Prolactina e Diabetes Melito do tipo 2: o efeito protetor de um hormônio sobre o metabolismo glicídico
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Prolactina e Diabetes Melito do tipo 2 - Lucas Faria de Castro
AGRADECIMENTOS
Meus sinceros agradecimentos a todos que, de alguma forma, contribuíram para o êxito da longa jornada que se encerra por aqui. Alguns estarão descritos nesta página, mas expando meus agradecimentos a todos que conviveram comigo nestes últimos anos.
Agradeço a Deus pelas novas oportunidades que me são oferecidas diariamente, muitas vezes mesmo sem meu merecimento. Agradeço por escutar as minhas orações e por me guiar em minhas escolhas diárias.
À minha amada esposa Álida, agradeço o companheirismo, a paciência e o eterno carinho. Obrigado por participar ativamente deste processo árduo.
Aos meus pais, Renato e Ulda, agradeço o carinho e amor. Vocês são, acima de tudo, meus grandes amigos.
Ao Dr. Luiz Augusto Casulari e Dra. Luciana Ansaneli Naves, que me ensinaram não somente como ser um endocrinologista, mas um ser humano capaz de ter empatia com as demandas dos nossos pacientes.
Um agradecimento especial à Dra. Angélica Amorim que me acompanhou durante todos os processos de execução deste livro.
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Créditos
1 REVISÃO DE LITERATURA:
1.1 A PROLACTINA
1.2 FUNÇÕES EXTRAMAMÁRIAS DA PROLACTINA
1.3 EFEITOS DA PROLACTINA NO METABOLISMO ENERGÉTICO
1.3.1 Influência da prolactina no metabolismo lipídico
1.4 DIABETES MELITO
1.4.1 Fatores de risco para diabetes melito tipo 2
1.5 METANÁLISE NA EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA MODERNA
2 HIPÓTESES
3 PROBLEMAS DA PESQUISA
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
5 MÉTODOS
5.1 REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE
5.2 PROTOCOLO E REGISTRO
5.2.1 Estratégia PICOS
5.2.2 Estratégia de busca
5.2.3 Seleção dos artigos científicos (fase 1)
5.2.4 Inclusão dos artigos científicos (fase 2)
5.2.5 Avaliação do risco de viés
5.2.6 Síntese dos resultados (metanálise)
6 RESULTADOS
6.1 BUSCA, SELEÇÃO E ESCANEAMENTO DOS ESTUDOS
6.2 ESTUDOS ELEGÍVEIS
6.2.1 Características dos estudos elegíveis
6.3 AVALIAÇÃO DO RISCO DE VIÉS DOS ESTUDOS ELEGÍVEIS
6.4 SÍNTESE DOS RESULTADOS E INCLUSÃO (METANÁLISE)
6.4.1 Estudos elegíveis mas não incluídos na metanálise
6.4.2 Estudos incluídos na metanálise
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
APÊNDICE A - TERMOS DE BUSCA
APÊNDICE B – EFEITO FIXO DE ANÁLISE
ANEXOS
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
Landmarks
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos
Sumário
Bibliografia
1 REVISÃO DE LITERATURA:
1.1 A PROLACTINA
A prolactina é um hormônio polipeptídico com aproximadamente 199 aminoácidos e peso molecular de 23,5KDa em sua forma bioativa no ser humano. Ela é produzida, em sua maior parte, por células especializadas chamadas de lactotrófos, localizadas na hipófise. (1,2)
O gene responsável pela transcrição da prolactina localiza-se no braço longo do cromossomo 6, mais especificamente no locus gênico 6p22.2-p21.3. Apresenta cinco éxons codificantes, um éxon não codificante e quatro íntrons. Após a tradução gênica, o polipeptídio predecessor da prolactina sofre modificações pós translacionais que incluem glicosilações, dimerizações e fosforilações. Essas modificações são responsáveis pela geração de diferentes produtos gênicos chamados de isoformas de prolactina, as quais podem apresentar pesos moleculares diferentes da isoforma bioativa. Algumas isoformas podem, por exemplo, não apresentar funcionalidade biológica aparente e seu peso molecular pode variar de 16 a 170 KDa. (1,3,4)
A isoforma bioativa da prolactina é chamada de monomérica, tem peso molecular aproximado de 23KDa e é responsável por cerca de 90% de toda a prolactina produzida em indivíduos hígidos. Os cerca de 10 a 15% restantes são compostos por isoformas menos ativas, como é o caso das isoformas glicosiladas e daquelas com ligações dissulfídicas. A dimerização de duas cadeias monoméricas através de ligações dissulfídicas gera uma prolactina de tamanho molecular aumentado, com cerca de 45KDa, e, por isso, chamada de big prolactina. Há, também, uma isoforma que sofre dimerização entre um monômero de prolactina e um anticorpo IgG com peso molecular ainda maior, cerca de 160KDa, chamada big- big prolactina. Há, por fim, isoformas menores, de cerca de 21KDa, produzidas por tecidos extra hipofisários (linfócitos circulantes, miométrio, glândula lacrimal, baço, timo e outros). (3,4,5,6)
O receptor de prolactina faz parte da grande família de receptores de citocinas da classe 1, que inclui os receptores do Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos (G-CSF), Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos e Macrófagos (GM-CSF), eritropoietina, trombopoietina e diversos outros fatores inflamatórios e de crescimento. Seu locus gênico localiza-se no braço longo do cromossomo 5, na região 5p13-14 e contém, pelo menos, 10 éxons o que explica a grande diversidade de isoformas de receptores produzidos. Apresenta um domínio extracelular de interação com o seu ligante, um domínio transmembrana em hélice e um domínio citoplasmático complexo que pode apresentar o dobro da extensão do tamanho dos dois domínios anteriores juntos, além de possuir uma miríade de sítios de ligação para diversas