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Jesus, Messias Ou Filho Do Homem?
Jesus, Messias Ou Filho Do Homem?
Jesus, Messias Ou Filho Do Homem?
E-book599 páginas8 horas

Jesus, Messias Ou Filho Do Homem?

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Sobre este e-book

água, Alexandria, altíssimo, Ambelain, Antipas, apóstolos, ausência, batismo, batista, blasfemo, Cafarnaum, Céforis, cego, ceia, censo, céu, cristo, crucificação, curas, espirituais, deus, discípulos, Egito, enviado, Ernesto, escribas, escritores, escrituras, espírito, essênios, Estevão, evangelhos, evangelistas, falsificação, fariseus, filho, Filon, fogo, fuga, Galileu, Gamala, gaulonita, grande, guerra, Herodes, homem, iluminado, imposição, inexistência, intermédio, irmãos, Jeová, Jesus, João, Judas, lapidação?, lei, livros, madalena, maldição, Maria, messias, mestre, milagres, morte, mãe, mãos, nascença, Nazaré, paranormais, Paulo, Pedro, Pilatos, primos, profetas, pão, reino, Renan, renegado?, Robert, saduceus, Salomé, santa, santo, Schonfield, sicários, Sidon, terapeutas, Tiago, Tiro, traidor, viva, vivo, zelotas, Como sugere indiretamente o historiador Flávio Josefo, Jesus foi filho de Judas de Gamala, descendente da linha de Davi (e não teve como pai adotivo o José da tradição). O grande Galileu considerou-se Messias ou herdeiro do Trono de Davi só até seus vinte anos e poucos anos. Alguns anos mais tarde, de modo totalmente lúcido e por motivos de alta espiritualidade, ele abdicou dessa herança que lhe cabia por direito. Depois de sua marcha triunfal e pacífica sobre Jerusalém, mas que ocorreu quando Jesus tinha entre 20 e 22 anos idade (e não aos 33 anos), o mestre não chegou a ser ungido Messias pelo sacerdotes de Jerusalém. E diante da reação de Herodes Antipas, governador da Galiléia, que numa guerra matara Judas de Gamala, pai de Jesus, e mais diante também das ameaças dos romanos, o jovem Jesus teve que fugir e se retirar para as partes de Tiro e Sidon. E isto porque, conforme conta o Terceiro Evangelho,o jovem Galileu fora alertado da perseguição e possível morte por fariseus amigos.De onde se encontrava em sua fuga, foi obrigado a partir para ALEXANDRIA do Egito, onde se refugiou junto aos Terapeutas do Egito. E com essa seita (filial dos essênios) ficou mais de 20 anos.Creio que esta seita dos TERAPEUTAS era mais avançada que a do deserto de Qumran. Nessa grande cidade egípcia, Ele se aproximou do grande sábio judeu Filón de Alexandria, e graças a este, Jesus aprendeu a reinterpretar o Antigo Testamento de outro modo.Daí entre outras coisas ter alcançado a Iluminação em vida e ter abdicado de seu messianato político religioso. Em Alexandria, graças ao cosmopolitismo espiritual da cidade, graças aos profundos estudos do bom Judaísmo, aos estudos da Alquimia ou Ciência do Real, graças a ensinos de mestres judeus e orientais, Jesus auto-Iluminou-se, auto-Realizou-se e gerou em SI MESMO o “Rébis”, (conforme sugere a Alquimia), ou gerou o Homem Verdadeiro, o Adão Espiritual, o Ancião dos Dias. Em suma e em outros termos, originou a partir de si mesmo o Filho do Homem, o Homem Superior e Imortal, homem não mais gerado por mulher. Tornou-se mestre, rabino superior, taumaturgo, curador ou terapeuta impecável, mestre em alquimia ou na arte do real, filho do altíssimo. Voltou para Jerusalém com uma idade entre 37-40 anos, aproximadamente, e lá pregou durante 3 anos. Antes de retornar à Judéia, escreveu inúmeros ensinos que, lamentavelmente foram transferidos para as cartas de Paulo, Tiago e João. Escreveu também boa parte da Revelação ou Apocalipse original, e que nada tem a ver com esse Apocalipse deturpado que roda por aí. No meu livro volta então a ser apresentada toda a doutrina de Jesus, totalmente recompilada, ajustada, burilada, purificada dos acréscimos espúrios dos escribas e editores cristãos dos quatro primeiros séculos d.C. (ou séculos I a V d.C.). Foi devolvido a Jesus o que era de Jesus e aos escribas nefastos o lixo próprio da cabeça deles. A reconstrução da mensagem agora é completa, sem as ficções e liberdades poéticas que constam no livro Cristo, Esse Desconhecido. Tudo aquilo, mas tudo mesmo, que foi expurgado da boca de Jesus e foi transferido às cartas de Paulo, João e Tiago, retornou
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de mai. de 2012
Jesus, Messias Ou Filho Do Homem?

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    Pré-visualização do livro

    Jesus, Messias Ou Filho Do Homem? - Ernesto Bono

    Ernesto Bono

    Jesus, Messias

    ou Filho do Homem?

    Primeiro Volume

    A Doutrina de Jesus Cristo que o Novo Testamento, distorcido, desvirtuado e adulterado escondeu em páginas fora de ordem, REAPARECEU, ao se separar o TRIGO (Verdade) do joio (mentira). Permita-se conhecer tal Doutrina e abisme-se com a Sabedoria do grande Galileu ---Um teólogo moderno, da Editora EST, Porto Alegre, chamou este meu trabalho de Um conjunto de disparates e contradições – Que o leitor amigo julgue...

    FICHA CATALOGRÁFICA

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – CIP

    ___________________________________________________

    B712h      Bono, Ernesto

    Jesus messias ou filho do homem? / Ernesto Bono.

    Porto Alegre, 2010.

    870 p. 14,8cm x 21cm

    1. Critica Textual e histórica. 2. Vida de Jesus.

    2. Narrações gerais da vida de Cristo.

    3. Novo Testamento. I. Título.

    CDU – 22.014/.016

    232.9

    225/228

    ___________________________________________________

    TODOS DIREITOS RESERVADOS –é proibida a reprodução, salvo pequenos trechos, mencionando-se a fonte. A violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/98) é crime (art.184 do Código Penal). Depósito legal no escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional, sob o número de registro 547.964, livro 1.043, folha 281

    Blog e e-mail do Autor

    http://blogdoernestobono.blogspot.com/ ebono.ez@gmail.com

    Obras do Autor

    É A CIÊNCIA UMA NOVA RELIGIÃO? (Ou Os Perigos do Dogma Científico - 1971 - Editora Civilização Brasileira S/A - RIO

    NÓS A LOUCURA E A ANTIPSIQUIATRIA - Editora Pallas S/A – Rio – Editora Afrontamento, Porto, Portugal - 1975 e 1976, respectivamente

    SENHOR DO YOGA E DA MENTE - Editora Record S/A – 1981 - Rio

    ECOLOGIA E POLÍTICA À LUZ DO TAO - Editora Record S/A - 1982 - Rio

    ANTIPSIQUIATRIA E SEXO - (A Grande Revelação) - Editora Record S/A - 1983 - Rio

    OS MANIPULADORES DA FALSA FATALIDADE - Fundação Educacional e Editorial Universalista FEEU - 1994

    A GRANDE CONSPIRAÇÃO UNIVERSAL, - Bonopel Edições - 1994 - Porto Alegre (edição restrita) e Zenda Editora LTDA - 1995 - São Paulo -2a Edição. – Zenda Editorial, 1999, 3a Edição – São Paulo

    O APOCALIPSE DESMASCARADO (Nem Anjos nem Demônios, Apenas ETs) – Editora Renascença – 1997 (edição restrita de 500 volumes) - Renascença - 1999 - Porto Alegre - 2a edição.

    AIDS, QUEM GANHA QUEM PERDE - Uma história Mal contada – Editora Rigel – 1999 – Porto Alegre

    CRISTO, ESSE DESCONHECIDO –3a Edição, Ed. Record S/A, 1979, Rio – Editora Renascença, 2000, Nova edição ou 4a Edição – Porto Alegre

    (Tradução) PERCEPÇÃO INTERPESSOAL - Dr. Ronald D. Laing, Phillipson, Cooper - Editora Eldorado - 1974 - Rio

    (Tradução) KUNDALINI, A ENERGIA EVOLUTIVA DO HOMEM - Gopi Krishna - 1980 – Editora Record S/A - Rio

    O LADRÃO E SALTEADOR DA MENTE HUMANA - Parar Este Falso Mundo – (livro 1) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo

    TRANSMUTAR ESTE FALSO MUNDO - Parar Este Falso Mundo – (livro 2) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo

    KUNDALINI, O FOGO ESPIRITUAL - Parar Este Falso Mundo – (livro 3) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo

    A FARSA DOS MEIOS DO CONHECIMENTO - Parar Este Falso Mundo – (livro 4) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo

    PRISÃO DO TEMPO – Clube de Autores – 2011 – São Paulo

    MANIPULADORES DA FALSA FATALIDADE – Clube de Autores – 2011 – Segunda Edição – São Paulo

    O DESAPARECIMENTO DE NOSSOS FILHOS – 2011 – Clube de Autores – São Paulo

    FILOSOFIA E SABEDORIA DE JESUS – Clube de Autores – 2010 – São Paulo

    SERÁ QUE A CIÊNCIA NOS ENGANA? - (Ciência, a Nova Religião, Primeiro Tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo

    CIÊNCIA, MAGIA LOGIFICADA – (Ciência, a Nova Religião, segundo tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo

    DISCURSO CONTRA O MÉTODO OU A ANTIDIALÉTICA – (Ciência, a Nova Religião, Terceiro Tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo

    AS BASES INCONSISTENTES DA MEDICINA CIENTÍFICA – (Ciência, a Nova Religião, Quarto Tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo

    UMA REVOLUÇÃO QUÂNTICA - Clube de Autores – 2010 – São Paulo

    JESUS, MESSIAS OU FILHO DO HOMEM? – Primeiro Volume - Clube de Autores – 2012 – São Paulo

    JESUS, MESSIAS OU FILHO DO HOMEM? – Segundo Volume – Clube de Autores – 2012 – São Paulo

    JESUS SEM CRUZ – Clube de Autores 2012 – São Paulo

    OS HERDEIROS DO FILHO DO HOMEM – Clube de Autores – 2012 – São Paulo

    TRES JÓIAS DO BUDISMO - Clube de Autores – 2012 – São Paulo

    ECOLOGIA E POLÍTICA À LUZ DO TAO – Segunda Edição – Clube de Autores 2012 – S.Paulo

    SENHOR DO YOGA E DA MENTE – Segunda Edição – Clube de Autores 2012 – São Paulo

    Sumário

    APRESENTAÇÃO

    CAPÍTULO ESPECIAL

    Jesus, o Jovem Messias - Primeira Fase

    Um Começo de Pregação

    A Cura de um Possuído

    O Jovem Jesus no Chaburah ou Sinagoga de Gamala

    Os Dois Únicos Mandamentos

    O Jovem Jesus e seus Primeiros Discípulos

    Estranho Radicalismo do Jovem Jesus

    A Caminho de Jerusalém

    Costumes e Tradições

    A Mulher Cananéia – Primeira versão

    O Cego de Jericó

    Entrada Messiânica em Jerusalém – com 18 ou 22 anos

    Jesus Expulsa os Vendilhões do Templo

    A Oferta da Pobre Viúva

    O Grande Mandamento

    O Messias e a Promessa de Davi

    O Primeiro Milagre do Jovem Jesus em Jerusalém

    O Jovem Jesus, Rei dos Judeus

    A Retirada Tempestiva do Jovem Jesus

    Esclarecimentos Necessários

    O Judaismo Teológico de Josias, Esdras e Neemias

    O Pecado Original Explicado de Outro Modo

    O Cristianismo Clerical ou Teológico

    Jesus no Exílio, em Alexandria do Egito

    JESUS, O FILHO DO HOMEM OU O CRISTO VERDADEIRO - SEGUNDA FASE

    CAPÍTULO PRIMEIRO

    O Jesus da Segunda Fase, o Iluminado ou o Filho do Homem

    Introdução ao Apocalipse ou Primeira Revelação que Jesus Escreveu em seu Exílio

    O Aparecimento de João Batista

    Os Dois Primeiros Discípulos:

    Outro Testemunho de João

    José de Arimatéia e Jesus

    Segunda Versão da Escolha dos Primeiros Discípulos:

    Terceira Versão da Escolha dos Primeiros Discípulos.

    Quarta Versão - A Pesca Milagrosa, Similar à do Terceiro Evangelho

    A Escolha de Levi e os Doze Discípulos principais

    A Cura da Sogra de Cephas ou Pedro Diálogo entre Jesus e Discípulos

    O Obsedado de Gerasa

    A Blasfêmia dos Escribas e Fariseus

    O Homem Dividido e outra Versão da Blasfêmia dos Escribas e Fariseus

    As Primeiras pregações, Introdução

    O Sermão da Montanha ou o Grande Sermão aos Homens

    CAPÍTULO SEGUNDO

    Breve Informação sobre as Origens dos Evangelhos

    Jesus Instrui Nicodemos acerca do Novo Nascimento ou Ressurreição

    Jesus A Luz dos Homens – Primeira Parte

    Jesus a Luz dos Homens – Segunda Parte

    Jesus, a Luz dos Homens – Terceira Parte

    A Parábola do Mordomo Infiel ou como o Demiurgo se Intrometeu

    A Parábola do Filho Pródigo

    Se não Puderes Superar teu Ego, não Brigues com Ele

    Tudo o que se Ligar na Terra

    Buscai e Encontrareis; Batei e Abrir-se-vos-á

    CAPÍTULO TERCEIRO

    Jesus Defende João Batista

    A Morte de João

    A Confissão de Petra ou Simão Pedro

    A Volta de Elias

    O Messias e o Batismo de João

    O Batismo de João e o Batismo Místico de Moisés

    A Parábola da Figueira Estéril

    A LEI e o Escriba Enfurecido

    A Parábola do Vinho e das Bodas

    Não Ter Onde Reclinar a Cabeça

    Os Discípulos de Jesus Conforme o Terceiro Evangelho

    Os discípulos de Jesus Conforme o Primeiro Evangelho

    Os Discípulos de Jesus Conforme o Segundo Evangelho

    A Família de Jesus

    CAPÍTULO QUARTO

    O pedido da Mãe de Tiago e João

    Os Samaritanos e os Discípulos João e Tiago, os Boanerges

    A Parábola da Semente e da Seara

    Os Irmãos de Jesus e a Malograda Cura de um Lunático

    A Descrença de alguns Irmãos de Jesus

    A Trave do Olho ou da Mente? A Parábola do Cego Guiando a Outra Cego

    O Pedido dos Doze Discípulos

    A Discórdia pela Primazia

    CAPÍTULO QUINTO

    Marta, Maria e Lázaro

    O Jantar de Betânia, o Fariseu e os Discípulos

    Sermão na Casa de Simão o Leproso

    A Dupla Cura e a Parábola do Bom Pastor

    Distorções e Deturpações Introduzidas na Criação de Deus ou na Manifestação Divina

    A Parábola do Joio

    A Parábola do Trigo e do Joio

    O VER Perfeito e o Mero Enxergar Pensante-Pensado

    A Parábola dos Trabalhadores e da Vinha

    O Cego de Nascença – Se Fósseis Cegos

    CAPÍTULO SEXTO

    Certos Judeus ou Religiosos Fanáticos

    Sempre Prontos a Lapidar Jesus

    Os Milagres de Jesus que Foram Batismos

    Lázaro e seu Batismo de Fogo Pela Imposição das Mãos

    A Cura da Mulher Paralítica

    O Batismo de Jairo, o Fariseu, e a Cura de uma Mulher com Hemorragias

    A Ressurreição de Tabita, Substitui a Cura da Filha de Jairo

    A Mulher de Samária, Palavras Ditas só à Mulher ou senão também Ditas aos Samaritanos

    A Mulher de Samária e os Samaritanos (Repetição Coerente)

    Sermão aos Samaritanos

    CAPÍTULO SÉTIMO

    Os Milagres de Jesus

    O Paralítico de Betesda

    Jesus Declara Publicamente que o Ser Atuante n'Ele é o próprio Pai Celestial

    A Paralítico de Cafarnaum

    O Centurião Cornélio de Cesaréia de Filipe, e que Complementa a Narrativa do Centurião de Cafarnaum

    A Mulher Cananéia ou Sirofenícia – Segunda Versão

    A Cura do Filho de um Funcionário Real (Régulo)

    O Cego de Nascença

    A Cura dos Dez Leprosos

    A Cura de um Hidrópico

    CAPÍTULO OITAVO

    A Ressurreição do Filho da Viúva de Naim

    A Morte e Ressurreição de Lázaro

    A Morte e Ressurreição de Lázaro – Outra Versão

    Discurso sobre a Ressurreição e a Vida

    Os Saduceus, a Ressurreição Vista Por Cristo e Vista pelos Fariseus

    A Verdadeira Ressurreição

    A Dupla Criação do Homem: o Adão Espiritual e o Adão de Barro

    E se não há Ressurreição?, (uma Preciosidade Reencontrada)

    Todos Morrem por Imitarem o Adão Alegórico

    CAPÍTULO NONO

    O Mistério do Casamento

    Cuidar das Coisas de Deus

    Deus é a Cabeça de Todo Varão

    Acerca do Divórcio

    O Corpo não Deve ser Prostituído ou Corrompido

    Todos Vós sois de Deus

    O Verdadeiro Templo de Deus

    Grande é Esse Mistério!, Complementos Oportunos

    A Parábola dos Servos do Homem Iníquo e a Parábola dos Servos do Senhor – Outra Origem do Demiurgo

    CAPÍTULO DÉCIMO

    A Verdadeira Justiça

    A Mulher Adúltera

    A Justiça Perfeita

    CONTINUA

    Como Entender o Texto

    Como o leitor amigo haverá de constatar, a obra foi montada a partir de verbetes soltos do texto canônico,ou também a partir de versículos, versetos, ágrafos, e que são palavras originais do próprio Novo Testamento. Cada versículo ou ágrafo enumerado em sua nova apresentação representa a fusão de dois ou três versetos evangélicos originais.

    A fim de manter a coerência e continuidade do texto, como um todo perfeito, acrescentei no começo, no meio ou no fim de cada versículo, frases de minha autoria que se distinguirão do texto canônico original por se apresentarem contidas entre colchetes [...] ou entre parênteses... O texto evangélico remanejado – versículo único ou versículos fundidos – apresentar-se-á sempre em negrito. Com isso ficará bem destacado o consagrado texto original dos meus acréscimos e da reinterpretação adicionada.

    Portanto, tudo o que estiver contido entre colchetes e parênteses corresponderá apenas à minha contribuição literária, a qual, digamos, em nada alterará ou prejudicará os versículos originais em negrito de supostos Mateus, Marcos, Lucas e João, mesmo que se apresentem fundidos num versículo único. .

    Certas explicações e diálogos, de minha lavra, também se apresentarão isoladas ou à parte, dando um toque diferente à obra, favorecendo e reforçando o propósito do livro, e que, mesmo assim, é um ensaio como também é uma revisão e um remanejamento do texto consagrado.

    O autor

    Apresentação

    Amigo leitor, peço que não te escandalizes. Se o que disser te causar indignação, por favor, não me amaldiçoes. Simplesmente ignora o que escrevi e fica com o teu tradicional Novo Testamento canônico ou oficial, e com os piedosos (mas não autênticos) ensinos da falsa história ou tradição.

    Se achas que tais ensinos são definitivos, válidos e verdadeiros, não dignos de justas e sadias críticas, ou meramente de outra revisão, tudo bem, a opinião é tua, em termos nada contra. Afinal, essa tua versão já vem vingando há quase dois mil anos, e, sinceramente, eu não sei se o Jesus Cristo, Vivo e Verdadeiro, esteja onde estiver, está satisfeito com tal versão Os frutos dessas colocações não foram nada bons para a humanidade ocidental – milhões morreram ou foram mortos por causa delas – e continuam não sendo boas. Daí porque o cristianismo organizado está numa acelerada decadência, sem que o Cristo real tenha sido compreendido ou tenha tido qualquer culpa em tudo isso. Ou o cristianismo organizado se salva, modificando-se para uma visão mais honesta e menos primária e radical, ou ele morre e desaparece, como costuma acontecer com tudo.

    Curiosidade: no livro ATOS, supostamente escrito por Lucas, – em verdade diversos são os autores do livro ATOS – a propósito do apóstolo Pedro e demais discípulos, no capítulo V, versículo 37 e 38 encontramos um notável Gamaliel, aconselhando prudência, e se exprimindo assim diante do Sinédrio: "Porque antes destes dias, levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntou o número de uns quatrocentos homens. Teudas foi morto e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos e reduzidos a nada.

    Depois deste Teudas [em verdade, anteriormente a este Teudas, bem antes dele, ou seja, no ano 6 de nossa era], levantou-se Judas, o galileu, – ou JUDAS DE GAMALA – nos dias do Censo ou alistamento, e levou muito povo após si; mas também este pereceu, e todos que lhe deram ouvidos foram dispersos". Estes dois versículos, aparentemente, parecem não dizer nada, mas dizem tudo. Já veremos o quê e por que.

    Por outro lado, é bom que saibas que muito provavelmente – cuidado, o que digo não é dogma, ou absolutismo e monopólio ferrenho da Verdade – Jesus não nasceu em Belém, no dia 25 de dezembro, e também não houve a fuga da sagrada família para o Egito, a matança dos inocentes. A família de Jesus não moraram em Nazaré, porque no tempo dele não existia ainda tal cidade – só veio a ser construída muito depois de Constantino, ou seja, no VIII século – nem o Mestre teve como pai adotivo José. A respeito dessas sucintas informações Robert Ambelain, autor de diversos livros polêmicos sobre Cristo, em sua ousadíssima obra Jesus ou o Segredo Mortal dos Templários, Ediciones Martinez Roca S/A, escreve o que segue, (do qual livro vou reproduzir alguns trechos, obviamente com o beneplácito do autor, e espero que não se ofenda por causa disso):

    "A hipótese de que Jesus não era filho adotivo de José, e sim era filho de Judas, o Galileu, aliás Judas de Gamala ou Judas o Gaulanita, o herói judeu da revolução do Censo, do ano VI d.C. não é nova. Tal versão já resultava incômoda nos primeiros séculos do cristianismo, e isto se observa em Lucas, o qual ao redigir o livro ATOS, situa Judas depois de Teudas, outro rebelde que se sublevou entre os anos 44 e 47 de nossa era, enquanto que Judas se rebelou no ano 6 d.C. – [Digo eu, autor deste livro, Lucas, mesmo que tenha existido e tenha sido um médico e possível discípulo de Paulo, com muitas probabilidades não escreveu nem o Terceiro Evangelho nem o livro ATOS. Isso não é uma imposição, mas tudo me leva a crer assim, e outros mais também pensaram assim].

    "Tal hipótese continua incomodando, já que os historiadores racionalistas que quiseram fazer de Jesus um mito solar, tomaram todo o cuidado para não citar nem Judas nem a cidadezinha de Gamala. Ernest Renan, em sua VIE DE JESUS, publicada em 1863 faz uma vaga alusão a tal hipótese, mas sem levá-la a sério, porque já tinha abraçado uma posição: queria um Jesus bucólico, idílico, com o estilo proposto por Jean-Jaques Rousseau. De fato, foi DANIEL MASSÉ quem, a partir de 1920, e ao longo de um quarto de século, em quatro obras consagradas a este tema, defendeu valentemente a citada teoria. Infelizmente não soube fixar limites precisos no que dizia, e suas imprudentes extrapolações foram utilizadas contra ele por seus adversários. Historiadores católicos e protestantes ignoram de propósito a obra de Daniel Massé, e Daniel-Rops se cuida muito de citar esse autor entre aqueles que gozaram do favor de suas réplicas e comentários.

    "E há ainda mais: no mapas geográficos que às vezes acompanham os trabalhos dos historiadores católicos e protestantes, há diversas localidades situadas à beira do lago Genezaré e todas elas são mencionadas, como Cafarnaum, Tiberíades, Magdala, Tariquea, Hippos, Kursi, Betsaída, mas Gamala não aparece.

    "A partir dos trabalhos de Daniel Massé, fica-se sabendo da existência de Gamala, a cidade zelota, a cidade dos puros, o ninho da águia, desde onde um dia desceu Judas, o Gaulanita, o Nazaré verdadeiro ou nazaret, graças ao qual (e graças a Myriam também) nasceu Jesus-bar-Juda. Gamala desapareceu dos mapas geográficos [e como cidade também desapareceu do local físico onde se encontrava, e isso já na Guerra dos Judeus entre os anos 68-70 d.C]. Para localizar Gamala é preciso consultar os mapas anteriores ou mapas antiqüíssimos [Atenção, digo eu, sem usar o nome Gamala, o Terceiro Evangelho sugere tal povoação, quando alguns judeus de determinada sinagoga, por indignação, pretendem precipitar o jovem Jesus desde o alto de um monte, onde estava situada a cidade deles. Ver Lucas.IV-29 e 30]. Pois bem "Ao oeste do lago Tiberíades, aliás lago de Genezaré, às vezes pomposamente chamado mar da Galiléia, se encontra um monte coroado por uma espécie de carcova, de onde provém o seu nome dado, já que Gamal significa camelo com bossas ou carcovas. No topo de tal carcova existe um povoado, que em épocas passadas foi uma aldeia muito grande, e que era um verdadeiro ninho de águias, cujo nome era Gamala. Flávio Josefo, que isso escreveu, em sua juventude foi governador da Galiléia e de Gamala. Flávio Josefo, Guerras dos Judeus, tomo II e 11". A atual cidade de Nazaré, construída muitos séculos depois, fica numa quase planície.

    "Portanto, eu, Robert Ambelain, autor deste trabalho [ou destas linhas], não pretendo apresentar uma hipótese nova e original – [nem eu, E.Bono] – posto que os exegetas austríacos e alemães da metade do século XIX não ignoravam a existência de Judas e de Gamala. O único mérito de tal hipótese reside no fato de ter trazido à tona ou ter descoberto a prova dessa identidade de Jesus, o qual mesmo assim, posteriormente foi chamado o Nazareno, – [de uma Nazaré que em seu tempo ainda não existia] – mesmo que tenha sido um galileu nascido em Gamala, filho de Judas, o Galileu. Esta prova é muito simples: é constituída por um mero silogismo. Somente que foi preciso reunir e ordenar suas premissas. Sobre isso versará a minha obra, Jesus ou o Segredo dos Templários.

    "Mas fora isso,, é preciso enfatizar um último aspecto.

    Quanto ao estudo do cristianismo e suas origens, podemos considerar três correntes.

    a)A corrente sobrenaturalista, que agrupa os fiéis das diferentes Igrejas que acreditam em Jesus como o filho unigênito de Deus, morto e ressuscitado e que finalmente subiu aos céus.

    b)A corrente naturalista, que agrupa os partidários de um Jesus humano, mas com certos poderes paranormais, chefe de um movimento político anti-romano (os zelotas), ou também como sendo um simples místico, um tipo mais ou menos essênio ou um zelota-essênio,[como Judas de Gamala]..

    c)A corrente mítica, que agrupa os partidários de um Jesus totalmente imaginário, fictício, cuja lenda foi sendo elaborada pouco a pouco, onde se misturaram tradições que pertenciam a doutrinas diversas, e fundindo elementos históricos que correspondiam a diferentes personagens também chamadas Jesus".

    E Robert Ambelain salienta que seu estudo deve ser classificado, evidentemente, dentro da categoria naturalista [E o meu, também, embora eu devolva a Jesus Cristo um Transcendentalismo histórico e real, que nada tem a ver com as forjações sobrenaturais e clericais da teologia antiga, com seu ridículo Pecado Original].

    "Por outro lado, é bom saber também que existiu um Rabban Gamaliel I – [que aparece no livro ATOS, num trecho que reproduzi acima] – chamado o ancião, neto do grande místico e Sábio Hillel. Este Gamaliel I sucedeu seu pai, Simeón, na qualidade de Naci.

    "Foi o primeiro que adotou o título de rabban (rabino), título que os seus descendentes e sucessores passaram a utilizar também, até Gamaliel III, filho do rabban Iehuda-el-Naci. Gamaliel I manteve freqüentes relações de boa vizinhança com os generais e com os membros do Governo romano.

    "Foi sob sua presidência que Samuel, apelidado o Pequeno ou o Jovem, compôs a fórmula de oração contra os apóstatas e traidores (ou contra os cristãos), fórmula que foi aceita e conservada na liturgia judaica. Segundo diversos cronistas, o Rabbi Gamaliel I morreu dezoito anos antes da destruição de Jerusalém pelos romanos... Conforme a Mischna, com Gamaliel foram apagadas a glória da Torá [LEI], a pureza e a austeridade da vida religiosa. (Sota. Cap. IX.15)

    "Em outro lugar, o mesmo estudo nos revela que Samuel o Pequeno, ou o Jovem – assim chamada para diferenciá-lo do profeta de mesmo nome – morreu antes que Gamaliel.

    "Recapitulando, então:

    Jerusalém foi destruída pelos romanos no ano 70

    Gamaliel I morreu dezoito anos antes, ou seja no ano 52

    Samuel o Jovem morreu antes que Gamaliel I, ou seja, mais tardar no ano 51

    Samuel foi quem compôs a fórmula-oração contra os apóstatas e traidores (judeus cristãos), mais tardar no ano 50

    "Mas quem eram esses apóstatas? Evidentemente aqueles que haviam apostatado da Lei de Moisés e que tinham abandonado as práticas religiosas judaicas. Numa palavra, aqueles que desde o ano 40, em Antióquia, já se conheciam como cristãos.

    "Parece-nos muito estranho que o Sinédrio esperasse dez anos (até o ano 50 d.C.) para aplicar sanções litúrgicas contra esses apóstatas. Por tanto, teríamos que situar tal medida entre os anos 40 e 50.

    "Pois bem, se entre os anos 40 e 50 o judaísmo condenava os discípulos de um certo Jesus, que teria sido crucificado – [em verdade, conforme minha (E.B) versão Jesus teria sido lapidado] – no ano 34, ou seja pouco anos antes de ditas sanções, então seria muito difícil admitir que esse Jesus não tivesse existido. Jesus nasceu então em 5 ou 4 a.C., – (ou senão até mesmo 16 ou 17 anos antes de nossa era, conforme Irineu, ouvinte de São Policarpo) – no tempo de Herodes o Grande e morreu em 34 d.C., tendo vivido 38 ou 49 anos.

    Gamaliel I nunca se converteu ao cristianismo, conforme pretende determinado evangelho apócrifo a ele atribuído.

    Autenticidade absoluta das Escrituras Sagrada: E a propósito de Bíblia – Antigo e Novo Testamento – quase todo crente de qualquer igreja cristã – e sinagoga judaica, inclusive – quando se mete a ler e ouvir as palavras dessas obras ditas sagradas, algum falso santarrão, com certa antecedência, sempre o convence de que ele está lidando com livros que o próprio Deus em pessoa ditou a determinados eleitos, evangelistas e profetas, e que isso se constituiu numa Revelação. E que o material que agora esse leitor tem na mão é uma cópia legítima da primeira edição do Deus das alturas, o Grande Editor.

    Digamos, a um crente desse tipo raramente alguém informa que entre os anos 30 a 34 de nossa era – [em que Jesus viveu e pregou, cujas palavras devem ter sido registradas em manuscritos originais] – e a edição definitiva de tais registros na forma de evangelho ou epístola, passaram-se mais de quinhentos anos de adulterações, acomodações e manipulações.

    Não bastasse isso, judeus-cristãos e também cristãos piedosos adulteraram inclusive textos históricos de escritores não cristãos famosos, levando-os a falar absurdos e invencionices a respeito de Cristo e cristianismo. Além do mais, como se já não bastassem evangelhos manipulados, foram forjados inúmeros escritos apócrifos (escritos falsos, imitações), como se os textos oficiais fossem menos apócrifos do que esses. E foi dessa maneira que a detestável e ardilosa martirologia cristã tomou fundamento e foi exaltada.

    E a propósito do que acabei de dizer, Robert Ambelain, bem no começo do Quarto Capítulo de seu Livro, Jesus ou o Segredo Mortal dos Templários, coloca as seguintes e oportuníssimas informações:

    "(De Paul Valery, Regards sur le monde actuel): A história justifica tudo aquilo que a gente quer. Não ensina absolutamente nada, já que ela passa a conter tudo e dá exemplos sobre tudo.É o produto mais perigoso que a química do intelecto elaborou.

    E a respeito do Concílio de Trento, Robert Ambelain conta o que segue: "No oitavo dia de abril do ano de graças de 1546, em sua quarta sessão, os Padres do Concílio de Trento promulgaram o seguinte decreto:

    "O Santo Concílio de Trento, ecumênico e geral, legitimamente reunido no Espírito Santo... declara:...

    "Receber todos os Livros, tanto do Antigo como do Novo Testamento, porque o próprio Deus é seu autor, tanto de um como do outro, bem como as tradições que contemplam a fé e os costumes, como ditados pela própria boca de Jesus Cristo, ou pelo Espírito Santo, e conservou-as na Igreja católica por uma sucessão contínua, abraçando tudo isso com um mesmo sentimento de respeito e piedade.

    "E a este propósito, julgou bom que o Catálogo dos Livros Sagrados estivesse anexo ao presente decreto, a fim de que ninguém possa duvidar sobre quais são os livros que o Concílio recebe. Eis-lo aqui enumerados: (e segue então a enumeração dos livros do Antigo e Novo Testamento, ou seja lista clássica).

    "Todo aquele que não receber como sagrados e canônicos esses livros por inteiro, com todas as suas partes, tal como se costuma lê-los na Igreja católica, e tal como estão na antiga Vulgata Latina, ou ainda que despreze com propósito deliberado as citadas tradições, ficará excomungado! [Digo eu, puxa, mas que prepotência extremada e intolerância inaudita!, própria do Judaismo-Cristianismo organizado. Em quatrocentos anos (1546-1946), milhões de crimes e assassinatos foram cometidos em nome dessa prepotência doentia e intolerância!]."

    Robert Ambelain conclui, dizendo: Agora bem, quando alguém se mete em coisas tão sérias como as de alguns safados enviarem pessoas ao fogo do inferno, se não for bastante dócil como para contemplar com os olhos fechados o que os esclerosados Padres do Concílio afirmam ter decidido para seu próprio bem, é conveniente ficar de acordo com eles, no mínimo.

    Digo eu, foi por causa de Concílios radicais e intolerantes como esse que a época de glória da Igreja começou a declinar e o Protestantismo se levantou, se bem que este apareceu antes. Foi por causa de Concílios como esse que a Sagrada e mortal Inquisição se incrementou como nunca, e as guerras santas também, levando à morte milhares ou milhões de pessoas. A Renascença apareceu e com ela tal Concílio, mas mesmo assim, a Renascença foi eliminando as barreiras e achaques dos escolásticos da Idade Média. Os déspotas esclarecidos e os lógicos-racionais foram aparecendo como uma avalanche por todas as partes, e com eles suas críticas e rebeliões contra a Igreja. Depois surgiu o materialismo da ciência moderna, tão fanático e torpe quanto os dogmas da Santa Madre, porque calcado numa lógica-razão enganadora, que começou com a lógica de Aristóteles e atingiu o ápice com Tomás de Aquino. Surgiram também os críticos da Bíblia ou exegetas modernos que nenhum catolicismo, protestantismo, judaismo mais conseguiu segurar. Aí então todas as tolices assentadas no Concílio de Trento acabaram sendo suplantadas e anuladas uma por uma. A famosa Bíblia – muito amiúde obra de religiosos mal intencionados, anteriores e posteriores a Cristo – acabou revelando o seu lado negativo, como algo totalmente forjado e enganador, e inclusive revelou o seu lado positivo, válido, divino, inspirado-intuído e honesto. Por causa disso, então. as igrejas correram afoitas e tentaram impedir que se formassem novos exegetas independentes, com visão e opinião próprias. E assim, portanto, os velhos eclesiásticos e teólogos, com seus seminários e escolas, passaram a formar e liberar um exército de exegetas condicionados que, ao invés de trazer luz, para o entendimento do Cristianismo – o velho dilema religioso do Ocidente – simplesmente aumentaram as barreiras e confusões, chegando a casar inclusive sua religião eclesiástica com a ciência materialista, e fazendo com que ninguém mais entenda nada. E a propósito do que digo, quem são esses que manipulam os Papiros de Qumran? Onde está a Luz da decifração desses antigos documentos encontrados nas cavernas de Qumran?

    Mas voltando ao tema das manipulações e distorções dos livros históricos da antiguidade e de autores não cristãos, Flavio Josefo, por exemplo, escreveu seus livros no primeiro e segundo séculos de nossa era. Entretanto, as cópias dos manuscritos mais antigos e adulterados que desse escritor judeu-romano até nos chegaram são dos séculos IX e XII. E unicamente a segunda cópia (a do século XII d.C.) apresenta a famosa passagem que de certo modo fala sobre Jesus. E a propósito dela, todos os exegetas ou estudiosos sérios, católicos e protestantes, reconhecem essa passagem como uma vergonhosa interpolação dos piedosos cristãos dos primórdios do cristianismo. O texto eslavo da Guerra dos Judeus de Flávio Josefo é diferente do texto grego, e as interpolações também são diferentes.

    O historiador romano Tácito escreveu suas obras também nos primórdios de nossa era. E as cópias mais atuais dos seus manuscritos ou de seu trabalho (Histórias – e - Anais) são dos séculos IX e XI d.C. "E em tais cópias de manuscritos falta exatamente tudo aquilo que diz respeito aos anos cruciais do cristianismo nascente, todo aquele período que vai do ano 28 ao ano 34. E no caso dele, mais uma vez abundam as interpolações e censuras gratuitas, às vezes de um modo tão torpe que um leitor perspicaz, sem nenhuma preparação prévia, pode brincar de exegeta, e descobrir tais distorções por conta própria. [Isso é o que informa Robert Ambelain... Mas mesmo assim, alguns tolos] ficam cantando os louvores dos monges copistas, esses bons e excelentes padres que, nos mosteiros da Idade Média recolheram e copiaram os manuscritos dos autores gregos e latinos. [Só que esses tolos não nos informam o que o Vaticano e] tais monges fizeram com os manuscritos primitivos e originais desses escritores gregos e latinos e principalmente com os registro do próprio cristianismo primitivo e que depois se organizou feito igrejas".

    Sem querer e ingenuamente, Daniel Rops nos proporciona a chave desses mistérios. Em seu livro Jesus en son temps, ele declara o seguinte: Leve-se em consideração esta data: SÉCULO IV. O começo dos textos do Novo Testamento de modo geral datam do período que vai de 50 a 100 d.C. Portanto aí se intercalam pelo menos três séculos entre a sua redação inicial e os primeiros manuscritos completos que passamos a possuir. E isso não é exagero, não. [Em verdade os piedosos cristãos pararam de manipular e adaptar os livros sagrados do Cristianismo no quinto ou sexto século d.C., ou na época do Imperador Justiniano, em que alguns cristãos honestos e escrupulosos daquele tempo disseram: Agora chega, não se toca mais no Novo Testamento e demais livros!]

    Robert Ambelain ainda acrescenta: "É perfeitamente evidente que os escritores ou autores antigos que viveram antes de Jesus, e que portanto o ignoraram, ou que simplesmente compuseram obras de teatro, não foram distorcidos, censurados ou interpolados pelos hipócritas avaliadores cristãos. O mesmo, porém, não aconteceu com historiadores tipo Flávio Josefo, Tácido e Suetônio. [Digo eu, Os acréscimos cristãos incluídos nos livros de Suetônio (Vida dos Doze Césares) chegam a ser clamoroso e ridículos]. E debaixo deste critério, nem mesmo um cronista satírico como o romano Petrônio escapou do zelo exagerado dos monges copistas. Tanto é verdade que as cópias de seu célebre Satiricon, que até os dias de hoje chegaram, das 3.000 páginas que a obra antiga e original possuía só sobraram mais ou menos 250 páginas. É portanto certo que esse inventário da Dolce Vita do reinado do imperador Nero não era somente aquilo que o livro remanescente hoje parece contar. Lamentavelmente Petrônio foi censurado e podado sem piedade pelos cristãos puritanos de antigamente. Tiveram que esconder o tempo de Nero e seu governo. O mesmo aconteceu com Tácito, de cujo trabalho História e Anais foram eliminados todos aqueles capítulos que tratavam sobre os acontecimentos da Palestina daquela mesmo tempo.

    "E no que diz respeito à autenticidade absoluta dos Evangelhos canônicos, eu, R.Ambelain., me limitarei a citar as palavras do abade Bergier em seu Dictionnaire de Théologie: --- Os homens verdadeiramente sábios, e sobretudo sinceros, em matéria de exegese [estudos e revisão de livros religiosos], reconhecem que o texto do Novo Testamento só ficou pronto no século VI, época do imperador Justiniano."

    A Paternidade de Jesus: o Primeiro e Terceiro Evangelhos Canônicos, a propósito de José, pressuposto pai de Jesus, nos fornecem genealogias completamente diferentes. A do Primeiro Evangelho (Mateus.I-1 a 16) em nada se assemelha ao do Terceiro, (Lucas.III-23 a 28). E o que mais surpreende nos dois livros, é que o pai, o avô, o bisavô e o tataravô de José não são os mesmos, quando estes quatro ascendentes são exatamente aqueles em que se deve cometer menos erros do que nos demais ascendentes, poucos conhecidos por serem mais antigos. De acordo com os Evangelhos oficiais, Primeiro e Terceiro, Jesus tem dois avós paternos diferentes. E pode? E o mais curioso, é que os fazedores de evangelhos fazem de José um descendente do quarto filho de Davi, fruto de um casamento adúltero (Davi e Betsabé), e isso para justificar o pretenso messianato de José que passou para Jesus, e que finalmente não tinha como ser válido, pois a pretensa descendência messiânica só cabia ao primeiro filho de Davi e aos filhos deste filho, mais descendência e não ao quarto filho. E a respeito de Maria, a mãe de Jesus, nenhuma genealogia é apresentada, quando ela também tinha.

    O Terceiro Evangelho, atribuído a Lucas, apresenta Maria, a eventual esposa de José grávida de Jesus no ano 6 d.C., graças ao Espírito Santo, e isso exatamente quando Judas (o outro e verdadeiro marido de Maria) deflagra a sua guerra do Censo, na Galiléia contra Herodes Antipas. Aqui, de acordo com o Judaismo, Jesus e seu irmão gêmeo, Tomé Dídimo, já eram maiores de idade. (Touma = gêmeo em hebraico e Dídimo = gêmeo em grego, em suma Tomé o gêmeo do gêmeo)... Além desse Touma ou Tomé, Jesus teve outros irmãos, conforme os próprios evangelhos relatam, tipo Tiago, Simão (Petra), André, João etc. E quando os Evangelhos falam de irmão de Jesus são irmãos mesmo e não primos ou irmãos de fé.

    Por outro lado, o hipotético José e prometido esposo de Maria, conforme Lucas, após a Anunciação, deixa que sua futura esposa empreenda uma viagem de 180 quilômetros, da Galiléia à Judéia, e vice-versa, para que visite sua prima Isabel (idosa) que também havia engravidado de João Batista. E o pretenso José não leva em conta que naqueles tempos a estrada era quase impossível de ser transitada e suplantada, por uma mulher grávida mesmo que José não soubesse disso, como principalmente e também o caminho era extremamente perigoso. Como José nada sabe da milagrosa concepção da futura esposa, simplesmente não se preocupa e deixa que ela viaje, assim sem mais nem menos.

    Em verdade, todas essas estórias sobre José e Maria são pura lenda piedosa, tradição e poesia, ligadas ao nascimento de Jesus. De qualquer maneira, existem mais provas históricas de que de fato existiu um Judas de Gamala do que tenha existido um José.

    Os patristas Clemente de Alexandria e Orígenes, seu discípulo, supõem que José já havia-se casado antes de conhecer Maria e que tivera diversos filhos, apontados nos Evangelhos como primos. E que era totalmente viúvo quando casou com Maria. Mas o fato de na ocasião do nascimento do menino Jesus subir ao Templo para oferecer aí o sacrifício de substituição do primogênito, prova que nunca teve filho algum antes. Entrementes, tampouco a história da ida ao Templo quando do nascimento de Jesus prova que José existiu e que foi o pai adotivo de Jesus.

    Dizem que José foi carpinteiro e que Jesus era filho de um carpinteiro. Na Nazaré posteriormente construída para provar que a família de Jesus ai morava, existe inclusive um local onde dizem que José tinha a sua carpintaria, na qual o jovem Jesus teria trabalhado também. Pois, pois. Sucede, contudo, que carpinteiro na língua hebraica tem duas traduções. Se se transcreve heth-resh-shin (heresh), a palavra carpinteiro ou marceneiro aí também significa encantador, mago, hábil em magia, o artesão insigne, o encantador hábil. E quem tinha essas possibilidades era o essênio-zelota Judas de Gamala, qualidades e possibilidades essas que foram todas elas transferidas ao filho primogênito Jesus, e que nasceu antes de Tomé. Se este último não foi irmão gêmeo do Mestre, o misterioso Sidônio de Sidon é que foi.

    O pretenso anjo ou arcanjo da anunciação ou Gabriel, e José inclusive, finalmente parecem não ter desempenhado nenhum papel na concepção e nascimento de Jesus. Todavia, Judas de Gamala, o plausivelmente verdadeiro primeiro esposo de Maria, também conhecido como Judas o Galileu, naquela mesma data de 6 d.C., e com justiça, se converteria num Gabriel ou num herói de Deus [em hebraico, Gabriel], porquanto Judas se transformou no herói da revolução do Censo (Gabriel).

    Tudo o que parece dizer respeito a José, pai adotivo de Jesus foi hábil e obrigatoriamente montado – diz Robert Ambelain em seu livro Jesus e o Segredo dos Templários, Ediciones Martinez Roca" – inventado para fazer desaparecer o modo de ser, as atividades e o trágico fim de Judas de Gamala, morto no curso da Revolução do Censo que começou no ano VI de nossa era. E para tal imaginaram uma figura patética que se contrapunha. Judas de Gamala era um homem jovem, com todo o vigor de sua idade, já que em Israel os homens casavam antes dos dezoito anos. No caso, a figura que se contrapunha era José, um ancião com todos os seus achaques, mas cheio de ternura. Judas de Gamala morreu necessariamente ainda jovem, talvez não tivesse mais que quarenta e cinco anos. Os apócrifos chamados Os Evangelhos da Infância de Jesus fazem morrer José com a idade de cento e onze anos. Sem qualquer dúvida esse foi um artifício ardiloso, posto que essa figura de oposição tão diferente durante muito tempo constituiu-se numa muralha intransponível, atrás da qual os escribas anônimos do século V d.C. esconderam o cadáver da verdade"

    Quanto ao nascimento de Jesus é importante salientar que conforme o Primeiro Evangelho, Jesus teria nascido em Belém da Judéia nos dias do Rei Herodes (Mateus.II-1). Como Herodes morreu no ano 4 a.C., Jesus deve ter nascido, no mínimo, no ano 5.a.C.

    Conforme o Terceiro Evangelho, Jesus nasceu no ano 6 d.C. no tempo do Censo, que é um fato histórico incontestável. E portanto, nesta última data, ou Jesus mal havia nascido em Belém – quando em verdade nunca nasceu em Belém, mas o fizeram nascer, a modo de dizer, para que se cumprisse o que estava pretensamente escrito, e também para que se enquadrasse na descendência de Davi – ou Ele já tinha onze anos. (5 mais 6 igual a onze – a meu entender, na verdade, Jesus já tinha entre 18 e 20 anos). Quem confirma a data do Censo em 6 d.C., (mas não o nascimento de Jesus) é o próprio historiador Flávio Josefo mais os documentos romanos.

    Mas apesar de aparecerem duas datas para o nascimento de Jesus, ainda existe uma terceira. E a propósito disso, escreve Robert Ambelain: "A terceira data nos é fornecida por São Irineu. Este em sua juventude era um Auditor ou ouvinte de São Policarpo,um dos quatro padres apostólicos que teriam conhecido os apóstolos diretamente. [Teria conhecido um ou dois discípulos, presbíteros dos setenta]. Pois bem, São Irineu e São Policarpo sustentam que Jesus tinha quase cinqüenta anos quando ainda pregava ou ensinava. E São Irineu alega também que Jesus morreu com uma idade que tocava beira dos cinqüenta anos, ou seja, quase a sombra da velhice..." [Curiosamente, o Quarto Evangelho também bota na boca de certos judeus irritados com Jesus, a seguinte exclamação: "Mas como, tu [Jesus] ainda não tens cinqüenta anos e já viste Abraão!? [Ver João.VIII-58... Se Jesus nessa ocasião tivesse tido apenas 32 ou 33 anos, eles teriam dito: Mas como, ainda não tens quarenta e já viste Abraão?). Não somente São Irineu e São Policarpo sustentam que Jesus tinha quase 50 anos, quando ainda pregava, como inclusive os Antigos ou os primeiros presbíteros diziam o mesmo, e que surgiram de entre os famosos setenta discípulos (Lucas.X-1 e X-17).

    "Como Jesus foi crucificado [ou foi apedrejado, lapidado, e depois pendurado num madeiro, digo eu] no ano 33 ou 34 de nossa era, ao de fato nascer 16 ou 17 anos antes de nossa era, ele então morreu com 49 ou 50 anos. E na época do censo, ou seja em 6 d.C., o jovem Jesus já tinha 22 anos, no mínimo, e não mais 11 anos ou apenas alguns dias, conforme Lucas. [Eu, pessoalmente acho que Jesus nasceu em 12 ou 13 a.C.]. Com estas informações, já estamos outra vez longe [das pretensas verdades de] Mateus e Lucas. De qualquer maneira, outros detalhes,(diz R.Ambelain) me permitem pensar que é São Irineu quem está com a razão ou revela a verdade, sem que ele tenha levado em conta a importância de sua revelação. Por isso, vamos conservar a data dos 16 ou 17 anos antes de nossa era [ou também vamos ter em conta os 12 ou 13 anos] como o ano do nascimento de Jesus. Mas naturalmente não em Belém."

    Com um desprezo e ódio exacerbados, coisa que o texto deste livro vai deixar bem evidente, o Talmude dos judeus ortodoxos denuncia que Jesus era um filho bastardo de Maria, e que ela foi violentada por um centurião romano. Posteriormente um judeu piedoso casou com ela por compaixão. Por causa disso Jesus teria sido chamado Joshua ben-Pandira.

    25 de dezembro mesmo? Ai amigos, o dia exato do nascimento de Jesus é uma verdadeira fábula. Primeiro temos um pretenso São Cipriano que calculou à moda dele que o mundo foi criado no dia 25 de março, e que, portanto, muito tempo depois, num 28 de março teria nascido Jesus. Um tal de Hipólito, inventou que Jesus nasceu primeiro em 2 de abril, mas depois se corrigiu e a data do nascimento passou para 2 de janeiro. Clemente de Alexandria, mestre cristão da antiguidade, ridiculariza aqueles que buscam, não somente o ano, como inclusive o dia do nascimento de Jesus. E se pergunta, de que valem certos cálculos que desembocam ou em 19 de abril ou ainda em 20 de maio... E Robert Ambelain complementa: "Mas seja o que for, durante aproximadamente quatro séculos, viu-se as datas se sucederem do 25

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