Auta de Souza - Cores: E outros poemas
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Sobre este e-book
O poeta José Doriano selecionou e organizou uma coletânea com 72 poemas ilustrados com as delicadas fotografias do naturalista e observador-de-pássaros T. C. Severino.
Além das fotografias e da primorosa seleção e organização dos poemas, em Cores acrescentamos, ao final, 9 poemas que vieram ao mundo após a sua morte: através da psicografia de Chico Xavier. Assim, Cores traz 63 poemas escritos em vida, e 9 "post-mortem", por Auta de Souza.
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Auta de Souza - Cores - Auta de Souza
Copyright desta obra por Editora Dipladênia.
Publicado por Editora Dipladênia
Imagem da capa e fotografias constantes dessa obra
T. Severino
Capa
Eduardo Mapinguari
Diagramação
Editorando Birô
Revisão
Carla Flag
Seleção e organização
José Doriano
Souza, Auta de, 1876-1901
Auta de Souza [livro eletrônico] : cores e outros poemas / selecionados e organizados por José Doriano ; com fotografias de Tom Clark. -- Rio de Janeiro, RJ : Editora Dipladênia, 2022.
ePub
ISBN 978-65-997407-1-8
1. Poesia brasileira - Coletâneas 2. Souza, Auta de, 1876-1901 I. Doriano, José. II. Clark, Tom.
III. Título.
22-105812
CDD-B869.1
Índices para catálogo sistemático:
1. Poesia : Coletâneas : Literatura brasileira
B869.108
Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380
Todos os direitos reservados à EDITORA DIPLADÊNIA LTDA.
Av. Rio Branco, 185, 1907, 20040-007, Castelo, Rio de Janeiro, RJ
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www.editoradipladenia.com.br
APRESENTAÇÃO
A maior poetisa mística do Brasil — segundo avaliava Câmara Cascudo —, Auta de Souza nasceu em Macaíba, no ano de 1876. Naquele período, um pouco antes da Abolição da Escravatura, Macaíba era a metrópole mais relevante política e economicamente do Rio Grande do Norte.
Cedo sofreu as maiores dores da vida: perdeu a mãe, aos três anos, e o pai, aos cinco. Criada pela avó materna, recebeu aulas particulares até os onze anos quando foi matriculada em regime de internato no Colégio São Vicente de Paula onde aprendeu Inglês e Francês. Aos doze anos viu um irmão morrer queimado em um acidente com um candeeiro.
Aos 14 anos a tuberculose fez com que trocasse Macaíba pelo sertão em busca de um clima mais propício ao controle da doença. Prosseguiu nos estudos de forma autodidata lendo os grandes autores de seu tempo — brasileiros e estrangeiros. Logo vencia a resistência dos círculos literários masculinos e sua voz ocupava o seu espaço. Conheceu muitos intelectuais de sua época e escreveu em revistas literárias.
Outra perda que marcou sua vida foi a morte de seu companheiro, João Loureiro, promotor de Justiça com quem se relacionava; namoro antes interrompido por pressão dos seus irmãos diante do seu estado de saúde.
Como observou um de seus irmãos, H. Castriciano, na nota da edição de 1910 de Horto: é a história de uma grande dor.
Auta o escreveu recordando, sentindo, penando
.
Em sua breve trajetória pela vida, colaborou com diversos jornais e publicações de seu tempo. Seu primeiro livro de poesias, Horto, cuja primeira edição em 1900 recebeu prefácio de Olavo Bilac, foi um grande sucesso editorial.
No ano seguinte veio a falecer, aos vinte e cinco anos de idade, em Natal, fevereiro de 1901. Na terceira edição de Horto, em 1936, Alceu de Amoroso Lima redigiu o seguinte prefácio para o livro:
Fez versos por amor da poesia, por um amor tocante, puríssimo, da poesia e não para aparecer ou comunicar uma mensagem. Fez versos para si e para aqueles que mais perto a cercavam. […] E esse sentimento de absoluta pureza é o que mais encanta nos seus poemas.
Com acerto alguns estudiosos analisam o contexto machista da época (e tecem boas críticas ao prefácio de Bilac, diante de seu elogio ambíguo), bem como os limites da fortuna crítica que a poetisa granjeou, como se sua poética toda pudesse ser reduzida a uma poesia mística de viés cristão, pura, santificada.¹
O nome de Auta de Souza é também muito caro aos espíritas, considerada uma mentora espiritual para o kardecismo. O médium Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier, já psicografou poemas seus.
Para a realização desse livro contamos com a colaboração do poeta e escritor José Doriano, que selecionou e organizou poemas escritos em vida e poemas escritos post-mortem. Doriano selecionou e organizou 63 poemas a partir do exame