e hipotéticos aparatos antiparadoxos.

    Ao identificá-lo, isso o levaria finalmente a obter a oportunidade que ele precisava. Mas, de novo: não da forma como imaginava...

    Contudo, antes de tudo isto, ele ainda descobriria alguns efeitos colaterais de suas recentes viagens e interações em 2010, que produziriam efeitos adversos ao tentar replicá-los. Resultados que, além de lhe criar dilemas morais e éticos, também o inspiraria a se manter sonhando com uma possível mudança no destino de Emmanuelle Machado.

    E, para conferir o desenrolar da terceira parte dessa intrigante aventura e o quanto ainda será adicionado à ela, é só prosseguir para a página seguinte, estimados leitores!

    Tenha Uma Boa Leitura!

    Fazer sempre a mesma coisa e aguardar um resultado diferente, é a própria definição de insanidade.

    Albert Einstein

    CAPÍTULO

    I

    Parte 1/1:

    Entre Medos e Certezas

    "

    Denny se via correndo entre matos e cipós verdes. Parecia tentar alcançar alguém: uma mui bela jovem que fugia... Ela demonstrava temê-lo e correr dele. Denny não sabia porque a moça temia sua pessoa.

    Sua silhueta não lembrava Emmanuelle.  Porém, sentia preocupar-se com ela. A menina certamente lhe era importante. Só não soube dizer em que sentido...

    De repente, Denny escutou gritos de uma mulher pedindo socorro. Rapidamente, se achou em outro ponto daquela mesma mata. Daquela vez, já parecia ir atrás de outra garota. Aquela também demonstrava tentar escapar de alguém...

    Subitamente, topou com ela sentada no chão. Tinha o olhar de alguém aterrorizada. Parecia olhar para ele do chão, naquele denso matagal. Foi quando Denison percebeu: 'Não se tratava simplesmente de ‘uma garota qualquer: era o rosto de Emmanuelle, sujo e apavorado!', ele reconheceu.

    — Ugh! Hus! Hus! Hus! Afff! Afff! — Com o coração batendo forte, Denny acordou repentinamente no sofá da sala, se dando conta que se tratou apenas de um pesadelo...

    Ele estava no banheiro lavando o rosto, com a mente ainda naquele estranho sonho... Denison tinha ficado perturbado com aquela imagem de Emmanuelle no chão, o olhando daquele jeito, parecendo temê-lo...

    "Então... e essa água toda aí jorrando, camarada?... — citou seu Alter ego o fato dele estar distraído enquanto a torneira estava aberta. — Eu mesmo desligaria a torneira mas, como você sabe, eu não existo de verdade...", disse sua Contramente, aparentemente querendo testar algo em sua memória.

    Naquela hora, ao escutar seu Alter ego mencionar não existo de verdade, Denison teve uma leve impressão de que a presença ou existência daquela Contraparte na vida dele queria dizer algo mais... Intrinsecamente, parecia querer se lembrar de alguma coisa relacionado à ela. Porém não conseguia. Inconscientemente, sabia que havia uma informação importante atualizada na memória. Simplesmente não se lembrava. Era como se houvesse uma lacuna, como se tivesse sido removido dele.

    Entretanto, logo se recordou que aquela era sua nova dinâmica de vida, ultimamente: Ter e faltar ‘coisas’ em sua mente se tornou seu ‘novo normal'..., se conscientizou.

    Então, juntamente àquele misterioso e inquietante sonho com Emmanuelle, e aquela outra figura feminina numa mata, ignorou essa suposta questão, também: Precisava se concentrar  e processar um outro e aterrador evento que vivenciou de verdade, em 26 de novembro de 1999 — e o que faria a seguir...

    Portanto, por nada se lembrar daquele perturbador episódio da noite anterior, logo a relação com seu Eu imaginário havia misteriosamente voltado à normalidade — como se nunca tivesse experimentado aquela espécie de suposta revelação existencial da sua outra parte...

    Domingo, 28 de Julho de 2019

    Logo após o episódio do quase infarto no Polivalente em 1999 — ocorrido ao tentar abordar e avisar Emmanuelle acerca do sequestro daquela noite — Denison ainda se encontrava um tanto quanto ressabiado em saltar até lá com os mesmos objetivos. Por enquanto, ele apenas se reservava a processar pormenorizadamente tudo que houve nos últimos dias...

    Sem contudo se recordar da providencial e misteriosa manifestação do seu Alter ego, que hipoteticamente teria salvo sua vida em 1999, Denny apenas sabia que tinha adormecido com o temor daquele estranho ataque do coração, realmente, se tratar de uma das medidas antiparadoxos do Espaço-Tempo. E que o ocorrido não tivesse sido uma simples consequência ou efeito colateral de suas viagens ao passado... Ou que aquilo atrapalhasse definitivamente seu plano de resgatar Emmanuelle no passado.

    Todavia, se lembrava que tinha se dado conta que não desistiria dela. Mesmo porque, não conseguiria...

    Na cama e com o smartphone sempre por perto, voltou a folhear as duas versões do inquérito que passou a possuir do caso do Maníaco das Virgens, após acidentalmente ter visitado o outro lado — sua antiga Realidade. Olhando para aquelas evidências, rememorava meio temeroso a última viagem à 99...

    Se lembrava que, depois do sistema ter ficado inesperadamente offline, e receoso de que não tivesse outra chance de poder salvá-la do seu destino histórico — que naquela Realidade era a condição de ‘desaparecida' —, tinha tomado uma iniciativa bastante intempestiva em relação à Emmanuelle. Atitude que provavelmente quase o fez ser morto no passado.

    Em vista daquela dolorosa experiência, Denison ainda se perguntava insistentemente desde a noite anterior:

    Aquela dor intensa no peito teria sido algum tipo de ataque do coração normal, ou realmente foi o resultado da sua tentativa de abordar Emmanuelle?...

    Ele não estava certo do que realmente havia acontecido por lá naquela noite. Ou simplesmente não queria admitir já saber a exata natureza daquela angustiosa e forte dor no peito que experimentou. Por essa razão, sempre voltava a conjeturar à respeito.

    Porém devido à conclusões à que recentemente chegou, baseados no conhecimento acerca das supostas contramedidas antiparadoxos do fluxo temporal, se viu fortemente inclinado a aceitar que aquele ataque cardíaco, de fato, podia ter se tratado de uma reação do Tempo à sua ação naquela data...

    "I have climbed the highest mountains

    I have run through the fields

    Only to be with you

    Only to be with you...

    ...But I still haven't still found what I'm looking for..."

    Enquanto escutava música em seu Earphone bluetooth, ainda deitado, delongava consigo mesmo sobre a natureza daqueles recentes e perturbadores eventos...

    — "Mas um ataque cardíaco não faria o menor sentido... — apontou seu Alter ego. — Afinal, você não possui nenhum histórico familiar de doenças do coração, e ainda iria fazer 30. Com exceção da vida quase sedentária, não apresenta todos os pré-requisitos pra um infarto..."

    Exatamente por ainda existir aquela dúvida sobre a natureza exata daquele fenômeno físico, aquilo o preocupava:

    E se, quando saltasse novamente, aquilo acontecesse mais uma vez? Afinal, anteriormente àquele episódio, todas as vezes em que pensou ou tenciono salvá-la, sempre sentiu uma similar sensação de angústia no peito: como se fosse fazer ‘algo errado'..., lembrou-se.

    Após presumir que aquele ataque em 99 poderia sim ser obra de uma hipotética e implacável medida antiparadoxo assassina, sua preocupação passou a ser a de encontrar uma alternativa para realizar aquela sua missão de resgate naquele passado. Missão que já era mais que uma obsessão. Salvar Emmanuelle parecia ser uma necessidade para ele.

    Apesar de não haver uma aceitação total e certeza absoluta daquela teoria do ataque cardíaco ser uma das supostas contramedidas do Tempo, inconscientemente, algo lhe dizia que aquelas preocupações com a angústia misteriosa e os paradoxos eram sim pertinentes — e se relacionavam. E, A partir dali, ele procuraria ter cautela ao saltar novamente para o passado:

    Não poderia salvá-la, como parecia ter se comprometido e prometido à ela — pelo menos em algum momento do Tempo —, se estivesse morto, ele observou.

    Parte 2/1:

    O Resgate e as Contramedidas

    D

    enny soube que precisaria conhecer exatamente com o que estava lidando — e como contornaria aqueles contratempos. Por mais que quisesse agir logo, teve a sensação que: Ainda não era a hora certa…. Todavia, puxando mais na memória, conseguiu se lembrar que aquela não tinha sido a única descoberta do dia anterior, envolvendo as famigeradas contradições no Espaço-tempo — ou Paradoxos...

    Denison também descobriu que, mesmo que um ataque do coração não o matasse por lá, e ele conseguisse a proeza de salvá-la, aquilo poderia ter se redundado em nada: tudo pelo simples fato dele correr o risco de — na melhor das hipóteses — ter seu feito anulado por algum mecanismo de defesa do Contínuo espaço-tempo: Ele teria descoberto o Paradoxo do Caso."

    Deduziu, com base nas explicações do professor que, se o sequestro deixasse de existir em 26/11/1999, o caso envolvendo aquele crime também deixaria — assim como ele, talvez: pelo menos, aquela versão dele, naquela Realidade, com tais conhecimentos e lembranças do que fez até ali.

    Em outras palavras, Denny soube que, mesmo tendo aumentado consideravelmente seu tempo de permanência no passado — com o Sistema no novo smartphone chinês — provavelmente algo ainda poderia tentar o impedir de salvá-la naquele ponto do Passado.

    Naquele instante, um outro detalhe lhe trouxe uma dúvida:

    "Se aquelas sensações se manifestavam para evitar que ele interagisse com Emmanuelle e modificasse aquele evento em 1999, porque não houve, em nenhum momento, a mesma intervenção quando esteve diante da Mell? — se questionou. — Afinal, aquele também era um importante evento no passado. Pelo menos, na vida dele... Então, por que aquela medida havia se manifestado apenas contra Emmanuelle?"

    Denny ficou intrigado com aquela questão divergentemente contraditórias..

    Será que existiam dois pesos e duas medidas? — sua Contraparte mental aventou.

    Entretanto, algo lhe dizia que ele não ficaria com aquela incógnita por muito tempo...

    Ainda durante aquele domingo, em monólogos habituais com sua Contraparte, ele passou procurando descobrir um meio de saltar até lá sem correr o mesmo risco de antes...

    Talvez, tivesse que saltar num outro vídeo para resgatá-la... — Seu Alter ego citou aparentemente despretensioso, mas também parecendo querer sugerir algo.

    Só que não existia nenhum ‘outro vídeo’ de 1999, onde ela aparecia, gênio!...", retrucou ele àquela sugestão.

    Denison ainda não tinha informações se era possível saltar em vídeos onde ela não aparecesse nas imagens, onde pudesse lidar com aquele mesmo evento em 99, no colégio. Não tinha explorado aquela possibilidade, por enquanto.

    Com isso, por não possuir ou conhecer nenhum outro meio de evitar um confronto direto com as supostas contramedidas temporais, ele teve a noção que, talvez, não houvesse uma forma segura de fazer o que sentia que sabia que tinha que fazer por Emmanuelle.... E que ele, quem sabe, tivesse que correr o risco de provocar um paradoxo para salvá-la de seu trágico ou incerto destino em 26 de novembro de 1999.

    Parte 3/1:

    Beleza e Prazer

    "

    Usando apenas uma longa camisa social masculina, Emmanuelle estava sentada num dos bancos de madeira, estilo tamborete, presentes na cozinha, apoiada com as costas na bancada. Após se dirigir à ela, segurar seu queixo e beijar lenta e prolongadamente sua boca, ele a pegou e a levou para cima da mesa, removendo rapidamente os objetos. Sentou-se numa das cadeiras e se pôs entre suas pernas abertas. Segurou em suas coxas e a puxou para perto dele...

    Enquanto abria sua blusa, beijava seus seios e ia descendo... Em seguida, se levantando, ergueu-se sobre ela. Denison começou a percorrer o corpo de Emmanuelle com a boca. Parecia querer beijar cada centímetro quadrado do corpo dela... Via e sentia seu corpo se retrair e tremer quando a ponta de sua língua deslizava por sua virilha e púbis.

    Passou a beijá-la devagar, sentindo sua língua remexer por dentro da sua boca. Passou a tirar sua roupa. Ela ajudou, abrindo rapidamente a longa blusa que usava. Novamente, parecia uma das camisas sociais dele. Era clara, com listras verticais escuras. Ela alternava entre desabotoar os botões e beijá-lo afoitamente. Respirava sofregamente de tesão naquela hora. Ao abri-la completamente, ela estava sem sutiã. Jogou para trás as mechas de seu volumoso cabelo que ficaram sobre seus seios. Abocanhou os seus pequenos e redondos mamilos. Sugava-os de leve, enquanto passava a ponta de sua língua no entorno deles...

    Huf! Huf! Hammm!!… — Ele a ouviu arquejar de prazer, enquanto descia beijando de leve sua barriga, olhando para o prêmio desejado logo abaixo da virilha.

    Denison se levantou e retirou a cesta de frutas que estava no centro da mesa. Sentando novamente, a viu se deitando de barriga pra cima sobre a firme mesa redonda de madeira. Se posicionando novamente entre suas pernas, passou então seus braços por baixo das suas coxas, na altura dos joelhos. A puxou, aproximando seu corpo do seu rosto. Enquanto a segurava, beijava a parte interna das coxas brancas dela, se aproximando do seu alvo sob sua linda e convidativa calcinha azul clara.

    Os pelos das coxas dela eram claros e uniformes. Passava sua língua no seu umbigo um pouco profundo e descia até à virilha, beijando de leve as bordas da lingerie... Em seguida, ele finalmente tirou sua calcinha devagar. Enquanto a retirava pelas suas pernas, a olhava nos olhos. Via seu rosto cheio de desejo e expectativa do que ele  tinha em mente para ela naquela hora...

    Após remover sua lingerie, ele experimentou um grande prazer visual ao ver aquela linda obra de arte do Criador, como se fosse uma bela flor rosada desabrochando, molhada do orvalho da manhã...

    Uhmm, hammm!… — reagiu ela acariciando e pressionando sua cabeça com as pernas em espasmos de prazer. Denison percebeu pequenos tremores nas coxas dela, enquanto ela gemia e virava a cabeça para os lados. Ao sentir também um refrigério no seu cérebro, ele abriu os olhos subitamente. Acordou ejaculando mais uma vez...

    Ao despertar, já sabia: Havia sonhado — ou relembrado — momentos com ela em algum ponto do Tempo — ou seja lá onde fosse aquilo.

    SEGUNDA, 29 DE JULHO

    Ainda deitado na cama, Denison podia sentir o gosto dela em sua boca. Tinha a impressão de ainda segurar suas coxas e a puxar para perto de si. Ele relembrava a sensação de tê-la apertando sua cabeça com seus joelhos, como resultado dos espasmos intercalados com gemidos de gozo. Também rememorava como era bom vê-la sentir prazer proporcionado por ele, enquanto manipulava seu clitóris com a língua. Podia sentir também o interior quente e levemente azedo-adocicada da sua vagina. Senti-la nos seus dedos era como se o corpo dela o pertencesse. E o dele, à ela.

    De repente, mais uma vez, ele ficou em dúvida se esteve realmente lá com ela — revivendo um evento —, ou apenas sonhava e fantasiava aquilo. Todavia, tudo o que soube ao certo era que foi deveras real para ele. Naquela hora, Denny notou um padrão: percebeu que as lembranças mais intensas com Emmanuelle possuíam o teor sexual implícito e explícito. Se deu conta que, combinados com os fragmentos das memórias de seu sorriso, cheiro e voz, aquela garota — desaparecida no final do século XX —, já monopolizava sua atenção, pensamentos, desejos e sonhos.

    Entardecer de Segunda, no DP…

    Era quase fim de expediente. Denny já tinha digitalizado bastante documentos naquele dia. Após sentar para descansar, acabou pegando no sono, acordando próximo à hora de ir embora. Estava cansado da noite anterior — onde passou tentando insistentemente descobrir uma forma de poder saltar para 99 e modificar o evento do sequestro de Emmanuelle, de maneira segura.

    Antes mesmo daquele aparelho surgir em sua vida — além da interação com o Minhoca —, Denison praticamente já não possuía vida social fora da sua bolha de auto reclusão. Por aquela razão, ele se lembrou que esteve tão absorvido com aquelas questões nos últimos dias, que não visitou o Minhoca para lhe atualizar sobre o dispositivo. Faria aquilo assim que saísse do trabalho. Mas deixaria de fora certos aspectos da última viagens para 2010 — principalmente aqueles com a Mell: Talvez — reconsiderou —, fosse melhor não contar ao amigo sobre as viagens como um todo... — nem se ele perguntasse, planejou.

    Denny sabia o que ele, certamente, pensaria sobre o fato dele ter feitos as pazes com o passado — mais precisamente com a Mellanie. Estava decidido não contar nada.

    No entanto...   

    CAPÍTULO

    II

    Parte 1/2:

    Fora do Ar

    E

    ram por volta das 5:00 horas de mais uma chuvosa tarde de julho no baixo Recôncavo baiano. Logo depois do Denny ter encerrado aquele expediente, ele estava pronto para ir até a Assistência. Como não conseguiu falar com o amigo antes por telefone, não sabia se o acharia ainda por lá. Mesmo assim, se dirigiu até o local.

    Por conta da chuva forte que caía em Murity e região, a rua da loja estava bastante deserta naquele momento. Ao chegar, viu a porta de correr do estabelecimento meio abaixada. Minhoca se encontrava atrás do balcão, na sua bancada de trabalho...

    Entardecer de segunda, 29 de julho…

    — Rapaz, tomou chá de sumiço, foi?! Por onde andou esse tempo todo?! — reagiu Minhoca ao ver o Denison se abaixando um pouco para passar por baixo da porta.

    — Fazendo horas extras. — informou Denny. — E você por aqui ainda, com esse toró?

    — Pois é, não é?!... E eu tenho escolha? Isso no que dá trabalhar pra si mesmo e na frente da própria casa: você tem hora pra entrar, mas não tem horário pra sair...

    — É. Deve ser mesmo horrível não ter patrão. Não ter nenhum chefe fungando no teu cangote... — observou Denny, ironizando a reclamação do amigo, olhando pro vazio, imaginando. — Sonho meu!...

    No entanto, Minhoca estava interessado mesmo era em outro assunto:

    — Mas e aí? Como vai nossa... Máquina do Tempo?!... — perguntou Gilson quase que cochichando, já saindo detrás do balcão.

    Minhoca parecia bastante curioso e empolgado, já se aproximando do Denison.

    Sem querer entrar em detalhes do que ocorreu nos últimos dias usando o dispositivo, Denny apenas informou que estava tudo bem: Que o sistema havia funcionado melhor que o esperado naquele smartphone..., resumo que frustrou a empolgação e expectativa do amigo. Com base no que ambos já viveram usando aquele Sistema, ele esperava um relatório mais excitante e detalhado das suas aventuras pelo Tempo.

    — Só isso?! Então você me leva em duas viagens no passado, depois some por dias, e é só isso que tem pra me contar? — indagou Minhoca, visivelmente frustrado.

    Some por dias?... — estranhou Denny aquela declaração, mas achando que o amigo provavelmente se referia ao fato dele não ter ido visitá-lo naquele fim de semana. — Bem, tecnicamente, foram só 2 dias que eu deixei de vir aqui. — esclareceu.

    Tecnicamente nada, meu chapa: bocê sumiu sem deixar vestígios desde de sexta à noite. Fez o quê depois que a gente foi , em...? Você sabe... — insinuou ele, sem querer dizer no ano de 2010. — Até a dona Marinalva quis...

    — Você quer dizer: pra quando eu fui, depois de 2010? — o interrompeu Denny.

    — Exato. Sabe que até hoje não me caiu a ficha que aquilo aconteceu de verdade, né? Tu não me deu nenhuma parada não, não foi? Tipo: pra me fazer achar que a gente viajou mesmo no Tempo?... — insinuou Gilson.

    — Quem sabe?... Talvez... — brincou Denny.

    — Não... A gente teve mesmo lá, sim!... Por mais louco que seja, a gente tava em 2010! — admitiu Gilson, ansioso para saber mais das novas aventuras do amigo com as viagens no Tempo.

    — E o que você achou da experiência? — quis Denny saber a impressão do amigo.

    — O que eu achei?! Cara, foi o mesmo que ser o único a saber que existe vida extraterrestre! Aliás, não apenas saber: mas visitar o planeta deles! Foi demais!!! — declarou Minhoca, mui empolgado e na expectativa.

    — Sim, e o que é que você ia mesmo me dizer, com até a Mary quis...? — o lembrou Denny, curioso para saber o que exatamente o colega iria mencionar acerca da Mary.

    — Ah, sim! A Mary, antes de viajar me ligou. Tava preocupada contigo. Queria saber se tu tava... fora do ar de novo... — informou Minhoca, já retornando para trás do balcão da loja.

    Fora do ar? — não entendeu Denny aquela expressão.

    — É, fora do ar. Você sabe... — apenas disse Minhoca sem querer entrar em detalhes, presumindo que o colega soubesse do que ele se referia.

    — Não, não sei não. — quis Denny saber detalhes, intrigado com a declaração.

    — Em fim. Ela só queria saber onde era que tu havia se metido. Ou se tava offline de novo, que não apareceu por lá, no trabalho.

    — Então ela é que estava offline. Estive lá na sexta, sim! Até cobri a folga da Vânia, antes de ir à Feira de Santana buscar o celular... — estranhou Denny aquela informação.

    — Ah, é... Acho que era pra isso mesmo que ela queria te ver: queria que tu cobrisse a folga de uma menina, lá... — se lembrou Gilson.

    — Como assim? Mas eu cobri a falta da Vânia! — contestou Denison aquela versão da história que escutava. — Tenho meu ponto batido lá, pra provar, se não acredita. — esclareceu, achando tudo aquilo muito divergente.

    Além de surpreso, Denison ficou sem entender nada daquela insinuação completamente sem nexo, de que ele não tinha ido trabalhar na sexta nem no sábado.

    — Peraí: você disse que a Mary viajou?! — atentou Denny para aquele detalhe da informação. — Isso é que é novidade! — estranhou. — A Mary que eu conheço nunca tirou fér...! — Denny não completou a frase, suspeitando o que poderia ter ocorrido.

    Entretanto, não quis seguir por aquela linha. Tudo aquilo poderia ser apenas um engano ou mal entendido. No entanto, ele ainda descobriria muitos outros enganos e mal entendidos naquele dia...

    — Ela disse que tu não tinha ido trabalhar na sexta. E que andou com uma historias malucas, aí. — continuou Gilson. — Me perguntou se eu não sabia de alguma coisa.

    Histórias malucas?... O que ela te disse? — quis saber Denison, preocupado.

    — Nada. Por que? Não vai me dizer que você tentou contar a ela sobre o Celular e a Máquina do Tempo?!... — desconfiou Minhoca. — O que houve com: Não podemos contar pra absolutamente ninguém?!

    — Cê é louco!... Não!... Claro que não, né Minhoca?... Ela me internaria só d'eu abrir a boca pra falar uma coisa dessas. — negou Denny veementemente ter contado algo.

    (Risos)

    — Ah, bom!... Mas, diz aí: tu andou por onde? Ou melhor: por quando andou esses dias todos aí, hein? — insistiu Gilson.

    — Talvez, em casa.

    — Jura, em casa?!... — reagiu o amigo, duvidando. — E por que tentei te ligar várias vezes, mas teu telefone tava fora de área?

    — Então foi isso. O sinal devia tá ruim.

    — Também fui na tua casa no Sábado à noite: você não tava por lá. — contestou Minhoca, apontando contradição.

    — Talvez, estivesse e não quis te atender... — sugeriu Denny, tentando desconversar, se lembrando que foi naquela noite que havia saltado à 1999, e tentou abordar Emmanuelle no auditório.

    — Bom saber!... — reagiu Minhoca, meio indignado. — Então, tu me tirou da cama com uma morena divina naquela noite de sexta, e não quis me atender no sábado?... — se queixou Gilson, meio ressentido.

    Denny riu e tentou consertar:

    — Brincadeirinha. Como eu disse: tava trabalhando, mesmo. Ao contrário do que dizem lá fora: não somos a terra da preguiça. Só da maresia... — brincou ele com aquela fama dos baianos.

    Minhoca continuava tentando extrair o que ele julgava ser a verdade sobre seu real paradeiro — e que acreditava que o amigo escondia.

    — Hmmm... Tava trabalhando; tava em casa... Decide, né?! Sei que tá me escondendo alguma coisa. Vamos lá, desembucha: tu viajou pra quando" e pra quê?! — quis saber o Gilson.

    Viajei pra sofrer um ataque cardíaco quase fulminante em 1999; e descobrir que, caso conseguisse salvar Emmanuelle, sequer poderia se lembrar do fato — ou tudo podia ser anulado, pensou ele consigo mesmo, se recordando das teorias do professor Hélio e às conclusões à que chegou a partir delas, assim como de suas recentes experiências.

    Então, tendo em vista todas as advertências que tinha recebido do amigo em relação aos perigos de se mudar o passado, não queria ouvir um sonoro: "Eu avisei" dele, caso contasse o que de verdade ocorreu. No entanto, o colega insistia. E Denny continuava enrolando...

    Onde e quando estive? E se eu disser: Em lugar nenhum, quer dizer, ‘tempo' nenhum?...

    — E se eu disser: Não engulo essa? — não se convenceu Minhoca. — Ah, tá!... Jura que você não saltou de novo? Com uma máquina do tempo novinha em folha nas mãos, podendo ir pra qualquer época que quiser? — contestou Minhoca, o olhando bem nos olhos. — Cadê, ela tá aí?

    — Já disse que tava no DP. — insistiu ele em mentir e omitir, evitando um contato direto com o olhar do amigo.

    — E eu já não disse que não como essa? — retrucou Gilson.

    — Então acredite: eu tava mesmo fazendo horas extras esses dias. — contou Denny uma meia verdade.

    — E ninguém te viu por lá?

    — Eu fico isolado no porão. Você sabe disso. Se eu não subir, ninguém nem sabe que tive lá.

    Horas extras, Denny, jura?... Tá tão nas onze assim, é?! — questionou o amigo, com os braços cruzados, franzindo a testa e apertando os olhos, claramente indicando que não acreditava nele.

    — Pois é, my friend... Preciso pagar os boletos!... (Risos)

    Denny ainda tentava convencer o amigo que não teria saltado no Tempo naqueles últimos dias. Contudo, pela postura dele, sabia que a negativa não estava funcionando muito bem.

    — Tu sabe que não consegue mentir sem se entregar, né?

    — Quem disse que eu tô mentindo?

    — Tua falta de contato visual quando mente.

    — Então, você é mais observador que eu. E quem disse que alguém precisa olhar pro outro enquanto conversa, pra mostrar que não tá mentindo?

    — Você!

    — Eu?

    — É, você. Foi tu que me disse isso uma vez. Como você mesmo me contou: Quando alguém mente, olha pro lado direito, pra inventar a história. E quando é verdade, olha pra esquerda, pra lembrar. — se lembra? Acho que tem a ver com os lados do cérebro, sei lá...

    É, realmente parecia ser algo que ele falaria, mesmo...admitiu Denny. — Mas, por que não se lembrava de ter lhe dito aquilo?", se intrigou.

    — O fato, é que é exatamente o que tu tá fazendo agora. — informou Gilson.

    — Com’é que é?! Tá dando pra me analisar agora, é? E desde quando tu presta atenção no que eu digo? — não reconheceu Denny aquele comportamento do Minhoca.

    — Desde quando eu não tenho escolha!?... Aliás, voltou a tomar os medica... Tá bom, sem medicamentos!... — se interrompeu Minhoca, lembrando da história dele não reconhecer os medicamentos. — Voltou a dormir direito, foi? — Reformulou Gilson a pergunta.

    — Por que essa pergunta? — estranhou Denny.

    — Porque semana passada tu tava um bagaço... Tava com umas rodelas de olheiras pretas terríveis nos olhos. (risos) — relatou Minhoca. — Parece até que tinha pego Sol ao contrário… — completou, fazendo o Denny rir.

    — Minhoca se lembrando de minhas palestras, analisando comportamentos, preocupado se eu tô dormindo direito... Que Alien foi que te abduziu, hein?... ( risos ) E que diabos é sol ao contrário?! — ficou Denny curioso.

    — Sei lá!... — respondeu Minhoca, rindo, sem saber como explicar.

    — Sim, rapaz, mas me fale mais sobre essa história aí de...?... — se interrompeu Denny antes de fazer aquela pergunta.

    Denison pensou em indagar ao Minhoca, que história era aquela envolvendo seu suposto sumiço no fim de semana.... Contudo, se deu conta que, se a intenção era dar um outro rumo à conversa, aquela pergunta não seria um bom plano. Tendo em vista os últimos acontecimentos, resolveu deixar pra lá. Teve uma suspeita do que possivelmente ouviria dele. Presumiu que poderia não gostar da conclusão à que chegaria — ou aonde aquela conversa provavelmente os levaria.

    — O que foi? Contar sobre o que? — Minhoca ficou curioso para saber o que ele tinha para perguntar.

    — Nada! Esquece. Sim, Rapaz: colegial japonesa, né safado?!... — tentou Denny redirecionar bruscamente o assunto, mencionando um detalhe daquela noite de sexta, por ocasião do backup do sistema.

    — Qu'é que tem Syntia?! — Minhoca não entendeu.

    — A Syntia, naquele dia. — explicou. — E aí: comprou na internet ou ela já tinha a fantasia? Aliás, ela voltou mesmo no dia seguinte, pra vocês... concluírem o programa?

    — Você não quer me dizer onde — ou quando esteve. Então também não vou contar nada. — respondeu Minhoca, com uma espécie de chantagem.

    Ele insistia em querer saber a verdade acerca do suposto sumiço do Denison durante aqueles dias. Desaparecimento que, para o Denison, parecia ser alguma espécie de lapso de tempo, ou coisa daquele tipo. Intrigado com aquela indagação, Denny ainda não sabia explicar, ou onde encaixar aquele lapso de tempo naquela Realidade — período do qual só o Minhoca se lembrava. Entretanto, ele estava prestes a se dá conta que havia muito mais que um simples lapso de dias faltando em sua vida. (...)

    Parte 2/2:

    Indignação

    D

    enison não tinha visto o amigo desde a última sexta-feira, quando saltaram juntos até 27 de novembro de 2010. Tentando manter fora da conversa suas recentes experiências no passado, ele procurava levar a conversa em outra direção. Por sua vez, mesmo tendo a certeza que o colega estava escondendo alguma coisa, Minhoca não quis insistir, pressionando-o. Simplesmente mudou o tema da conversa: "Contou que estava concluindo a recuperação e digitalização de umas fitas de vídeo VHS para um velho cliente — um que o Denison via sempre por lá..."

    Logo depois, revelou mais detalhadamente como foi para ele ter acompanhado o Denison à 2010, naquela noite…

    Após o escutar relembrar acerca dos saltos que fizeram juntos ao Passado, Denny ponderou se não deveria também lhe contar sobre a recente ‘viagem’ que fez àquele mesmo evento, logo depois de deixá-lo em casa. E também como encerrou, de uma vez por todas,  as pendências emocionais com a Mell — pegando, inclusive, seu icônico Diploma do ensino médio no processo. Então resolveu mencionar apenas parte da história, o salto em si.

    (...)

    — Eu sabia! Eu sabia que você tinha ido lá novamente! — exclamou Minhoca, após Denny lhe contar apenas um terço dos fatos. — Peraí: então tu ficou por lá esse tempo todo?!

    — Não, claro que não, né Minhoca? — esclareceu. — Voltei lá naquele dia, depois que fui contigo. E mesmo com cerca de 10% de carga, o salto durou quase uma hora. A bateria desse modelo de celular é boa, mesmo! — relatou Denny.

    Quase uma hora?... — indagou Minhoca, vendo que a cronologia não batia, e existia algo mais que ele não queria contar.

    — É!... Nele, o sistema da Máquina do Tempo funcionou melhor que a encomenda! — citou Denny, impressionado.

    — E ficou fazendo o que por lá esse tempo todo?... — quis saber Gilson, surpreso e desconfiado.

    — Sabe que eu nem vi o tempo passar?... — desconversou ele, ainda omitindo a longa conversa que teve com a Mell.

    — Não entendi... E esses dias todos sumido? Tava por lá também?

    — Hâmmm... Não!... Tava trabalhando; depois em casa; dormindo... — reiterou ele sua primeira versão, deixando de fora a parte em que saltou à 1999 no sábado, sofrendo uma espécie de ataque do coração quase fulminante em seguida.

    — Porque será que eu tenho a leve impressão que não tá me contando tudo?!... — o olhou Minhoca desconfiado. (...)

    Após ver a surpresa e crescente desconfiança do colega, principalmente após saber do terceiro salto da sexta à 2010, Denny já imaginava qual seria a reação do amigo

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