O Menino que falava com ratinhos

De SILVANIO M NUNES

Guntter era um menino feliz que adorava capturar passarinhos. Durante um festival na cidade ele se perde de sua mãe e termina parando num castelo sombrio. Lá ele conhece o bondoso lacaio Grosner, e Durval e Ataliba, uma dupla de ratinhos que tentam ajudar o menino a voltar para casa. Porém antes terão que enfrentar as maldades de lorde Hendel.

• Idioma: Português
• Editora: Bibliomundi
• Data de lançamento: 1 de set. de 2022
• ISBN: 9781526067630

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O MENINO QUE FALAVA

COM RATINHOS

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Silvanio M Nunes

2ª Edição

Maricá - Rio de Janeiro

2022

Para meus amados filhos Lucas e Gabriel.

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O PONTO DE PARTIDA

Movido pelo desejo de encantar as crianças, esta história foi inicialmente surgindo na minha cabeça enquanto eu fazia pão francês com meu pai no ano de 1996. Também nessa época estava sendo exibido nos cinemas O Corcunda de Notre Dame, um filme dos estúdios Walt Disney adaptado do romance de Victor Hugo, o qual foi muito importante como inspiração para mim.

Depois de tentar publicar sem sucesso esse conto em algumas editoras, ele ficou guardado por vinte anos numa gaveta embaixo da minha cama. Até que com o desenvolvimento das tecnologias digitais, vi uma oportunidade de tornar a história de Guntter acessível ao público.

Agora depois de vinte anos, graças a Deus o meu sonho está se realizando por meio da Amazon.

Espero que esse conto com castelo, fantasmas, piratas, alcance seu propósito e encante você querido leitor.

Silvanio M Nunes

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O MENINO QUE FALAVA COM RATINHOS

ezenas de agitadas e barulhentas gaivotas enfeitavam o céu azul do Atlântico Norte. As aves rodeavam as velas estufadas de uma bela fragata. Naquela manhã de verão, o mar estava tranquilo e o vento soprava favorável para o navio francês cujo destino era o sul da Inglaterra.

O azul, o branco e o vermelho da bandeira francesa agitavam-se ao ritmo do vento no mais alto mastro. No convés, os marinheiros formavam um animado coral. Todos se esforçaram para que as enormes e brancas velas do navio aproveitassem o máximo da energia provida pela natureza. Entre os marinheiros apressados e atarefados com suas atividades, encontrava-se um menino inglês chamado Guntter.

O pequeno e curioso de oito anos não era o único estrangeiro a bordo, pois estava sob os cuidados de um homem idoso e gorducho de aparência afável, o padre Bertold de Pizza.

Enquanto o menino estava entusiasmado e maravilhado com sua primeira viagem pelo mar, até já sonhando em ser um capitão quando crescesse como seu pai, o padre se sentia como um verdadeiro estorvo diante daquela agitação toda. E procurando se tranquilizar o religioso disse ao menino:

– Nestes meus mais de cinquenta anos de vida missionária, o seminário de Chartres foi sem nenhuma dúvida um dos mais encantadores... Revi diversos amigos, até amigos dos tempos do meu internato... Também estou me encantando com esta aventura no mar. Você também está gostando