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Além Da Escuridão
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E-book260 páginas3 horas

Além Da Escuridão

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Sobre este e-book

Ás vezes, algumas raras vezes, um segredo permanece escondido por que é algo grande demais. Todos nós temos segredos na vida. Darius, Hayden, Dimitry, Jared e Ayto deverão superar suas diferenças e medos causados por segredos, para que juntos derrotem um mal que se desenrola no coração da floresta Garth. Venha você também, fazer parte desta aventura.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de mar. de 2016
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    Além Da Escuridão - Helena Cristhine

    Imagem

    Cristhine, Helena

          Além da escuridão (livro eletrônico)  / Helena Cristhine. Joinville, SC: ArteSam, 2016.   (Os três reinos, v.1)  

    Publicação digital (e-book) no formato e-pub

         ISBN: 978-85-5697-052-7

    Literatura brasileira.   I. Título.   II. Série.

    16/013                                                 CDU  869.8B

    _________________________________________

                              Índices para catálogo sistemático:

                          1. Literatura brasileira   869.8B

                          2. Ficção - Literatura brasileira   869.8-3B

    (ficha elaborada por LVM – bibliotecária – CRB: 8/583)

    Além da Escuridão

    Série Os Três Reinos

    L I V R O    U M

    Copyright 2016 | Helena Cristhine

    Capa e Diagramação

    Marina Avila

    marina.fantasya.com.br

    Revisão

    Helena Cristhine

    1ª edição, 2016

    Ficção, Fantasia, Romance

    Literatura Brasileira

    Capítulo 1

    — Hayden! – uma voz ecoou escada acima.

    Ela terminou seu ultimo retoque, deu uma olhada no espelho e balançou a cabeça em sinal de aprovação para seu reflexo.

    — Já estou descendo, só mais um minuto – alisou a saia que havia escolhido no dia anterior, pois essa teimava em não lhe obedecer. Pegou a mochila que estava cuidadosamente arrumada sobre a escrivaninha e com passos largos deixou o quarto.

    — Vamos Hayden, não quero que se atrase para sua volta a aula – disse a mulher de olhos cor de esmeralda, pele morena e maçã do rosto saliente.

    — Já estou indo Emma – Hayden prendeu uma mecha de cabelo que teimava em cair sobre seus olhos.

    — Não vai tomar o café? – ela fez um gesto na direção do prato intocado de Hayden e sorriu.

    Hayden tentou retribuir o sorriso, mas não conseguiu. Remexeu no prato que tinha à sua frente.

    — Acho que é nervosismo – completou Emma.

    — Não estou nervosa – ela respondeu depressa, notando que Richard tinha levantado à cabeça, pronto para deixar escapar um comentário sarcástico.

    Hayden deu de ombros e levantou-se.

    — Então vamos – se adiantou Emma, pegando a bolsa de Hayden.

    O Audi preto de Richard, estava estacionado na frente do portão grande de ferro. O carro começou a deslizar pela estrada que levava até o instituto.

    Ela finalmente, não via a hora desse momento chegar. Hayden não era uma garota popular, longe disso, mas ela gostava de manter o foco nos estudos e também esperava que fosse um ótimo final de ano.

    As férias haviam sido longas e havia desfrutado muito bem delas. Há vinte dias, Emma e Richard, haviam a presenteado com uma festa de aniversário pelos seus 17 anos. Dia 10 de agosto. Mas afinal ela não se importava com a data. Vocês devem estar se perguntando, por quê? Pois bem, Emma e Richard eram seus pais adotivos. Seus pais biológicos, faleceram quando ela tinha apenas cinco anos.

    Eles também insistiam que Hayden devia chama-los pelos nomes, pois diziam que os chamando de pais faziam sentirem-se velhos.

    Era dia 01 de Setembro e ali estava ela, em frente à Shadows School.

    — Hayden, está na hora – disse Emma.

    — Eu te ligo quando for embora – respondeu depressa.

    — Tenha um ótimo dia – disse sorrindo.

    — Obrigada Emma – ela deu um sorriso e desceu do carro. A frente estava a imponente escola Shadows School. Era um edifício antigo de dois andares em forma de U, os tijolos vermelhos incrustavam a parede. No pátio interno, havia algumas árvores colorida; e embaixo destas se encontravam mesas dispostas onde os estudantes podiam usa-las para ler e descansar. Um jardim estava no centro do pátio, cheio de tulipas e rosas vermelhas. Bem no centro deste, se encontrava uma fonte de um cupido um pouco desengonçado.

    O vento balançou os seus cabelos, deixando alguns fios rebeldes em seu rosto. Hayden balançou a cabeça, para que eles voltassem ao seu devido lugar.

    Um longo suspiro escapou de seus lábios. Ela ajeitou a mochila sobre as costas e se apressou para chegar ao portão. O guarda a saudou com um breve aceno de cabeça.

    Já se podia ver os vários alunos distribuídos pela instituição. Alguns se acomodavam aqui e ali, cada um com o seu devido grupo.

    — Idiotas! – ela pensou consigo mesma.

    Ela odiava esse paradigma. Sempre a mesma coisa. As pessoas se isolavam com seus grupinhos, ditando o que era melhor para si.

    — Hayden!

    Uma voz ecoou pelo enorme salão.

    Lauren sua amiga. Alta, morena, bonita e alegre se encontrava ali. Ela agitava as mãos e estava ofegante. Provavelmente estava tentando alcançá-la há algum tempo.

    — Bom dia pra você! – disse ela em um murmúrio. Realmente ela havia corrido um bom bocado. Seus cabelos negros estavam armado em um coque, que havia quase se desfeito. Ela estava com um vestido de alcinha preto justo e nos pés levava um tênis meio cano.

    — Oi Lauren. Como foram suas férias? – as duas garotas seguiram pelo corredor que levava aos armários.

    — Bem. Fui com meus pais á praia visitar meu irmão Jack e estivemos visitando alguns museus. Você sabe como minha mãe adora.

    Eles haviam viajado para Elfinya. Uma pequena cidade quase incomunicável ao norte de Lands Shadows, aonde se encontrava seu irmão Jack.

    — Sim claro.

    — Você se lembra do Jack, não? – ela parou perto do armário arqueando sua sobrancelha grossa. Hayden desajeitadamente buscava o livro de História, que necessitaria para a aula.

    — Claro que lembro! – ficou vermelha.

    Claro ela lembrava muito bem do Jack.

    Lauren como uma boa amiga, vivia dizendo que ela precisava de um namorado. E insistia, que não havia ninguém melhor para esse papel do que Jack.

    Claro que ela recusou todas suas tentativas de encontro. Não era pelo fato da aparência. Com seu um metro e setenta

    e oito, olhos escuros como o carvão, cabelos negros, um porte musculoso e a pele morena, todas as meninas queriam sair com ele. De fato ele era atraente, mas não era isso. Ela sentia apenas uma amizade, não se via de braços dados e trocando beijos por aí com ele.

    — Você devia dar uma chance a ele Hayden – ela olhou para a amiga, com uma expressão séria e a encarou.

    — Nesse momento não preciso de garotos Lauren, só preciso terminar meus estudos e ano que vem estarei indo pra faculdade. Garotos significam problemas – Hayden fechou o armário e pegou o pulso de Lauren arrastando-a consigo.

    Seguiram pelo corredor que levava até o último ano no terceiro andar.

    Perfeito – pensou entrando na sala. Todos os olhares estavam voltados para elas.

    Hayden olhou de relance para a enorme sala branca e localizou um assento vago quase no fundo da sala. Rapidamente ela se encaminhou para lá. Lauren a imitou e sentou do seu lado esquerdo.

    Ajeitou a mochila, e se afundou na cadeira. Minutos depois o professor que ministrava a aula de História entrou na sala. Com seu habitual jaleco branco, sapatos de couro preto que contrastava muito bem com seu porte baixinho e seus cabelos pretos ondulados.

    Era muito engraçado. No meio da cabeça a ausência de cabelos era evidente.

    — Bom dia classe! – ele passou uma mão pelos cabelos ralos, como de costume – Hoje vamos estudar sobre o Novo Império Egípcio.

    E assim foi o retorno das férias. O tempo passou rápido entre uma matéria e outra. O final da aula havia chegado.

    — Vamos Hayden! – Lauren estava aguardando.

    Ela guardou tudo rapidamente e seguiu a garota morena para fora.

    — Então o que vai fazer hoje à tarde? – perguntou Lauren.

    — Prometi a Emma que a ajudaria com o jardim – informou ela animada.

    — Outro dia então, gostaria que fosse comigo naquela nova loja que inaugurou no centro. Eles vendem sapatos lindos – Lauren suspirou com os ombros caídos, mas rapidamente consertou sua postura.

    Lauren era apaixonada por sapatos, isso explicava a coleção particular que mantinha em seu quarto.

    Hayden como uma boa amiga devia acompanha-la.

    Vejam só. Hayden não mantinha uma coleção de sapatos em casa como sua amiga. Isso era totalmente contra sua natureza.

    No pequeno guarda roupa, havia apenas quatro pares de calçados. Ela alegava que aquilo custava muito dinheiro e que estava fazendo um favor a humanidade.

    Bom, ela tentou convencer Lauren a fazer o mesmo, mas não obteve muito sucesso.

    — Sim outro dia então – ela afirmou.

    — A Emma vai vir busca-la? – indagou Lauren.

    — Prometi a ela, que ligaria quando a aula terminasse. Mas me fará bem tomar um pouco de ar.

    — Tudo bem, até amanhã então – disse Lauren acenando. Ela olhou para as costas da amiga até esta desaparecer na esquina. Depois continuou o seu percurso.

    As ruas estavam meio desérticas àquela hora. Aqui e ali outro carro se encontrava.

    — Que estranho – murmurou para si mesma.

    Aquele era o horário de pico da cidade. Mas hoje estava tudo quieto, não havia nem uma alma viva sequer.

    Ela sentiu um arrepio percorrer seu corpo e instintivamente se encolheu. Precisava chegar logo em casa. Ela já podia vê-la.

    O enorme casarão branco que se erguia um pouco acima, aos pés da colina. Era espaçoso e agradável.

    Olhou para o céu e este parece que também havia cooperado para o estranho clima.

    Antes o azul e o alegre sol que emitia seus raios solares, haviam se transformado em um céu cinza e nublado.

    Uma sensação de estar sendo observada, apoderou-se de seu corpo e ela olhou ao redor.

    Ao longe, havia uma enorme árvore com uma copa graúda e nada mais. Ela balançou a cabeça, ajeitou os cabelos loiros que estavam em sua face e apertou com força o colar em forma de lua que trazia no pescoço.

    — Deve ser o clima, só isso – pôs-se a caminhar novamente.

    Capítulo 2

    A garota ajeitou os cabelos loiros que pendiam sobre a face e apertou com força o colar que reluzia em seu pescoço.

    — Deve ser ela – a figura imóvel ergueu o capuz negro que estava caído sobre os ombros e se encolheu na sombra da árvore, observando-a desaparecer rua acima.

    A voz do conselheiro ressoava em sua cabeça.

    Ela possuirá a Lux que carrega a pureza, a coragem, a bondade, a lealdade e a confiança. Ela poderá quebrar sua maldição. Ele olhou ao redor para as casas vitorianas que se erguiam aqui e ali. Em um lugar mais afastado, algumas casas velhas de madeira se apinhavam.

    Tão diferente do meu lugar – pensou.

    O ar ali tinha um cheiro de fuligem e o céu estava cinzento. Não havia muitas árvores. As que havia não eram tão verdes assim.

    O rapaz de cabelos negros, caminhou de volta para o seu pequeno esconderijo. Este se encontrava atrás da casa que despontava na colina, teve cuidado para não ser visto pela garota.

    Emma estava parada com as mãos na cintura quando a porta foi aberta. Ela estava muito zangada.

    — Dona Hayden, porque a senhorita não me ligou quando saiu do colégio? – ela estava mesmo muito, mas muito zangada.

    — Queria respirar um pouco de ar puro e além do mais caminhar faz bem – Hayden baixou os olhos diante de seu olhar de reprovação.

    — Richard e eu estávamos muitos preocupados

    Só então, Hayden percebeu que Richard também estava ali sentado em uma das poltronas da sala.

    Ele levava uma camiseta preta que contrastava com sua pele branca e seus olhos azuis; uma calça cáqui de brim e usava seus óculos de leitura, nas mãos tinha um livro que ela nunca havia visto.

    Este era de uma capa preta. Continha algumas letras douradas, essas por sua vez brilhavam.

    Ele lentamente se levantou, tirou os óculos, deixou o livro na poltrona e caminhou até onde se encontravam.

    — Hayden entendo que você queira ter um pouco de privacidade, pois já pode cuidar de si mesma. Mas deveria ter nos informado essa decisão primeiramente.

    Richard podia ser um pouco sarcástico, mas ele nunca a repreendia. Sempre era o papel de Emma, fazer esse pequeno trabalho.

    Hayden levantou os olhos para eles novamente e viu realmente, que estavam muitos preocupados. Mas havia algo a mais em seus olhos. Algo que ela não conseguiu decifrar. Ela sabia que devia isso a eles. Eles haviam cuidado dela, é claro que sempre estariam preocupados.

    — Desculpe, prometo que não farei mais isso – ela disse com um ar arrependido.

    — Não estamos proibindo você de andar sozinha querida, só precisamos saber onde você está e com quem está. Assim saberemos que você está bem – Emma disse.

    O seu rosto demonstrava uma ternura que Hayden há muito tempo conhecia.

    Richard acenou a cabeça concordando com a esposa.

    — Só queremos te proteger.

    — Richard…

    — Quero dizer, queremos que esteja feliz e bem.

    Richard e Emma eram o que as pessoas diziam – os opostos se atraem. Ela era uma pessoa meiga e séria. Ele era quase sempre sarcástico, mas mesmo assim não perdia seu senso de responsabilidade e seriedade. Emma era esbelta, cabelos negros até a cintura, olhos cor de esmeralda e pele morena. Richard não estava tão em forma assim, seu um metro e noventa contribuía para que não se tornasse um obeso. Possuía olhos azuis, pele clara e cabelos negros.

    Por fim Hayden acenou com a cabeça, concordando.

    — Vem querida, o almoço está na mesa.

    O cheiro de risoto de camarão encheu o ar e o estomago de Hayden soltou um pequeno barulho em sinal de protesto.

    Ela subiu rapidamente para o quarto no piso superior e deixou a mochila sobre a escrivaninha.

    Os pratos, estavam dispostos sobre a mesa quando ela voltou e eles já haviam se servido.

    — Como foi o primeiro dia de aula querida? Alguma novidade? – perguntou Emma curiosa, levando uma colherada de camarão a boca.

    — Tudo como sempre, sem nenhuma novidade – respondeu Hayden.

    Richard e Emma trocaram um olhar, mas ela continuou comendo.

    — Que bom – afirmou Richard, terminando a ultima colherada. – Devo me atrasar um pouco para o jantar hoje, por isso não esperem por mim. Tenho algumas reportagens para revisar antes de publica-las amanhã.

    Richard trabalhava com edições e publicações em uma pequena emissora da cidade.

    Elas terminaram o restante do almoço em silêncio.

    A tarde se passou como um borrão. Como Hayden havia prometido, ajudou Emma com o novo jardim que ela havia planejado nos fundos da casa.

    Ela afirmava que as flores enchiam o ambiente de alegria. Quando terminaram, havia um espetáculo de cores ao redor. Flores de várias cores as rodeavam. Azuis, brancas, rosas, vermelhas, amarelas, roxas. Emma tinha razão. Pela primeira vez no dia, Hayden suspirou com enorme satisfação. Elas haviam feito um ótimo trabalho.

    Hayden apertou os olhos e percebeu que no meio havia uma falha em forma de um circulo.

    — Não terminamos tudo – murmurou para si mesma. – Mas isso terá que esperar, afinal já está escuro não teríamos como terminar.

    — Vamos Hayden – Emma estava na porta observando.

    Ela desfez a carranca que havia se formado em seu rosto e prometeu a si mesma que amanhã terminaria de plantar o resto das flores. Caminhou em direção a porta dando uma última olhada para trás.

    — Vou preparar o jantar – berrou Emma desde a cozinha. Hayden subiu para o quarto, pegou a toalha e se dirigiu direto para o banheiro. Emma ficaria furiosa, se encontrasse terra espalhada pelo seu quarto. Hayden também não era nenhuma criança, para se comportar como tal.

    Ela se despiu, deixou que os cabelos caíssem sobre seus ombros. Abriu o chuveiro e deixou que a água lavasse seu corpo. Aquilo era relaxante. Ficou ali por alguns minutos e finalmente decidiu que o banho havia terminado.

    Hayden envolveu a toalha nos cabelos e vestiu o pijama. Suas narinas, captaram um breve perfume de ébano que penetraram pela janela do quarto. Ela se dirigiu para a janela.

    As estrelas surgiam no céu como o pedido de um desejo. Hayden observou lentamente, como o brilho delas ficava mais fortes com o anoitecer. A lua, parecia uma enorme bola sorridente. E

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