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Axis Mundi: A jornada da Alma
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E-book302 páginas3 horas

Axis Mundi: A jornada da Alma

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Sobre este e-book

Depois de passado algum tempo do término de uma traumática expedição científica em alto mar, manchas misteriosas de petróleo começaram a surgir no litoral brasileiro, fazendo o professor Américo Sorrentino e o seu aluno Gohan Kokeshim ficarem mais do que atentos. Ainda estavam perturbados com as assombrosas experiências vividas a bordo do pesqueiro Santa Teresa D’Ávila, que agora voltavam à tona.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de set. de 2022
ISBN9781526066190
Axis Mundi: A jornada da Alma

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    Axis Mundi - SILVANIO M NUNES

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    AXIS MUNDI

    A jornada da Alma

    Silvanio M Nunes

    2ª Edição

    Maricá - Rio de Janeiro

    2022

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    Dedicação

    In memoriam, ao meu saudoso e querido pai, Marciano Manoel Nunes.

    In memoriam, ao meu saudoso e querido sogro, Antônio Luiz Bernardes.

    Meus dois melhores amigos para sempre.

    À querida tia Adair que sempre carinhosamente aprecia minhas postagens.

    À Rosana dos Santos Oliveira, que nos presenteou com seu livro, A Teoria do Risco Integral e a Responsabilidade Civil Ambiental.

    Para Angélica Cristina. Minha alséide guardiã do meu jardim florido,

    Lucas meu girassol resplandecente e Gabriel meu lírio falante.

    Depois de passado algum tempo do término de uma traumática expedição científica em alto mar, manchas misteriosas de petróleo começaram a surgir no litoral brasileiro, fazendo o professor Américo Sorrentino e o seu aluno Gohan Kokeshim ficarem mais do que atentos. Ainda estavam perturbados com as assombrosas experiências vividas a bordo do pesqueiro Santa Teresa D’Ávila, que agora voltavam à tona.

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    "Dentro de cada um de nós há outro que não conhecemos.

    Ele fala conosco por meio dos sonhos."

    — Carl Jung

    Letra A.png s coisas ficariam ainda piores com o enfurecimento do mar. Colunas de ondas se deslocavam contra eles ao mesmo tempo em que uma pane no motor fez o navio ficar sem controle. Dentro da embarcação, na sala de máquinas, um silêncio perturbador era rompido por vezes pelos trovões e açoites do mar. O motor apagado contribui para aumentar ainda mais a intensidade do choque da proa desgovernada contra a crista do mar todas as vezes que as vagas maiores passavam sob seu casco.

    O mar intensificava sua fúria na mesma proporção inversa das esperanças do capitão But, as quais iam desaparecendo semelhantes a uma fraca e dispersa neblina. Tirar seu navio e seus homens daquela situação era cada vez mais improvável. Agarrado na roda do leme com todas suas energias viu quando o vento empurrou uma onda gigante contra o seu pesqueiro cobrindo-o por inteiro. O Trovão do Brasil rangeu todas as suas cavernas, e por muito pouco a velha embarcação que tinha cerca de vinte e cinco metros de comprimento e oito de boca não foi emborcada. À medida que as águas do convés escoavam por efêmeros instantes, uma coisa horrenda revelava-se e agarrava-se entre as maquinarias. Aquilo começou a mover-se e pôr-se em pé. Saltou num impulso e agarrada firme e agilmente nos cabos de um dos estabilizadores. Era como um espectro com um par de cornos afiados empunhando duas adagas semelhantes ao bronze, e rosnava olhando com furor ao seu redor no propósito atroz de arrastar todos os ocupantes do navio para as profundezas, especificamente um deles. Marram, um vil criminoso disfarçado cuja alma já estava condenada ao abismo eterno.

    MENSAGEM PARA GOHAN KOKISHIM

    PREFÁCIO

    PARTE I

    CONTRAVENÇÕES

    1. A MARÉ NEGRA

    2. A CASA 37

    3. O PACTO

    4. ESTRANHOS PEIXES

    PARTE II

    5. A MOSCA

    6. AS TRIBULAÇÕES DE BUT

    7. A TEMPESTADE

    8. LA MÉDUSE

    9. SOTIRIS

    10. O RETORNO AO BURUNDI

    11. OS DOIS CONDENADOS

    PARTE III

    12. CHÃO DE BARATAS

    13. O AXIS MUNDI

    14. O DESEMBARQUE

    15. O REENCONTRO

    SOBRE O AUTOR

    PERSONAGENS

    MENSAGEM PARA

    GOHAN KOKISHIM

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    Estimado Gohan,

    Quando eu tive conhecimento nesta semana das diversas imagens das reportagens sobre um misterioso vazamento de petróleo bruto no Brasil, que atingiu várias praias por centenas quilômetros do litoral das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil, e o esforço descomunal de centenas de voluntários remitentes enfrentando aquele monstro tóxico e disforme liberto das profundezas terrestre que cobria nossa costa, renasceu em minha mente  todas as lembranças ocorridas durante nossa pesquisa de campo a bordo  do Santa Teresa D’Ávila, que eu e você penosamente testemunhamos.

    Foi também bombardeado implacavelmente meu juízo com todos aqueles relatos dos náufragos resgatados pela embarcação espanhola. Toda aquela traumática e inacreditável experiência.

    Temo que tais manchas de petróleo sejam dos tanques do Sotiris que agora bem sabemos repousa nas profundezas do Atlântico Norte. Já não sei mais se devemos manter toda aquela história mantida em segredo. Temo por minha reputação querido amigo.

    Precisamos nos reunir urgentemente para tratarmos deste assunto.  Preciso muito de sua ajuda para pensar no que fazer.

    Abraços.

    Prof. Américo Sorrentino

    PREFÁCIO

    Peixe Mero(1).png

    Provocado por um progresso predatório, o desequilíbrio ambiental somado à maldade presente no espírito de certos indivíduos colocou a equipe do Santa Teresa D’Ávila no centro de um turbilhão de estranhos acontecimentos. A consequência: uma tempestade metafórica de condenação, uma diligente punição dos céus que marcará suas vidas. Entretanto, somente alguns dos seus pares conseguirão compreender essa mensagem em toda sua plenitude.

    Dois pesquisadores, o professor Américo e Gohan, seu assistente, compartilhavam as mesmas preocupações com os efeitos do lixo nos oceanos, especificamente os produzidos do petróleo transformados em diferentes tipos de plásticos. Os dois testemunharam o fenômeno que julgaram de natureza mística durante uma expedição científica em alto mar.

    Um carregava bagagens pesadas de experiências já no apogeu de sua carreira, e o outro um jovem que se espelhava no seu mestre como um atencioso e eterno aprendiz.

    A visão daquela tempestade tropical de proporções titânicas e de consequências letais com sua florescência de tonalidades azuis disparando raios em meio às trevas da noite, jamais se apagará de suas mentes.

    Posteriormente após o fim da traumática expedição, a notícia difundida pela mídia sobre misteriosas manchas de petróleo que começavam a surgir nas praias do nordeste brasileiro, fez o doutor em oceanografia, o professor Américo Sorrentino e seu jovem assistente o biólogo e pesquisador Gohan Kokeshim, associarem o desastre ambiental com a conturbada expedição científica a bordo de um navio de pesca espanhol no Atlântico Norte, para estudar o impacto do lixo nos mares.

    As lembranças do Santa Tereza D'Ávila e todas as narrativas descritas por um grupo de náufragos sobre assombrosos e trágicos fenômenos ainda estavam bem frescas em suas memórias.

    Os pesquisadores padeceram por alguns meses com um dilema; deveriam ser omitidos os detalhes obscuros da experiência ou tudo deveria ser revelado? O pacto do silêncio sobre o que tinham vivenciado deveria ser rompido?

    Todavia, os dois pesquisadores temiam que suas declarações no meio acadêmico fossem tidas como absurdas uma vez que beiravam o limiar da insanidade e compreensão. Mas o agravamento das manchas de óleo nas praias os obrigou a tomarem uma decisão mesmo pondo suas reputações em risco.

    Rio de Janeiro, 30 de julho de 2020.

    Ouço neste momento em meu escritório num finzinho de tarde nublada, Gloria In Excelsis Deo arquivada num minúsculo pen drive. Isso que se apresenta como algo trivial para muitos, para mim é como a prova de um fabuloso milagre, produzido pela capacidade infinita da criatividade humana. É surpreendente verificar quanta sabedoria e quanto conhecimento foram necessários para que do meu computador fluísse um Antonio Vivaldi tão perfeito. Enorme espaço de tempo foi necessário para chegar até esse momento onde eu só preciso clicar no botão play. Só de imaginar que na sua época, quando foi composta no início do século XVIII era necessário reunir diversos músicos e cantores distribuídos por naipes para se ter o prazer de ouvi-la, me desperta a admiração.

    E hoje essa epopeia segue sendo escrita por outros intrépidos autores. Vi esta manhã na televisão algo que me fez ficar maravilhado, e me fez lembrar os desenhos de naves espaciais de São Maximiliano Kolbe, que prenunciava os ambiciosos projetos dos nossos tempos; o lançamento de um foguete rumo a Marte numa viagem de cinco meses transportando um robô, o Perseverance, para explorar sua superfície.

    Uma demonstração dessa evolução, que eu batizaria de As Grandes Navegações II, haja vista que no século XV eram precisos semanas para ir da Europa para a Índia com embarcações rudimentares. Como se a Terra fosse o continente europeu e a Índia o planeta vermelho. Essa dádiva, a sabedoria, entregue à raça humana me inspira e me permite mergulhar nos meus mais profundos registros mentais para começar a descrever, penetrar nas veredas do desconhecido. Mesmo porque o assunto que me disponho a embrenhar não tenha nenhuma ligação com o conhecimento científico propriamente dito e sim com os mistérios que rodeiam nossa mente e nossa alma.

    MAGNI

    OFFICIUM

    O som grave e animado das palavras do doutor Charols Clarus pronunciadas para mim e para Gohan Kokishim ainda ressoam nos meus ouvidos: ‘Vocês têm uma grande história para contar’. Entretanto a confissão do meu estimado amigo Gohan em não possuir as habilidades necessárias para transferir de modo fiel suas memórias para uma narrativa condizente com as peculiaridades da matéria, restou a mim esse colossal desafio.

    Se para Sigmund Freud os sonhos expressam conteúdos reprimidos, para Carl Jung as imagens geradas durante o sono são um produto psíquico como qualquer outro. Eles seriam a maneira que o inconsciente encontra para enviar mensagens ao indivíduo, servindo de ponte entre os processos conscientes e não conscientes e mantendo o equilíbrio da mente. As viagens da alma, como eu acrescentaria.

    Você entenderá o porquê me aproprio das palavras desses dois estudiosos da psique humana.  Eu vivi uma história sob uma sombra que me perturbou deveras por algum tempo agora no final da minha efêmera existência. Quando digo efêmera é porque mesmo que vivêssemos por duzentos ou até quinhentos anos, isso não significaria nada diante da imperiosa maquinaria do tempo. Tentarei descrever da maneira mais próxima alguns sonhos "as viagens ou pontes" e relatos registrados em meu caderno de anotações, de algumas pessoas que estiveram comigo durante aquela expedição científica que seria ímpar na minha carreira como pesquisador e caçador obstinado por conhecimento que fui por toda vida.

    Eu experimentei na prática o pensamento mítico contrapondo o pensamento científico. Situações tão absurdas, porém reais, posso garantir. E me fizeram olhar o mundo de uma forma diferente. Pude comprovar nesta travessia encenada no epílogo da minha vida, que a argumentação é inútil diante de determinados fatos: a sombra da morte e os mistérios da vida. Parece estranho você ler isso, mas acredite o que eu passei em um barco de pesca em companhia de Gohan meu precioso amigo e com outros sujeitos admiráveis, comecei desde então a me perguntar se não existiria uma força sobrenatural que se comunica com alguns homens através de sonhos e pesadelos.

    Todos os meios de comunicação não anunciam outra coisa senão a devastação do planeta, como um pesadelo que impacta em todos nós. Parece que foi sempre assim para muitos dessa geração contemporânea, como uma coisa natural para o progresso. Mas definitivamente não. O assunto que vem da TV retrata a nossa maneira inadequada de tratarmos nosso mundo. Queimadas, emissão de CO2, contaminações através do lixo, aquecimento global. Extinção dos animais. Por toda a parte do mundo as pessoas estão morrendo sufocadas por um vírus pernicioso talvez nascido dos efeitos da nossa própria inadequada conduta, pela devastação das condições naturais para a manutenção da nossa pseudo-economia, mas tenho fé que a humanidade suportará e superará isto. Encontraremos uma saída e talvez outras formas mais apropriadas de cuidarmos do nosso precioso planeta azul. E quem dera do vermelho também, lá no distante futuro onde acredito que viagens será um evento corriqueiro.

    Eu penso agora que vivi na pele de um personagem de um romance de horror, de um ser com prodigiosa escrita. Uma ficção macabra onde a morte passeava de um lado para outro. Não tenho medo dela, aquela que arrasta os homens nos seus últimos dias, afinal ela nos ensina uma lição de humildade, pois na morte ninguém é melhor ou pior. Mas sofro em pensar que ela me retire do palco sem que eu tenha terminado minha interpretação ou apresentação. Meu coração já não é mais o mesmo da minha distante juventude. Tenho sempre pensado em Deus, e lhe peço que não permita que eu sinta essa dor. A dor do fracasso. Ao mesmo tempo, é espantoso, sinto uma força dentro de mim. Algo que me impulsiona a escrever. Tirar do âmago do meu ser essa Magnum Opus da minha existência. Nas madrugadas acordo com insights que parecem descer direto do céu. Sobretudo aquele pesadelo com a casa 37.

    Eu fico comparando a minha experiência de vida como uma mensagem que deveria ser contada, especialmente para os poderosos deste mundo que detém o poder da transformação, mas não o fazem. E algo precisa ser feito já. Devemos tratar melhor o ser humano e nosso mundo. Nossas florestas estão sendo devastadas enquanto alguns índios ganham cestas básicas dos seus próprios algozes, nossos oceanos transformados em lixeiras, o ar cada vez mais sufocante e cuidar melhor de tudo que vive aqui. Repensar nossas práticas e atitudes. Penso naqueles dias no Atlântico Norte navegando naquela embarcação hispânica como uma repreensão, um alerta do céu para que o homem mude sua direção. Que se unam e sejam mais fortes depois da tempestade. E nosso barco prosseguirá sua jornada. Sei que não dá pra mudar as cores, as coisas, o mundo, mas podemos tentar dar uma sacudida nele com nossas atitudes e bom exemplo e despertar assim a classe política.

    Eu preciso descrever aquele perímetro negro e vencer essa sombra. Preciso continuar. Sinto que Deus reservou esse momento para este velho professor repousar em casa. O bastão foi passado para Gohan, um guerreiro provido com as bênçãos e o poder da força, da juventude e sabedoria. Agora sou definitivamente um aposentado, nunca imaginei que uma doença fizesse esse dia chegar mais cedo do que planejava. Nos últimos dias o mal que me aflige há meses tem piorado progressivamente. Minhas reservas me permitem ao menos a segurança de me sentar na frente do meu computador e escrever minhas crônicas na clausura do meu pequeno escritório. Hoje tenho o tempo que me resta livre e palavras e experiências vividas estão saltitando na frente dos meus olhos. Na verdade, o tempo é o maior oponente para uma criatura no meu estado e com setenta anos como eu, considerando que segundo o IBGE a expectativa de vida dos brasileiros aumentou para 76,3 anos em 2018. Em todo caso, se eu não me esforçar para descrever essa história vou me sentir como um ser indigno da glória que falhou na sua missão. Ao pensar no meu pequeno neto, a personificação do futuro e da esperança, sinto uma paz e uma força ao enxergar a certeza que esta missão nobre, vai chegar ao fim, que tudo vai ficar bem. Essa paz me oxigena e me impulsiona.

    Essas lembranças que carreguei até aqui neste instante que escrevo, quero propagá-las com futuras gerações no tempo que me resta. Quero terminar com essa sombra, espargindo luz sobre o meu silêncio. Transformando tudo que vi e vivi em palavras. Agora estou nesse instante no meu pequeno cômodo, na frente do teclado em companhia do gato Nosferatu com sua barriguinha abarrotada, limpando delicadamente seu bigode e pensando nessas incríveis lembranças. Reunidos com minha alma, com a amedrontadora ameaça da minha enfermidade e ouvindo a voz rouca da morte ansiosa atrás da porta me dizendo Hei Américo, o seu tempo está terminando.  E eu a mandando calar a boca. No quê ela está pensando? Só porque já estou velho e com uma doença de tirar a paz que pode vir aqui me atormentar? Coisa nenhuma!

    Então só agora na minha condição humana imutável compreendo tardiamente que os homens passam a vida inteira buscando por conquistas materiais para satisfação do corpo e do ego e discutindo ideologias, quando deveriam na verdade dar mais atenção às coisas pertinentes a paz de espírito.

    Agora, portanto, quanto a mim, no término desse dever só me restará assentar-me no banco do átrio dos guerreiros enfadados pela batalha espiritual. E aguardar na esperança de ser digno de embarcar na carruagem de fogo da glória eterna.

    [Extraído dos registros pessoais do professor Américo Sorrentino]

    PARTE I

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    CONTRAVENÇÕES

    Está escrito:

    ‘Adorarás a Deus e o amarás sobre todas as coisas’.

    Mas seus corações se detêm com paixões deste mundo.

    ‘Não usarás o Santo Nome de Deus em vão’.

    Mas eles o têm usado.

    ‘Santificarás os Domingos e festas de guarda’.

    Mas eles desprezaram tudo.

    ‘Honrarás pai e mãe’.

    Mas eles não o fazem.

    Está escrito: ‘Não matarás’.

    Mas eles sempre mataram e matarão.

    ‘Guardarás castidade nas palavras e nas obras’.

    Mas seus pensamentos são impuros, meu Senhor…

    ‘Não roubarás’.

    Mas muitos roubam.

    ‘Não levantarás falsos testemunhos’.

    Mas são mentirosos.

    ‘Guardarás castidade nos pensamentos e desejos’.

    Mas a concupiscência os domina.

    ‘Não cobiçarás as coisas alheias’.

    Mas veladamente cobiçam.

    Muitas criaturas agem às escondidas

    imaginando  que ninguém está às observando em suas transgressões.

    Estes degenerados presunçosos não imaginam e não possuem

    a capacidade de ver que todas as criaturas das sombras,

    e até as baratas e as moscas enxergam, e ouvem,

    mesmo que envoltos na mais densa escuridão da noite

    pois suas

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