Santarenaida: poema eroi-comico
()
Sobre este e-book
Relacionado a Santarenaida
Ebooks relacionados
Santarenaida: poema eroi-comico Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO navio negreiro e outros poemas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRuy o escudeiro: Conto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Fome de Camões Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Harpa do Crente Tentativas poeticas pelo auctor da Voz do Propheta Nota: 0 de 5 estrelas0 notasObras posthumas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA alma nova (Anotado) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Lusíadas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVampiros De Terno Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAvenur Contos Esquecidos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO gigante Adamastor e O velho do Restelo - poemas escolhidos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBox Homero - Ilíada + Odisseia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPrimeiras trovas burlescas de Getulino Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasClaridades do sul Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstrellas Funestas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCavaleiros E Dragões Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Alma Nova Nota: 0 de 5 estrelas0 notasObras posthumas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Cerco de Corintho, poema de Lord Byron, traduzido em verso portuguez Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm abolicionista: Luiz Gama: Primeiras Trovas Burlescas de Getulino Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRomancistas Essenciais - Pardal Mallet Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Renegado a António Rodrigues Sampaio carta ao Velho Pamphletario sobre a perseguição da imprensa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPaixões Cariocas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNegro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSalambo Nota: 4 de 5 estrelas4/5Um meeting na parvonia poemeto escripto num canto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Pretoriano: Uma história de heróis e mártires Nota: 0 de 5 estrelas0 notasChronicas de Viagem Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Poesia para você
Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Todas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sentimento do mundo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Odisseia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLaços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Poemas de Álvaro Campos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasJamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Os Lusíadas (Anotado): Edição Especial de 450 Anos de Publicação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTodas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5As palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5WALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTextos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Santarenaida
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Santarenaida - Francisco de Paula de Figueiredo
Francisco de Paula de Figueiredo
Santarenaida: poema eroi-comico
Publicado pela Editora Good Press, 2022
goodpress@okpublishing.info
EAN 4064066406677
Índice de conteúdo
ARGUMENTO.
SANTARENAIDA.
CANTO I.
CANTO II.
CANTO III.
CANTO IIII.
CANTO V.
CANTO VI.
CANTO VII.
CANTO VIII.
DE
Dignum laude virum Musa vetut mori.
Horat. l. 4. O. 7.
COIMBRA.
Na Regia Officina Typografica.
ANNO M.DCC.LXXXXII.
Com licença da Real Meza da Commissaõ Geral sobre o Exame e Censura dos Livros.
ARGUMENTO.
Índice de conteúdo
Ouve em Coimbra um Taverneiro celebre, chamado Joze Rodrigues Santareno. Este em uma funsão que costuma fazerse pela Pascoa do Espirito Santo em Santo Antonio dos Olivais, estando muito suado pelo cansaso do caminho, fartouse de agua, com quem andava divorciado, avia largos anos, e dahi a poucos minutos caiu morto. Revestem-se estas circumstancias Poeticamente, e cantase a sua morte.
SANTARENAIDA.
Índice de conteúdo
CANTO I.
Índice de conteúdo
Pois me pedes, ó Muza, instantemente,
Que emboque a Eroica tuba altisonante,
Que a cego Marte impele os peitos fortes;
Eu que sem forsas teu carater serio
Em versos graves sustentar naõ poso,
Revestido da lépida Talia
C'o a máscara atrevida, para ensaio
Cantarei o Varaõ famijerado,
Que de Baco na guerra com Neptuno
Arvorando do vinho os estandartes,
Depois de ser trovaõ, ser raio acezo,
Que espalhava terror no campo inteiro,
Victima infausta foi por fims de contas
Da vingansa cruel do Rei das aguas.
Axavase em tremendo consistorio
Com toda sua Corte o undozo Jove.
Nas intimas entranhas asoprado
Pela Raiva vorás o consumia
Um fogo abrazador: eraõ com ele
As furias de Acheronte, e os vastos mares
Ao som de sua vós mudos tremiaõ.
Quando depois de longos improperios
Com que a insana paixaõ dezabafára,
De sima do alto solio adamantino
Que sustentaõ seis Doricas colunas
De maculado marmore brilhante
Com bazes de oiro, e capiteis de prata,
Esta fala do peito amargurado
Soltou com grave acento aos seus Magnates.
Sempre eu, Vasalos nobres, de máo grado,
Com justa indignasaõ olhei bramando,
Que ouvese sobre a terra um petulante
Que ouzase de meu povo impunemente
Atacar os direitos mais antigos;
Pois sendo desde muito autorizadas
As nosas dôces aguas para entrarem
As umanas guelas, e os arcanos
Dos buxos penetrar dos omems grandes,
Oje a termos as vêdes reduzidas
De serem so de aprêso aos brutos rudes,
E a despeito de minha autoridade
Condenadas (oh dor!) das esterqueiras,
Das imundas alfujas, das cloacas
Á baixa vergonhoza lavadura.
Conterme já naõ poso; este atrevido
Provar do meu tridente as forsas deve.
Este atrevido he Baco: eu pois pertendo
Punir a sua audacia, guerrealo.
Naõ ade este invazor protervo, e altivo
Zombar ja mais de mim: torsese a verga
Em quanto naõ he tronco: uma faisca
Pasa a incendio vorás, se naõ se apaga.
Mas vós aconselhaime, que eu naõ quero
Que a paixaõ me alucine: o fim he este
Porque oje vos xamei: dos boms conselhos
Quazi sempre saõ filhos os acertos.
Bem como de um enxame susurrante
O inquieto zumbido, se