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O Banqueiro Anarquista
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E-book46 páginas41 minutos

O Banqueiro Anarquista

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Publicada pela Mafra Editions, uma casa editorial sediada na cidade de Joinville (SC), a obra 'O Banqueiro Anarquista' representa um marco na carreira de Fernando Pessoa. Fernando António Nogueira Pessoa, nascido em 13 de junho de 1888, Lisboa, Porto, e falecido em 30 de novembro de 1935, Lisboa, foi um dos maiores poetas portugueses, cuja obra modernista deu à literatura portuguesa significado europeu. Aos sete anos Pessoa viveu em Durban, onde o seu padrasto foi cônsul de Portugal. Ele se tornou um leitor e escritor fluente de inglês. Na esperança de se tornar um grande poeta nessa língua, Pessoa escreveu os primeiros versos em inglês. A fama chegou a Pessoa postumamente, quando seus poemas extraordinariamente criativos atraíram a atenção em Portugal e no Brasil na década de 1940. Sua obra é notável pela inovação do que Pessoa chamou de heterônimos, ou personas alternativas. Em vez de alteregos, identidades alternativas que servem como contrapartes ou defesas para as próprias ideias de um autor, os heterônimos de Pessoa foram apresentados como autores distintos, cada um dos quais diferia dos outros em termos de estilo poético, estético, filosofia, personalidade e até mesmo gênero e idioma, pois Pessoa escreveu em português, inglês e francês. Sob os seus nomes publicaram-se não só poemas, mas também críticas à poesia de alguns dos outros, ensaios sobre o estado da literatura portuguesa e escritos filosóficos.Embora também tenha publicado poemas com o seu próprio nome, Pessoa empregou mais de 70 heterônimos, alguns dos quais só foram descobertos no início do século XXI. Quatro heterônimos particulares se destacam. Três foram “mestres” da poética moderna e participaram de um diálogo vivo por meio de publicações em revistas críticas sobre a obra uns dos outros: Alberto Caeiro, cujos poemas celebram o processo criativo da natureza; Álvaro de Campos, cuja obra se assemelha tanto em estilo quanto em substância à obra do poeta americano Walt Whitman; e Ricardo Reis, um classicista grego e romano preocupado com o destino. Outro heterônimo, Bernardo Soares, foi o conceituado autor do Livro do desassossego, uma obra em forma de diário de fragmentos poéticos que Pessoa trabalhou nas duas últimas décadas de sua vida e que ficou inacabada com sua morte. Foram publicados juntos pela primeira vez em 1982 e atraiu a atenção mundial; uma tradução completa em inglês apareceu em 2001.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de dez. de 2022
ISBN9781526067357
O Banqueiro Anarquista
Autor

Fernando Pessoa

Fernando Pessoa, one of the founders of modernism, was born in Lisbon in 1888. He grew up in Durban, South Africa, where his stepfather was Portuguese consul. He returned to Lisbon in 1905 and worked as a clerk in an import-export company until his death in 1935. Most of Pessoa's writing was not published during his lifetime; The Book of Disquiet first came out in Portugal in 1982. Since its first publication, it has been hailed as a classic.

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    O Banqueiro Anarquista - Fernando Pessoa

    Clássicos da Literatura Portuguesa

    O Banqueiro Anarquista

    Fernando Pessoa

    Copyright©2022 Mafra Editions

    Editora Chefe | Jamila Mafra

    Revisão | Mafra Editions

    Revisão | Vitória Ferreira Távora

    Diagramação | E.A. Capas & Diagramação

    O Banqueiro Anarquista

    Clássicos da Literatura Portuguesa

    1. Poesia Portuguesa. I. Título

    1ª Edição, Brasil.

    Todos os direitos reservados.

    Não é permitida a reprodução parcial ou integral desta obra sem autorização prévia por escrito da editora.

    Foto preta e branca de homem de bigode e chapéu Descrição gerada automaticamente

    Fernando António Nogueira Pessoa,

    Nascido em 13 de junho de 1888, Lisboa, Porto, e falecido em 30 de novembro de 1935, Lisboa, foi um dos maiores poetas portugueses, cuja obra modernista deu à literatura portuguesa significado europeu. Aos sete anos Pessoa viveu em Durban, onde o seu padrasto foi cônsul de Portugal. Ele se tornou um leitor e escritor fluente de inglês. Na esperança de se tornar um grande poeta nessa língua, Pessoa escreveu os primeiros versos em inglês. A fama chegou a Pessoa postumamente, quando seus poemas extraordinariamente criativos atraíram a atenção em Portugal e no Brasil na década de 1940. Sua obra é notável pela inovação do que Pessoa chamou de heterônimos, ou personas alternativas. Em vez de alteregos, identidades alternativas que servem como contrapartes ou defesas para as próprias ideias de um autor, os heterônimos de Pessoa foram apresentados como autores distintos, cada um dos quais diferia dos outros em termos de estilo poético, estético, filosofia, personalidade e até mesmo gênero e idioma, pois Pessoa escreveu em português, inglês e francês. Sob os seus nomes publicaram-se não só poemas, mas também críticas à poesia de alguns dos outros, ensaios sobre o estado da literatura portuguesa e escritos filosóficos.

    Embora também tenha publicado poemas com o seu próprio nome, Pessoa empregou mais de 70 heterónimos, alguns dos quais só foram descobertos no início do século XXI. Quatro heterônimos particulares se destacam. Três foram mestres da poética moderna e participaram de um diálogo vivo por meio de publicações em revistas críticas sobre a obra uns dos outros: Alberto Caeiro, cujos poemas celebram o processo criativo da natureza; Álvaro de Campos, cuja obra se assemelha tanto em estilo quanto em substância à obra do poeta americano Walt Whitman; e Ricardo Reis, um classicista grego e romano preocupado com o destino. Outro heterônimo, Bernardo Soares, foi o conceituado autor do Livro do desassossego, uma obra em forma de diário de fragmentos poéticos que Pessoa trabalhou nas duas últimas décadas de sua vida e que ficou inacabada com sua morte. Foram publicados juntos pela primeira vez em 1982 e atraiu a atenção mundial; uma tradução completa em inglês apareceu em 2001.

    DIÁLOGO

    Tínhamos acabado de jantar. Defronte de mim o meu amigo, o banqueiro, grande comerciante e açambarcador notável, fumava como quem não pensa. A conversa, que fora amortecendo, jazia morta entra nós. Procurei reanimá-la, ao acaso, servindo-me de uma idéia que me passou pela meditação. Voltei-me para ele, sorrindo.

    — É verdade: disseram-me há dias que V. em tempos foi anarquista...

    — Fui, não: fui e sou. Não mudei a esse respeito. Sou anarquista.

    — Essa é boa! V. anarquista! Em que é que V. é anarquista?... Só se V. dá à palavra qualquer sentido diferente...

    — Do vulgar? Não; não dou. Emprego a palavra no sentido vulgar.

    — Quer V. dizer, então, que é anarquista exatamente

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