Crônicas Da Voz Do Chão
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Crônicas Da Voz Do Chão - Claudionor Aparecido Ritondale
Crônicas da
voz do chão
Claudionor
Aparecido
Ritondale
Claudionor Aparecido
Ritondale
(*)
(*) Claudionor Aparecido Ritondale é premiado Nósside
Nosso parceiro e também agenciado Claudionor Ritondale foi
agraciado com uma menção no Prêmio Mundial de Poesia Nósside,
fato que muito nos honra e quase nos mata de orgulho – parabéns,
companheiro Claudionor!
Apresentado ao Prêmio no I Encontro Paulista de Poetas del
Mundo em 2009, Claudionor se inscreveu e passou com Honra ao Mérito pela imensa seleção entre os mais talentosos poetas de todo o
globo.
Deixamos aqui a impressionante notícia e o registro de nossos parabéns por ter Claudionor entre nossos autores agenciados.
Hiago Rodrigues Reis de Qeuriós, da Agência Literária AgL,
em 23/10/2010
SUMÁRIO
11 A crônica do meu nome
15 Ler ou não ler: difícil questão de hábito
21 Procura-se um leitor
27 Teoria da linguagem?
33 Professores escritores
39 Talentos
47 Mudança de valores
59 São Paulo num só minuto
65 Dirigismo
69 Diálogo interior
77 Vocabulário e emoção
85 Lembranças de um policial
93 Ninguém sabe
105 Vou contar para o chefão
107 Tempestividade maravilhosamente sagaz
111 A você, no além, Clarice
113 Coleção de intrigas
127 Simpatia e idade
129 Eu também não sabia
133 O futuro simplesmente começa agora
143 Tempo de repensar o mundo
147 Quem lê tanta escrita?
153 Um pouco do autor e da obra
Pequena apresentação de meus livros
publicados
"Cuidado com o que você diz: entre
aqueles que não dizem nada, poucos
são os que ficam em silêncio!"
(anônimo).
10
Crônicas da Voz do Chão
A CRÔNICA DO MEU
NOME
A fórmula meu nome é...
lembra
certo político caricato e conservador, que
nos fulminava com ela mais seu nome, o
qual não declino para não associá-lo a mim,
que não me pretendo conservador nem
caricato. Outra fórmula, desbancada por um
escritor, é a eu me chamo
– alegava uma
de suas personagens que não se chamava,
os outros a chamavam de seu nome. Sem
consagradas fórmulas, fico com o fato de
que Claudionor Aparecido Ritondale não é
nome simples de encontrar.
Claudionor surgiu por ser eu gêmeo e
meu pai apreciar uma atriz chamada
Claudete, nome dado a minha irmã (a
semelhança nas letras iniciais gerou meu
nome).
Seria ele a fusão entre Cláudio e
Eleonor ou entre Cláudio e a palavra latina
honor
? Significados? Cláudio é manco (que
claudica). Eleonor, do árabe, significa "Meu
Deus é luz; no galês,
luz.
Honor" é
honra
. Presto honras a um manco? Sou
manco honrado? Coxo iluminado por Deus?
Luz a um coxo?
11
Claudionor Ritondale
Aparecido é quem veio ao mundo,
quem nasceu, quem apareceu. Ritondale, do
italiano, significa asas redondas
.
Conclusão tendenciosa: nascido com
asas redondas para iluminar necessitados.
Aceito-o? Nem sempre. Como é
inevitável ter um nome dado pelos pais,
utilizo-o e pronto.
Estranho o fato de que muitos
paulistanos são descendentes de italianos,
mas não sabem pronunciar meu sobrenome,
e eu vivo a soletrá-lo, porque ninguém o
entende direito, perguntam se há letras
dobradas, coisas assim. Já me habituei com
o esforço. Sinceramente, acho que Ritondale
não seja um sobrenome difícil, só que eu
não sou maioria nessa opinião.
Quanto a alguém apreciar meu
primeiro nome ou não, isso me incomodou
algumas vezes, mas já vi tanta gente
sofrendo muito mais que eu, que nem me
aborreço com o meu enorme e sofisticado
nome, conformo-me com interpretações
divergentes das pronúncias que eu esperaria
ver, não me atormento com a maioria das
variantes, evitando, assim, atualmente, os
apelidos, os quais já tive muitos. Descobri
que são tantos os jeitos de nos enxergarem,
o nome é apenas um deles.
Tentei desvendar na Internet nomes
de parentes possíveis. Tive algumas
surpresas, porque sempre se espera por
algo que traga alguma grandeza, algum
12
Crônicas da Voz do Chão
relevo ao nome associado a nós. Conheci
quem era bombeiro, quem era funcionário
de estatal (como eu já fui), quem era
médica, um jornalista e escritor (opa, já tem
artista com o sobrenome!), um cineasta
(que chique!), um magnata dono de
confecção de lingerie e que é enfronhado em
política (sei lá se isso é lá algo que eu
esperaria citar), uma professora (também
sou professor), além de alguns célebres
bandidos que chegaram a ser assaltantes de
bancos,
assassinos
perigosos
e
aterrorizaram as cidades onde passaram.
Essa última informação matou um pouco
meu narcisismo. Ritondales associados a
crimes?
Bem, felizmente eu procuro fazer algo
mais sensato do que ficar com a grave
preocupação de zelar por um nome; quer
dizer, zelar pelas letras que se pronunciam e
escrevem. Ah, bom! Procuro preservar a
dignidade, associando-a a ele. Ah, melhor
assim!
Puxa, humanidade, eu não sabia que
um nome era algo assim tão relevante! Há
quem se mate por isso, eu apenas sou um
sujeito que nem sei se conseguirei prolongar
as asas redondas – que não sei bem para
que servem, para dizer a verdade – durante
muito tempo. Se já não me bastassem
minhas
preocupações
com
minha
sobrevivência, será que terei que pensar na
sobrevivência de um nome, após minha
13
Claudionor Ritondale
jornada completa? Acho que é melhor eu
nem pensar nisso, ficar com apenas uma
conclusão simples: se ter um nome significa
ter uma identidade e ser alguém, acho que
sou o que as pessoas acham de alguém que
é alguém, ou seja, sou alguém. Isso parece
um pouco com as estranhas conclusões da
famosa
boneca
de
pano
que
era
personagem do Monteiro Lobato, a Emília.
Mas, o que eu posso fazer? Queria falar de
meu nome, então falei, agora o julgamento
é com vocês, pessoas que comigo compõem
a humanidade.
Um abraço a todos de quem sabe que
não é comum, procurando ser incomum,
mas com um jeito comum de sentir isso.
14
Crônicas da Voz do Chão
LER OU NÃO LER: DIFÍCIL
QUESTÃO DE HÁBITO
Escrevo sobre leitura e não sei ainda
se devo fazê-lo como professor ou como
escritor. Acho que se o fizer a partir de
qualquer das duas perspectivas, terei que
encarar a dura questão do desalento que a
constatação de que às vezes pareço estar
escrevendo para ninguém existe e que eu
tenho que inventar uma esperança, como
prega a introdução do espetáculo Alegria
,
do prestigiado Cirque du Soleil.
Não sei dizer motivos, mas não há
formado na maioria esmagadora dos
brasileiros o hábito da leitura. Quase
ninguém quer ler, no Brasil. Um professor
fica desalentado com isso, porque ele
depende de leitura para que haja evolução
de qualquer conteúdo e para que a
sociedade evolua. Só vale a pena, de fato,
ser educador se os resultados da educação
levarem o país a tornar-se mais civilizado e
consciente de seu papel no mundo. E isso a
leitura pode ajudar a conseguir. Um escritor
fica igualmente desalentado porque pensa
sempre que seu empenho em produzir
idéias escritas tem pouquíssimo retorno.
Como se forma um hábito? A última
curiosa menção a tentativas de formar
hábito que ouvi foi numa palestra sobre
problemas de saúde, num daqueles
encontros de trabalhadores que se nomeiam
15
Claudionor Ritondale
com a sigla SIPAT, ou Semana Interna de
Prevenção de Acidentes de Trabalho. A
palestrante, da área de saúde, dizia que um
hábito é formado a partir da repetição 40
vezes seguidas de um estímulo. Ela
justificava que tal número encontrava-se em
várias passagens da Bíblia e em outros
escritos e que deveria conter algum
conteúdo para que fosse seguido.
Independentemente de superstições,
resolvi acatar, para buscar algo que
significasse a reinvenção da esperança, a
idéia do número 40 como indutor do hábito,
se associado a um estímulo.
Mas ler 40 vezes seguidas o quê? Até
que se leem baboseiras aos montes neste
país. Eu já me cansei de tantas
apresentações de eventuais conteúdos de
palestras
feitas
em
programas
de
computador que