Herdeiros Do Filho Do Homem
De Ernesto Bono
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Herdeiros Do Filho Do Homem - Ernesto Bono
Obras do Autor
É A CIÊNCIA UMA NOVA RELIGIÃO? (Ou Os Perigos do Dogma Científico - 1971 - Editora Civilização Brasileira S/A - RIO
NÓS A LOUCURA E A ANTIPSIQUIATRIA - Editora Pallas S/A – Rio – Editora Afrontamento, Porto, Portugal - 1975 e 1976, respectivamente
SENHOR DO YOGA E DA MENTE - Editora Record S/A – 1981 - Rio
ECOLOGIA E POLÍTICA À LUZ DO TAO - Editora Record S/A - 1982 - Rio
ANTIPSIQUIATRIA E SEXO - (A Grande Revelação) - Editora Record S/A - 1983 - Rio
OS MANIPULADORES DA FALSA FATALIDADE - Fundação Educacional e Editorial Universalista FEEU - 1994
A GRANDE CONSPIRAÇÃO UNIVERSAL, - Bonopel Edições - 1994 - Porto Alegre (edição restrita) e Zenda Editora LTDA - 1995 - São Paulo -2a Edição. – Zenda Editorial, 1999, 3a Edição – São Paulo
O APOCALIPSE DESMASCARADO (Nem Anjos nem Demônios, Apenas ETs) – Editora Renascença – 1997 (edição restrita de 500 volumes) - Renascença - 1999 - Porto Alegre - 2a edição.
AIDS, QUEM GANHA QUEM PERDE - Uma história Mal contada – Editora Rigel – 1999 – Porto Alegre
CRISTO, ESSE DESCONHECIDO –3a Edição, Ed. Record S/A, 1979, Rio – Editora Renascença, 2000, Nova edição ou 4a Edição – Porto Alegre
(Tradução) PERCEPÇÃO INTERPESSOAL - Dr. Ronald D. Laing, Phillipson, Cooper - Editora Eldorado - 1974 - Rio
(Tradução) KUNDALINI, A ENERGIA EVOLUTIVA DO HOMEM - Gopi Krishna - 1980 – Editora Record S/A - Rio
O LADRÃO E SALTEADOR DA MENTE HUMANA - Parar Este Falso Mundo – (livro 1) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo
TRANSMUTAR ESTE FALSO MUNDO - Parar Este Falso Mundo – (livro 2) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo
KUNDALINI, O FOGO ESPIRITUAL - Parar Este Falso Mundo – (livro 3) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo
A FARSA DOS MEIOS DO CONHECIMENTO - Parar Este Falso Mundo – (livro 4) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo
PRISÃO DO TEMPO – Clube de Autores – 2011 – São Paulo
MANIPULADORES DA FALSA FATALIDADE – Clube de Autores – 2011 – Segunda Edição – São Paulo
O DESAPARECIMENTO DE NOSSOS FILHOS – 2011 – Clube de Autores – São Paulo
FILOSOFIA E SABEDORIA DE JESUS – Clube de Autores – 2010 – São Paulo
SERÁ QUE A CIÊNCIA NOS ENGANA? - (Ciência, a Nova Religião, Primeiro Tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo
CIÊNCIA, MAGIA LOGIFICADA – (Ciência, a Nova Religião, segundo tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo
DISCURSO CONTRA O MÉTODO OU A ANTIDIALÉTICA – (Ciência, a Nova Religião, Terceiro Tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo
AS BASES INCONSISTENTES DA MEDICINA CIENTÍFICA – (Ciência, a Nova Religião, Quarto Tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo
UMA REVOLUÇÃO QUÂNTICA - Clube de Autores – 2010 – São Paulo
JESUS, MESSIAS OU FILHO DO HOMEM? – Primeiro Volume - Clube de Autores – 2012 – São Paulo
JESUS, MESSIAS OU FILHO DO HOMEM? – Segundo Volume – Clube de Autores – 2012 – São Paulo
JESUS SEM CRUZ – Clube de Autores 2012 – São Paulo
OS HERDEIROS DO FILHO DO HOMEM – Clube de Autores – 2012 – São Paulo
TRES JÓIAS DO BUDISMO - Clube de Autores – 2012 – São Paulo
ECOLOGIA E POLÍTICA À LUZ DO TAO – Segunda Edição – Clube de Autores 2012 – S.Paulo
SENHOR DO YOGA E DA MENTE – Segunda Edição – Clube de Autores 2012 – São Paulo
Sumário
Como Entender o Texto
Apresentação
Primeira Parte
Dados Possivelmente Válidos e Verdadeiros dos Primeiros Capítulos do livro Atos dos Apóstolos
O Cripto Comunismo Cristão
Os dois Grupos de Cristãos de Jerusalém
Contra a Apostasia dos Cristãos Helenistas
O Grande Estevão, Eventual Evangelista
Shaul-Saulo e Costabaro, os irmão, segundo Flávio Josefo
O Caminho de Saulo-Paulo
Filipe e Simão, o mago ou Shaul?
Filipe e o Eunuco
Primeira Versão de Saulo-Paulo a Caminho de Damasco
A Pretensa Visão a Caminho de Damasco
O Batismo de outros Discípulos Cristãos
A história do Centurião Cornélio
Pedro Nunca esteve em Antióquia, o Livro Atos nada diz a respeito.
Mais Colocações Ambíguas de Ambelain ligadas a Pedro
A Pretensa Morte de Tiago, o Maior e a Prisão de Pedro
Outra Versão do Aprisionamento e Fuga de Pedro
O Verdadeiro Primeiro Concílio de Jerusalém
Repetição do Mesmo Trecho agora Falso e Confuso
O que Aconteceu antes e depois do I Concílio de Jerusalém?
Texto estranho acrescentado ao Apocalipse, Posteriormente
Esclarecendo o Estranho Trecho
A família de Jesus (1)
Curiosidades Paulinas
Anexo ou Post-scriptum da primeira parte
Curiosidade, Ambelain não Sabe o que Dizer do Filho do Homem
Segunda Parte
Conheçamos Primeiro um Pouco de História
Um Trecho de Numa Perseu
O Messias tão Esperado
Um Resumo sobre os Herdeiros do Filho do Homem
A Família de Jesus (2)
Mais escândalos e Atritos com os Irmãos de Jesus
Curiosidade sobre o Apocalipse
Concílios de Nicéia e de Trento e a Bíblia
José, o Pretenso Pai de Jesus
Judas de Gamala, suas Revoluções e a Reação dos Romanos
Juliano, o apóstata e Cirilo de Alexandria
Afinal, Primos ou Irmãos de Jesus?
Simon-bar-Judas (ou Pedro, Petra, Irmão de Jesus
Simão Petra ou Simão Ishi-Karioth e Judas Ishi-Karioth
Jesus não Veio Reforçar o Movimento Zelota, mas Veio Obsequiar ao Homem a Suprema Libertação, por meio de sua Doutrina e Batismo
Sempre a Propósito de Discípulos, Apóstolos etc.
O Pedido da Mãe de Tiago e João
Mais Informações a Respeito de Pedro e André
Os Romanos em Tempo de Crise Perseguiam os Descendentes de Davi
Tiago, o Maior (Jacobo-bar-Judas)
A Tese Capital do Sionismo e que Certos Judeus tentam Concretizar Desde os Tempos de Jesus
João, o Discípulo Bem Amado e a Tradição
João, o Bem Amado e Também Evangelista
O Segundo Casamento de Maria e seu Filho João
Tiago, o Menor
André ou Eleazar ou Lázaro
Marta e Maria, as Irmãs de Jesus
A Ressurreição de Lázaro ou de Eleazar-Lázaro-André
Gamala, a cidade de Judas e de Jesus
A Verdade Sobre Nazaré
Felipe e o Destino de Certos Apóstolos
Tomé ou Taoma Dídimo ou Judas-Tomé, Irmão Gêmeo de Jesus
Teudas ou Judas Tadeu, ou Judá filho de Tiago, o Maior
Bartolomeu-Natanael
Mateus ou Levi ou Mathan
Marcos ou João Marcos
Lucas o Médico e o Evangelista
Saulo-Paulo que nunca foi de Tarso
O Vínculo Saulo e Menahem e o Incêndio de Roma
O Apocalipse e o Incêndio de Roma
Os Discípulos de João Batista, ou senão os Discípulos de João, o Evangelista e o Espírito Santo
A Eventual Origem do Quarto Evangelho
Conclusão Curiosa
Como Entender o Texto
Como o leitor amigo haverá de constatar, a obra foi montada a partir de verbetes soltos do texto canônico, ou também a partir de versículos, versetos, ágrafos, e que são palavras originais do próprio Novo Testamento. Cada versículo ou ágrafo enumerado em sua nova apresentação representa a fusão de dois ou três versetos evangélicos originais.
A fim de manter a coerência e continuidade do texto, como um todo perfeito, acrescentei no começo, no meio ou no fim de cada versículo, frases de minha autoria que se distinguirão do texto canônico original por se apresentarem contidas entre colchetes [...] ou entre parênteses... O texto evangélico remanejado – versículo único ou versículos fundidos – apresentar-se-á sempre em negrito. Com isso ficará bem destacado o consagrado texto original dos meus acréscimos e da reinterpretação adicionada.
Portanto, tudo o que estiver contido entre colchetes e parênteses em letra comum corresponderá apenas à minha contribuição literária, a qual, digamos, em nada alterará ou prejudicará os versículos originais em negrito de supostos Mateus, Marcos, Lucas e João, mesmo que se apresentem ou separados ou fundidos num versículo único. .
Certas explicações e diálogos, de minha lavra, também se apresentarão isoladas ou à parte, dando um toque diferente à obra, favorecendo e reforçando o propósito do livro, e que, mesmo assim, é um ensaio como também é uma revisão e um remanejamento do texto consagrado.
Ernesto Bono
Apresentação
Os que já tiveram a oportunidade de ler OS ATOS DOS APÓSTOLOS, tais como no-la apresenta a versão canônica do Novo Testamento, terão notado que, a primeira parte do livro se dedica praticamente a descrever e ressaltar os feitos e milagres de Pedro, quando Pedro nunca foi milagroso. Nessa versão oficial, o apóstolo da circuncisão é, sem qualquer dúvida, a personagem principal, dos primeiros treze capítulos. Em segundo plano aparecem também, Estevão, Tiago, o Maior, João, e Filipe (o diácono).
Os capítulos restantes do livro ATOS são dedicados quase que exclusivamente a Paulo, aparecendo secundariamente Barnabé, Marcos etc.
Nesta versão, digamos, depurada do livro que pretendo apresentar muitos dos feitos e dizeres atribuídos a Pedro são devolvidos à boca de Jesus e de Paulo.
Os compiladores e redatores finais da versão grega do livro Atos, atribuída a Lucas – e que em verdade ele nunca escreveu – se esforçaram em atenuar os registros de hostilidades entre Paulo e Pedro. E para tal atribuem a Pedro os ditos e feitos que deveriam estar ligados a Estevão e Paulo, pregadores cristãos helenistas e não pretensos apóstolos judeu cristãos, como os irmãos de Jesus. Aliás isso estava de acordo com as ideias e propósitos dos judeu cristãos ou primeira corrente cristã, e que entre outras coisas, inventaram a história do Colégio dos Apóstolos, e transformaram Pedro em líder desse Colégio, e em príncipe dos apóstolos, quando praticamente, os apóstolos não chegaram a ser aquilo que o nome apóstolo pretende dizer. A maioria foi morta em Jerusalém. Adiante entenderemos isso melhor.
A propósito de Estevão, poucos anos depois do desaparecimento de Jesus sucederia uma grave ocorrência, por causa da rivalidades entre o grupo cristão helenista e o grupo judeu-cristão, em que Estevão é morto e seus companheiros são perseguidos, aprisionados e mortos, ou senão têm que fugir para a Samária, para o Norte da Palestina, para Antioquia Síria etc.
Helenista era todo aquele homem judeu não nascido na Judeia, que falasse grego, que conhecesse algo da Septuaginta ou Antigo Testamento traduzido ao grego, e que inclusive em sua religiosidade se sentisse na obrigação de visitar Jerusalém e seu Templo, ao menos uma vez na sua vida.
Estevão talvez fosse um dos gregos – suspeito que era grego puro, filósofo e amante das religiões do Mundo Helênico – que esteve presente em determinado discurso de Jesus, em Jerusalém, conforme informa o Quarto Evangelho. Suspeito que se ligou ao grupo de discípulos acompanhantes e começou a registrar em papiros tudo o que Jesus ensinava pelas suas andanças em Jerusalém e Judeia.
Por conta própria, e por causa do material escrito que possuía, pregava que as palavras de Jesus superavam a Lei
. Por causa disso, e por causa da prática do batismo pela imposição das mãos, Estevão foi acusado de blasfêmia e apedrejado até a morte, tornando-se assim o segundo sacrificado do cristianismo. Os companheiros de Estevão e que se salvaram foram expulsos de Jerusalém ou tiveram que fugir.
O que sobre Pedro é narrado no livro Atos são lendas sem base, já compostas em grego. No livro ATOS, Pedro fala como se fosse um grego. Além do mais, as citações da Escritura (Antigo Testamento), tanto na boca de Pedro como de Tiago, não são retiradas do texto hebreu canônico, mas sim da péssima tradução dos Setenta, em grego, usada pelos primitivos cristãos e pelos cristãos helenistas que começaram a se espalhar pelo mundo helênico, salvo Roma, que só começou a ser cristianizada depois de 70 d.C. porque para lá João, Pedro e André nunca fora nem estiveram.
Em face de tudo isso, minha versão limita-se ao verossímil e ao provável. Nunca pretendi forçar a verdade para o lado de Paulo, em prejuízo de Pedro. O livro foi apenas depurado dos exageros e forjações tardias que tentavam super valorizar este às custas daquele e até mesmo às custas de Estevão.
Por conseguinte, é bom que se saiba que o Livro ATOS é obra tardia, começou a ser montada a partir do segundo século d.C. em diante e sua montagem, é de se crer, se estendeu até VI século d.C.
O texto grego do livro ATOS que chegou até nós é do IV século d.C., isto é, depois do ano 300, portanto uma obra super manipulada e super adulterada
E nos trechos que vou transcrever não se percebe um momento sequer aquele outro tipo de Ressurreição Verdadeira que Jesus apregoou e chegou a efetuar em alguns, conforme sugeri nos livros: Cristo, Esse Desconhecido – Filosofia e Sabedoria de Jesus – Apocalipse Desmascarado – Jesus, Messias ou Filho do Homem? – Jesus sem Cruz, batismo-ressurreição que o Evangelho atribuído a João também sugere.
A ressurreição que o livro ATOS indica é exatamente a pretensa ressurreição teológica. Ou seja, vamos dizer que graças a um destino pré-fixado pelo iracundo deus Jeová, Jesus teve que ser concebido virginalmente, tinha que pregar algumas coisas boas, efetuar milagres, morrer e ressuscitar em corpo denso ou em corpo fisiológico e material e em alma teológica. E depois subir ao paraíso para assentar-se num trono à direita de Deus-Padre.
E graças a essa pretensa ressurreição teológica de Jesus, as portas do paraíso que Jeová fechara por causa da pretensa desobediência de Adão e Eva, foram outra vez abertas, para que os justos do judaísmo e do judeu-cristianismo pudessem ressuscitar e voltar outra vez ao Éden. Aos outros crentes, isso aconteceria só se convertessem à santa madre, frequentassem missas, se confessam seguidamente, ingerissem hóstias e depois morressem, recebendo também a extrema unção. Em suma tal pretensa ressurreição se dava após o desencarne.
Pois é, amigos, é por isso que o pretenso Mateus, logo após o desenlace de Jesus na cruz e em seu hipotético livro ou evangelho, descreve a ressurreição dos santos e justos judeus que haviam sido enterrados há muito tempo. E alega inclusive, que esses pretensos santos, justos e profetas apareceram para todo o mundo na cidade de Jerusalém... Depois subiram
. Pois, pois, vá lá que seja...
É a partir de uma ressurreição assim, em corpo e alma, é que Jesus supostamente se fez presentes às mulheres e aos discípulos… [Só que essa não é verdade]
Desculpem, amigos, mas tudo o que já li e vou copiar do livro ATOS DOS APÓSTOLOS me cheirou a falso, a forjado, a pieguice falsamente santificante.
Será que esse livro ATOS, tardio, já podia gerar mártires na antiga Roma? Se ele é tardio, digamos, do segundo século em diante ou até mesmo do quarto século d.C. dificilmente teria contribuído para isso.
Tudo aí já faz lembrar um chatíssimo mosteiro da Idade Média, com suas cantilenas, ladainhas, rosários, mortificações, jejuns, austeridades, falsa castidade e cripto comunismo cristão, reflexões e contemplações esporádicas etc.
Nada aí nos recorda o Cristo Verdadeiro, com seus portentosos ensinamentos, com sua Doutrina Inovadora. Nada aí faz lembrar a Boa Nova do Reino de Deus que Jesus verdadeiramente ensinous, boa nova que por meio de um batismo especial pode Libertar o homem.
A ressurreição de Jesus que eles aí pregam é a ridícula ressurreição teológica da Igreja, que em nada beneficia os homens em geral, nem os leva a buscar por conta um escape ou uma Realização Suprema, uma Iluminação.
Nesse começo de cristianismo do livro Atos, tudo continua cinzento, mórbido e sem graça. Não foi para isso que Jesus veio. Os Evangelhos, apesar das deturpações e distorções que sofreram, eles ainda têm Vida, porque Jesus está presente. Os personagens do livro ATOS são o que há de mais chato em termos de boa religiosidade.
Os escribas e editores cristãos do século IV, e forjadores do livro ATOS, no seio daquilo que eles mesmos enjambraram, afirmam que Lucas, o suposto secretário de Paulo, escreveu o livro ATOS. Curiosamente, porém, este Lucas, tendo estado pretensamente em contato com Paulo (e este último com Pedro), ignora por completo aonde Pedro foi parar, e como ocorreram os pretensos encontros entre Paulo e Pedro, em Roma, no ano 64-66 d.C., e quais atividades Pedro desempenhou de 45 a 64 d.C., já que Pedro simplesmente desaparece do livro Atos.
E mais, os livros ou os manuscritos primordialmente históricos de Flavio Josefo se perderam e foram substituídos por arremedos de cópias dos séculos IX e XII de nossa era, elaboradas nas bibliotecas ou no fundo dos conventos pelos famosos monges copistas da Idade Média, com mais mentiras piedosas do que verdade. .
Amigos, é de se perguntar de onde saiu o extremismo e o fanatismo sadomasoquista dos futuros e pretensos cristãos romanos? Suspeita-se que de exemplos literários prévios, e pregações capciosas de alguns que sequer eram romanos, mas se apresentavam como cristãos verdadeiros.
O extremismo e fanatismo pode ter saído Dos livros dos Macabeus, propriamente ditos. Os personagens destes livros foram, primeiramente, uns incríveis fanáticos da LEI judaica, e em suas guerras contra os adversários gregos sírios aparentemente conseguiram vencê-los. Em conformidade com a narrativa dos livros do Macabeus milhares de judeus são mortos em holocausto por resistirem – e tinham o direito – à conversão ao paganismo grego. Tudo bem.
Posteriormente, esse fanatismo ou essa visão extremada de judaísmo implicando em mártires se transferiu para os messiânicos da Seita de Qumran (Essênios) e também para os zelotas-sicários, que eram os essênios-guerreiros. De certo modo, estes provocaram a revolução judaica contra os romanos que se estendeu de 64 a 70 d.C., e se repetiu em 134. Depois esse extremismo foi transferido a alguns cidadãos romanos que estavam sendo convertidos ao cristianismo ou ao judeu-cristianismo.
Todos esses essênios-zelotas queriam instaurar em Israel uma teocracia na qual os reis políticos não prevaleceriam mais. Tinham certeza da vinda imediata do Messias prometido e sagrado. E este se tornaria rei único representante de Jeová na Terra. Nessa teocracia também não prevaleceriam mais os mestres ou profetas, mas somente os juízes. Esta tese está se completando nos tempos que correm (2011), se já não se cumpriu.
Tudo isso se voltou tentar a aplicar em Roma, a capital benevolente de todas as religiões. Só que o judeu-cristianismo passou da medida.
(O grande historiador, escritor e exegeta Robert Ambelain em seus três famosos livros nos informa a respeito da fome em Israel e as Revoluções que por lá houveram, dizendo:
"Quatorze anos depois da morte de Jesus (33 + 14; ou seja em 47 d.C.), a Judeia e a Galiléia foram avassaladas pela fome; e se tal não acontecesse, seria de estranhar.
"No ano 47 de nossa era, houve uma nova sublevação importante, (e haveriam de ocorrer outras mais em 64, como adiante veremos).
"Em face dessa situação, Tibério Alexandre, procurador da Judéia, cavalheiro romano, sobrinho de Filón de Alexandria, mandou prender e crucificar os chefes do movimento revoltoso em Jerusalém, que teriam sido certos zelotas ou os novos judeu cristãos de Jerusalém.
E como se chamavam eles? – Por favor, não se escandalizem – Se chamavam Jacobo (isto é, Tiago, o Maior...) e Simão, (ou Petra). Estes, como também já dá para depreender, eram filhos de Judas de Gamala, o líder da Guerra do Censo de 6 d.C., e segundo conta o historiador judeu Flávio Josefo em seus livros. Por incrível que pareça, tais Tiago e Pedro eram irmãos de Jesus da Galileia. (Marcos.VI-3)
Assim que, segundo Robert, Ambelain, a revolução do ano 47 d.C foi apenas a continuação da revolução do ano 34 d.C., encabeçada por Jesus, quando ele foi morto na cruz.
[Digo eu, sinceramente não acredito que em 34 Jesus tivesse encabeçado uma revolução política ou tivesse se revoltado contra seja lá quem for, e que por causa disso o tenham crucificado, porque pretendia ser Rei. Amigos, tudo isso é mentira! Se Jesus de 30 a 34 tivesse pretendido ser apenas o messias e um rei político, e por causa disso os romanos o teriam crucificado, então os judeus, depois, não o teriam condenado e execrado com seus talmudes. O ódio de certos judeus por Jesus se justifica em parte porque ele quis humanizar e universalizar o judaísmo, o que implicava numa boa modificação da Lei e dos Profetas. E mais, não foi Jesus que exclamou "É mais fácil mudar o céu e a terra do que cair um til da Lei! Essas foram palavras de um escriba fanático e não de Jesus].
E Robert Ambelain acrescenta: "Por sua vez, tal revolução de Jesus, em 34, foi a continuação da revolução do ano 6 de nossa era, chamada a Revolução do Censo, quando nela morreu Judas de Gamala. E a seguir, Jesus, filho dele, herdeiro do messianato, (Judas também o foi) com 20 anos a 22 Jesus teve que fugir para o Egito. .
E mais ainda, a Revolução do Censo finalmente era a continuação das precedentes. Ou seja a de 27 a C. (capitaneada por Costoboro) e a de 43 a C., quando morreu Ezequias, o messias ungido, pai de Judas e o avô de Jesus
.
Eu, pessoalmente não acredito que a morte de Jesus em 33 ou 34 estivesse ligada a um levantamento político revolucionário encabeçado pelo próprio Mestre.
A meu entender, a morte de Jesus diz mais respeito a um assassinato, a um crime religioso-político que certos judeus praticaram. Sim, pois, o grande Mestre, quando de seu retorno do Egito (em 28-30 d.C.) e quando de seu reaparecimento em público, já se havia transformado em Filho do Homem
(ou em Iluminado) e simplesmente havia abdicado de sua condição religioso-política de Messias. Nessa nova condição tentou universalizar a LEI atribuída a Moisés, para que todos os homens aprendessem, se beneficiassem, e acabassem tendo uma Vivência Maior. Eles, os fanáticos e perversos, consideraram Jesus um traidor um negador das virtudes do judaísmo religião. Até os próprios irmãos de Jesus pensavam assim. O crime de Jesus, portanto, era gravíssimo: estava destruindo a pretensão de domínio mundial ou hegemonia dos judeus, preconizada pelo livro da LEI (Moisés) e confirmada pretensamente pelos profetas posteriores, daí porque a sua lapidação não foi oficial e sim escondida.
Primeira Parte
Dados Possivelmente Válidos e Verdadeiros dos Primeiros Capítulos do Livro Atos dos Apóstolos
E voltaram [os discípulos, agora conhecidos como Mestres] para Jerusalém, desde o monte chamado das Oliveiras, [em cujas proximidades se encontrava Getsêmani]. A distância não era grande, mas apenas a caminhada de um sábado. (Atos.I-12)
Tendo entrado na cidade, subiram à sala superior, onde habitualmente ficavam… (Atos.I-13a)
Todos eles perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e os irmãos d’Ele. (Atos.I-14)
E com muitas… palavras [Pedro] atestava [a doutrina e a missão de Jesus] e exortava [os judeus de Jerusalém, dizendo-lhes]: Salvai-vos desta geração perversa! (Atos II-40)
NOTA: O Pentecoste ou a passagem do livro Atos que fala da Descida do Espírito Santo e respectivos fenômenos paranormais que ocorrem (Atos.II-1 a 13), e que os discípulos manifestam, não aconteceu após o desenlace de Jesus, como o livro Atos conta de modo enganador, mas sucedeu estando Jesus ainda vivo e em Jerusalém. Quem fala pelos discípulos e os defende é Jesus e não Pedro. Quem efetua o batismo de fogo pela imposição das mãos na cabeça de todos os discípulos é Jesus e não o acaso. O fogo que aparece no teto, nas paredes, tipo fenômeno Poltergeist
foi devido ao próprio batismo de Jesus que ativou ou despertou o Espírito Santo ou a Kundalini em todos os discípulos. E a glossolalia ou xenoglossia ou ainda as línguas estrangeiras que todos os discípulos começaram a manifestar também estava ligado ao mesmo batismo e ao mesmo despertar do Espírito ou Kundalini.
A seguir vem um pretenso discurso relacionado ao Messias e que Pedro não efetuou, mas sim foi feito por Jesus quando ainda jovem. Repito, esse discurso foi feito por Jesus ainda jovem e em outra ocasião. Eu o compilei e o coloquei praticamente completo quase no fim da primeira parte do meu livro "Jesus, Messias ou Filho do Homem". E mais adiante no livro Atos.III-1-11, não foram nem Pedro nem João os que curaram um coxo, mas sim foi Jesus em sua primeira fase, quando visitou Jerusalém ainda jovem... Esse milagre foi transferido aos dois para mostrar por meio do livro Atos dos Apóstolos que também Pedro e João eram milagrosos. Bem, depois do batismo que Jesus efetuara